O Sequestro - Cobrade escrita por Keth


Capítulo 33
A Revelação


Notas iniciais do capítulo

Oi gente. Estou atalizando hoje de novo, primeiro, porque não tenho nada para fazer kk. Segundo, porque quero terminar com esta fic antes de Malhação acabar. :*



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Jade

Acordei com leves beijinhos em meu rosto, mesmo com os olhos fechados sorri e comecei a me espreguiçar e os beijos continuaram. Abri meus
olhos e finalmente o vi, Cobra sorria como nunca e além de beijinhos no
rosto também beijava minha barriga, me sentei devagar na cama e me
ajeitei, Cobra passou a cariciar a minha barriga e admirava
maravilhado, não entendi muito bem porque até olhar com mais atenção:
minha barriga cresceu mais um pouco, significativamente, por isso
tamanha alegria.

– Você também percebeu que cresceu mais? – ele me olhava com um brilho intenso, radiante.

– Sim, esta crescendo rápido não acha? – ele assentiu e se deitou com o
ouvido na minha barriga.

– O que você acha que é? Um menino ou uma menina? Minha mãe costumava dizer que quando uma mulher fica grávida ela praticamente consegue sentir qual é o sexo do bebê – a cena era bonitinha e a pergunta
realmente me intrigou, eu não sabia dizer.

– Não sei como deduzir, eu não tenho assim um instinto pra dizer agora
qual sexo que eu acho que é – Cobra sorriu e continuou ouvindo os sons
da minha barriga.

– Eu queria que fossem dois – arregalei os olhos.

– Dois? – repeti surpresa.

– Sim dois – ele riu – Iríamos fazer a maior bagunça.

– Com certeza – sorri para ele, porém logo nosso momento de
tranquilidade e amor foi interrompido por um estrondo, Cobra se
levantou no mesmo segundo se colocando a minha frente de um jeito
protetor, ouvi passos apressados que logo mostraram quem havia feito
aquilo...

– Jade, vim busca-la, venha agora – meu pai me olhava furioso, no
mínimo ele arrombou a porta e estava pronto para me arrastar para longe
de Cobra.

– Pai! Pare com isso! Como pode simplesmente entrar aqui dessa maneira? – neguei com a cabeça – Eu não vou com você, até que me deixe explicar tudo – meu pai tentou vir até mim e me puxar, porém Cobra o empurrou sem muita violência para longe.

– Desculpe meu querido sogro, mas, ela só vai sair daqui por vontade
própria. Você não tem o direito de arrastá-la para nenhum lugar – meu
pai encarou Cobra muito irritado.

– Eu tenho sim o direito de leva-la, ela é minha filha! Faço o que é
melhor para ela, e no momento o melhor é afastá-la de você – senti que
os dois iriam brigar, eu precisava fazer alguma coisa... Foi quando tive
uma ideia. No criado mudo, abri uma gaveta, e lá estava ela, a arma de
Cobra e da mesma forma que ele fez comigo eu faria com meu pai agora –
O que está fazendo Jade? – apontei a arma para minha própria cabeça,
quando Cobra se virou e percebeu o que eu estava planejando
simplesmente não se moveu.

– Vou contar até 5, se o senhor não quiser me ouvir eu vou atirar! –
Cobra me contou que nunca mantinha balas na arma, por isso não me
preocupei.

– Jade pare já com isso e vamos embora!

– Um...

– Eu não quero ouvir nada do que você tem a dizer!

– Dois...

– Filha pelo amor de Deus largue essa arma!

– Três...

– Não há o que conversar ele é um bandido!

– Quatro... Na próxima eu atiro!

– Jade não... – quando fiz menção de atirar meu pai ergueu as mãos em
sinal de rendição – Está bem! – ele gritou – Eu vou ouvir toda a sua
história! Agora filha largue essa arma antes que acabe matando seu pai
do coração – Larguei a arma e olhei para Cobra, ele piscou para mim e
tentou conter um riso.

Meu pai nos acompanhou até a sala ainda muito relutante, pedi a ele que
tivesse paciência e não me interrompesse em momento algum, e mesmo de
cara feia ele obedeceu. Assim como foi com a minha mãe eu contei tudo a
ele, contei os dias em cativeiro, como Cobra havia me salvado duas
vezes e como nos apaixonamos, também contei a ele de nosso plano de fuga
e porque isso envolvia minha mãe, e no final pedi que Cobra contasse a
sua história ao meu pai que ouvia atentamente e estranhamente quieto,
não contei a ele sobre minha gravidez ainda, tanto que coloquei uma
blusa mais larguinha para que ele não percebesse minha barriga já um
pouco crescidinha. Quando terminamos meu pai nos encarava com um misto
de confusão e surpresa, eu sabia que ele não queria acreditar naquilo,
mas, ele tinha de acreditar, eu não queria Cobra preso, ainda mais
esperando um filho dele.

– Interessante, mas, como posso confiar nele? Quem me garante que ele é o que tanto diz ser? Jade, como você sabe que ele a ama? – meu pai
ainda não acreditava em nós, olhei para Cobra a procura de uma resposta
mas nem ele sabia o que fazer – Me dê um bom motivo para não fazer esse
cara ser preso nesse exato momento Jade – o desespero me tomou eu não
sabia o que fazer, olhei para Cobra mais uma vez e ele como se
estivesse lendo minha mente assentiu e beijou meu rosto.

– Papai, o senhor não pode prendê-lo, ele não é um bandido, é uma boa
pessoa, ele me salvou, ele é o único homem com quem eu quero ficar, e...
– respirei fundo, olhei bem no fundo dos olhos de meu pai e levantei
levemente minha blusa e passei a mão pela minha barriga exposta – Eu
estou grávida papai, estou grávida do Cobra – meu pai me olhou
completamente surpreso e de repente caiu para trás no sofá – Aí meu
Deus! – corri até ele, meu pai acabou de desmaiar.

– Vou ligar para uma ambulância! – Cobra se apressou em ligar.

– Aí meu Deus, será que eu matei o meu pai? – Cobra riu.

– Ele deve ter ficado muito surpreso, mas, não ao ponto de mata-lo fique
tranquila - Em pouco tempo a ambulância chegou para leva-lo ao hospital,
liguei para minha mãe pedindo que nos encontrasse lá e que depois
explicaria tudo, agora eu só tinha que torcer para que meu pai
desistisse dessa ideia de prender Cobra, e principalmente, que ele não
me mate por estar grávida do cara que ele mais odeia no mundo.


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