Guardians I - The Divine Stones escrita por G Menegatti


Capítulo 33
XXXIII - An Enemy Ally


Notas iniciais do capítulo

Galera, acabei de acabar Demolidor *o* Que série hein??? Demais!!! Recomendo.
Recomendo também Flash e as duas primeiras temporadas de Arrow! Alguém me recomenda uma série?



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Estava usando todo o tempo que tinha enquanto estava preso em minha própria mente para tentar me manter a salvo dos planos estúpidos de Dracfo, mas a questão é que eu não tinha muito tempo e tinha certeza que em breve ele iria atacar Zargron para impedi-lo de consumir toda a energia do cadáver.

“Você acha que eu sou idiota?” Perguntou Dracfo, pegando-me de surpresa.

Provavelmente ele havia “lido a minha mente” ou sei lá o que, já que o próprio estava controlando meu corpo.

“Acho.”

“Posso ser louco, mas não ao ponto de tentar enfrentar Zargron sozinho, por isso preciso da ajuda de você e seus amigos idiotas.”

“E por que ajudaríamos você?”

“Por que eu sei como derrota-lo.”

Naquele momento uma ponta de dúvida surgiu em mim. Não sabia se podia confiar totalmente em Dracfo, mas mediante aquela situação eu não tinha muitas escolhas a não ser trabalhar ao lado de um inimigo tão poderoso quanto.

“Como?”

Dracfo se comportou de maneira estranha em meus pensamentos, como se tivesse gostado daquela pergunta, o que me deixou aflito.

“As pedras...” Disse o fantasma num sussurro agonizante. “Elas são a principal fonte de poder de Zargron, sem elas ele se tornará mais fraco.”

“Já lutamos com ele quando estávamos com a pedra, ele nos massacrou!”

“Não. Vocês lutaram com Zargron quando ele estava sem as suas pedras, mas mesmo assim ele possuía uma própria.”

“A Pedra de Odin.” Recordei-me de quando Teseu me explicou sobre o deus supremo da mitologia nórdica e de seus dois lobos e corvos que o acompanhavam onde quer que fosse.

“Exatamente.” Tornou a falar Dracfo. “Se conseguirmos tirar todas as pedras de Zargron podemos contornar essa situação.”

“Mas como faremos isso? É praticamente impossível!”

“É aí que entra você e seus amigos... Como aquelas pedras pertencem a vocês, cada um já tem uma ligação forte com os deuses e podem manter esta conexão mesmo a distância.”

“Você está querendo dizer que nossos poderes continuam mesmo se a gente não estiver com as pedras?”

Aparentemente Dracfo se irritava cada vez que eu fazia uma pergunta, mas eu não me importava com a opinião dele, portanto continuaria o irritando, já que era a única coisa pra se fazer.

“Sim, pensei que você já soubesse disso já que os utilizou uma vez.”

Naquele momento algo me fez parecer um idiota, pois eu não fazia ideia do que ele estava falando. E foi por isso que comecei a lembrar de tudo o que havia acontecido desde que encontrei aquela pedra, desde os ataques dos Asuras até agora.

E num sobressalto me lembrei daquele momento, de quando estava em apuros, sendo enforcado por Thorfi nos pés da escada da casa de meus avós, quando criei uma fissura no chão que engoliu o Asura. Eu não estava com a pedra em mãos e eu não tinha percebido isso até então.

“Idiota.”

“E pelo visto você precisa de um idiota pra se manter vivo.”

Dracfo se calou no mesmo instante em que disse aquilo, me sentindo bem por ter feito isso.

“E agora? O que faremos?” Perguntei no momento em que vi um vislumbre de Zargron jogando fora o cadáver e demonstrando fúria.

Não sei porquê, mas Dracfo parecia feliz ao ver aquela cena.

“Precisamos de seus amigos.” Disse o fantasma. “Felizmente meu verdadeiro corpo está mais escondido do que aquele ali, mas ele está perto, então precisamos leva-lo até a batalha contra os Orcs.”

“Acha mesmo que isso vai funcionar?”

“Não, nem um pouco.”

“Você é louco...”

“Foda-se, não ligo para sua opinião.” Dracfo então começou a respirar ofegantemente através de meu corpo. “Já estive em situação piores.”

