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~Armin’s P.o.V

Eu estava indo em direção ao meu armário. Já tinha a preguiça de sustentar meu próprio corpo e agora tenho que andar todo este percurso. Para minha sorte, poderia usar o vestiário. (Olha que o nome dessa história tem que ser “O Menino de Sorte”, por que sim!) Estava encharcado, da cabeça até metade do peitoral. Ando rapidamente pelo corredor vazio antes que alguém possa me ver naquele estado. Realmente nunca vou me esquecer do que passou.

~Flashback On

– Ele realmente vai fazer isso? – Eu estava mais apenas me perguntando sobre o fato, do que compartilhando minha opinião com outros.

– Dake é cafajeste, é claro que ele vai fazer! – Respondeu Castiel se preparando para o “espetáculo”.

Nós estávamos no pátio, estava razoavelmente movimentado. As pessoas preferem ficar na cantina ou na sala. Eu estaria no meio se não tivessem me chamado para ver isto. Dakota não apenas iria causar um grande problema se fosse pego como também prejudicaria outros se desse errado. Mas o que fazer quando não se pode mudar a cabeça de certas pessoas? Principalmente pessoas que nasceram com a safadeza no couro.

Ele foi lentamente até uma garota que estava conversando com suas amigas. Ela olhou na direção dele depois que as amigas á avisaram que ele se aproximava.

– Oi gata.

– Hã... Oi. – Ele fica encarando ela. – Me desculpa, mas por que ta olhando pra mim assim?

– É porque tenho certeza que já te vi antes.

– ...?

– Ah é verdade, sempre nos meus sonhos. – Ele dá aquele sorriso malicioso.

– Cara, Dake é mó cara de pau! – Eu digo e o ruivo ao meu lado concorda rindo.

– É o pior dos malandros que já conheci.

– Sabia que eu trouxe um pouco de asfalto pra te consertar?

– O quê...? – Ela pelo visto deve estar chegando no limite.

– Porque você é um pedaço de mau caminho.

Uau, de onde ele tira essas cantadas idiotas? CantadasIdiotasParaXavecarEDepoisApanhar.com? Isso já o cúmulo. E as amigas dela riam baixo a cada palavra que ele dava.

– Você por algum acaso é administradora de empresas?

– Não...

– Porque sinceramente você já fez meu negócio crescer, gracinha.

– Agora já chega! – Ih, f’udeu...

Ela pega um copo de milkshake que estava na mesa próxima e aponta para ele.

– Escuta aqui, Don Juan. Já cansei dessa palhaçada! O que deu em você pra falar isso?

Ele levanta as mãos como forma de rendição e anda de costa até perto de nós. Ei, você se ferra e vem pro nosso lado?

– Calma aí, gracinha. Peraí, você não acredita em amor á primeira vista?

– Não!

– Ata, vou passar aqui de novo, talvez você acredite em amor á segunda então!

– Vá pro inferno!

Ela joga o copo milkshake na direção dele, mas ele se desvia. E eu, logo eu estava bem atrás dele no momento. Então já era o esperado: O milkshake que era pra ser para este ser desnaturado acabou por acidente em mim. O que causou um ataque de risos nos dois idiotas e uma enxurrada de desculpas vindas da garota que ficou desesperada pelo meu estado. Eu fiquei todo sujo de morango com baunilha naquele instante e com uma vontade enorme de enforcar alguém.

~Flashback Off

Que bonito Dake. Você apronta e outras pessoas pagam o pato. Por sua culpa, várias pessoas viram essa palhaçada, acho que vi uma garota com uma câmera. O que essa peste tava fazendo filmando ou sei lá tirando fotos?

Cheguei finalmente ao armário, e eu que achei que nunca precisaria usar estas roupas reservas, odeio admitir, mas obrigado Alexy. Ouço um barulho de um armário sendo aberto. Pensei que todos ainda estariam no intervalo e não passariam por aqui tão cedo. Eu observo pelo canto dos olhos e percebo que a nossa princesa da escola está colocando os presentes que ganhou dentro do seu armário.

Ela não os come na hora? Por que guardar? Detesto quando eles ficam quentes e derretendo. E pensando bem, já que ela faz tanto estrago, por que não doa pra quem necessita? Eu estou no meio disso. Ah Armin, você também não vai sair perguntando á uma pessoa que não te conhece e que você não conhece se pode pegar os bombons que ela ou ele ganhou de outra pessoa!

– Você não quer uns bombons? – O-Oquêêêêêê??!

– É... Se não se importar, eu aceitaria sim...

– Não se preocupe, não me importo. – Ela sorri quando se volta para mim.

Mas, mas... Ela só pode ser um anjo... (É sério tem que mudar o nome desta Fanfic agora.) E que legal Armin, bela impressão. Você está cheirando a morangos e baunilha, seria um ótimo perfume se não fosse um milkshake. Ela abre seu armário de novo e me dá uns bombons e alguns chocolates.

– É Erika não é?

– Sim. – Ela pára e depois coloca o dedo indicador abaixo do nariz, rindo de leve. Com certeza por perceber o meu estado. – Tenho que voltar, acho bom tirar logo, talvez manche. – Então ela se direciona ás salas, mas pára por um instante e se volta para mim. – Pegue. Talvez limpe um pouco seu rosto.

Ela me joga um lenço e então segue de volta ao seu destino. Eu (Por curiosidade) cheiro o lenço e tem um perfume muito bom vindo dele. Será o perfume dela?! Eu vou ter o cheiro dela se eu usar isso?! Ah merd’s o que faço?

~Erika’s P.o.V

Entro na calma sala de aula, onde acho que posso ter um pouco de paz. Aquela que estou procurando desde o início do mundo! Fala sério. Me sento quase na última cadeira perto da janela, adoro a vista, posso encontrar outro infeliz tendo outra infelicidade.

E por falar em infeliz, que cara mais estranho. Ele realmente ficou bem encharcado, foi uma ótima cena afinal.

~Flashback’s On

Apoiei a cabeça em uma das mãos e observei atentamente á paisagem lá fora, e de repente, algo realmente me prendeu atenção. Olhei e me maravilhei, cobri um pouco da boca com a mão que estava apoiando e dei um leve sorriso que sei que contagiou todo o meu rosto. Essa realmente foi a melhor parte do meu dia. Que idiotas. Aquele ali tomou um belo banho de milkshake. Leila não aparece logo, isto pode acabar derretendo e manchando em meu uniforme, melhor guardar estas porcarias e o resto vai pro lixo. Me levantei da carteira e segui em direção ao meu armário para guardar estas coisas açucaradas para a Leila.

~Flashback’s Off

Se ele soubesse onde aquele lenço passou... Bem, nem eu mesma sei, um garoto aleatório me ofereceu e não consegui achá-lo depois disso e não iria ficar com algo de alguém. Bem, pelo menos esse daí ainda serviu para algo, acabou com a metade daqueles presentes bestas.

– Ei Erika! Tava viajando né menina? – Ouço uma voz atrás de mim, agitada como sempre.