Small History escrita por LuisProd43


Capítulo 4
Historia 4 - Difícil Decisão.




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Uma chuva fina caia no jardim, um velho home repousava na varanda de uma pequena cabana. Usava trajes longos e negros, olhava para um pedaço de papel com um lápis na mão. Já estava ali a horas e não tinha escrito nada. Pensava seriamente no que escrever, estaria mesmo deixar esse mundo. Ao longe na estrada que levava até a cabana via-se dois cavaleiros em seus cavalos. Eles chegaram até o jardim, desceram de seus cavalos e caminharam juntos, segurando firme o cabo de suas espadas, até o homem que estava na varanda.

– Não precisam se preocupar, eu não vou ataca-los.

Os cavaleiros se entreolharam.

– Mas não é certo entrar desprevenido na casa de um mestre, sem a sua permissão. Mestre Koman. – Disse um dos cavalheiros.

– Não uso mais título de mestre.

– O título nunca se perde.

– O que vocês querem?

– É sobre o seu Morion, as tropas que ele controla já se tornaram bastante poderosas e numerosas sobre todas regiões. O poder de energia dele já ultrapassa de todos os lutadores.

– Por isso treinei aqueles garotos, minha última chance de fazer o certo.

– O jovem Leonard tentou, mas foi derrotado.

– Subestimou o próprio poder de energia, eu aposto. Desculpe, mas não vão conseguir nada de mim aqui.

– Vamos eu disse que não adiantaria. – Disse o cavaleiro que falava se virando, mas o outro não fez o mesmo. Continuou encarando as costas do mestre.

– Não creio que isso seja verdade para o senhor.

O mestre virou o rosto e encarou o cavaleiro por cima do ombro.

– Qual seu nome rapaz?

– Nathaniel Cam. O senhor conhece sobre minha família. Treinou meu irmão mais velho que me treinou.

– O jovem Zack...

– Sim, ele foi morto pelos servos do seu filho. Por favor, o senhor é o único que pode detê-lo. Sei que é difícil lutar contra o Majon. Não existe gloria ao mestre lutar contra um de seus pupilos. Vim na esperança que o senhor conseguisse honrar um dos seus outros pupilos que seguiu o caminho que o senhor mostrou.

Nathaniel se virou e foi em direção ao seu cavalo junto com outro cavaleiro que o acompanhava. Antes de chegar ao cavalo Nath virou novamente para o mestre e gritou.

– Ele capturou uma pessoa. Uma que estava treinando com o povo do Leste. A jovem Ariel.

Nathaniel então voltou e montou em seu cavalo. E partiu. Mestre Koman levantou deixando cair o lápis e o papel, começou a viajar na memória. A 17 anos atrás. Quando numa guerra viu seu lar pegar fogo, lutava sozinho contra 14 soldados negros. Sua mulher e seus filhos estavam lá dentro. Lutou até suas últimas forças usou muito de sua energia elementar. Quando as chamas se apagaram não encontrou nada. Será que haviam escapado. A muito escolheu não ouvir os nomes dos seus familiares. Soube de histórias mas recusou a aceita-las.

Koman caminhou para dentro de sua cabana. Abriu um armário que estava fechado por um selo. Queimou o selo com a energia que manava de sua mão. E lá estava sua armadura de guerreiro.

*******

A distâncias dali, havia se passado horas de batalhas. Guerreiros, arqueiros, armamentista e soldados negros estavam caídos. Ao longe da torre estava Morion, olhando para o vale, saboreando as baixas. Não importava para ele quem estava ganhando. Ele saberia que não haveria qualquer guerreiro, mestre, ninja ou outro cavaleiro que pudesse ganha-lo numa luta.

– Vejo que meu poder nem se compara a esses seres inferiores, concorda, meu primeiro comandante.

Sem nenhuma resposta.

– Primeiro comandante... – Morion agora se virava e via que o primeiro comandante que estava ali tinha uma espada fincada em seu coração. Logo caiu morto no chão e revelou a face do mestre Koman, trajando sua armadura. Brilhando ao verde da energia que emanava dele.

– Uma das coisas que te ensinaram era nunca subestimar um adversário mesmo que a vitória esteja certa.

– Uma situação como agora.

– Pare com isso Morion. Acabe com essa guerra. Acabe com esse ataque. Pode mudar sua história.