E, ao dizer isso, Dracfo saiu do esconderijo e fez um pequeno barulho, para não parecer que a verdadeira intenção era aquela, chamando a atenção de Zargron para si, que exibiu um sorriso malicioso ao vê-lo, mandando os lobos de Odin atacarem-nos.

Felizmente o Anjo Negro era bem estúpido para reconhecer alguma distração, pois ele começou a caminhar em nossa direção com passos curtos e precisos, enquanto corríamos em direção à batalha. Ou, pra falar a verdade, ele sabia que podia nos alcançar com facilidade e não estava nem ligando se era um plano ou algo do tipo.

“Ele vai nos alcançar!” Gritava em pensamentos, mas eu só ouvia murmúrios de Dracfo, agindo de forma indiferente aos meus avisos.

De repente ele olhou para trás e vi os vislumbres de Zargron e seus lobos sendo atacados por mortos-vivos.

“Você é tão ridículo tendo medo e duvidando do que sou capaz garoto...”

A cada palavra de Dracfo a minha vontade era de vomitar e encher a cara dele de socos.

“É uma pena que nem em sonhos você conseguiria acertar um soco em mim.”

“Você sabia que é errado ler os pensamentos dos outros.”

“Sério? E agora, como vou dormir a noite, sabendo que fiz algo de errado?”

Realmente, eu estava muito tentando a vomitar mentalmente, só que eu estava na minha mente e eu não queria limpa-la, sem contar que eu nem sei se é possível vomitar neste lugar.

Conforme avançávamos, cada vez mais era possível ouvir o grito dos Orcs batalhando com meus amigos, o que me deixava angustiado.

A cidade havia virado um perfeito caos e o centro dela se tornara um campo de batalha, com casas reduzidas a destroços, carros virados e em chamas que explodiam volta e meia, assim que o fogo atingia o tanque de gasolina.

No momento em que chegamos ao lugar de confronte, pude ver os vislumbres de meus amigos sendo praticamente massacrados pela fúria dos Orcs, com ferimentos por todo o corpo.

“Precisamos ajuda-los!”

“Não me diga o que fazer garoto.”

Ao dizer isso, uma horda de mortos-vivos se levantou do campo de batalha e até mesmo dos prédios, saltando das janelas e surgindo das ruas, atacando e atrasando os ogros.

Em seguida senti algo em minha cabeça, como se fosse um impacto ao contrário, que me sugou ao mundo real. E num piscar de olhos eu tinha controle de meu corpo novamente, porém levei um curto período de tempo para me acostumar de novo com a sensação.

Corri em direção aos meus amigos, que estavam agrupados e se ajudando. Felizmente os mortos-vivos eram o suficiente para impedir que os Orcs nos atacassem por um tempo.

E foi no momento em que coloquei a mão nas costas de Kendall para ajuda-lo a levantar que recebi um murro, levando-me ao chão. A dor foi imediata e me fez sentir náuseas enquanto me recuperava, algo que não tive tempo, pois Kendall logo se adiantou e me levantou pelo pescoço, levando-me contra a parede.

— Escuta aqui seu merda! — Ameaçou o garoto. — Eu juro, por tudo que há de mais sagrado neste mundo, que eu vou te caçar até os confins da terra e te transformar em pó se te ver novamente! Está me entendendo?

A força dele era muito superior a minha e estava me deixando sem ar enquanto ele apertava minha garganta.

— Kendall... — Sussurrei, tentando avisar a ele que não era Dracfo.

— Acha que eu tenho medo? — Quem respondeu foi o fantasma, que havia surgido de repente atrás de Kendall.

Assim que ele ouviu a voz do fantasma soltou-me, e eu pude observar Kendall trincar os dentes de raiva enquanto se virava para golpear Dracfo. Não pude ver os movimentos, já que estava tentando me recuperar, mas presumi que os ataques do garoto não resultavam em nada, já que o corpo do fantasma era intangível.

— Kendall... — Chamei por ele mais uma vez, mas ele não me ouvia, estava cego de fúria, provavelmente pela morte de Aine, causada por Dracfo. — Kendall!

O garoto parou de atacar e se virou para mim com uma expressão de ódio no olhar.

— Precisamos dele.

Naquele momento Kendall não foi o único a me olhar como se fosse louco, mas todos ali dirigiram os olhares a mim.

— O que? — Teseu se sobressaltou.

— Não precisamos dele. — Gesticulou Kendall. — Ele tentou nos matar!

