Guardians I - The Divine Stones escrita por G Menegatti


Capítulo 30
XXX - Bad News


Notas iniciais do capítulo

Vcs devem me odiar por demorar tanto kkkk



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/596398/chapter/30

A situação estava ficando cada vez mais complicada para nós. Não importava quantas vezes Kendall e Luna atingiam Dracfo, ele sempre sai ileso.

— Vocês não estavam com Teseu quando o viram matar Dracfo? — Perguntou meu amigo, que estava agitado e com vontade de ir ajudar sua irmã e seus pensamentos não estavam me ajudando já que eu podia sentir o que ele estava sentindo.

Cleo balançou a cabeça.

— Não. — Respondeu em seguida. — Estávamos ajudando outra pessoa...

No momento eu não queria saber quem era a pessoa que eles estavam ajudando, mesmo que eu já presumisse qual seria a resposta.

— E agora?

— Precisamos procurar pelo corpo dele, é a nossa única solução. — Cleo estava convicta disso e infelizmente não tínhamos outra escolha. — Procurem pelo lado oeste da cidade. Patrick e eu iremos ao leste.

— E Kendall e Luna? — Olhei para os dois e os vi usando todas as suas forças para deter Dracfo, embora não adiantasse nada.

Patrick já conseguia se manter em pé sem a ajuda de Cleo, embora se locomovesse lentamente devido aos ferimentos.

— Kendall já sabe do plano. — Disse o garoto. — Ele irá atrasar Dracfo por nós.

Sem hesitar e esperar, Logan e eu nos pusemos a correr imediatamente, sem ao menos saber por onde começar. Era como procurar uma agulha num palheiro gigante.

A cidade estava completamente tomada pela destruição, com casas ainda em chamas e demolidas, corpos dos cidadãos inertes e sem vida pelo chão. Era uma cena horrível de se ver, mas eu não tinha tempo para sentir desprezo e pavor de tudo aquilo.

Felizmente Ridgecrest era uma cidade pequena, o que diminui bastante por nossa busca, embora não fosse de grande ajuda esse fator.

— Espera um pouco... — Chamou Logan, parando no meio do caminho. — Precisamos pensar um pouco antes de começar a procurar feito idiotas.

Observei ao redor, vendo alguns mortos ainda no chão e rezando para que eles não virassem zumbis.

— Dracfo foi morto há pelo menos cinco anos, acho que ele já deve estar numa situação bem desagradável de se ver. — Vendo por esse lado isso deixava as coisas ainda mais complicadas.

— É, e agora? — Perguntei. — Precisamos de um lugar para começar.

— Acho que o lugar mais óbvio é o cemitério... — Disse Logan.

Passamos por dezenas de lugares naquela cidade que, apesar de ser pequena, era infinita. E nada adiantava procurar pelos lugares óbvios, nem mesmo os necrotérios, hospitais, florestas. Nada nos levava ao corpo de Dracfo e isso já estava começando a me deixar angustiado.

E para piorar nossa situação, volta e meia tínhamos que enfrentar alguns zumbis que renasciam toda hora, o que chegava a ser desgastante, embora a facilidade em mata-los fosse bastante.

— A gente ainda não progrediu em nada. — Observei o óbvio, deixando Logan um pouco irritado em minha mente.

Ele parou de repente e começou a fitar o vazio, além da cidade, onde havia uma base aeronáutica na cidade, bem afastada da população.

— O que foi dessa vez? — Perguntei, notando a mudança de humor em meu amigo.

— Algo está acontecendo ali... — Murmurou ele, correndo de forma sorrateira na direção.

Infelizmente eu não tinha outra opção se não acompanha-lo, caso contrário iria ficar bem atrás e nos separaríamos.

Passamos por toda a cidade destruída, tendo que enfrentar os mortos-vivos volta e meia, o que não nos levava menos de um minuto.

Logo após tivemos que transcorrer uma parte desértica da cidade, onde delimitava a base do resto da população, sendo também o único lugar não afetado da região, o que me levava a crer que podia haver sobreviventes na base, com sorte.

Porém, tudo não passava de uma simples ilusão de minha cabeça, que ainda tinha esperanças em facilitar as coisas diante de qualquer situação. Infelizmente a realidade era bem diferente da que eu esperava.

— Estamos fudidos... — Estranhei Logan não ter me repreendido por ter dito um palavrão, mas acho que diante do que estávamos vendo, a situação realmente merecia uma palavra como aquela.

Os Orcs que havíamos encontrado na Aldeia dos Anões estavam todos reunidos em um exército ainda mais numeroso do que antes, estendidos por toda a base militar.

Lurtzog estava à frente deles, usando seu capacete de guerra e portando seu machado enorme. Ele conversava com dois ou mais Orcs, provavelmente resolvendo uma estratégia.

— Olhe. — Murmurou Logan, apontando para um lugar mais adiante.