Morion começou a rir.

– Então conseguiram fazer com que o mestre Koman saísse de seu lar. Me surpreendi quando soube que treinou novamente depois de tantos anos. Mas vejo que seu pupilo Leonard não foi o suficiente para me deter. Achei que confiasse mais em seu trabalho.

– Só errei uma vez no meu trabalho e não foi com Leonard.

Morion olhou para cima e via no alto de da montanha que ficava no lado da torre. Via Leonard vivo, com ele estava a jovem Ariel e uma mulher com um pano azul na cabeça. Já via aquela mulher antes.

– Então você conhece pessoas. Cuidado elas podem te trair. Já conseguiu resgatar a garota. O que mais quer?

Koman ainda segurava a sua espada.

– Que assim seja. Ganhou sua luta.

Morion então abriu os braços e foi coberto por uma energia roxa ela criou uma couraça e uma espada prateada com cabo de joias.

– Tente me deter.

Ambos travaram uma luta tensa. Golpes de espadas se espalhava pelo ar. Morion lançava energia contra Koman, este usava sua energia para levantar pedras e lança-las contra Morion. Golpes e desvios iam um contra o outro. As pedras que formavam o lugar eram destroçadas devido a tamanho poder. Koman usava golpes paralisantes, mas Morion conseguia anula-los.

– Não tem como para uma energia desse poder. Não é algo elementar. – Gritou Morion. – Não adianta tentar me parar desse jeito. O único jeito é me matando.

Koman cortava o ar com sua espada, Morion bloqueava todos os ataques.

– Pode fazer melhor que isso mestre.

Os dois com a energia concentrada na espada colidiram uma com a outra fazendo com que estas voassem para longe de suas mãos. Então Morion começou a aplicar socos e golpes, todos desarmados por Koman com facilidade.

– Sempre soube que você era o melhor no combate de mãos. Mas eu ainda posso ganhar de você. A menos que me mate. – Dizia Morion, limpando o sangue de sua boca. – Mas você não vai fazer isso, mesmo tento a autoridade de um mestre. Se não vai ser você a me matar, então será a sua morte que marcara o dia de hoje.

Morion partiu com um soco em direção ao rosto de Koman, mas este segurou o braço dele virou contra as suas costas e prendeu em um abraço.

– Sim, hoje marcara minha morte. Não tenho coragem de mata-lo, mas não serei eu.

Nesse momento a mulher cujo estava coberta com um lenço azul segurava a espada de Koman nas mãos e desferiu um golpe contra o peito de Morion que atravessou acertando também Koman. A energia dos dois apagaram. Morion virou o rosto para Koman. Agora seus olhos estavam claros novamente.

– Me perdoe.

Virou-se para mulher.

– Me perdoe.

Uma lagrima caiu pelo rosto da mulher ainda coberta pelo pano.

Koman olhou para o céu. Via umas nuvens carregadas de chuvas e relâmpagos. Lembrou-se da noite a muito tempo em que abraçava um garoto com medo dos relâmpagos e falava que estava ali no lado dele. Que o protegeria de agora em diante. O mesmo garoto que segurava nesse momento da morte.

– Eu te perdoo, meu filho. Agora irei protege-lo no pós vida. Não deixarei você se perder novamente. Irei com você. Meu filho amado. E não foi com você que errei, foi comigo mesmo.

Koman olhou para mulher. Já sentia a sua vida deixar seu corpo.

– Obrigado, meu amor. Cuide de nossa filha novamente. Eu cuidarei do nosso...filho.

A mulher beijou a testa de Koman. Ariel havia descido até o encontrou deles, junto com Leonard. A mulher de azul levantou-se esticou a mão para Ariel que foi até o encontro dela e a abraçou chorando.

Leonard encarava a cena. E pensava: Não existe gloria ao mestre lutar contra um de seus pupilos. Mas se a causa for para proteger o mundo e acima de tudo proteger o próprio pupilo de si mesmo. Não existe descrição para isso. Um homem que teve a maior coragem de todas de lutar contra seu próprio filho para proteger aqueles que nem ao menos conhecia. Agora acompanhara e protegera seu filho até a pós vida. Um mestre e um pai. Seu nome será lembrado pelas dinastias.


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