Atlanta escrita por Luna Collins


Capítulo 8
Capítulo Sete




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Quatro horas depois, Grace e Levi já tinham os resultados das análises. Grace esperava na sala da diretora e haviam outros médicos lá também. Na sala de reuniões. Levi bateu a porta devagar, trazendo uns papéis consigo. Todos estavam com expressões tensas no rosto.

―Então, Levi? ― falou Grace quase que roendo suas próprias unhas. Ela já sabia do resultado mas estava apreensiva em como iriam resolver este caso.

―Como eu e Grace analisamos, os sintomas são os mesmos e se parece com uma gripe comum. ―Os dois viram muitos suspirar como se fosse um alívio. O rapaz respirou fundo e prosseguiu. ―Mas este é um vírus novo, que está não só aqui, mas ao redor do mundo. Os sintomas dele são mais intensos e não há cura.

Muitos ficaram perplexos com a notícia. Seria este o fim? Só havia um jeito, Grace e ele entraram em um acordo antes dessa reunião, discutiram sobre a única solução que seria proposta para todos trabalharem unidos ao máximo.

―Como assim não há cura? ― indignou-se uma das médicas novatas. Grace interviu já irritada.

―Não há cura! ―ela exclamou. ―É como outras inúmeras doenças que só se tem uma solução.

―E qual seria ? ―perguntou Lavínia.

―Eu trabalhei durante essas horas com Levi, tentando buscar ideias e entender como erradicar esta doença. A solução seria uma vacina, já temos a fórmula. Temos apenas que multiplicar as doses para vacinar toda a população. ―ela parou um instante e prosseguiu. ―E é claro que, o CDC irá mandar para os outros laboratórios do mundo.

Levi assentiu e apenas prestava atenção na explicação da garota.

―E em quanto tempo levará para ser feita esta vacina? ―perguntou um dos médicos que estavam lá.

―Bom, ela é de preparo rápido. Umas cinco horas ela está pronta. Mas isso é só o preparo, fora os testes que devemos fazer para assegurar que vai funcionar.

―E demoraria muito estes testes? ―perguntou Lavínia.

―Sim... ―Grace suspirou derrotada. ―Uma semana e meia.

―Uma semana e meia?! ―exclamou a doutora que estava irritada. ―Até lá não sabemos a que altura estará esta doença não identificada!

―Nós sabemos! Mas não podemos fazer isso. Poderia ter reações nas pessoas.

Grace havia deduzido qual seria o antídoto para esta doença de acordo com o que havia estudado mas, é claro que todos os outros cientistas do CDC concordaram em usá-los no preparo da vacina, pois, teriam que passar por perícia do laboratório para garantir que era o preparo com as substâncias certas.

―Sim, mas pelo que vejo, podemos esperar mais. ―falou Lavínia contendo a raiva da médica que estava ao lado dela. ―Me parece ser uma gripe daquelas que várias vezes já vimos por aí, não acham?

―Tem razão. Podemos ir produzindo logo e fazendo experiências e testes com a vacina. Vai dar tempo. ―disse Levi, acreditando em si.

―Então, querem começar agora? ― perguntou a diretora do Grady.

―Sim, e já enviaremos as instruções para os outros laboratórios do mundo. ― falou Levi.

―Certo. Muito bem, reunião encerrada. ― disse a mulher, e todos se dispersaram da sala de reuniões de seu escritório.

**

Após a trilha aventureira de Gavin, ele voltou para casa e descansou. Não tinha ensaios e nem eventos hoje. Tirara este dia para sua folga. Havia chamado sua assistente de trabalho, que era sua amiga também, e Owen, que era um amigo de infância do rapaz. Os três conversavam, comiam petiscos e tomavam uma cerveja. Owen fumava um cigarro na varanda distraidamente, Carla estava na cozinha, fazendo uns pedaços de frango frito bem pequeninos para servir de petisco e Gavin sentado no sofá, uma garrafa de cerveja na mesinha de centro, já havia secado aquela há uns dez minutos. O homem estava com o controle remoto na mão, passava de canal em canal. Nada interessante. Até que colocou em um filme que parecia ser bom.

