Atlanta escrita por Luna Collins


Capítulo 26
Capítulo Vinte e Cinco


Notas iniciais do capítulo

Gente, demorei a postar porque to meio sem coragem pra escrever. Mas continuarei escrevendo e me superando. Espero que gostem. Boa leitura



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/598238/chapter/26

O grupo de Gavin já estava dirigindo há mais ou menos quarenta minutos, logo estariam chegando a Juliette. No carro de Amy, Logan dirigia concentrado e todos estavam em silêncio. Ivne observava a paisagem que se passava pela janela, se lembrando de tudo que havia acontecido há alguns dias. Foi tudo tão rápido que parecia não ter caído a ficha ainda. Ela estava grávida, seu noivo ficou doente, a vida normal em Atlanta se foi e ela viu seu noivo se transformar em um zumbi, depois fugiu e acabou sendo atingida com uma facada na barriga e perdeu seu filho. Ao se lembrar disso, passou a mão em sua própria barriga com um ar triste, fazendo Logan perceber. Ele resolveu quebrar o gelo.

―Ivne, sei que é duro para você ter que lembrar, mas... estava grávida de quantos meses?

―Quase três. ―ela respirou fundo. ―Meu noivo, ficou doente dessa gripe e eu o vi se transformando nos meus braços... ―lamentava.

Logan viu o sofrimento da modelo e não sabia como mudar de assunto, Amy viu a reação dele e resolveu ajudar.

―Tudo bem, veja pelo lado bom. ―Amy tentava reanimar a esperança de todos ali. ―Logo estaremos chegando a Juliette. Quem sabe lá não encontraremos algum abrigo, ou mais sobreviventes, não é mesmo?

Ivne sorriu, fazendo Amy se aliviar porque conseguiu fazer com que a modelo esquecesse um pouco de tudo o que havia acontecido, e pensar que haveria esperança em meio ao caos.

No carro de Carla, Gavin tentava bolar alguma estratégia de sobrevivência até chegarem a Savannah. Ele queria garantir que encontrariam comida, armas e conseguiriam seguir estrada parando para descansar em algumas cidades, sem que fossem atacados por errantes. Sabia que estavam em todo lugar mas tentariam evitá-los quando percebessem que estavam por perto.

―Seria mais fácil seguir direto até Dublin, não? ―Owen sugeriu.

―Não podemos, Owen! ―reprimiu Carla.

―Ela está certa. ―disse Alicia. ―Estamos dirigindo já há quarenta minutos. Logo chegaremos em Juliette e iremos descansar. Quem sabe lá não encontramos mais comida, armas e combustível para seguir viagem?

―É eu estava pensando no combustível... ―disse Owen. ―Mas você tem razão, será melhor antes que a gente acabe no meio da estrada sem comida, gasolina e armas para nos defender.

―Se houvesse um conselho, elas seriam ótimas estrategistas. ―falou Gavin dando uma leve risada.

―Gente, já pararam para pensar se houverem mais sobreviventes em Juliette? ―falou Alicia.

―Seria ótimo, juntaríamos forças para chegar até Savannah. Será que mais gente sabe disso? ―indagou Owen.

―Devem saber. Ou não. Ah quer saber vamos continuar, só descobriremos quando chegarmos lá. ―respondeu Carla.

Continuaram dirigindo pela rodovia principal, já que aparentemente era mais seguro e evitariam se perder por estradas desconhecidas. E chegariam logo, pois não havia trânsito.

**

Jack estava dirigindo e dentro do veículo, apenas Judy e Levi conversavam lá atrás. Estavam tentando formular uma hipótese para todo esse caos. Tinha haver com algo em relação à vacina com a gripe. Porque a gripe estava matando quem havia contraído o vírus, e mesmo sem parte de seus estudos feitos no laboratório do Atlanta Medical Center, ainda estavam com o resultado de alguns testes feitos lá, que eles concluiriam quando chegassem à cidade mais próxima.

Penny estava triste, quieta. Depois que saíram de Jackson esta seria a primeira frase que ela iria dizer.

―Papai?

―Sim, minha querida? ―ele respondeu, ela estava abraçada com ele.

―Estou enjoada.

―Quer que pare o carro?

Penny apenas assentiu positivamente e Phillip se dirigiu a Jack. Grace viu a situação, Penny estava pálida. Talvez fosse por tudo que aquela garota de apenas dezesseis anos havia passado até agora, e havia perdido o namoradinho que fugiu com ela.

―Jack, ela não está bem. Vamos parar aqui. ―Grace tocou delicadamente o braço de Jack e ele foi diminuindo a velocidade até parar.

Phillip abriu a porta e Penny saiu em disparada. Parece que já estava pronta e só esperou o carro parar para ir até o mato e colocar tudo para fora. Judy foi até a garota.

―Eu te ajudo, queridinha. ―falou a enfermeira, ajudando Phillip a segurar o cabelo da adolescente. Grace e Jack continuaram dentro do carro.

