‘Por um momento eu não consegui respirar. Algo tampava minha respiração e eu respirava com dificuldade. Sentia dores nas articulações e em todo o meu corpo. Lá fora ventava muito e consegui identificar uma ferida que não parava de sangrar sobre minha mão direita. Olhei para o quarto e vi Hiro amarrando Yuna numa cadeira e Simiel desenhava um pentagrama no chão afim de prender o demônio que estava preso ali. Simiel percebera minha reação e então me chamou. Eu não conseguia ouvir nada. Apenas vi flashes negros passando pela minha visão e vultos enegrecidos que me atormentaram por um instante. Olhei para minhas mãos e estavam sujas de sangue. Cerrei meus punhos e me levantei. ‘

Nara finalmente saira de seu coma repentino e voltou o olhar para a menina. Caminhou até a janela e segurou firme sua espada. Olhava para a menina sentada na cadeira e esperou até o momento certo para agir.

_ Vamos, jogue água benta em cima dela. Precisamos expulsar logo este demônio antes que alguma coisa dê errado.

Simiel segurava uma garrafa cheia de água benta e estava entregando para Nara.

_ E o que sairia errado?

_ Eu não sei, mas é melhor não esperar para acontecer.

Hiro encostou-se na janela, tirou a espada do chão e olhou para Nara. Nara jogou a água sobre a pele áspera da menina que ao encostar em sua pele a mesma borbulhava e a menina gritou alto.

_ Sua vagabundazinha, o que pensa que está fazendo?

Nara nada respondeu e com o livro de encantamentos nas mãos começou a recitar ali as passagens.

_ Você não conseguirá o que quer, sua filha das sombras!

A janela bateu três vezes e alguns grilos começaram a aparecer no chão do quarto.

_ Rápido, Pazuzu está aqui!

Nara continuou recitando as palavras e Aika de repente aparece no quarto. Ela tenta invadir o círculo, provavelmente para retirar sua irmã de lá. De olhos fechados, Simiel sabia que alguma coisa estava ali dentro de Aika. Hiro deteve-a, segurando-a e retirando ela do caminho de Nara. As coisas começaram a se mover e um tremor derrubou os livros da mão de Nara. Com o tremor, o chão é rachado bem em cima do pentagrama dando assim liberdade para que o demônio pudesse sair dalí. Yuna levantou-se e foi em direção ao banheiro. Lá havia uma corda em pendurada em cima do chuveiro que amenina providenciara logo mais cedo. Uma entrou ali e a porta fechou-se sozinha fazendo um enorme barulho que retirou Aika do transe. Hiro tentou abrir a porta em vão com socos e chutes. Simiel soprou na porta e ela abriu-se. Yuna estava pendurada e morta. Nara começou a chorar e Hiro não acreditou.

_ Ele conseguiu!

_ O quê?

_ Pôr metade do seu plano em prática. Ele só precisa de mais 3 almas. Essa foi a primeira, representando morte, um dos quatro cavalheiros do apocalipse, conseguindo as 3 almas, Pazuzu poderá vir á terra através de uma casca que lhe será concedida e que provavelmente será você.

Simiel falava calmamente.

_ Eu?

_ Sim, Nara, você. Por que você é a filha dele, quer queira ou não você ainda tem um pouco de sangue de demônio dentro de si.

Foi aí que Nara desmaiou e bateu forte sua cabeça no chão.