Royal Academy escrita por Shaiera


Capítulo 7
Capítulo 7 – Ligação Emocional


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!! Vcs são lindos só queria dizer isso.

Esse capítulo terá altas revelações (nem tantas assim)... Vamos entender um pouquinho mais sobre a Haku-chan que é uma personagem que tem um importância na fic. Além, é claro, de saber sobre a tal ligação que a Meiko vai receber... Fiquem atentos que terá outro tipo de ligação e o título do capítulo mostra isso ;)

Esse capítulo ficou meio grandinho, eu disse grandinho, não gigante, podem ficar despreocupados, se compararmos aos outros esse ficou um pouquinho maior... Isso porque a Haku vai sofrer um pouquinho e precisava de um pouco mais de atenção.

Eu não tenho mais dia certo pra postar, to triste com isso, mas chega de drama... Só estou postando esse capítulo pq vai ter greve geral no meu estado, então não vou precisar estudar para a prova que eu teria que estudar! Aeeeee o/

Só tive tempo também de escrever este capítulo, pq foi feriado na segunda-feira aqui, então tive sábado, domingo e segunda de folga... Ahhh foi uma bênção.

Chega de falar bobeiras aqui, vamo que vamo com esse capítulo.

Boa leitura povo amado!



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POV Meiko

Quando terminaram as apresentações eu fui saindo com a Clara e o Bruno, não vi mais o pessoal, deviam ter ficado lá para ajudar a guardar os equipamentos. O Kaito deve ter se perdido no meio das fangirls recém adquiridas dele, agora ele vai fazer parte do clube dos pegadores junto com o Gakupo.

Fui para o quarto, eu estava cansada, mas também estava um pouco agitada... O Colégio não era tão chato quanto eu estava pensando, tirando as aulas, isso seria um paraíso!

Escutei meu celular tocar e fui correndo para atender ele. Quando olhei no identificador de chamadas percebi que era meu irmão, meus pais não iriam ligar mesmo.

– Meiko! Até que enfim você atendeu, pelo amor de Deus! Onde você estava? Sabe quantas vezes eu liguei?

– Oi, pra você também Meito! – Eu disse e escutei ele suspirar do outro lado da linha.

– Como você está?

– Eu estou bem e vocês aí?

– Estamos bem também. Onde você estava que não atendia o celular?

– Estava no clube de canto.

– Você voltou a cantar? Que ótimo!

– Eu não disse isso! Eu disse que estava lá, mas era para ver alguns amigos se apresentarem.

– Já é alguma coisa. – Ficamos um momento em silêncio.

Nesse momento me bateu uma saudade imensa de casa e dos meus irmãos, o Meito era meu irmão mais velho, ele agia como um pai para mim na maioria das vezes, não só para mim como para a Sakine também.

– Como você está na empresa? – Perguntei por que queria continuar ouvindo a voz dele e para quebrar o silêncio.

– Bem, o pai me colocou junto com ele no comando pra já pegar o jeito de como funciona a empresa e dar continuidade quando for necessário.

– Isso é ótimo! Estou muito feliz por você! – Eu disse sorrindo. Ele sempre levou jeito para comandar a empresa, acho super justo colocarem ele lá.

– Estamos com saudades de você.

– Eu também estou morrendo de saudades de vocês dois, queria ver vocês.

– Vou tentar marcar um dia para visitarmos você.

– Sabe que terá que ser escondido, não é?

– Claro Meiko, está falando com seu irmão esqueceu?– Eu ri um riso amargo, se continuar a conversar com ele, eu vou chorar, estou me sentindo uma prisioneira aqui. Ouvi uma voz fininha do outro lado da linha e então ele acrescentou. – Meiko, a Sakine não vai me deixar quieto se eu não deixar ela falar com você. – Eu ri, mas internamente estava me preparando psicologicamente para falar com minha irmã mais nova, engoli em seco.

– Nee-chan! Como você está?

– Estou bem Sakine e você?

Também, Nee-chan eu estou com muitas saudades de você! – Ouvi a voz dela ficar embargada, e ouvi o Meito dizer alguma coisa à ela. – Não queria que você tivesse ido estudar aí... Eu sinto sua falta! – Ela disse com uma voz chorosa.

– Não se preocupe, nós logo vamos estar juntas de novo ok? Nem que seja por um dia.

