Guardians I - The Divine Stones escrita por G Menegatti


Capítulo 17
XVII - Angels


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Módafoca pra vcs MUAHAHAHHA



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/596398/chapter/17

A cena transcorreu lentamente quando vi Luna em seu formato Licantropo correr desesperadamente, com Logan inconsciente em seu dorso. Ela parecia estar fugindo de algo, ainda mais quando vi dois outros lobos, que haviam sido enviados por Lupa em busca de minha amiga, correndo atrás dela tentando se salvarem de algo.

Por um instante eu não sabia o que estava acontecendo, até que um vulto negro surgiu entre as árvores, com asas grandiosas que permitiu alcançar os lobos a sua frente. O homem segurava uma lança dourada que emitia um brilho fraco, mas perceptível, até que ele a arremessou, perfurando o corpo de um dos animais e o matando na mesma hora.

Ouvi Lupa uivar, na intenção de acordar todos os outros lobos. E em questão de segundos, dezenas de animais saltaram sobre mim, passando ao meu lado e correndo em direção aos companheiros em perigo.

– O que está acontecendo? – Era Patrick, que havia acabado de acordar e estava ao meu lado, com uma expressão assustada.

Nem precisei explicar, pois naquele momento o olhar do garoto se direcionou para o homem alado, fazendo-o trincar seus dentes.

– Zargron... – Sussurrou o nome do Anjo Negro com tanto sentimento de raiva que chegou a me dar medo.

Patrick, sem hesitar, saiu correndo em direção à batalha, mesmo sem ter nenhuma arma para ajuda-lo. Queria impedir ele, mas a questão é que eu também desejava correr em direção a Zargron para descontar toda a minha raiva.

Atrás de mim surgiram Kendall e Teseu, assim como Bob que havia ficado conosco, embora Logan tivesse ido em busca de Luna. Eles estavam confusos sobre o que estava acontecendo, até que apontei na direção de Zargron, que retirava a lança do corpo do animal.

Assim que Teseu viu o anjo segurar a arma ele recuou um passo, aterrorizado com o que estava vendo.

– Pelos deuses! – Murmurou o homem.

– Aquela é...

– Gungnir. – Continuou Teseu, assentindo. – A Lança de Odin.

– Precisamos ajuda-los.

De repente ouvi um som sobre mim semelhante a um grasnido. Assim que ergui a cabeça fui atacado por dois corvos negros, que me arranharam com suas patas afiadas.

– Mas que porra é essa? – Gritei, pedindo por ajuda.

No mesmo instante Teseu sacou seu arco, pegando uma flecha em sua aljava, mirando nas aves. Porém, assim que se viram ameaçadas, elas logo alçaram voo para se protegerem, o que acabou fazendo com que Teseu errasse o alvo.

– Hugin e Munin. – Comentou Teseu. – Aqueles são os corvos sagrados do deus Odin. Isto significa que Zargron está com a Pedra Divina.

– Isto significa também que estamos ferrados.

Olhei mais uma vez para a cena lá embaixo e vi que Luna ainda permanecia viva, tentando chegar até nós, mas era constantemente atacada por Zargron.

Sem hesitar, nós corremos para ajuda-los, mesmo sabendo que o desafio agora seria bem diferente. Estávamos em uma grande vantagem numérica, mas mesmo assim o Anjo Negro era bem mais forte do que todos ali.

Cleo estava sobrevoando com seus poderes, enquanto criava feixes de energia na direção de nosso adversário, enquanto Lupa tentava alcança-lo, subindo nas árvores e se jogando em sua direção, embora ele fosse mais ágil e pudesse desviar. Já Patrick estava se espreitando pelas árvores, indo de galho em galho para fazer o mesmo, mas no momento certo.

– Luna! – Gritei, assim que a vi se aproximando de nós.

Ela rapidamente parou e mudou sua trajetória, subindo até a caverna onde estávamos escondidos. Não entendi o motivo para que ela fugisse de mim, mas algo me levava a crer que estava arrependida pelo que havia feito.

Então, senti uma onda de calor ao meu lado, criada por Kendall que arremessou uma bola de fogo na direção do anjo, que estendeu a mão e riu com aquele ataque.

– É o melhor que pode fazer?

Naquele momento, Patrick saltou da árvore, indo em direção a Zargron para ataca-lo com sua espada. No entanto, o anjo, sem mesmo olhar para o rapaz, brandiu a lança com um movimento tão rápido que mal pude vê-la, acertando-o e fazendo com que ele fosse arremessado com força para o chão, sem mesmo acertar Zargron.

– Ou no caso, é o melhor que podem fazer?

A ousadia dele chegava a me enfurecer e me motivava mais a querer espanca-lo até a morte. Sem perceber, já havia criado uma estaca constituída de sombras em minha mão, arremessando-a na direção do anjo, que sorriu e desviou com facilidade.