―Você acha que há mesmo uma cura para o que está acontecendo? ―indagou Jack.

―Eu creio que deve haver. Mas os que estão mortos, não há mais jeito... ―ela disse com ar de preocupação. ―Essa base que deve haver na Ilha de Freeport, será para proteger os sobreviventes. Para que mais ninguém morra ou seja atacado.

―Espero que tenha muitos sobreviventes por lá. ―ele suspirou, temendo algo que não sabia o que era. Talvez fosse algo de sua própria imaginação. Mas com todo esse caos teriam que pensar em tudo mesmo.

Após Penny terminar, Phillip deu a ela um pedaço de guardanapo e ela limpou a boca. Judy foi até o carro e buscou uma garrafinha de água para Penny beber um pouco. A jovem ruiva foi tomada pelas lágrimas e ajoelhou-se no asfalto da estrada, lamentando por tudo.

―Está tudo perdido! Ângelo se foi... O mundo está acabado!

Todos estavam comovidos com a tristeza da garota. Era para se entender, pois havia perdido a mãe no hospital, devido a essa doença. E agora perdera um amigo e a quem tinha um relacionamento. Temia em perder aqueles que estavam ao seu redor agora, estava precisando colocar para fora as tristezas. Ao ver o desespero da menina, Grace virou o rosto para o outro lado, evitando ver as lágrimas da jovem porque a cientista realmente queria ajudar, e iria conseguir. Jack viu a reação da mulher a seu lado e seguro sua mão, dando forças a ela quem sabe...

Judy abraçou Penny e a garota se acalmou aos poucos. Levi saiu do carro, estava escutando algo.

―Estão escutando? ―ele falou atento ao barulho.

―Parece um... ―disse Grace saindo do carro também com Jack acompanhando-a.

―Carro. ―Phillip disse.

Judy se levantou ajudando Penny e agora o rosto dela estava ainda cheio de lágrimas, mas ela não estava mais chorando. Limpou as lágrimas e prestava atenção ao barulho que ficava cada vez mais próximo. Logo eles observaram dois carros se aproximando e ficaram surpresos. Não imaginariam que encontrariam sobreviventes ali.

Eram os sobreviventes do grupo de Gavin. Eles também se admiraram ao ver os sobreviventes de Jack. Foram diminuindo a velocidade e pararam perto. Todos saíram dos carros. Jack empunhou sua arma.

―Quem vocês são? ―ele perguntou desconfiado, mantendo seus sobreviventes atrás.

―Fique calmo, parceiro. ―falou Gavin ao lado de Carla, e mantendo os outros atrás também.

―Só estamos indo para Juliette. ―Carla falou.

―Também estamos indo para lá! ―Penny disse na esperança que eles se juntassem.

―Penny! ―Judy falou como se reprimisse a revelação da garota. Como aqueles eram desconhecidos, não sabiam se podiam confiar neles ou não.

―Pode abaixar a arma, soldado. ―falou Carla como se desafiando Jack. Ele fitou bem os olhos da loira e olhou os outros que estavam com eles. Talvez até os ajudaria.

―Se pudermos agora, então seguiremos para Juliette sem incomodá-los. ―disse Alicia, tentando talvez convencê-los na base da ironia.

―Esperem. ―falou Grace que primeiro observava as atitudes de todos. ―Penny está certa, estamos indo para lá também. ― ela foi abaixando a arma de Jack que não resistiu quando ela foi convencendo-o.

―Tudo bem, poderíamos nos juntar. Vamos parar nessa cidade e descansar, talvez buscar suprimentos e armas. ―falava Carla.

―E combustível. ―Owen ressaltou a importância que os carros teriam.

―Claro. ―a loira confirmou. ―E em seguida continuaremos seguindo estrada para Savannah.

―Savannah? ―indagou Levi. ―Jack, eles sabem! Estão apenas mantendo seus amigos em segurança.

Jack teve o mesmo raciocínio de Levi e concordou.

―Tudo bem, desculpem. ―disse o soldado. ―Sou Jack Crueses, soldado de guerra. E estes são: Grace Hirschfelder, auxiliar de análises laboratoriais do Governo; Judy, enfermeira do Atlanta Medical Center; Levi, cientista do CDC; e Phillip e Penny, sobreviventes que encontramos.

―Sou Gavin Ross, fotógrafo. ―sorriu o rapaz se apresentando e falando dos outros também. ―Esta é minha auxiliar Carla Reeves-Urie, esta aqui é Alicia Herzog, e os outros são Owen Cleveland, Amy Riviere, Ivne Laurent, Logan Wood e Caleb Jacometti.

―Muito prazer. ―disse Carla a todos eles. ―Vamos continuar seguindo até Juliette, podemos nos abrigar por lá, fazer um lanche para todos e conversar sobre essas questões de sobrevivência. ―a mulher deu um sorrisinho.

Cada um entrou em seus carros onde estavam antes e seguiram até chegar em Juliette. O carro de Jack ia na frente e os outros dois iam seguindo ele.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Atlanta" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.