Bad Heroes escrita por Katreem


Capítulo 20
Tails


Notas iniciais do capítulo

GENTE OLHA EU AQUI ^-^ aqui é a Mila desta vez. Só pra esclarecer uma coisa, meu namorado agora tem a senha da minha conta, e ele lê, favorita e comenta algumas (ou várias) fanfics aqui. Quando ele comenta, ele sempre assina com um "by Louis" OK? OK! Agora sobre a ficzinha, eu não tava de bem com ela, porque ela estava me fazendo pensar sobre muitas coisas e eu não gosto de pensar. No próximo capítulo, a história vai ganhar alguns pontos fundamentais. Agora leiam! E espero q gostem e se não gostarem não tem problema, é a vida né? Mas se comentarem eu volto bem rapidinho, SEM CHANTAGEM. E mais uma coisa, tem uma referência que eu acho muito linda nesse capítulo, será que vocês vão achar?



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Hoje é terça-feira, o dia mais angustiante da semana, depois da segunda, é claro. O baile de outono é daqui a uma semana. E como faço parte do jornal da escola, teria de estar por dentro de todos os afazeres da festa.
Agora, todos os alunos que quiseram se voluntariar para ajudar com os cartazes, balões, faixas e essas outras bobagens, estão na quadra coberta de Rosewood Day. Estamos dividindo a quadra com a equipe de basquete, que está treinando do outro lado e o grupo das líderes de torcida, que executam seus movimentos na outra extremidade da quadra.
Aria, Hanna e Mona estão pintando pedaços enormes de cartolinas com a frase “bem-vindos ao baile de outono”, Alison está tirando fotos com sua Polaroid (embora eu não entenda como isso vai ajudar) e Emily e Toby estão tentando centralizar uma faixa na entrada da quadra enquanto eu estou ajudando. E mais uma dúzia de outros alunos faziam tarefas parecidas, sob a supervisão de Andrew Campbell.
— Emily, estique mais o braço. — Apontei, observando o ângulo.
Em cima da escada, Emily virou seu rosto para mim com uma cara impaciente.
— Não dá. — disse entre dentes.
Toby ficou nos olhando, esperando ordens.
— É claro que sim. Vai logo.
— Mais do que isso? — Emily me olhou pedindo misericórdia. Porém, eu estava ali para garantir que tudo sairia perfeito. E do ângulo que Emily estava segurando a faixa, perfeito era a palavra que menos definia.
Os jogadores do time gritavam bastante, fazendo com que minha percepção ficasse irritada.
— É, Emily. — enfatizei. Toby deu um sorrisinho curto para Emily.
— O.k. — ela bufou, tentando esticar o braço.
— Muito bem.
Voltei meu olhar para trás, onde o time jogava. Noel Kahn estava coma bola, batendo-a e correndo em direção a tabela, mas seu golpe foi bloqueado por Eric Kahn, o irmão mais velho. A bola quicou ligeiramente para perto do cartaz que Mona pintava, batendo no balde de tinta e derramando tudo por cima das letras pintadas por ela.
— Você fez isso de propósito, Eric! — Mona se levantou, as tranças balançando.
Eric se aproximou e pegou a bola.
— Não, mas deveria ter feito. — disse ele. — É melhor ficar esperta.
Ele voltou a jogar com os companheiros.
Juntei as sobrancelhas, estranhando quando Hanna se chegou para perto de Mona e levantou o balde de cima da cartolina.
Mona ficou boquiaberta, observando Hanna como se ela fosse um robô. Eric bloqueou outra bola na direção de Mona, mas dessa vez Hanna a pegou sem nem olhar. Mona esbugalhou os olhos e Hanna lhe deu uma piscadela, se virando para Eric.
— Manda a bola, Marin. — pediu ele, com o rosto todo suado.
Os olhos de Hanna foram de Eric até Mona novamente.
