Evil Ways escrita por Moonlight


Capítulo 18
03h51


Notas iniciais do capítulo

Olá migos!
Continuação "Eu sou filho do Skywalker" (que quase foi o titulo desse cap) e FINALMENTE não foi um empurrão, FOI UM CHUTE NAS COSTAS da história.
Segunda parte da festa, e dessa vez veremos porque Finnick (assim como Haymitch) foi destacado.
R U GUYS READY?
Beijos!



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Eu sou filho do Skywalker.

Quando tinha 20 anos, a antiga namorada de Haymitch, Maysilee Donner, disse a ele que estava grávida. Haymitch já havia se preparado para largar a faculdade e comprar as alianças quando a moça declarou alarme falso. Eles terminaram o namoro dois meses depois, mas antes disso, Haymitch pode reparar o semblante desapontado da moça e sentiu, em si mesmo, uma pequena tristeza ao ver que nunca existiu tal criança, mesmo que ela fosse indesejada.

Agora, o seu melhor amigo estava ali, dizendo que era seu filho.

As pernas de Haymitch se posicionaram para a direção da porta, suas mãos suavam. Era necessário fazer uma curva lateral em Peeta para sair da cozinha, mas não sem antes pegar a garrafa depositada ao lado antes de abraçar seu amigo. Ao sair da cozinha sem dizer uma palavra para o garoto até ir a porta do apartamento eram, contando os esbarrões nos convidados, 50 segundos. Haymitch deu dois suspiros, e suas pernas se moveram.

Elas seguiram até a direção de Peeta e seus braços se encarregaram de abraçá-lo como nunca fizera.

— Peeta. — Ele começou, pausadamente. — Eu estou alterado. Você também bebeu. Mas eu sei que vou me lembrar disto amanhã, porque nunca vou esquecer esse momento. — Continuou. — Não vamos falar sobre isso agora, muito menos aqui. Amanhã, quando não tiver algo nem álcool sobre mim, vamos conversar, ok, garoto? Não se afaste. Vá até minha casa amanhã.

Peeta assentiu sobre o ombro de Haymitch, que não queria largá-lo nem por um segundo. Ele tinha um filho. E esse filho era real. E ele ia morrer sem ao menos conhecer o garoto direito. De repente, a ideia de contar a Peeta sobre a divida cubana era fundamental para Haymitch, mas não queria desapontar o garoto dessa forma. De repente, a ideia de viver lhe parecia agradável.

— Amanhã. — Ele reforçou, soltando-se de Peeta. — Continue vivo, garoto.

Haymitch fez a curva lateral em Peeta, e abandonou a cozinha e o apartamento de Finnick. Sem garrafas na mão. Só uma pequena mancha de mini Austrália ao lado de Nova Zelândia.

Minutos antes de o drama familiar acontecer, Annie e Finnick estavam na varanda, como anteriormente dito. Fora dito também que Finnick, junto com Haymitch, é um dos principais personagens dessa festa. Haymitch descobriu um filho e, Finnick estaria para ter seu destaque no fim desta festa.

— Seus amigos parecem ser pessoas legais. — Disse Annie, encostando-se a grade da varanda e ficando lado a Finnick.

— Thresh foi o cara que me encobertava todos os dias em que faltei para te perseguir. — Annie sorriu, lembrando-se de Finnick parado frente ao Libertas. — Conheci Haymitch há pouco tempo, ele realmente me parece ser um bom cara. Mas Peeta é... Peeta é o irmãozão, entende? Estamos juntos desde os tempos de escola, e ele o cara mais foda que eu poderia conhecer. — Annie assentia, interessada.

Finnick continuava entretendo a moça. Ocasionalmente, pessoas o cumprimentavam e ele abraçava cada chance que tinha de apresentá-los a mulher que ele tinha total certeza de que seria sua futura esposa.

— Festa bacana Finn, mas tenho que ir, Melissa está com as bebês e elas dão muito trabalho. — Disse um dos amigos de Finnick, mostrando seu sorriso sem graça para o aniversariante e para Annie.

— Tudo bem cara. Quero vê-las aqui na próxima festa. Todas as três! — Finnick abraçou amigo e distribuiu mais algumas palavras de despedida, suficientes para que o convidado fosse embora rápido e ele voltasse a conversar com Annie o quão antes possível.

— É uma pena ele ir embora antes do bolo. — Annie comentou, percebendo o olhar confuso de Finnick. — O bolo, as pessoas se reúnem e cantam “Parabéns pra você” e você assopra as velas.

— Ah, sim, claro. — Ele falou, com certeza. Depois fez uns sons com a garganta, aquelas falsas tosses. — Nós não temos um bolo.

— Não tem bolo? — Annie perguntou, rindo de Finnick. — Nada de bolo em uma festa de aniversário? Finnick! Não posso ficar em uma festa de aniversário sem bolo! — Annie sorriu enquanto virava as costas para Finnick e andava em direção a saída do apartamento.

— Annie, espera! Annie! — Finnick corria atrás dela, desviando-se das pessoas, quase no mesmo momento em que Peeta perseguia Haymitch para a cozinha. Finalmente, ele conseguiu agarrar o braço de Annie, que se virou para ele. — Você vai embora?

— Eu... — Annie começou. Percebeu que diferente da varanda, onde tudo era mais calmo, os sons da festa e das pessoas não a deixavam ouvir sua própria voz. Assim, ela levantou seus pés e se aproximou do ouvido de Finnick. — ia comprar um bolo, Finnick. Se você parasse de me perseguir um dia, iria ver que posso te surpreender.

Finnick desceu a mão do braço de Annie e agarrou sua mão.

— Vamos fazer isso juntos.

