Rosa maldita - A cápsula do tempo escrita por Selena Cullen


Capítulo 2
Capítulo 1 – Hale e Brandon


Notas iniciais do capítulo

Desculpe, demorou um pouco, mas cá estou eu, pfv, comentem!
Boa leitura!



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Uma semana antes

Sobrenome: Hale

Nome: Rosalie Lillian Hale

Filiação: Desconhecida

Data nascimento: 18 de maio de 1997

Profissão: Estudante do ensino médio e garçonete de bar

Estado civil: Solteira

Personalidade: Rosalie é mal humorada a maior parte do tempo, explosiva, sarcástica, não costuma se apegar as pessoas é muito carente de amizade e amor. Trata sua irmã adotiva Bree como filha, muito protetora e amável com ela

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Rosalie Hale

“-Esta é Rosalie Hale”

“-Hale? Sua filha? Como pode esconder isso de todos?”

“-Não importa. Preciso tirá-la daqui, Beth. Minha filha não será prostituta”

Acordei soada, nervosa, agoniada, como o coração mais rápido do que devia estar. Olho em volta rapidamente, e fico quase feliz em estar em casa, no quarto com minhas irmãs, isso me deixa aliviada instantaneamente.

Fechos os olhos, e respiro o mais fundo possível o ar frio do quarto. Não me importei com o jeito que meus pulmões protestaram, eu apenas precisava me acalmar. Passo as mãos na testa, e tiro meus cabelos loiros grudado de suor, isso parece estranhamente familiar

Não é a primeira vez que acordo com pesadelos no meio da madrugada, para ser sincera, é bom saber que não acordei aos gritos outra vez, estou cansada das perguntas insistentes dos meus irmãos sobre o que me faz gritar tanto, o mais novo tem uma hipótese estranha de que sonho com o bicho papão ainda, e às vezes o faço pensar que é exatamente isso, simplesmente para deixá-lo calado e longe de perguntas perigosas sobre como vim parar aqui

–Rosalie? – ouço o sussurro

Olho para a cama do outro lado do quarto, e lá esta ela abraçada a um urso de pelúcia com cara de sono

–Vá dormir Bree

–Estou com fome, e não consigo dormir

Não consigo negar a aquele quase pedido, então sento na cama pondo meus pés no chão frio

–Desça comigo, vamos comer

***

Bree é alta para a idade, treze anos, e seu corpo magro começa a transparecer no pijama infantil as novas curvas, como seus seios subdesenvolvidos e a curva modesta no seu quadril. Pele clara, lábios um pouco alaranjados, finos, olhos castanhos claro, e longos cabelos ondulados também castanhos

Esta menina devorando um sanduíche do meu lado na cozinha é a única irmã branca que eu tenho nesta casa, levando em consideração que todos somos adotados pelo casal Tanner, sou a mais velha desde que meu irmão foi embora

–O que foi? – eu pergunto quando percebo seu olhar pensativo demais

–Ele vai me levar? Mamãe disse que eu ficaria sempre aqui com vocês

Bree não precisou citar seu nome para eu saber exatamente sobre quem estava falando

O pai bêbado de Bree esta determinado a ter sua guarda de volta, depois de três anos vivendo nesta casa, ele resolve intervir, é um verdadeiro vagabundo da qual desprezo. Derramei um copo de suco de laranja na cara dele no dia que o conheci, algumas semanas atrás

O casal Tanner, são meus pais adotivos, e são maravilhosos em tentar manter a casa e dar amor a todos os filhos adotivos, somos sete, agora seis, apenas Bree e eu somos brancas, enquanto todo o resto se trata de crianças negras como eles são. Todos vieram de famílias complicadas, desgarrados, e encontramos um lar aqui, uma família de verdade, mesmo com a falta de dinheiro e uma casa pequena

–Não, ele não vai, eu acabaria com ele antes – eu sorri mordendo meu sanduíche

Bree riu

–Quero que o festival comece logo! Falta uma semana! – ela parece animada de repente – A cápsula da cidade vai ser aberta, eu nem acredito! Já fui tantas vezes ao Parque das rosas, e fico imaginando quando vão trazer para cá para cima e ver o que o que tem dentro!

–Papeis de propriedade, datas, assinaturas... – eu disse por alto – Não acho que tenha coisa importante, afinal o que acontece de importante nessa cidadezinha?

–O véu!

–Ah não começa, Bree – fiz minha melhor cara de tédio

–É verdade, o véu existe!