— Joga aí, Hanna. — pediu Noel, de uma forma mais gentil. Alison deu um clique com a câmera, tirando uma foto dele, que logo se distraiu.
— Está bem, só um segundo. — Hanna mordeu o lábio, com um sorrisinho surgindo no rosto. Ela quicou a bola, andando até o centro da quadra. Emily e Toby se viraram para ver, assim como eu. — Quer a bola? Vem pegar.
Hanna deu um sorriso presunçoso e Eric a seguiu numa risada lasciva. Ele acompanhou Hanna, os olhos fervendo e ficando de frente a frente com ela no centro da quadra.
— Pega logo dela, Eric. — disse algum imbecil do time dele.
Hanna estendeu a mão com a bola, com uma carinha de inocente. Eric tentou pegar, mas em um movimento mais do que rápido, Hanna trocou a bola para a outra mão. E assim que ele fez outra tentativa, Hanna repetiu o movimento e colocou a mão no alto.
Eric voltou a avançar na direção da bola, e Hanna fingiu ter jogado a bola para frente. Eric tentou ser rápido e deu as costas para ela, procurando pela bola laranja, no mesmo momento que Hanna gargalhou e bateu a bola nas costas dele. Os jogadores do time dele soltaram risadas zombeteiras. E ao meu lado, Emily e Toby riram.
— Vai deixar barato, Kahn? — Alison incentivou, tirando uma foto da feição envergonhada no rosto dele.
Eric ameaçou se aproximar de Hanna com velocidade, porém ela fingiu que ia jogar a bola nele com força novamente. Eric encolheu os braços em proteção. Dei uma risada contida.
Hanna estendeu a mão com a bola novamente.
— Pega. — disse ela. — Aí, vou te ajudar. — ela sorriu e tampou os olhos com a outra mão, fazendo uma brecha e espiando. Os garotos do time fizeram barulhos, incentivando Eric. — Melhorou? — ela virou o rosto para trás.
Ele não disse nada e agarrou a bola, mas não conseguiu tirá-la da mão de Hanna.
— Vai, Eric.
— Puxa, cara. Vai. — os garotos impulsionavam.
Hanna se virou e tirou a mão dos olhos.
— Pega, Eric. — ela ria quando ele tentava puxar a bola dela.
Então ele começou a dar passos para trás, andando para perto da tabela enquanto Hanna quicava a bola e os garotos do time perguntavam o que Eric estava fazendo.
— Tá legal, Marin. — gritou Eric. — Pode vir! — ele bateu no próprio peito.
Hanna começou a correr com a bola nas mãos, rindo. Eric ficou no caminho dela, mas Hanna apenas fez um movimento com o braço, fazendo-o cair um pouco longe. Ela deu um salto incrível, fazendo uma enterrada espetacular. A tabela se partiu em milhares de pedaços, fazendo chover vidro em Hanna, que já havia pousado no chão.
As líderes de torcida, que faziam uma espécie de pirâmide, caíram com a força do salto e bolha que Toby fazia com sua goma de mascar estourou.
Alison deu um flash na cara de Eric, caído no chão e com um semblante perplexo.
— Quem quer ser o próximo? — Ali olhou os outros meninos do time, sorrindo debochada.
***
Estávamos no último tempo de aula, e eu anotava todas as coisas escritas no quadro com tanta rapidez e afobação que minha mão estava quase se contorcendo em câimbra. Tinha passado quase metade do tempo inteiro jogando um jogo de quebra-cabeças no celular, apenas para descontrair, mas o jogo satânico me prendeu por quase a aula inteira. Mas que fique claro que a culpa não foi do celular e seu jogo e muito menos minha, mas sim do professor por copiar tanto enquanto eu me distraí.
Essa aula eu tinha junto com Lucas Gottesman, que quebrava seu lápis toda vez que o aprumava em sua mão e tentava escrever. Em todos os lápis quebrados, Lucas murmurava “lápis idiota” ou “mão idiota”.