―Os petiscos estão prontos. ―falou Carla enquanto colocava o frango em um pratinho de servir com papel toalha embaixo para secar a gordura. ―Hum... deve estar uma delícia.

―É, pelo cheiro deve estar mesmo. ―Owen apagou o cigarro na varanda e entrou na sala de estar. ―Podíamos casar. ―ele brincou.

―Melhor não, acho que a cerveja já está fazendo efeito em você. ―Carla rebateu com um sorrisinho irônico.

―Falando em cerveja... ―Gavin pegou a garrafa que estava na mesa. ―Que tal mais uma rodada?

―Tudo bem, lá vai. ―Carla deu meia volta e foi até a cozinha pegar mais três cervejas. Trouxe para a sala, e cada um abriu a sua.

―Um brinde! ―falou Gavin. ―Á Carla, que faz petiscos como ninguém. ―ele sorriu levantando a garrafa ao alto, sendo acompanhado pelos dois amigos.

―Saúde! ―disseram Carla e Owen em coro, brindando e logo tomando um gole de suas bebidas.

―E parabéns aos noivos... ―Gavin sussurrou brincando com Carla, que tinha um ouvido muito bom.

―Ah, qual é? ― A moça deu um tapinha no braço de Gavin que ria divertido.

―Está vendo, Carla. Não é só eu que vejo que combinamos. ―Owen fazia um olhar sensual de um modo engraçado, apenas de brincadeira mesmo para descontrair. Os três riam juntos quando Carla parou abruptamente.

“Interrompemos nossa programação para dar um comunicado importante. ..” Era o que dizia uma moça na TV, após uma música de entrada como se fosse um plantão de emergência do noticiário.

―O que foi? ― Owen viu a reação da garota e não gostou nada. Gavin sentiu um arrepio na espinha.

―Isso não é bom sinal.

―Credo gente, assim até eu fico com medo, parem. ―Carla fechou a cara, todos prestavam atenção no comunicado Oficial do Governo.

“Esta tarde, foi identificado um novo vírus altamente intenso. A doença ainda não identificada tem os sintomas de dores de cabeça fortes, febre alta, cansaço demasiado e alguns tipos de alucinações, se parece com alguma doença já vista, mas seus sintomas são mais intensos. Vários pacientes chegaram ao Grady Memorial Hospital de Atlanta com estes sintomas e piorando, e em outros hospitais dentro de Atlanta, nos arredores e em todo o mundo. O vírus é facilmente transmitido, mas os fatores que desencadeiam a doença em cada um são diferentes. Os cientistas do CDC já estão no preparo de uma vacina para prevenir a população, estará disponível em até duas semanas para questões de teste e segurança, a vacina será aplicada neste período. A qualquer momento mais notícias sobre essa nova epidemia que assola a cidade de Atlanta, o Estado da Geórgia, o país e o mundo.”

A jornalista terminou a frase com um suspense que deixou todos com os cabelos da nuca arrepiados. Gavin, Owen e Carla se entreolharam pasmos.

―Caramba..! ― Owen conseguiu dizer após o que ouviu. Carla, nervosa, deu um gole longo em sua cerveja.

―Ei ei ei mocinha, vá com calma! ―Gavin segurou a garrafa da mão de Carla.

―Ah... só sei dizer que é tenso. Será que vai dar muito problema? ―a moça franziu a testa e voltou a olhar para a televisão. A transmissora continuou exibindo o filme que estava passando. Gavin deu de ombros e logo pegou um pedaço de frango frito.

―Eu sei que estou com fome, isso sim. ―ele falou mordendo um pedaço do frango, Owen riu e tomou mais um gole de sua cerveja.


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