–Um véu que divide o nosso mundo e basicamente o inferno? – eu ri me levantando e pondo meu prato na pia – Isto é só uma historinha antiga de um livro infantil que você leu

–Você diz isso agora, quando você abrir a cápsula verá se eu estou maluca ou não

–Eu abrir a cápsula? Acho que o prefeito fará isso. Não acha?

–Ele vai ti chamar para abrir

–Ok, agora você ficou realmente maluca. Eu abrir a cápsula? Isto não é trabalho para gente pobre, Bree, se toca! E eu também não tenho a menor vontade de abrir um bauzinho – digo risonha – Isto é besteira, esquece. Vamos dormir, viu?

–O prefeito vai chamar você, sua família verdadeira perdeu o dinheiro faz tempo, mas você ainda é uma Hale...

–Opa Bree pode parar! – eu levantei a palma da mão e a garota se calou, respirei fundo e cruzei os braços olhando diretamente para a menina – Você, e o resto dessa casa É minha família verdadeira. Ok?

–Mas Rosie...

–Não, Bree. Chega! Pra cama agora, rápida! Rápido!

A morena se levantou do banco e andou se arrastando para fora

Sacudi minha cabeça tentando afugentar os novos pensamentos sobre minha família biológica, passei as mãos nos cabelos, o rosto e suspirei antes de decidir tomar um banho

Temos apenas três banheiros na casa, e eu me dirigi a um deles no corredor, encostei a porta e tirei minhas roupas com pressa, me joguei debaixo do chuveiro e coloquei a água aquecida no máximo, à noite em Forks esta fria demais hoje, e água quente sempre é boa.

O Box é apertado, e eu me encosto à parede e fecho os olhos, sentindo meu corpo se arrepiar em contato com a água quente, sinto-me hipnotizada com a sensação de leveza, quando meus músculos relaxam-se e não há nada na minha mente, não há o pai de Bree, a falta de dinheiro, os idiotas da escola, os pesadelos, minha família biológica, nada a não ser paz

A paz acaba como num flash, meu corpo começa a ferver por dentro, uma sensação esquisita no estômago acompanhada com dor de cabeça, me seguro à porta do Box quando sinto que estou fraca a ponto de cair, equilibro-me estranha em cima dos meus pés, quando uma visão vem nos meus olhos, tão rápidos, em segundos, quanto à própria sensação

Vejo de relance uma sala com paredes de pedra, sem janelas, mal iluminada, com cheio de rosas. Estou no subterrâneo? Ouço risadas alegres, vozes femininas e gentis... São tão boas e familiares que é quase palpável, enquanto desço uma escada para ver com clareza a sala subterrânea, elas me seguem, as pessoas atrás de mim, mas não viro para olhá-los. Enfim, vejo melhor a sala, decorada como um museu do século passado, mesas de madeira, vasos feitos a mão, candelabros com velas acesas, estantes de livros, um mapa da região, e o principal de frente ao mapa, uma mesa redonda com cadeiras, a mesa é esculpida divinamente, com um símbolo, porém não tenho chance de vê-lo de perto, pois a visão acaba

Meu corpo volta ao normal quase instantaneamente, mas a fraqueza não me abandona, então eu mergulho na escuridão, desmaiada

***

–Rosie? Acorda...

Volto à consciência devagar, não me mexo, apenas respondo um quase inaudível

–Bree...

–Você esta bem? – ela pergunta preocupada

Com esta última pergunta, na minha cabeça tudo que aconteceu a noite passada volta como um soco. Abro os olhos tomando um susto, estou nua, deitada no chão do box, sinto-me envergonhada com a cena, e ao mesmo tempo aliviada quando eu vejo que apenas Bree e eu estamos no banheiro

Bree me ajuda a levantar, ainda estou um pouco tonta, e ela enrola a toalha escondendo meu corpo

–Não conte isso a ninguém – repito três vezes, por que as primeiras duas vezes são um sussurro que quase não saem da minha boca, sento no vaso com a tampa fechada, e começo a me sentir melhor – que horas são?