Meus olhos rapidamente se voltaram para a direção em que meu amigo havia apontado. Próximo ao exército de Orcs estava uma prisão forte o suficiente para resistir o que estava dentro dela, mas que ainda insistia em se libertar, investindo inúmeras vezes contra as paredes e fazendo-a balançar.

— Gullinbursti. — Eu tinha certeza que aquela jaula era para o javali dourado que buscamos para os anões, mas eu só não sabia o porquê dela estar ali.

Olhei para Logan, que segurava o bastão que havia ganho dos anões e que permitia transforma-lo em qualquer arma, desde que meu amigo quisesse.

— O que faremos agora?

Ele deu um passo para trás, virando-se e indo em direção contrária aos Orcs.

— Precisamos voltar e avisar os outros.

— Você sabe que não vamos dar conta de tantos Orcs ao mesmo tempo, né? — Minha pergunta fez Logan parar de repente, fitando o chão abaixo dele.

— Sei. — Disse ele, parecendo aflito. — Mas não podemos mais fugir Kevin, uma hora teremos que enfrentar Zargron, os Orcs e qualquer um que esteja em nosso caminho tentando nos matar.

— Isso é suicídio.

— Não, isso é nosso destino agora. — Continuou Logan, convicto de cada palavra que ele estava dizendo. — Nosso futuro.

— Mas eu não quero morrer e não quero ver ninguém morrer também. — As cenas que Dracfo buscou em minha consciência fez com que me lembrasse de cada acontecimento e como eu não havia conseguido impedir que acontecesse.

— Então não morra. — Logan me olhou de forma confiante, tentando me convencer. — Vamos sobreviver a isso, assim como tudo o que passamos já. Juntos!

Ele então ergueu sua mão, como um gesto de parceria como sempre fazia para tentar animar alguém. A única coisa que consegui foi afastar os pensamentos e lembrar que eu não era o único que estava passando por coisas difíceis.

— Juntos! — Falei por fim, apertando a mão de Logan e exibindo um sorriso de confiança.

Corremos o mais rápido que pudemos com a intenção de chegar a tempo das coisas piorarem para o nosso lado, ignorando todos os mortos-vivos que apareciam para nos enfrentar.

Infelizmente Cleo e Patrick não haviam voltado, o que significava que eles não tinham encontrado o corpo de Dracfo, assim como nós. Porém, Teseu havia se recuperado do ataque mental do fantasma e já estava lutando contra o mesmo, junto com Kendall e Luna.

— Finalmente! — Gritou Kendall ao nos ver. — Alguma notícia boa?

Calei-me naquele momento, não conseguindo pensar em outra coisa se não nos Orcs que podiam nos dizimar a qualquer instante. E, em vez de contar a eles, decidi me juntar à batalha, distraindo Dracfo.

— O que foi? — Perguntou Teseu ao perceber que eu havia me calado.

— Orcs. — Respondeu Logan ao passar por ele e cortar ao meio um dos mortos-vivos que havia surgido de repente. — Centenas deles.

Com exceção de Luna e Dracfo que continuavam batalhando incessantemente, todos ali pararam, sem saber o que fazer.

— Precisamos fugir. — Disse Kendall, algo que eu concordava, embora soubesse que não funcionaria.

— Não. — Contradisse Teseu, sacando uma flecha de sua aljava, que pelo visto ele havia recuperado algumas, e a colocando na ponta do arco, puxando a corda e disparando o projétil em direção a um dos muitos zumbis que haviam ressurgido. — Não temos para onde fugir.

— Mas se ficarmos aqui iremos morrer.

— E se fugirmos também. — Falei, entendendo agora o que Logan queria dizer.

Os momentos seguintes foram silenciosos, ouvindo-se apenas o som das espadas perfurando os mortos-vivos, os uivos de Luna e os insultos de Dracfo. Isso até avistar Cleo e Patrick voltando correndo e desesperados, fazendo com que todas as esperanças de ganhar aquela batalha se esvaíssem de vez.

Patrick disse algo a garota, se afastando dela e indo ajudar Luna e fazendo com que ela viesse até nós, que estávamos em círculo tentando nos salvar.

Kendall e eu abrimos caminho entre os zumbis, para que ela pudesse passar.

— Deixa eu adivinhar, você tem más notícias também. — Falei, assim que a alcancei, ficando minha espada num dos mortos-vivos que tentou atingi-la com um golpe.

Ela recuou um passo, franzindo a testa.

— Como assim também?

De forma desesperada, enquanto lutava pela sobrevivência com tantos mortos-vivos que apareceram em grande número, contei à Cleo sobre os Orcs, fazendo-a ficar aterrorizada, mas algo me dizia que ela já estava assustada o bastante com algo.

— Achou o corpo de Dracfo? — Perguntou Teseu ao se aproximar dela.

Cleo demonstrou uma expressão séria e aflita.

— Sim.

— E qual o motivo para essa preocupação?

— Por que não fomos os únicos a achar... — Disse ela. — Zargron também está aqui.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Guardians I - The Divine Stones" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.