O sinal finalmente tocou, mas eu não pude sair da sala já que ainda estava no último parágrafo do texto, que parecia mais o antigo testamento da bíblia de tão grande. Não que eu fosse de reclamar, pois Spencer Hastings não reclamava de trabalho. Mas poxa, custava resumir o texto?
Claro que custava, preguiçosa.
Subconsciente, cale a boca.
É apenas uma alerta. Daqui pouco terá preguiça até de pegar o lápis.
Acontece que ninguém pediu a opinião do Sr. Intrometido.
Eu ainda não sou casado, com licença. Portanto não posso ser chamado de Senhor.
E nunca se casará também!
Se estudasse mais saberia disso.
Mas eu sabia.
— Srta. Hastings? — a voz do professor de história me arrancou do meu conflito interno. Pisquei forte algumas vezes, tirando a atenção do caderno.
— Sim?
— Eu preciso apagar o quadro. — avisou ele, erguendo um apagador na mão. Percebi que todos já haviam saído.
Não ouse apagar esta lousa, meu caro.
— Só um segundo, Sr. Porton. — voltei a escrever com toda velocidade, terminando finalmente. — Pronto, pode apagar.
Ele apenas concordou e começou a apagar a lousa, franzindo o cenho para mim quando passei por ele carregando meus livros e minha bolsa nas costas.
O corredor estava vazio, tornando meus passos audíveis. Apertei meus livros contra o peito, dando passos rápidos naquele chão liso. Tinha que ir ainda para o Clube de Aritmética, na biblioteca. Não estava atrasada, as reuniões começavam lá pelas uma da tarde e ainda era meio-dia e trinta e dois. Mas como uma boa presidente de todo clube, deveria ser a primeira a chegar.
Estava dobrando no corredor perto da sala de química quando ouvi algumas vozes meio ao longe. Continuei andando, vendo Toby de costas e conversando com um senhor de casaco marrom.
— É verdade? — disse o senhor, com as mãos nos bolsos do casaco.
— O que? — Toby disse baixo.
— O que ouvi lá dentro agora. — respondeu o homem. — Você humilhou aquele garoto?
Toby ficou pensativo, relutante a responder.
— É, humilhei. — respondeu por fim e com um suspiro. — Mas esse cara... Esse cara mereceu.
— Mereceu? — repetiu o senhor, descrente.
— É. — Toby assentiu sem muita convicção.
Eu não tinha ideia do que estavam falando, mas resolvi continuar andando mais devagar.
— O garoto que bateu em você... Ele mereceu? — o senhor se pôs a fitar o rosto de Toby.
— É, mas...
— Então foi tudo para se vingar? — o homem levantou as sobrancelhas e adquiriu uma feição mais rígida. — Você deve estar se sentindo muito bem agora. Estou certo?
Toby olhou para baixo, com a mandíbula trincada. Ele negou com a cabeça, totalmente desconcertado.
— É, foi o que pensei. — concluiu o homem, movimentando os ombros. — Bem, graças a sua brincadeirinha tive que mudar meu turno de trabalho e por isso você vai ter que buscar a Jenna às nove da noite, entendeu?
Toby manteve o olhar baixo, apenas concordando.
— Você entendeu? — o homem se inclinou para frente, buscando o rosto de Toby.
— Tá, entendi. — Toby respondeu ao erguer a cabeça.
— Ótimo. — replicou o senhor, e logo em seguida seus olhos me enxergaram. — Ela me é familiar. — ele disse a Toby, que virou o rosto e me olhou rapidamente. — Ah! É a menina do seu computador...
— Não. — Toby negou com a cabeça.
— Ele tem uma foto sua no computador! — o homem exclamou para mim. Senti todo meu sangue se concentrar no rosto. Então o homem se voltou para Toby. — Não esqueça sua irmã. — deu dois tapinhas no ombro de Toby e se afastou.