Teseu também tentou disparar algumas flechas na direção dele, mas sem sucesso, pois ou ele esquivava dos projéteis ou os pegava com sua mão.

Em seguida ele descruzou os braços, colocando a mão em seu pescoço como se estivesse se alongando e depois riu novamente.

– Minha vez... – Disse.

Ele mergulhou no chão com suas asas, cravando a ponta da lança na terra e fazendo com que uma onda de energia fosse criada, arremessando qualquer um que estivesse a pelo menos 100 metros do centro.

Demorei alguns segundos para me recuperar, sentindo uma dor lancinante nas costas, que quase me impossibilitava de continuar a batalhar.

Quando me levantei, vi que Zargron estava caminhando lentamente em nossa direção, com os dois corvos em seus ombros e dois lobos ao seu lado, mas em comparação de tamanho eram menores do que os Licantropos que estavam conosco.

Estendi a mão para Kendall e o ajudei a levantar, agradecendo-me logo em seguida. Havia um corte na testa do garoto, mas nada muito grave.

– Não temos nenhuma chance de vencê-lo. – Disse com uma expressão séria, enquanto sacava sua espada. – Mas vamos morrer lutando.

Assim que Zargron se aproximou o suficiente, Kendall saltou para ataca-lo com sua arma. O anjo aparou o golpe com o cabo da lança, começando uma luta entre armas. Por um instante pensei que Kendall iria conseguir pelo menos causar um ferimento no oponente, mas estava completamente enganado.

– Estúpido. – Murmurou o anjo assim que Kendall brandiu a espada novamente para ataca-lo.

Zargron se esquivou no momento certo, fazendo com que ele se desequilibrasse, dando a oportunidade para o anjo deixa-lo inconsciente com um golpe na cabeça.

Em seguida foi a vez de Teseu e Patrick tentarem parar Zargron. Enquanto Teseu atirava flechas, que eram facilmente paradas pelo inimigo, Patrick com sua espada desferia golpes rápidos que dificultavam a invulnerabilidade dele.

Percebendo que poderia ajuda-los, criei um tentáculo de sombras que se moveu na direção de Zargron. No entanto, ele foi mais esperto, posicionando-se num lugar em que acabou acertando Patrick em vez dele, deixando-o atordoado e permitindo que o anjo nocauteasse-o com um golpe certeiro na cabeça.

Cleo chegou para nos ajudar, mas não ficou muito tempo, pois assim que deixou Teseu também inconsciente, Zargron pediu que seus dois lobos viessem em minha direção, fazendo com que a garota se distraísse, permitindo que uma rajada de energia criada pela Pedra de Odin a atingisse.

Os dois lobos eram fortes, mas eu conseguia mantê-los afastados o suficiente para me manter vivo. No entanto, agora éramos somente Zargron e eu.

– Vou lhe fazer uma proposta garoto. – Disse ele. – Deixarei vocês vivos se me entregarem as Pedras Divinas, caso contrário não poderão ver o sol nascer novamente.

Olhei ao redor, onde estavam os corpos inconscientes de meus companheiros e inúmeros outros sem vida dos lobos. Não sabia o que fazer, mas tinha certeza que se entregasse a pedra a ele, algo ruim estaria por acontecer e eu não poderia permitir isso.

– Nunca.

Ele sorriu.

– Eu realmente queria ouvir isso.

Então ele tornou a caminhar em minha direção, enquanto eu tentava atingi-lo com as sombras que criava. Eu não permitia que o medo me dominasse, embora estivesse em pânico.

Conforme eu recuava, ele se aproximava, ainda mais com os dois lobos ao seu lado que não me deixava nenhum pouco confiante.

Continuei recuando até que acabei tropeçando no corpo de um dos Licantropos, fazendo-me cair. Naquele momento eu sabia que estava prestes a ser eliminado, deixando o desespero tomar conta de mim e impedindo-me de poder criar mais sombras com os poderes de Hades.

De repente, ouvi algo vindo de trás se aproximar, saltando sobre mim e atacando Zargron sem piedade.

– Lupa... – Sussurrei seu nome ao reconhecê-la.

Consegui me recuperar e levantar, vendo a batalha feroz entre a loba e o anjo. Enquanto isso os dois lobos vieram em minha direção, me obrigando a atacar novamente.

Senti a adrenalina percorrer meu corpo mais uma vez, fazendo com que tudo se movesse mais devagar. Vi os dois animais correndo em minha direção, usando suas quatro patas em um movimento sincronizado, até saltarem.

Com um reflexo incrível, consegui pular para o lado, salvando das garras de ambas as feras, que pousaram no chão e se viraram para outro ataque. No entanto, eu ainda estava no chão, o que acabou dificultando minha sobrevivência.