— Eu sei, mas ele também sabe como derrotar Zargron. — Falei, fazendo-os hesitarem sobre o plano. — Sei que vocês o odeiam e eu também sinto o mesmo por ele, mas acho que em meio a essa situação é nossa única solução.

Patrick tentou argumentar algo, mas não teve tempo, pois naquele momento houve um uivo que cruzou o campo de batalha e assim que me virei, avistei os dois lobos de Odin correndo em nossa direção, com Zargron atrás deles exibindo seu sorriso demoníaco.

— Não temos tempo para decidir. — Falou Cleo.

Kendall sacou a espada e me olhou de um jeito estranho, mas em seguida virou seu olhar para Dracfo.

— Confiaremos em você, mas se nos trair espero que esteja pronto para as consequências! — Ameaçou o garoto, correndo em direção ao primeiro lobo, ao lado de Patrick.

Mas ele não era o único que decidiu ameaçar o fantasma, pois Teseu logo se dirigiu a ele.

— Eu te matei uma vez, se pensar em algum momento em não ajudar, não hesitarei em mata-lo mais uma vez.

— Quanto amor... — Murmurou Dracfo, desaparecendo.

Saquei Kólasi da bainha e olhei ao meu redor, observando a situação, mas foi só então que eu percebi algo de diferente.

— Onde estão Logan e Luna?

Teseu procurou pelos dois e expressou a mesma cara que eu.

— Não faço a menor ideia. — Naquele momento, um dos Orcs conseguiu ultrapassar a linha de combate entre os zumbis e saltou na direção de Teseu, mas este não lhe deu nenhuma chance para atacar, já que logo perfurou o ogro com suas adagas.

Concentrei-me o máximo que pude, tentando manter uma conexão com Logan.

“Onde você está amigão?”

Houve um breve silêncio, enquanto eu batalhava com meia dúzia de Orcs ao lado de Teseu.

“Estamos chegando, com uma pequena surpresa.”

Não tive tempo para pensar no que aquilo podia significar, mas já havia me tranquilizado ao saber que ele ainda estava vivo.

— Teseu! — Gritei ao ver um Orc se aproximar pelas costas do homem.

No mesmo instante que gritei por seu nome, ele se abaixou, fazendo o ogro se chocar contra um companheiro a sua frente, me dando oportunidade para fincar a lâmina de minha espada entre os dois, matando-os.

A batalha prosseguia brutalmente, com Zargron pouco interessado em nós, já que estava ocupado com Dracfo com ataques fortes o suficiente para dissipar o corpo do fantasma por alguns instantes.

Os lobos de Odin eram muito mais fortes que Patrick e Kendall juntos, e ambos já estavam com ferimentos ainda mais graves enquanto o sangue escorria.

Cleo estava do outro lado, ajudando dois Licantropos que até então sobreviveram a batalha, diferente dos outros.

“Como está a situação aí?” Ouvi a voz de Logan perguntar.

No mesmo instante fui obrigado a me lançar ao chão, para me proteger de uma explosão causada pelo Anjo Negro.

“Explosiva. Feia. Sangrenta.” Foi tudo o que respondi.

Senti que Logan havia dado uma risada mentalmente, mas eu não fazia ideia do motivo já que a situação era bem precária.

“Então acho que vou ajudar um pouco.”

De repente houve um grito de guerra vindo dos Orcs e quando olhei para direção do som pude ver vários dele sendo arremessados para cima enquanto algo atravessava o campo de batalha enfurecido.

— O que está acontecendo? — Perguntou Teseu ao ver a mesma cena que eu.

Não podia ver muita coisa, mas eu senti a presença de Logan se aproximar, o que me fez sorrir.

— Logan...

Assim que ele cruzou toda a rua, pude vê-lo melhor, montado no grande Javali Dourado que os anões haviam criado. Ao lado dele estava Luna em seu formato Licantropo, mas só por alguns momentos já que ela estava se transformando em minha amiga novamente.

— Qual a situação? — Perguntou ela.

Logan havia saltado de Gullinbursti e mandado em direção aos muitos Orcs que haviam sobrevivido ao ataque feroz.

— Olhe por si mesma. — Falei, apontando para Zargron.

Ela pareceu assustada.

— Fudeu. — Disse, fazendo seu irmão encara-la, não gostando do palavreado. — Fudeu muito.


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Notas finais do capítulo

Fudeu!
Fudeu muito!



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