–Quase 5h, eles estão acordando. O que aconteceu? Você estava desmaiada

–Eu não sei – fui sincera, olhando para os lados como se aquilo fosse me dar alguma resposta – eu estou melhor agora, obrigado

–Não vou contar, mas acho que a mamãe devia saber. Você pode estar doente

–Mamãe tem outros problemas, Bree, isso vai ficar entre nós

–Ta bom

Levanto-me e vou para o quarto das meninas, minhas outras duas irmãs estão acordando, e já ouço os dois meninos do quarto ao lado fazendo bagunça como sempre, eles dormem sozinhos, desde que o mais velho saiu de casa

Já de banho tomado, visto-me com as primeiras roupas que encontro, ponho música no fone no máximo, Jay-Z, isso me impede de pensar, tomo o café com as crianças e meus pés, e logo já estou no nosso carro, um velho Honda, apenas as crianças da casa, pois meus pais vão para o trabalho a pé e eu tenho a responsabilidade de levar todos

Deixo Jordin, Nicole, Shawn e Drake na mesma escola, e restam apenas Bree e eu no carro, pois a sua escola, é do lado da minha

Estou em um cruzamento no sinal fechado, quando ouço as músicas da antiga banda de Rock anos 70, Kansas, e eu já até sei que vem do carro ao lado

Bree ri do meu lado dizendo algo baixo que deve ser:

–Quem vai vencer hoje?

Quase sempre vou de óculos escuros para escola, e desta vez estou os usando, abaixo o vidro e tiro os óculos para olhar de maneira agressiva e desafiadora para o homem na picape vermelha ao lado que já me encara com um sorriso confiante, e absurdamente irritante para mim

Alto, corpulento, muito musculoso, e por isso para muitos é intimidador, principalmente para seus adversários quando esta jogando como Quarterback no time de futebol americano da escola. Pele branca, olhos dourados, queixo duplo e um sorriso de idiota irritante, este é Emmett Swan

Ao seu lado, uma garota magra de cabelos castanhos, da qual nunca dei muita importância, sua irmã, Isabella Swan, uma nerd

–Ouvindo essa velharia de novo, Swan? – eu pergunto

–Querida dama, música de verdade nunca fica velha – ele respondeu com uma pose convencida

“Querida dama”, esse garoto esta pedindo para morrer...

–Já esta na hora de se atualizar, garotão – eu aumento o volume da música no meu carro, o novo álbum do Eminem - Isto sim é música

–Vejo que seu gosto só tende a piorar – ele riu

O sinal abriu e ele arrancou com o carro, apenas pude o ouvir dizer “Perdeu Barbie!”

–Aperta o sinto – eu disse enquanto pisava fundo no acelerador

O carro saiu arrancando pneus, o vento frio açoita meus cabelos e eu não me importo com a velocidade que eu ultrapasso os carros para ficar lado a lado com a picape, ultrapasso o sinal vermelho, e ele esta um pouco mais a frente, posso ouvir sua risada, mas ele ainda não venceu

O estacionamento do colégio este vazio esse horário, e esta perto o bastante para eu o ver, ele esta quase vencendo hoje, mas no último minuto, subo a calçada com o carro e pego a vaga mais próxima do portão da qual sempre brigamos, quase bato no carro nele no processo, e ele buzina reclamando do quase eu acidente

Olhei para ele no retrovisor e apenas sorri

Hoje não querido.

Sobrenome: Brandon

Nome: Mary Alice Brandon

Filiação: Mary Brandon e Samuel Brandon

Irmãos: Cynthia Brandon

Data nascimento: 13 de março de 1997

Profissão: Estudante do ensino médio

Estado civil: Solteira

Personalidade: Alice é muito alegre, positiva e inocente, um raio de sol que sempre tenta ver o lado positivo das coisas, natural de Forks, mas morou três anos em Los Angeles, é uma desenhista talentosa, e desenha principalmente roupas

Alice Brandon

Não sei se foi uma idéia brilhante voltar para cá, provavelmente minhas amigas tenham tido razão em achar que voltar para Forks era uma grande estupidez, mas não consigo me arrepender de estar aqui

Eu estou feliz, estou animada, inspirada, mal consigo dormir, e não dormi a noite toda enquanto não terminava de pintar meu novo quadro, e este é sem dúvida um dos quadros mais significativos que já pintei, mas sinceramente nem eu tenho certeza do que significa

O contorno de quatro animais juntos, ligados uns aos outros, apesar de eu não conseguir identificar o que os une... Um tubarão vermelho, um lobo azul, uma águia verde e um gato laranja

Estes animais fazem parte do meu último sonho. Durante três anos, tenho estado cheia de sonhos estranhos ligados a essa cidade, o mais regular deles, estou correndo velozmente entre as árvores de uma floresta não tão longe da casa do meu pai, onde eu costumava brincar quando criança, e por algum motivo esses sonhos me perseguiam mais e mais, até eu decidir morar em Forks com meu pai, eu vim procurar algo... Eu só não sei o que ainda

Passei três anos morando em Los Angeles com minha mãe, e ótimo estar em casa de novo

Olho o relógio na cabeceira da cama, e tomo um susto ao ver que já esta na hora de me arrumar para escola, eu joguei meu avental sujo de tinta no chão, e comecei a tirar minha roupa rápido enquanto entrava no banheiro