Tudo voltou a se transcorrer normal, permitindo-me ver os lobos correndo em minha direção. Suspirei enquanto erguia o braço esperando por minha morte, porém algo surgiu que impediu que isso acontecesse.

Assim que abri os olhos, vi Luna, ainda em sua forma licantropa, atacando os dois lobos de Zargron, de uma forma brutal, embora estivesse sendo uma batalha bem equilibrada.

Sorri ao saber que ela estava ali para me ajudar e minhas esperanças de ter minha amiga de volta surgiram, mesmo perante aquelas circunstâncias de vida ou morte.

Dei um passo à frente, pegando a espada de Kendall no chão, que permanecia inconsciente assim como os demais. Em seguida fui em direção aos dois lobos na intenção de ajudar Luna, mas assim que a mesma me viu, lançou-me um olhar furioso e gesticulou com a cabeça na direção de Lupa e Zargron.

Não demorei muito para entender que ela não precisava de ajuda e sim Lupa, portanto virei-me para ajudar a loba-mãe.

Sai correndo na direção dos dois, pulando sobre os inúmeros cadáveres de lobos sobre o chão, o que me daria uma certa náusea em ver em situações normais. Assim que me aproximei de Lupa, ela se abaixou, permitindo que eu saltasse sobre ela e tentasse atacar Zargron, mas o anjo era tão rápido que eu nem o vi desviar de meu ataque, fazendo-me cair no chão em seguida.

– Estúpido! – Ralhou ele. – Acha mesmo que pode me derrotar?

Levantei-me com facilidade para que ele não decidisse me atacar.

Lupa naquele instante saltou sobre ele, obrigando-o a se esquivar várias e várias vezes, o que me deu a oportunidade de me aproximar novamente e atingi-lo com um golpe em seu braço esquerdo.

De repente ele parou e olhou para a ferida com um olhar tão revoltante que me apavorou. Recuei alguns passos sem saber o que fazer, pois Zargron havia levantado voo, ficando alguns centímetros do chão enquanto me olhava furioso.

– Seu verme! – Gritou o Anjo Negro. – Como ousa me ferir?

Ele criou uma onda de energia, que me jogou a metros de distância, fazendo-me bater contra uma árvore com tamanha força que acabou me deixando atordoado por alguns instantes.

Infelizmente foi tempo suficiente para Zargron se aproximar novamente de mim, enquanto eu estava no chão tentando me recuperar.

– Você vai pagar caro por isso! – Disse ele enquanto levantava sua lança dourada.

Senti minha vida se esvair sem mesmo que ele tivesse me atingido com sua arma.

Olhei para Luna, que estava sendo atacada pelos dois lobos de Odin, numa tentativa falha de se desvencilhar dos ataques brutais das feras. Queria gritar por seu nome, mas não havia nada que saísse de minha boca.

De repente tudo voltou a se transcorrer lentamente ao meu redor, permitindo-me ver a lança se movimentando aos poucos em minha direção. O problema é que eu não tinha forças para sair daquele lugar, o que significava meu fim.

No entanto, mais uma vez, algo impediu que eu fosse morto ali. Desta vez fora Lupa que entrou na frente, recebendo o golpe da lança, caindo no chão, ganindo e uivando.

Olhei para a loba, na tentativa de me levantar e ajudar, mas não conseguia me movimentar por nada, nem mesmo se eu quisesse.

– Idiota. – Zargron ria da cena, enquanto se abaixava e roubava a Pedra de Hades em minha mão. – É uma pena que não ficarão vivos para contar como eu os derrotei.

Ele ia de pessoa em pessoa, roubando suas Pedras Divinas. Até que no fim, voltou a mim e me encarou com um sorriso maligno em seu rosto.

– Sua mãe ficaria realmente triste em te ver nesse estado.

Zargron se preparou para me matar, mas uma luz surgiu na floresta. Uma luz tão forte que quase me cegou. E então eu vi um homem, com dois pares de asas brancas e celestiais descendo dos céus. Ele portava uma espada também brilhante e encarava o Anjo Negro com fúria.

– Zargron! – Ralhou o anjo. – Saia daqui se não quiser enfrentar a ira de minha espada!

Ele rapidamente recuou um passo, demonstrando medo perante aquele anjo.

– Isso ainda não acabou! – Gritou antes de alçar voo e sumir, levando consigo nossas pedras.

Olhei uma última vez para o anjo, querendo saber quem ele era. Mas percebi que ele olhava para algum dos meus amigos inconscientes no chão, porém era difícil distinguir quem. Até que ele alçou voo também, sumindo de minha vista, que se escurecia lentamente, até eu desmaiar...


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E aí? O que acharam? ^^



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Guardians I - The Divine Stones" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.