Toby deu uma risadinha forçada.
— Pode deixar.
E então se virou para mim, com um sorriso amarelo.
— Que figura, esse aí é meu pai. — Ele disse com o rosto vermelho, mas logo voltando ao normal. Aproveitei para dar mais passos até ficar de frente para ele. — Ele mente compulsivamente e confundiu você com outra garota.
Dei um sorriso sacana.
— Então você não tem uma foto minha no seu computador? — olhei para os lados fingindo desapontamento.
— Tenho. — ele rebatou no segundo seguinte. — Mas é que eu tenho uma foto da equipe de debate e você está nessa equipe.
— Claro. — concordei.
— É isso. Ele deve ter me visto... Sei lá, dando uns retoques. — ele fingiu pintar no ar com a mão.
— Estava dando uns retoques em mim?! — soltei com um riso. Ele riu abertamente.
— Ah, espera aí. — negou com a cabeça ainda rindo. — Eu nem vou responder isso.
— Você foi expulso? — perguntei curiosa, me referindo sobre a conversa que ele tinha com o pai.
— Não, só peguei serviço comunitário.
Um silêncio bastante constrangedor se instalou na nossa atmosfera. Mordi o lábio e desviei o olhar para trás.
— Ei. — Toby chamou, hesitante. — Você não está a fim de... Sei lá... Er...
— A fim de quê?
— Não sei. — ele ajeitou a postura, suspirando. — É que... Uh... — não falei nada. Ele mordeu o lábio inferior. Não faz isso não, meu querido. — A gente podia... Ou a gente podia fazer outra coisa, a gente podia...
— Tudo bem, por mim, sim.
— O quê? — ele piscou, não acreditando.
— Podemos fazer qualquer coisa. — disse eu, observando seus olhos quase da mesma cor que sua camisa azul.
— Sério? — um pequeno sorriso surgiu em seus lábios.
— Claro.
— Sim, sim. Para mim está ótimo.
— Legal.
— Beleza. — ele levantou um dos pés para trás e voltou a abaixar. — Só que agora não dá, não é?
— É, para mim não dá mesmo. — falei, soltando um suspiro em meio ao sorriso.
— Eu também estou super ocupado. — ele disse. — Mas de repente...
— É, é só marcar. — apertei meus livros.
— Outra hora, né?
— É, melhor deixar para outra hora. — dei meu último sorriso, avançando e passando por ele, que ainda tinha o sorriso satisfeito nos lábios.
Continuei andando, e depois de alguns passos olhei para trás. Toby estava estático, ainda com o mesmo sorriso no rosto. Voltei a caminhar e quando olhei de novo, o vi ir à direção oposta, saltitando como uma lebre. E agora sim, dei meu último sorriso.

Quinta-feira.
Ezra havia arranjado um treino em uma fábrica enorme de peças de navios. O lugar estava abandonado, mas mesmo assim era fresco, ventava bastante e quase ninguém mesmo aparecia por lá. Haviam correntes penduradas por todo o teto do enorme depósito, hélices gigantes por todos os cantos e bases de navios enferrujados. Grades de ferro que iam do chão até o telhado do armazém.
— Vocês podem fazer o que tiverem vontade, vamos treinar a desenvoltura urbana. — Ezra disse. Ele anotava alguma coisa em sua prancheta.
Emily franzia o rosto ao olhá-lo.
Ezra ainda insistia em usar o jaleco mesmo fora do laboratório e os óculos enormes de aviador, sem falar no seu sapato cheio de glitter, que foi o alvo das piadas de Alison e Hanna.
— Nós já temos desenvoltura urbana. — disse Aria. — Quase tudo que fazemos é na cidade, salvamos de assaltos, roubos a banco, acidentes de carro, atropelamento.
Ezra a olhou.
