Até o julgamento escrita por Paola_B_B


Capítulo 17
Capítulo 16. Contagem regressiva


Notas iniciais do capítulo

Oi amores! Mil perdões pela demora. Como disse no grupo do Face eu fui inventar de iniciar uma nova leitura e eu simplesmente não consigo fazer mais nada até terminá-la. Enfim... Minhas férias também terminaram e tudo voltou a ficar louco hahah. Mas tentarei manter a frequência de postagem de pelo menos de 15 em 15 dias.

Agora um agradecimento especial Isabel123Cristin pela recomendação *o* Muiiito obrigada!!!

E vamos ao capítulo ;)



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Capítulo 16. Contagem regressiva

PDV Agente Swan

Deitada no sofá com uma manta enrolada em minhas pernas eu observava divertida a movimentação a minha volta. Meu protegido assumiu um papel de liderança assim que eu pedi que ele dissesse para Tyler o que precisava para instalar a internet. Uma hora depois Tyler voltou com tudo o que foi requisitado e agora andava de um lado para o outro conforme Edward ordenava para a completa instalação do equipamento.

Depois de uma antena instalada no telhado, fios passados pelas paredes e um Tyler bufando jogado no sofá, Edward tinha seu laptop sobre as pernas e digitava furiosamente.

— Tyler, se vai ficar aqui seja útil e vá fazer o jantar. – ordenei após um bocejo.

Os remédios me deixavam dopada, porém se eu não os tomasse a dor, mesmo que não queira admitir, era terrível.

— Por acaso se esqueceu dos meus desastres culinários Bells? – perguntou ele em tom malicioso.

Meus olhos que estavam em Edward continuaram nele, mesmo quando seus dedos diminuíram a velocidade para prestar a atenção na conversa. Segurei um sorriso.

— Não me lembro de já ter experimentado qualquer prato feito por você.

— Como não?! Quando completamos 3 meses e eu tentei fazer um jantar romântico deixando a carne crua e o macarrão sem sal. – retrucou indignado.

Tive que fitá-lo para responder.

— Não deve ter sido importante para eu não ter guardado em minha memória. – a boca de Tyler caiu em um perfeito “O” – Não precisa se preocupar com cozimento ou sal, apenas me traga um sanduiche. Acho que pelo menos isso você sabe fazer.

Ele nada disse, apenas levantou e caminhou para a cozinha. Voltei meu olhar para o me protegido que agora não digitava mais e me olhava embasbacado.

— Isso foi cruel.

Meus olhos se prenderam no vinco da testa de Edward então desceram pelo nariz reto até chegar aos lábios finos e chamativos. Foi só quando eles se mexeram que percebi que ele falava comigo, ou melhor, bufava para mim.

— Eu não sei por que esperava que você dissesse algo.

— O que você esperava que eu dissesse?

— Não sei, concordasse que foi cruel e corresse se desculpar com o seu ex, ou não, dissesse que ele merecia cada palavra. – deu de ombros com a expressão um pouco perturbada.

Edward continuou me olhando e só então percebi que ele queria que eu dissesse alguma coisa.

— Me desculpe, era para eu falar algo agora?

— Você realmente não sabe ter uma conversa normal e civilizada. – ele voltou-se para o computador. – Devo entrar em contato com a promotora? Se ela soube do ataque à boate provavelmente deve achar que estamos mortos.

— Sim, mande um e-mail dizendo para não desistir do processo.  E quanto ao vírus?

— Estava prestes a verificar isso.

A sala voltou a ficar silenciosa e eu acabei cochilando. Quando acordei puxei o prato com o sanduiche para o meu colo e comi de maneira preguiçosa.

— De nada. – resmungou Tyler jogado na poltrona ao lado enquanto zapeava os canais da TV.

— Porque você ainda está aqui? – perguntei, mas minha pergunta pareceu ofendê-lo já que me fitava irritado.

— Seu pai mandou fazer a proteção de vocês enquanto você está machucada.

— Pelo trabalho que está fazendo agora... – apontei para ele que provavelmente teria uma lesão grave na coluna se continuasse com aquela postura. – Poderia estar fazendo na sua casa.

— Eu acabei de verificar o perímetro enquanto você dormia.

— Se não há nenhum perigo você pode ir para casa.

— Porque quer tanto que eu saia daqui? Quer privacidade com o seu menino?

— Exatamente isso.

Ouvi Edward disfarçar o riso com uma tosse forçada.