A Sakine foi negligenciada por nossos pais tanto quanto eu e o Meito fomos, mas quando ela nasceu, eu já tinha cerca de 3 anos e o Meito 7, então mesmo que fossemos crianças bem pequenas, assim que começamos a crescer, eu acabei por assumir um papel materno e o Meito um papel paterno com ela, esse era o motivo pelo qual ela era tão apegada a nós. Posso afirmar com certeza que fomos mais pais dela dos que os nossos próprios pais foram. Sei que na maioria das vezes não sou um bom exemplo para ela, mas esse é o meu jeito de levar a vida.

Ás vezes penso no Meito, quando eu fiz 12 anos ele tinha 16 e já começou a agir como um pai que eu nunca tive, mas e ele, como será que ele lida com isso? Ele é sempre tão forte, tão sério! Ele não tem problemas, ele resolve os nossos... Ele é meu super irmão.

Ok, eu quero muito te ver! – Escutei a voz da Sakine de novo, ai meu Deus estou me sentindo uma mãe que não vê o filho há dias, só que eu só tenho 16 anos e ela é minha irmã como explicar isso?

– Eu também Saki-chan. – Ao fundo pude ouvir a voz do Meito dizendo que era para ela se despedir.

Nee-chan eu tenho que ir, a gente vai se ver logo, porque eu vou encher o saco do Meito para ele marcar logo essa visita. – Ela disse e deu uma fungada, ela provavelmente estaria chorando... Meus olhos já estavam marejados, imagina ela que é uma chorona.

Meiko, temos que desligar, até a nossa visita! Se cuida. – Ouvi a voz do Meito novamente ao telefone.

– Ok, vocês também... Eu amo vocês!

Nós também te amamos.

E depois disso encerramos a ligação, meus olhos estavam com lágrimas acumuladas, que quando pisquei elas derramaram pelo meu rosto.

Nessa hora Kaito entra no quarto... Eu tentei enxugar as lágrimas em tempo recorde, mas ele me olhou assustado, caminhou até minha cama e sentou e olhando profundamente minhas feições.

– Porque você está chorando?

– Não estou chorando, é só um cisco. – Ele me olhou incrédulo

– Essa é a desculpa mais velha que eu conheço.

– Acredite no que quiser.

Eu não estava obrigando ele a acreditar em nada do que eu disse... Bem, na verdade é que eu fiquei sem saber o que falar, era essa resposta ou eu dava uma bela de uma resposta mal educada que como um bônus vinha com um xingamento, preferi a primeira, porque não estava a fim de discutir.

– Suas fangirls deixaram você sair de lá inteiro? – Eu perguntei sorrindo e mudando de assunto. Ele soltou uma gargalhada descontraída.

– Sim, deixaram... Não foi nada fácil, elas queriam tirar fotos, autógrafos, quase rasgaram minha roupa. – Ele disse exagerando sobre o assunto e eu ri.

– Já pode se considerar membro do clube do Gaku.

– Qual clube?

– O clube dos pegadores. – Eu disse e ele riu novamente.

– Se isso for me ajudar a conseguir ficar com uma garota que eu estou afim faz um tempo, será ótimo!

– E a sua namoradinha? – Perguntei sorrindo.

– Que namorada?

– A maria-chiquinha ambulante.

– Ela não é minha namorada e eu já falei isso para você.

– Tenho certeza que ela não sabe disso.

– Somos só amigos. – Olhei para ele e ele pra mim, começou a ficar um silencio desconfortável.

– E a garota que você está a fim, se não é a maria-chiquinha ambulante quem é?

– Só te conto se você me contar porque estava chorando.

Maldito! Eu achei que ele havia esquecido a porra desse assunto... Será que se eu matar ele agora e jogar o corpo pela janela, depois dizer que foi ele quem escorregou e caiu, vão desconfiar de mim?

– Eu não tinha o menor interesse em saber quem é a garota que você está afim, perguntei por perguntar. – Disse cruzando meus braços e ele me enviou uma cara de desconfiança ao mesmo tempo em que tentava segurava o riso.

– Sei... E se for a Miku?

– Ah! Eu sabia... Espero que sejam felizes um com o outro! – Disse com uma carranca. E ele riu.

–Não, não é a Miku. A garota é um pouco mais velha que a Miku, ela é linda... – Ele disse e olhava para mim com o rosto levemente corado.

– Como você acha tudo maravilho e lindo, eu terei que ver ela pessoalmente para dizer se é bonita mesmo ou não, até porque não confio nos seus gostos. – Disse e ele soltou uma gargalhada.

– Mas acho que você vai concordar comigo.