— Aria, em Nova Iorque não há apenas prédios. Sim, eu estive pesquisando. Há o subúrbio também. Vocês estão acostumadas a saltar de cima de prédios sem ter medo de cair, porque terão tempo de amortecer a queda. Estão acostumadas a desviar somente de prédios e torres, isso é fácil. — Com certeza é fácil, por que você não tenta? É tão fácil, né? — Vamos focar no Brooklyn agora, lá haverão escadas de incêndio entre os prédios, pontes, edifícios pequenos e ruas estreitas. E é por isso que vocês precisarão de toda flexibilidade possível.
Aria analisou o lugar.
— Já podemos começar? — perguntou.
— Quando quiserem. Quero execução de movimentos com toda velocidade que tiverem. — Ezra colocou os óculos sob os olhos e fez um sinal de joinha com o polegar.
Emily e eu começamos tentando saltar por cima de uma hélice na parte de fora do depósito. Corríamos e tentávamos saltar. Caí mais de trinta vezes junto com Emily e por várias vezes quase atingimos Ezra, que ficava feito um retardado atrás da hélice.
Hanna e Alison se equilibravam sobre a borda de uma base de navio.
— Corram o mais rápido que puderem! — Ezra ordenou, fazendo as garotas rirem. Conforme as duas corriam, Alison deixava rastros de gelo, mas Hanna vinha logo atrás, derretendo tudo.
Alison deu um empurrão em Hanna, que por estar correndo rápido demais, saiu voando. Aria se apressou para tentar pegá-la, e as duas rolaram no chão, já que Aria não tinha tanta força para carregar Hanna.
— Aria! Aria! — Ezra gritava. — Vamos aproveitar para treinar sua força agora. Voe com Alison em suas costas.
— Alison! — Hanna chamou a amiga que corria como uma bala ao redor do navio.
E bem como imaginei, Alison tornou a correr em nossa direção com a mesma velocidade. E pior: na minha direção.
Pensei em me desfazer feito água para não ser atingida, mas eu precisava de uma fonte, e isso eu não tinha.
Emily logo se pôs a minha frente, jogando as mãos para frente e formando uma espécie de barreira, e Alison que vinha todo vapor, foi atirada de volta para trás.
— Wow! — Ezra gritou junto a mim e Hanna. — Boa, Garota da Mente!
Emily ficou vermelha, ainda mais ao ver Ali resmungando no chão.
— Isso não foi legal, Em.
— Desculpe! — Emily se aproximou, puxando Ali pelos braços. — Eu só...
— Não! — Ali revirou os olhos. — Você foi incrível.
— Sério?
— É, mas ainda estou brava. — Ela jogou o cabelo para o lado. — Então não fale comigo. — Se afastou de Emily ao empurrá-la pelos ombros. — Me chamaram? Estou aqui.
Ezra estava tentando tirar os óculos da cabeça, mas não conseguia, então parou de se debater feito um macaco.
— Pois bem, Aria irá te carregar.
— O jogo virou agora, baixinha. — Ali riu.
— Não me odeie se eu te derrubar. — Aria riu, pondo-se atrás de Alison.
— Eu não odeio ninguém. — Ali deu de ombros.
OLHA A MENTIRA!
Com muito esforço, Aria começou a voar baixo, segurando Alison pelo tronco.
— Se você cair, cairá de cara! — Avisei só para implicar mesmo.
— Ei! — Ezra disse. — Spencer tente subir naquelas grades lá de dentro, e você também, Emily. — ele apontou o armazém. E depois olhou Hanna. — E Hanna, vamos treinar algo que você bem sabe fazer.
Hanna subiu em um navio não tão alto enquanto eu e Emily nos afastávamos para entrar no depósito. Vi Hanna saltar e se estatelar no chão. Quis fazer xixi de tanto rir.
— Viu só? Vamos tentar mais uma vez. — Ezra riu.
— Vou é tentar bater na sua cara! — Hanna grunhiu.