— Não pode, tem que ficar pra cuidar de sua festa. — Annie sorriu, gritando no ouvido de Finnick e largando de sua mão.

— Peeta e Thresh fazem isso. — Finnick garantiu, deixando Annie guiá-lo pela mão para fora do apartamento. Eles caminharam por meia hora, atravessaram ruas, riram das piadas de Finnick, encontraram três padarias fechadas e quando estavam desistindo, foram a um supermercado 24hrs e compraram o maior bolo que tinha lá – um bolo médio, que custava quase 200 dólares. Tudo isso, sem soltar as mãos uma única vez sequer.

Quando voltaram para o apartamento, Annie soltou as mãos e pegou dos braços de Finnick o bolo que ele equilibrava em um braço só. Correu para a cozinha, tão adorável que nem parecia que iria estragar parte da festa em menos de meia hora.

— Finnick, para onde diabos você se enfiou? — Perguntou uma voz trêmula e alta.

Peeta tinha os olhos vermelhos e a cara pálida. Finnick o conhecia de tempos, e sabia que nem quando estava bêbado carregava aquela aparência. Seus olhos cor do mar vasculharam a festa e ao ver que Johanna, Katniss e Haymitch não estavam mais ali, percebeu que algo sério havia acontecido enquanto ele estava em seu passeio romântico com a ruiva.

— O que aconteceu, cara? Cadê Haymitch, e Katn...

— Eu contei pra ele, Finnick. — Peeta interrompeu. Saiu em passos rápidos até a varanda, sendo seguido por seu melhor amigo. — Eu contei pra ele, e ele ficou... sei lá, ele falou que estava bêbado, que vamos conversar amanhã, que não é pra eu perder contato com ele e eu não sei. Se eu for ao apartamento desse cara amanhã e ouvir coisas que eu não quero ouvir, Finnick! — Peeta alternava entre passar duas mãos rapidamente dentre os fios de cabelo loiro e a cara vermelha. Ele não parava de esfregar o rosto, e mal fala direito. — Eu to ficando maluco.

— Calma, Peeta. Qual foi o momento exato e como vocês chegaram nesse assunto? — Finnick perguntou, visivelmente surpreso pela situação. Sempre apoiou Peeta a contar para seu pai, mas agora que o fez e viu seu estado de choque, talvez não fosse a melhor coisa a se fazer.

— Começou com você e Annie indo para a varanda, e Johanna e Katniss começaram a discutir, então Haymitc...

Então, um coro de “Parabéns pra você!” interrompe todo o assunto.

Annie Cresta não fez por mal. Enquanto Finnick ouvia o desespero de Peeta, ela estava na cozinha procurando fósforos ou isqueiros quando perdeu a paciência e simplesmente acendeu as velas do bolo de Finnick na boca do fogão mesmo. Colocou no bolo de morango e seguiu chamando os convidados para que a acompanhassem até o local onde Finnick estava. Infelizmente, era a varanda, e quando Annie Cresta reparou aquela expressão Indescritível no rosto do Doutor Mellark, já era tarde demais. As pessoas continuavam com o coro de parabéns, e Peeta – visivelmente desapontado – se deu conta de que ali não era o momento certo a precisar de Finnick.

— Feliz aniversário, irmão.

Peeta se retirou de perto da multidão e do apartamento, deixando lá o couro de parabéns e as feições sérias de Annie e Finnick encarando um ao outro com pesar.

***

— Eu magoei Peeta, não foi? — Annie perguntou. — Sinto muito.

Deixe-me contar algumas coisas sobre os fins de festas: Eles são vergonhosos, principalmente os caseiros. Todos os seus amigos saem alterados, e alguns desses em estado de calamidade. A porta da sua casa é o novo ponto de táxi para a vizinhança, e ninguém nunca fica até o final para te ajudar a arrumar a bagunça que fica quando o furacão de pessoas vão embora. Annie Cresta ficou, e quando ela e Finnick simplesmente desistiram de varrer a sala, eles se sentaram lado a lado no sofá.

— Na verdade, não foi você. — Finnick respondeu. — Fui eu. Eu não dei a atenção merecida pelo que ele estava me contando. Argh, Peeta deve estar furioso comigo.

Eu não queria ter atrapalhado, me desculpa pelo bolo. — Annie sussurrou, deitando sua cabeça no ombro de Finnick.

Aquela altura, já era dia 14 de Março, as 3h51 da manhã. Finnick havia reparado que Annie ainda estava ali, o motivo pelo qual ele tramara toda uma festa estava ali ao seu lado, com os joelhos juntinhos em sua coxa e os pés entrelaçados uns aos outros, numa posição confortável no sofá.

Em todos os anos de flerte, Finnick sabia que aquilo era um sinal positivo para o ataque. Mas quando ele mirava seu rosto, via Annie cresta ali, e aquilo não parecia o de costume. Ela ainda era uma garota, mas parecia algo mais. Um anjo. Uma Super-girl. Uma luz. Ele a enxergou como a garota em potencial a receber, pela primeira vez na história, o tão famoso “eu te amo” inédito que nunca havia saído da boca de Finnick Odair antes.

— Obrigado pelo bolo, Annie. — Finnick sussurrou, puxando o queixo de Annie com as pontas dos dedos em direção ao seu rosto, fazendo Annie se sentir como se sentiu a primeira vez que os olhos de Finnick atingiram os dela: perdida. — Obrigado pela festa. Por ter ficado. E obrigado pelo beijo.

E então... Ah, vocês sabem. Eles se beijaram mais e mais, suficiente para fazer com que peças de roupa voassem sobre as cabeças.

E Annie ficou por mais tempo que o previsto.


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Notas finais do capítulo

E então, é isso aí.
Próximos capitulos vocês descobriram como Haymitch planeja... bem... sobreviver.
Até