Mente tortuosa escrita por MilaChan


Capítulo 16
Seguir em frente... ou pelo menos tentar


Notas iniciais do capítulo

Oiiii meus amores. Mil desculpas por não ter postado ontem mas eu tive um leve bloqueio. Obg aos comentários que recebi. Espero que gostem boa leitura.



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POV Emily Monroe

Já fazia três dias que eu estava no hospital. Três dias agonizantes, a única coisa que fazia era chorar e ter pesadelos que me faziam chorar. Não conseguia comer nada, sentia meu estômago a todo instante. Me sentia fraca e sem forças para ficar de pé.

Quando o ferimento em minha cabeça já estava melhor os médicos decidiram que eu já poderia voltar para a clínica. No dia de minha alta do hospital eu estava péssima, não queria ir por mim eu ficaria naquela cama só vendo o tempo passar, tentaram me fazer comer mas eu me recusava a engolir qualquer coisa.

Quando estava pronta, Susanne entra em meu quarto e passa ao mão em meu cabelo. Eu não consigo segurar e acabo chorando.

– Eu fiz o que achei que seria o melhor para ele. Mas eu sinto tanta falta dele. Por que amar dói tanto? - digo entre os soluços.

– Por que foi verdadeiro, tudo pelo que vocês passaram. E quando nós amamos alguém de uma forma tão verdadeira, para que essa pessoa saia de nossas vidas dói e muito. Mas eu vou estar sempre do seu lado para todos os momentos.

– Obrigada - Digo abraçando-a.

Depois de todas as medicações serem prescritas. Meu pai e Susanne me levam de volta para a clínica. Estava exausta e a primeira coisa que faço e me deitar e dormir, não demora muito para um velho conhecido meu voltar a aparecer. Os pesadelos.

Em meu sonho estava na clínica mas tudo estava escuro. Caminho para procurar uma saída ou uma luz para me orientar. Quando finalmente acho uma porta encontro uma cena que me faz ficar enjoada. Thomas está beijando outra garota, cujo rosto eu não consigo ver, ele se vira para mim e diz.

– Ah, olá Emily. Faz tempo que não nos vemos, mas se você quer saber. Eu nem senti falta de nada. Fiquei até aliviado em me livrar de você, poder viver a minha vida sem esse fardo que é você.

Aquelas palavras me desestabilizam, tampo meus ouvidos tentando dizer a mim mesma que não é mas me parece real, até consigo sentir o aroma de seu perfume.

– Eu nunca te quis sua louca - Depois que ele diz isso consigo sair do pesadelo. Quando acordo estou extremamente suada, corro para o banheiro e vomito, aquela sena foi tão nojenta que me deixou tonta.

Quando volto para o meu quarto sento na minha cama, pego a almofada que Thomas dormiu naquele dia e sinto seu perfume, lágrimas escorrem dos meus olhos, como eu sinto falta dele.

No decorrer das semanas não vejo mais Thomas na clínica, isso de certa forma me preocupa. Será que ele abandonou o tratamento? Será que ele voltou a beber?

Durante um jantar entre mim e Susanne, eu me volto para ela e digo.

– Susanne, você disse que estaria ao meu lado a todo momento.

– Claro querida, você precisa de algo?

–Na verdade sim. Eu preciso ocupar a minha mente se não vou acabar enlouquecendo de vez. E sei uma maneira de me manter distraída, quero descobrir mais sobre a minha mãe, venho me lembrando de certas coisas, mas eu sei que tem coisas que eu não me lembro e coisas que ninguém me contou. Preciso que me ajude a descobrir por que eu me esqueci de certas coisas.

Susanne parece meio relutante em aceitar mas por fim segura a minha mão e diz.

– Conte comigo.

As semanas passam e um dia quando estou saindo de uma consulta com um neurologista Susanne me diz algo que faz meu coração acelerar.

– Acho que descobri por que você não se lembra de certos acontecimentos.

POV Thomas Markinstop

Já faz três semanas desde que eu e Emily terminamos. Posso dizer que minha vida está um verdadeiro lixo, saí de casa e estou no apartamento que está no meu nome.

Voltei a beber e cada dia está almentando, começou com um copo e agora já estou com três garrafas por dia. Durante o da eu tento me distrair ouvindo música ou vendo um filme, tento até dar uma volta no parque, mas tudo me faz lembrar dela. O azul do céu, as músicas que escutávamos, os filmes que assistíamos, tudo me faz lembrar de Emily, da minha Emily.

Não voltei mais a clínica desde que eu a ví pela última vez. Isso foi há umas duas semanas, eu a vi na minha última reunião com o grupo. Ela estava muito magra e eu sinto que pouco a pouco o brilho em seus olhos estava acabando. Tive que me segurar muito para não correr e abraça - la, mas talvez não fosse o certo a fazer. Pareciso seguir em frente mas não sei se serei capaz.

Caminho até uma loja e compro mais uma garrafa.


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Notas finais do capítulo

Bom gente eu sei que o cap ficou curto mas prometo compensar no próximo. O próximo talvez saia no domingo, espero que tenham gostado beijoooooos.



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