– Quando vai me apresentar ela? – Perguntei e ele ficou imediatamente sério.

– Não sei, quem sabe um dia... E você se apaixonou por alguém daqui? – Ele perguntou e parecia que seus olhos brilharam um pouco.

Xiiii, o que exatamente ele está querendo saber? Como assim me apaixonei por alguém daqui? É claro que não... Tá certo que tem um monte de gatinhos lindos aqui... E que ele está confundindo minha cabeça, mas acho que não estou apaixonada por ninguém... Ou estou?

– Não, até agora não me apaixonei por ninguém. – Vi seus olhos perderem o brilho e ele mudou seu foco de visão que até o momento estava em mim para qualquer outro objeto do quarto.

Isso foi estranho, uuuhhh!!!

– Para de suspense e me conta quem é ela? – Perguntei sorrindo.

– Um dia eu te falo.

Ficamos um pouco em silencio, um olhava para o outro de vez em quanto, mas não tínhamos assunto, até que eu resolvi puxar algum porque aquilo estava ficando irritante.

– E como foi lá na hora de você cantar, você ficou nervoso? – Perguntei e ele me olhou parecendo um pouco aliviado de eu ter dito alguma coisa.

– Um pouco, a escola inteira estava lá, mas o que você achou da música que eu cantei?

– Uau! Você arrasou! Foi muito bom mesmo... Incrível, não me admira as garotas terem pirado lá.

– Obrigado Mei-chan... Estava pensando em fazer um dueto, sabe... Queria cantar com alguém que tenha uma boa voz – Ele disse.

– A Mari-chiquinha ambulante canta muito bem, porque não pede para ela fazer um dueto com você?... Acho que ia ficar muito bom!

– Para falar a verdade, queria fazer um dueto com você.

– Não me venha com essa história de novo, puta que pariu, já conversamos e já discutimos por isso, o próximo passo será cair na porrada, quer experimentar? Eu sou boa de briga.

– Não, obrigado. – Ele disse e olhou no celular para ver a hora. – Já está tarde vamos dormir.

Nos levantamos e começamos a nos preparar para dormir, depois que eu já estava sentada em minha cama, ele veio até onde eu estava.

– Boa noite Mei-chan. – Ele disse e deu um beijo em minha testa.

Acho que fiz uma cara estranha porque ele sorriu depois e caminhou para apagar a luz. O que deu nessa criatura? To aqui chateada porque não reagi a tempo para dar um tapa nele, mas tudo bem. Eu deitei e fiquei de cara um tempo, demorei um pouco para dormir... Não! Eu não estava pensando nele, estava pensando nos meus irmãos.

Acordei pela aquela manhã com o Kaito chamando meu nome suavemente enquanto acariciava os fios da minha franja, que deveriam estar extremamente despenteados. Eu abri os olhos ainda sonolentos.

– Para com isso, porra. – Murmurei e me sentei na cama.

– Bom dia pra você também. – Ele disse sorrindo.

Fui para o banheiro tomar banho, já saí de lá com o uniforme da escola. Depois de um tempo nós fomos para a sala de aula, cuja primeira aula seria uma das minhas matérias preferidas, se eu fosse uma nerd igual ao Kaito, matemática.

Assim que entramos fomos para nossas carteiras, assim que o professor começou a explicar a matéria, eu vi a coordenadora chegar até a porta da sala.

– Com Licença professor, eu gostaria que as alunas Sakerune e Yowane me acompanhassem.

Ouvi a turma soltar risos e fazerem muito barulho... Já estava com saudades disso, em minha outra escola eu sempre era chamada na sala do diretor e isso acontecia umas 2 vezes por semana.

Kaito me olhou preocupado, e eu estava sorrindo, olhei para a Haku que estava com a mesma cara de sempre, levantamos e caminhamos até onde a coordenadora se encontrava, bom... Pelo menos a Haku andou, eu desfilei até ela.

A coordenadora nos levou até a sala do diretor, assim que entramos ele estava com os braços cruzados e com um olhar bravo no rosto. Nós entramos e sentamos nas cadeiras em frente à mesa dele.

– Eu fiquei sabendo que as duas estavam ingerindo bebida alcoólica. – Ele disse e eu o olhei de forma desinteressante, a Haku não mudou as feições dela.

– Não vão dizer nada, nem mesmo se defender? – Ele tornou a perguntar, já ia dizer alguma cosia, porém a Haku me interrompeu.

– Pai, você sabe que eu bebo, então nem adianta ficar me perguntando essas coisas, porque você já sabe a resposta. Não tenho do que me defender.