–EI, acabei de te conhecer, e isto é loucura, - eu cantarolei indo para debaixo do chuveiro - mas esta aqui meu número, então me ligue talvez

Tomei um banho regado as minhas músicas favoritas. Sequei meu cabelo e corri para o guarda roupa abarrotado de roupas, fiquei parada encarada as portas abertas esperando que do nada uma roupa perfeita para o meu primeiro dia de aula na escola de Forks se apresentasse, claro que isso não aconteceu, e eu como sempre me atrasei

Meu gato de estimação, Bob, deitou em cima da cama e miou para mim enquanto eu experimentava a quarta blusa, desta vez uma que eu desenhei, uma blusa rosa bebê, com estampa floral e detalhes brancos bordados na manga curta

–Tem razão, é essa – eu respondi a Bob

Peguei uma saia branca rodada, e calcei uma sapatilha clarinha, maquiei, e eu já estava pronta para o primeiro dia. No mesmo tempo em que eu me olhava no espelho do meu quarto, ouço a buzina do carro de Maggie

Eu desço as escadas com pressa, pego minha mochila e logo já estou dentro do carro

Abraçamos-nos com força, e ela esta sorrindo tão largamente quanto eu, é a primeira vez que nos vemos desde que eu cheguei

Maggie Gwendolen, é mais alta que eu cinco centímetros, magra, com curvas suaves. Pele branca, pálida, grandes olhos castanhos, lábios avermelhados e volumosos cabelos cacheados, longos, castanhos arruivados

–Eu senti muita saudade! – ela diz animada dirigindo o carro com um sorriso enorme nos lábios – Ainda não acredito que trocou Los Angeles por essa cidadezinha

–Nem eu – eu ri – mas gosto da paz dessa cidade, e voltei a tempo do festival!

–É o ano do centenário, estou louca para dançar e ir conhecer gatinhos – Maggie improvisou uma dancinha enquanto aumentava o som do carro, músicas eletrônicas do David Gueta

–Eu já comecei a desenhar as nossas fantasias pra última noite do festival! – eu digo animada – O que você acha de ser uma pirata bem sexy?

–Eu acho ótimo

Conversávamos tranquilamente sobre o festival, quando vi algo inesperado, em um beco sombreado, uma garota pálida, magra, loira de cabelos curtos, vestida com calças de couro e jaqueta preta, com um facão na mão pingando o que parecia ser sangue... E a garota olhava diretamente para mim com um sorriso ameaçador

–Para o carro agora! – eu gritei para Maggie em reflexo

Maggie não parou, e eu olhei para ela gritando outra vez, o que a fez parar com uma cara de não fazer idéia do que estava acontecendo

–Você viu quanto sangue? – eu pergunto

–Sangue? Não! Vamos sair daqui

–Espera...

Olho para trás rapidamente, mas a garota não esta mais lá, olho em volta, e até na frente do carro esperando que como em um filme de terror a garota já estivesse atrás de mim com um facão

–Uma garota loira... Cadê? – eu digo baixo com meu coração acelerado de medo

–Não vejo ninguém... – Maggie diz procurando em volta – vamos logo, estou com medo, a rua esta muito deserta

–ok...

Pensei, repensei, e cheguei à conclusão que já havia visto antes

***

–Tem certeza que não viu? – eu pergunto outra vez enquanto saímos do carro, já no estacionamento do colégio – Era loira, um pouco baixa, calça de couro...

–Não tinha ninguém, Alice – Maggie respondeu com cara de choro – para, se é pra me assustar já conseguiu. Não tinha ninguém naquela rua, muito menos uma assassina loira

–É que... – eu suspiro fechando a porta do carro e colocando as mãos no bolso da saia que mal cabiam meus dedos

–O que? – ela pergunta enquanto ajeita a calça de jeans se vendo na janela do carro

–Acho que já a vi antes...