Tyler levantou-se em um salto.

— Cadela... – xingou baixinho antes de sair de casa.

Suspirei antes de me levantar e seguir até meu protegido.

— Então? Conseguiu contato com Alice?

— Já enviei o e-mail e tenho boas notícias sobre o vírus.

Sentei-me em seu colo e observei a tela do computador.

— Não sei por que esperava ver algo que entendesse. – resmunguei olhando aquela infinidade de números e símbolos.

Senti o riso de Edward em meu pescoço enquanto suas mãos deslizavam com delicadeza em minha cintura. Não pude evitar estremecer de dor quando ele tocou sob meu curativo.

— Desculpe.

Relaxei em seu peito.

— Já estou dentro do computador do mafioso, agora basta que ele acesse sua conta que eu terei total domínio de seu dinheiro. – riu de maneira exagerada tentando parecer algum vilão de filme infantil.

Foi a coisa mais tola que ele fez e mesmo assim eu ri com total liberdade.

— O que faremos com a grana? – perguntou ele. – Compramos uma ilha, ou talvez um pequeno país. Podemos viajar o mundo e nos hospedar nos melhores hotéis.

— Devo pegar minhas algemas senhor Cullen? Você realmente está pensando em usar dinheiro sujo para o seu entretenimento?

O senti tenso. Segurei meu riso. Porque ele levava tão a sério o que eu dizia? Resolvi me divertir mais um pouco então me virei o olhando com seriedade.

— Bem... – murmurou, eu já podia enxergar as gotículas de suor se acumulando em sua testa. – Não é bem assim e eu não posso simplesmente falar para seu chefe o que eu fiz. O dinheiro pode até ser do Volturi, mas o que farei não deixa de ser roubo. Ah Meu Deus! Você vai me prender? – agora seus olhos estavam arregalados e suas orelhas vermelhas. – Eu não fiz nada de errado ainda! Bem... Talvez essa instalação seja um pouco ilegal e o vírus... Jesus Isabella! Você não vai me prender, vai? Eu prometo que...

PDV Edward Cullen

— Não tem graça. – resmunguei enquanto a observava se contorcer em meu colo com os seus risos.

— Oh! Eu não posso rir. – reclamou pressionando seu ferimento com sua mão esquerda.

— Você deveria sossegar um pouco. Sei que você é toda fodona, mas sua cirurgia foi realmente difícil. Os médicos não tinham certeza se você sobreviveria.

Senti sua mão direita subir pelas minhas costas, tocar em meu pescoço até ficar suavemente em minha nuca. Seu dedão acariciou lentamente minha bochecha, seus olhos dançavam fitando todo o meu rosto até que finalmente fixaram-se em meus olhos.

— Eu estou bem agora. – sussurrou se aproximando.

Seus lábios não demoraram a tocar os meus. Delicado. Suave.

Eu sequer notei que minha mão direita apertava sua cocha até que ela gemesse em minha boca e aprofundasse o beijo.

Nossa... Relação? Bem, não sei bem se o que estava acontecendo entre nós poderia ser classificado como relacionamento, mas o fato é que parece que vivemos revezando entre morno e fervendo. Os poucos beijos que trocamos ora eram doces e tranquilos como se escondessem algum sentimento mais profundo e sagrado, ora eram firmes e afoitos, desejando muito mais do que apenas lábios e língua.

— Droga! – gemeu em minha boca.

Afastei-me com cuidado, pois seu gemido não foi de prazer e sim de dor.

— Vá descansar Bella. – pedi segurando seu rosto entre minhas mãos.

Beijei-lhe suavemente mais uma vez antes dela levantar-se e seguir para o quarto.

Voltei-me para o computador e continuei trabalhando em meus códigos já que minha vida não era um filme de ação no qual o hacker levava apenas alguns minutos para roubar um banco.

Fui interrompido por um e-mail que dizia apenas “Estejam de volta daqui dois meses.”.

Minha respiração ficou suspensa. Dois meses. Dois fodidos meses e eu teria que depor contra um mafioso de alta periculosidade. De repente eu me sentia enjoado. Não apenas por pintar em minha testa um grande alvo, mas também por tudo o que o fim desses dois meses implicariam em minha vida.

Será que eu conseguiria voltar para a minha vida? Eu estaria seguro sem qualquer proteção policial? Mesmo que o Volturi seja preso e leve com ele boa parte de seus comparsas, ele ainda é um homem poderoso e perigoso. Ele com toda a certeza conhece alguém que pode acabar comigo da pior maneira possível apenas por vingança. Ou então ele pode esperar sair da prisão para ele mesmo torcer meu pescoço.

