Mil e um casos de amor (HIATUS) escrita por Moon, Luanara


Capítulo 14
Capítulo 13


Notas iniciais do capítulo

Capítulo especial cheio de grandes acontecimentos dedicado para as minhas princesas que me inspiraram com lindos comentários...
Scarlett, Andy Weasley, Miss Waldorf, Di laurentis e Team Barbie, suas lindas



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POV Lauren

Só o amor para me tirar da cama cedo de manhã para ir para uma academia. Agradeço mentalmente que Amy esteja com Reagan e que ela tenha ido a pé. Assim posso finalmente dirigir nosso carro. Certo, que eu tive uma longa conversa com meu pai para convencê-lo de que eu sou responsável, e que eu tive que dizer que eu iria resolver um trabalho que deu errado antes da aula e que a Amy não tinha como chegar tão cedo para me levar. Estava me lembrando da noite anterior mas começou a tocar Bang Bang e perdi meus pensamentos. Logo cheguei a academia e Anthony já me esperava.

– Sinto lhe informar que você não vai malhar hoje. – Disse saindo do carro.

– Você disse que vinha malhar comigo! – ele disse sério.

– Foi a única maneira que eu achei de ter tempo contigo. Até parece que não tem espaço na sua vida pra mim. – respondi fazendo bico.

– Mas é claro que têm. É só dar uma apertadinha aqui e ali. – ele riu e me beijou.

POV Karma

Acordei sentindo os braços dele me abraçando enquanto ainda dormia, me virei acordando-o, sorri ao ver aqueles olhos se abrindo preguiçosamente e ele sorriu de volta apertando o abraço.

– Bom dia, Bela Adormecida. – falei irônica.

– Bom dia! – ele respondeu e voltou a fechar os olhos.

– Ei, ei! Vai acordar não?

– Nunca vi alguém querer acordar de um sonho bom.

– Pois pode acordar que a realidade é ainda melhor! – respondi e ele me beijou.

POV Reagan

Acordei e me senti mal pelo o que eu sabia que estava por mim. Abracei Amy com força, cheirei seu cabelo e temi abri os olhos. Quando o fiz aqueles lindo olhos verdes já me encaravam e o mais lindo dos sorrisos se abriu pra mim.

– Bom dia! – ela falou baixinho, e eu lhe forcei um sorriso.

– O que foi? – eu devia saber que ela perceberia.

Eu estava planejando escrever uma carta ou algo do tipo para que eu não tenha que dizer tudo o que eu tinha que dizer. “Enquanto não sair da minha boca não é verdade!”, uma parte de mim pensava. Mas eu sabia que ela devia saber.

Eu me levantei da cama coloquei um vestido e fui até a cozinha e sorri ao ver a comida que nós nem tocamos.

– O que você está evitando me contar, Reagan! – ela perguntou séria com uma camisa minha e lingerie. Eu poderia até apreciar a vista mas meu rosto foi ao chão. – Reagan! – ela soou preocupada.

– Nada! – eu falei baixinho e ambas sabíamos que eu estava mentindo.

Ela juntou as coisas dela irritada e se vestiu a calça jeans.

– Não vai, Amy. – eu falei e uma lágrima caiu. – Porque sou que eu vou.

– Você vai pra onde? – ela perguntou me encarando.

– Eu vou embora, Amy! Talvez pra sempre, talvez não, mas eu vou! – falei e outra lágrima teimosa caiu.

– Do que você está falando? – ela se aproximou.

– Eu vou voltar pro Canadá. A minha mãe precisa que eu esteja lá.

– E porque você está assim? A sua mãe está doente? Porque seria pra sempre? – ela me abraçou.

– O salário aqui não é dos melhores, eu devia ter terminado os estudos. Mas eu nunca fui embora de lá, eu não esperei terminar a escola, eu fugi, porque meus pais não me aceitavam, e eu não posso fazer isso de novo com eles. Eles me aceitaram e me chamaram pra casa. Eu quero ir, eu vou! E não sei se vou conseguir voltar! – e todas as minhas lágrimas caíram.

– Vai ficar tudo bem! A gente se fala todo dia, a gente consegue passar por isso. – ela sorriu pra mim com lágrimas no rosto também.