– Eu não me importo com o que você faz e você sabe muito bem disso, só não quero que a imagem dessa escola seja manchada pela sua falta de vergonha na cara!

O pai da Haku parecia meu pai falando, meu Deus, eu fiquei com uma raiva imensa dele, eu olhei novamente para a Haku que se encolheu levemente.

– Nós bebemos no meu quarto, não era pra ninguém ficar sabendo.

– Eu te coloquei em um quarto sozinha justamente para que isso não se espalhasse e ninguém percebesse nada, mas ainda assim você continua arrastando gente pra lá com você? Eu vou ter que fazer o que? Te trancar naquele maldito quarto? Você só me traz problemas, maldita a hora em que você nasceu!– Ele gritou nervoso e vi Haku ficar com as feições triste e os olhos lacrimejantes.

Não aguentei, ele não iria falar com ela dessa forma! Está tratando ela de forma desumana!

– Não fale com ela desse jeito! Ela é sua filha, como pode tratar ela dessa forma?

– Eu não estou falando com você ainda Sakerune!

– A Haku não teve culpa de nada, foi eu quem a convenceu de beber comigo.

– Boa tentativa, mas eu conheço minha filha muito bem e sei que ela não perderia uma oportunidade de beber... Agora já que tocou nesse assunto, eu vou entrar em contato com seus pais para que eles tomem conhecimento do que está fazendo.

– Fique à vontade! Eles não darão à mínima, me colocaram aqui para que não se responsabilizassem pelo que eu faço, então tenho certeza que não darão importância nenhuma.

– Vocês duas são um caso perdido! Se uma de vocês mancharem a reputação da minha escola, eu juro que faço vocês se arrependerem! – Ele disse em um tom de ameaça.

– Se já acabou, estamos indo. – Eu disse e puxei a Haku pelo braço comigo para fora da sala.

Ela não disse nada, começamos a andar e eu achei melhor não irmos de volta para a sala, então fomos para o pátio externo, num lugar um pouco afastado em baixo de uma árvore que era um lugar meio escondido.

– Você esta bem Haku? – Perguntei a ela, que somente balançou a cabeça positivamente. – Temos pais excelentes não é mesmo? – Ela soltou uma risadinha.

– Ele só me trata assim porque eu sou bastarda, sou filha dele com outra mulher, não a esposa oficial dele. – Ela me explicou calmamente e com um olhar triste.

– Então porque você está aqui? Não teria sido melhor ter ficado com sua mãe?

– Ele me tirou na minha mãe ainda quando era bebê, me impossibilitou de vê-la e ela a mim. Resolveu que iria me criar, porém a esposa dele não gostou da ideia. – Ela soltou um riso amargo. – Sempre que ela pode me humilhar na frente de quem quer que seja ela não perde a oportunidade.

– Ele te mantém aqui para esconder você? – Perguntei mais afirmando do que perguntando, a história dela tinha alguns elementos que batiam com a minha.

– Sim, por isso eu fico em um quarto sozinha, se não fosse por isso, você teria ficado no mesmo quarto que eu. Ele tem vergonha de mim, mais ainda porque eu bebo e não consigo aprender as matérias da mesma forma que as outras pessoas fazem, não consigo Meiko... Eu tento ser o que ele espera que eu seja, mas não consigo... – As lágrimas escorriam livremente pelo rosto dela, eu só conseguia ver tristeza e dor.

A abracei e fiquei tentando fazer ela se acalmar... Acho que é aqui onde nossos modos de encarar a pressão que recebemos muda, ao invés de agir como ela, eu deixei de me importar com o que eles esperam de mim, não que isso não me cause dor, mas a dor é menor, isso posso ter certeza.

– Não fica assim Haku-chan... Você é uma pessoa maravilhosa, não devia se preocupar com o que ele pensa de você!

Fiquei mais um tempo com ela, fomos conversando e ela foi se acalmando, até que ouvimos um barulho alto indicando que o recreio havia começado.

– Está melhor? – Perguntei e ela sorriu.

– Sim, obrigada Mei-chan! – Ela disse sorrindo, acho que foi a primeira vez que vi a Haku sorrindo.


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Notas finais do capítulo

Próximo capítulo teremos novamente contato com uma pessoinha que anda meio sumida, ela apareceu rapidinho no início, mas depois sumiu... Pois então, quem será?

Quero ver vocês nos comentários!!

Um beijão enoooorme e nos vemos nos comentários o/



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