Maggie fechou os olhos, suspirou e me olhou com preocupação

–Você acha que já sonhou com ela? – ela pergunta – Alice, isso é impossível

–Não sei... Já vi na internet que coisas assim podem acontecer

–Ou você é esquizofrênica

–Eu não sou esquizofrênica, – eu reviro os olhos e cruzo os braços – mas eu sei que já vi aquela garota antes em um sonho, essa cidade é... Diferente

–Acho que chata é uma palavra melhor, – Maggie riu – vamos pensar em outras coisas, tudo bem? Vamos achar o seu armário

Demos os braços e caminhamos juntas em direção aos portões. A entrada do colégio já esta cheia de alunos, e eu sei que vou esquecer-me do que aconteceu logo

Entramos pelos corredores conversando sobre fazer compras, quando esbarro com um garoto que passa correndo, e nós dois caímos no chão duro, quase levando Maggie junto, bati meu cotovelo na queda, e não consegui evitar uma gemida de dor

–Idiota! Olha por onde anda – Maggie diz para o rapaz enquanto me ajuda a levantar

Olho para baixo e o examino com um olhar rápido. É um rapaz alto, magro, e ainda assim musculoso e atraente. Pele clara, olhos castanhos avelã e cabelos loiro mel, não consigo reconhecê-lo dos meus anos passados em Forks

–Ta maluca, garota? – ele diz para mim de maneira grosseira

O rapaz levanta e limpa suas roupas, seus amigos estão com ele rindo da queda estranha

–Eu? Não se corre pelos corredores

–Fica atenta baixinha novata, esses corredores são perigosos

–Não me chama de baixinha – eu digo com raiva

Apesar do meu corpo bonito, sempre fui a mais baixa em todas as idades que tive, hoje só tenho 1.60 de altura, enquanto o rapaz é um vara pau que devia ter 1.75

–Vara pau idiota – eu reclamei enquanto via se minha saia estava amarrotada – você que devia tomar cuidado

Os garotos riram, mas ele não

–Ei anãzinha, com quem acha que esta falando?

–Um grande covarde, é com isso que ela esta falando

Essa voz não era minha ou de Maggie, mas de outro rapaz que ao ver a discussão se aproximou em minha defesa, este ainda mais alto que o de cabelos mel ignorante

–A garota não tem culpa, e se eu fosse você saia logo daqui

Os dois se encaram por um tempo, até que o ignorante olhou uma última vez para mim e seguiu caminho pelo corredor

–Jasper Whitlock é um idiota – Maggie balbuciou enquanto via o rapaz indo embora

Então é Jasper o nome dele? Já o detesto

Finalmente paro para olhar o meu salvador... Meu Deus, que deus grego!

Muito alto, magro, com músculos fortes. Pele pálida, lábios rígidos, olhos verdes esmeralda, e cabelos rebeldes e desalinhados, loiros cor de bronze

–Obrigado... – foi a única coisa que eu consegui dizer

–De nada – ele assentiu esboçando um sorriso, mas não me deu tanta atenção quanto eu gostaria – fique longe dele novata

–Claro... Eu me chamo Alice Brandon – eu estendi a mão e sorri, ele apertou minha mão com segurança... Que homem!

–Edward Cullen

–Prazer, Edward

Ele apenas assentiu e disse um baixo “preciso ir”

Maggie e eu ficamos paradas como estatuas até ele virar o corredor em direção a diretoria

–Quem é aquele? – eu virei para Maggie animada – Viu como é lindo?!

–Claro que eu vi. É Edward, você não ouviu?

–Claro que ouvi, só nunca ouvi falar

–É novato também, primeiro dia, ouvi dizer que é primo de Renesmee Cullen

–Que genética! – eu disse rindo – Acha que eu tenho chance?

–É uma cidade pequena, tenho certeza que as garotas devem estar de olho no rapaz novo, lindo e podre de rico

–E gentil... Ele ajudou uma garota que nem conhecia – eu digo com um sorriso bobo nos lábios

–É, mas não deu muita bola pra você depois

Viro-me para continuar andando em direção ao corredor onde estaria meu armário, quando sinto minha cabeça doer, uma dor insuportável que nunca senti antes, acompanhada com um ardor no estômago que se instala pelo resto do corpo. O que esta acontecendo? Estou pegando fogo

Cambaleei para trás fraca, e Maggie segurou-me

–Alice? Mana? – ela pergunta preocupada, mas não consigo vê-la, não consigo ver nada

Em um flash, estou em uma floresta escura, tem três garotas a minha volta, e minha primeira reação foi tentar me mexer, mas percebo que não tenho controle sobre meu corpo

–Sarah, vasculhe o perímetro, não vamos parar agora

Uma das garotas diz a outra, e eu me concentro em ver e decorar todo que eu posso dos seus rostos, mas é difícil vendo que o lugar é escuro e a visão é embaçada

–Lindsay, procure pela água, quero resultados rápidos. Dariana, - garota vira-se para mim – não se preocupe, vamos achar os vampiros que fizeram isso

–E eu vou matá-los de novo, – eu respondi com firmeza - eles vão pagar


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Notas finais do capítulo

PS: Maggie Gwedolen é originalmente na saga uma vampira do clã irlandês



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