– Você sabe quantos relacionamentos à distância eu assisti acabar em mágoa e tristeza? – eu respirei fundo. – Eu não quero que o nosso amor acabe assim, porque eu te amo e eu sei que você me ama também, mas eu prefiro me lembrar do amor que eu deixei intacto. Um amor que curou feridas e um amor que permitiu duas pessoas mergulhar na mais singela doçura.

– Claro! E ela que tanto temia ser deixada, me deixou. – ela disse como se recitasse um poema. – Não precisa usar um monte de palavras bonitas só pra terminar comigo! – ela pegou sua bolsa e saiu chorando.

POV Amy

Sai da casa da Reagan chorando, correndo. Parte de mim queria entender o lado dela, mas tudo o que se passava na minha cabeça era que ela terminou no comigo. Sentei na parada, prendi meu cabelo, passei a mão nos rosto e troquei a blusa da Reagan por uma minha mesmo estando no meio da rua. Eu ia deixar a blusa ali, mas coloquei na minha mochila. Coloquei um casaco branco de lã e calcei minha bota e o ônibus chegou. Chorei parte do caminho, mas me contive quando estava chegando na escola.

Desci apressada querendo ir logo para o banheiro, ainda era cedo então eu tinha a esperança de que ninguém me visse. Essa esperança acabou quando alguém segurou meu braço, levantei a cabeça e vi aquele rosto familiar, o rosto da última pessoa a me abandonar. Ou melhor, penúltima. Eu perdi o fôlego pó rum momento, e fiquei imóvel.

– Não reconhece seu pai, Amy? – Adam falou me dando um sorriso de lado, e com os olhos pedindo por uma reação.

– Esse é o seu pai? – Shane se aproximou, e me abraçou notando que eu não estava bem.

– Eu não tenho pai, Shane. – o abracei também e fomos embora.

Andamos em silêncio te chegar ao pátio. Shane me olhou preocupado e eu corri para o banheiro onde eu poderia chorar sem ninguém me incomodar.

POV Shane

Cheguei a escola animado para um novo dia depois de ter sambado na cara da Vashti, ter tido uma conversa agradável com meu pai e uma noite maravilhosa com o Duke. Sorri ao ver Amy e me aproximei.

– Não reconhece seu pai, Amy? – o homem de terno perguntou aparentemente cheio de expectativas.

– Esse é seu pai? – perguntei preocupado e a abracei quando notei aquele olhar triste.

– Eu não tenho pai, Shane. – ela me abraçou com força como quem pedia para que eu a tirasse de lá. Andamos a passos largos e notei que ela segurava para não chorar quando chegamos ao pátio, fora do ponto de vista daquele homem, eu a olhei preocupado e ela correu.

– Pra onde a Amy está indo com tanta pressa? – perguntou Liam abraçado à Karma.

– É. Eu queria falar com ela. – Karma completou.

– Eu cheguei e ela tava com esse cara. Alto, de terno, meio grisalho. - respondi

– Meu pai? – o Liam perguntou, me interrompendo.

– O pai dela! O seu eu conheço e teria ido logo ao ponto, né?!

– O pai da Amy? É impossível! Ele foi embora quando a gente tinha nove anos. – Karma pareceu confusa.

– O cara perguntou se ela não reconhecia o pai, aí eu perguntei se o cara era pai dela e ela respondeu que não tinha pai. – expliquei.

– O Adam voltou? Como assim?! – Karma pensou por um segundo. – A Amy deve estar arrasada.- falou e saiu fazendo o mesmo caminho que Amy correndo.

POV Liam

O intervalo chegou e nos sentamos todos juntos. Shane, Amy, Karma, eu e Lauren. Sentados na nossa mesa, em paz. Quase, já que todos queriam saber como a Amy estava e ninguém tinha coragem de perguntar.

– O que está rolando aqui? – Lauren perguntou irritada.

– Acho melhor a gente almoçar lá fora. E conversar longe daqui também. – Karma disse olhando para todos os olhos e ouvido atentos a nossa conversa e todos saímos.

Chegamos na área verde e sentamos no chão.