Engoli em seco e estremeci. Meus olhos fixos na tela do computador. Sim, o Volturi ficaria pobre em breve, ele não teria nem para pagar seus advogados. Mas quem garante que seu poder não vai muito além de quem ele pode pagar? Que vida eu teria após toda esta merda estourar?

Um gosto amargo se instaurou em minha língua. Não é como seu eu estivesse em uma situação muito boa quando fui testemunha daquele crime terrível.

Talvez eu devesse visitar meus pais em Londres. Será que o Volturi vai querer atravessar o oceano para me encontrar? Espero que sua obstinação não seja tão grande.

Meus pensamentos não estavam me aliviando nem um pouco, pois minha mente estava tomada pela agente Swan. Eu simplesmente não consigo imaginar um futuro sem ela. Não consigo. E merda! Isso é tão frustrante!

No inicio de um relacionamento normal já é difícil saber o que a outra pessoa está sentindo por você. Mas Bella... Ela simplesmente supera toda e qualquer pessoa que te deixa inseguro.

Sem perceber de repente eu estava parado na soleira da porta do quarto da agente. Ela dormia sentada apoiada nos travesseiros, não parecia muito confortável, mas talvez ela estivesse sentindo mais dor do que demonstrava e esse foi o único jeito que encontrou para descansar.

Lentamente sentei-me ao seu lado e acariciei seu rosto sereno. Ela parecia uma mulher normal deste jeito. Mas eu sabia que assim que ela abrisse seus olhos as dúvidas invadiriam minha cabeça e eu buscaria nas mínimas expressões de seu rosto algum sinal do real sentimento que ela escondia em seu coração.

— O que foi? – sussurrou sonolenta. – Aconteceu alguma coisa?

— Desculpe, não quis te acordar.

Ela parecia um pouco dopada, provavelmente não se lembraria de nada do que conversarmos agora.

— O que você sente por mim?

— Eu não entendo a sua pergunta. – seus olhos estavam um pouquinho arregalados e seu corpo paralisado.

— Tenho certeza que entendeu a minha pergunta. Eu só quero uma resposta honesta.

Ela manteve o suspense por alguns segundos antes de responder tão baixinho que eu quase não pude ouvir.

— Eu não sei.

— Bem... Você tem dois meses para descobrir. A promotora mandou um e-mail, acho que a audiência foi marcada.

Suspirei e me levantei. Eu tinha que voltar ao trabalho se eu quisesse pelo menos ter esperanças de uma vida no futuro.

— Tony? – chamou antes que eu saísse.

A fitei com um misto de curiosidade e ansiedade.

— Eu sei que não me perguntou, mas eu sinto que preciso te dizer... – ela parecia estranhamente nervosa. – Nós... Nós nos conhecemos há apenas alguns dias. E passamos por perigos que podem fazer com que você se sinta...

— Não me venha com o papo de gratidão. – grunhi a cortando. – Não faça uma analise psicológica dizendo que eu estou confundindo meus sentimentos de gratidão por me proteger por outra coisa. Porque eu não estou! Eu sei exatamente o que eu sinto por você. Isso não é nenhum tipo de transferência ou o que diabos os psicólogos chamam!

A agente abriu e fechou a boca algumas vezes. Sua expressão claramente confusa. Acho que a peguei desprevenida para que transparecesse tão bem o que sentia.

— Hã... Não era isso que eu ia dizer.

— Não?

— Não... Eu ia dizer que é natural que se sinta assustado e pense que tudo pode mudar de uma hora para a outra.

— Oh! Desculpe... Então hã... Continue. – minhas orelhas estavam em chamas.

— Eu só quero que você tente ir com calma. Como disse antes nós estamos juntos há apenas alguns dias. E eu... Eu sinto algo por você. Eu só não sei lidar com isso. Eu não deveria estar sentindo isso Edward. Isso nos coloca em grande risco...

— Seja lá o que isso significa. – a cortei mais uma vez. – Está tudo bem. Como eu disse, nós temos dois meses para descobrir não apenas o que é isso, mas como lidar com isso.

Jesus, nós somos patéticos chamando amor de isso.

 


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Notas finais do capítulo

Fic em reta final gente. Não pretendo escrever mais de 20 capítulos.



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