Entrei no depósito com Emily, observando as enormes grades e mexendo um pouco os ombros. Como eu não sabia voar, deveria ao menos manjar desse tipo de salto.
Emily foi a primeira. Só com o salto que deu, alcançou um ponto alto e foi pulando, se segurando na grade e dando saltos incríveis até chegar lá em cima.
— Vem, Spen! — Ela gritou lá de cima.
Dei um pulinho, agarrando o metal mais baixo que estava acima da minha cabeça. Quase morri com a força que tive que fazer.
— Vamos! — Emily incentivou. Coleguinha, não é tão fácil assim! — Se eu consegui você também consegue. — ninguém é igual, Emily. Ninguém!
Fiz uma força enorme e saltei para o ferro adiante. Quero execução de movimentos com toda velocidade que tiverem. Lembrei-me do que Ezra dissera e logo pulei para o outro ferro acima, à minha direita e depois para o da esquerda, ficando de pé sobre este. Repeti os movimentos até conseguir chegar em Emily.
— Uau! — Ofeguei. — Essa coisa é alta pra caramba.
— Eu sei! — Emily, a atlética, riu. — Não é incrível?
Ela, que estava sentada em uma barra de ferro, deixou o tronco cair para trás. Quase enfartei pensando que ela estava desmaiando ou algo assim, mas ela apenas prendeu as pernas no ferro e ficou lá de ponta cabeça.
— Incrível é descobrir que você virou o novo chimpanzé. Será que dá pra parar de se balançar assim? Quer cair e morrer? Pode quebrar o crânio e morrer, ou pode cair, danificar o crânio e ter traumatismo craniano. Também pode cair, danificar o crânio, ter traumatismo craniano e morrer; cair, sofrer traumatismo craniano e ter uma paralisia ou pode...
Emily Chimpanzé me ignorou completamente e forçou o tronco para cima. Ah sim, finalmente me ouviu e vai tentar se sentar. ERRADO! Ela apenas pegou impulso e soltou as pernas do ferro, se jogando no ar e agarrando uma das correntes ali perto.
Agarrada na corrente feito o Tarzan, ela atravessou o depósito.
— Ahhhhhhhh! — gritava e ria.
E foi se chegando perto da parede com uma velocidade enorme. Pronto. Agora vai virar uma mancha de gordura na parede, que isso sirva de lição. ERRADO NOVAMENTE! Ela se soltou da corrente e logo agarrou a outra, partindo para o outro lado do depósito novamente e quando chegou perto da seguinte parede, pegou a outra corrente e ficou dando uma de Tarzan dos Cipós.
Hanna apareceu na entrada do depósito e observou Emily finalmente saltar de uma corrente e vir dando mortais no ar até pousar gloriosamente alá Alison DiLaurentis no chão.
Ela se levantou e se virou para trás, me olhando.
— Sua vez, Spencer!
Quê?! Minha vez nada! Quando foi que decidiu que depois de você bancar o Tarzan, seria eu? Mas nem morta!
— Spencer cagou! — Hanna riu.
— Cala a boca, Marin! — gritei lá de cima.
— Spencer é uma cagona! — Ela voltou a rir. E para minha infelicidade, Alison logo apareceu.
— Qual é a boa?
— Spencer está cagando de medo de saltar. — Hanna disse.
— O termo correto seria apenas com medo. — disse eu.
— Cagooooona! — Ali gritou rindo.
— Você não se cansa disso, não é mesmo?
— Posso fazer isso o dia todo. — disse Alison, levantando uma das sobrancelhas.
— Ah! Apenas para deixar registrado. — disse eu, me pondo de pé naquela barra estreita. — Eu odeio vocês. — E saltei.
É, devo ser louca mesmo.


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Notas finais do capítulo

Teve erros? Óbvio, sou humana, todos somos. Eu estive refletindo bastante sobre Pretty Little Liars e queria perguntar uma coisa, vocês são team cap ou team iron?



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