– Estamos preocupados com você, Amy! – eu falei notando que todos cairiam no silêncio de novo.

– Pois não é necessário. Eu estou bem. – ela falou e abaixou a cabeça.

– Que você não está bem é obvio. Mas o que aconteceu? – Lauren perguntou confusa.

– O pai da Amy apareceu hoje! – ela respondeu com a voz baixa como se temesse a reação da amiga.

– Ele não é meu pai! E nunca voltará a ser, não importa onde ele esteja! – Amy se levantou e foi embora.

– Put@ que pariu! – Lauren soltou.

O resto do dia passou rápido e eu saí um pouco mais cedo, para ir para o trabalho. Ao chegar ao estacionamento vi Amy sentada no capô do carro encarando o celular.

– Será que eu posso te ajudar, moça? – tentei brincar.

– Pode me dar uma carona? – ela perguntou tentando parecer bem.

– Pra onde você quer ir?

– Pra empresa! Eu vou aceitar o trabalho.

– Então vamos! Entra aí.

O caminho foi um silêncio absoluto, mas não foi constrangedor com se nós não tivéssemos assunto. Amy estava em um silêncio pensativo, e eu em um silêncio por respeito, ou até preocupação.

Chegamos à empresa, ela conversou com meu pai e foi contratada. Ele mandou que eu explicasse tudo à ela, pois ela trabalharia comigo cuidando das correspondências no prédio. E no tempo em que não estivéssemos fazendo nada deveríamos desenvolver o projeto da Amy.

Depois de um tour por todo o prédio que era gigantesco, e de entregar tudo que tínhamos que entregar por hora, a chamei para ir a lanchonete.

– Não! – ela respondeu rápido quase que em um grito.

– Tá. Desculpa! – fiquei confuso com a reação dela.

– É que a Reagan deve estar lá. – ela explicou.

– O que aconteceu entre vocês?

– Ela terminou comigo! – ela respondeu obviamente chateada. – E meu pai resolveu aparecer só para melhorar o meu dia.

Andei até ela e a abracei. Ela abraçou meus ombros e encostou a cabeça e chorou baixinho. Apertei o abraço ao redor de sua cintura e o choro dela foi se tornando mais calmo. Ela saiu do abraço e secou as lágrimas e o celular dela tocou.

– Karma? – ela atendeu. – Claro. A gente se encontra na minha casa?

Ela escutou a resposta e perguntou:

– Que horas nosso trabalho termina?

– Daqui umas duas horas – respondi olhando a hora no celular e notando que eu tinha uma mensagem do meu pai.

Leve Amy pra casa após o trabalho. Farrah ficou sabendo que o pai dela apareceu e não quer que ela vá sozinha. Peça pra ela avisar que Bruce e eu teremos uma reunião até tarde!

– O que foi? – ela perguntou.

– Eu sou seu motorista. – respondi brincando

– Ok. Agora desenvolve a idéia... – ela riu sem entender e eu mostrei a ela a mensagem.

Ficamos enrolando até dar o horário. Fui levar ela em casa, eu passaria para dar um beijo em Karma que já havia mandado mensagem dizendo que estava esperando. Quando chegamos e notei uma mensagem de voz que havia acabado de ser deixado no meu celular da minha mãe/avó.

– Liam, meu filho, seu pai e o sócio sofreram um acidente de carro. Eles estão sendo levados para o Hospital da cidade.

– Liam? O que foi? – ela notou minha preocupação.

– Nossos pais sofreram um acidente de carro! – Amy respirou fundo e entrou em casa apressada, eu a segui. – Você sabe onde foi? – fiz que sim com a cabeça.

– MÃE! – Amy gritou da porta, Karma desceu as escadas e a mãe da Amy desceu preocupada abraçou a filha perguntando como ela estava por ter visto o pai.

– O Bruce sofreu um acidente, mãe! – Amy declarou e o silêncio pairou.

– Vamos! – chamei e entrei no carro, Amy voltou para o banco onde estava sentada, Karma e Farrah sentaram no banco de trás e fomos para o hospital em um silêncio mortal.


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Notas finais do capítulo

E ai?
Estou louca para ler os comentários... Então comentem. E por favor: Não odeiem a escritora!