Até o julgamento escrita por Paola_B_B


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá gente! Nova fic na área :D Espero que gostem desta mistura de humor, ação e romance. E por favor, não deixem de comentar. O autor baseia sua escrita com base nos comentários, então o único jeito de eu melhorar minha escrita é recebendo comentários tanto de críticas construtivas quanto de apoio para continuar.



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Prólogo

Meu coração foi a mil após a simples pergunta.

- Qual dos homens viu na noite passada senhor Cullen?

O terceiro, eu quis gritar, mas as palavras não saíram da minha boca. E como o covarde que sou dei um passo para trás. Para o meu azar trombei com a agente gostosa que com toda a certeza achava que eu tinha sérios problemas mentais.

Antes que eu pudesse me virar e pedir desculpas suas pequenas mãos espalmaram em minhas costas e deslizaram em uma breve massagem. Porra! Quando eu estava começando a gostar ela me empurrou para o lugar onde eu deveria ficar. Longe dela.

- Lembre-se que nós podemos vê-los, mas nenhum deles pode nos ver. – o detetive Whitlock soltou sua mão, sem nenhuma delicadeza, devo ressaltar, em meu ombro esquerdo, tive a sensação que ele estava irritado por eu estar tremendo mais que uma vara verde, mas gosto de acreditar que aquele foi apenas um gesto de suporte.

Engoli em seco e sem mais pensamentos sobre aquilo eu ergui minha mão e apontei para o homem vestido com um fino terno azul, que deveria custar mais do que todos os meus bens materiais, e disse.

- O terceiro.

- Número três um passo a frente! – ordenou Whitlock após apertar um botão ao lado da janela de vidro.

Senti cada terminação nervosa entrar em colapso e por muito pouco não saí gritando feito uma garotinha quando o homem seguiu a ordem. Os olhos negros e frios como uma noite invernal pareciam me olhar diretamente e eu começava a duvidar sobre a veracidade das palavras do detetive. O homem torceu seus lábios finos e eu tive um leve vislumbre de que ele torceria meu pescoço com a mesma facilidade. Seu nariz dilatou e voltou ao normal em um bufo raivoso. Jesus, eu não quero encontrá-lo tão cedo!

Eu precisava imediatamente de um banheiro.

- Preciso que você me diga com absoluta certeza se foi este homem que viu assassinar Laurent Romanov?

- Eu não sei quem é Laurent Romanov, mas o homem que vi matar o outro na noite passada com toda a certeza é ele. – arregalei um pouco meus olhos verdes para que o policial compreendesse que meu trabalho estava feito e eu tinha que ir para casa, caso contrário eles teriam um grande trabalho para limpar o chão.

- Laurent Romanov é homem da foto senhor Cullen, nossa vítima. – Whitlock grunhiu irritado.

- Então foi ele mesmo! O que mais você precisa para aceitar que eu tenho certeza? Promessa do dedinho? Pacto de sangue? Só me deixe ir para a minha casa antes que esse cara atravesse o vidro!

- Fique calmo senhor Cullen. – pediu o detetive dando um passo discreto para longe de mim.

Acho que eu estava um pouco verde de nervoso. Pelo canto do olho eu posso jurar que vi a agente com um pequeno sorriso. Ela só sorri, pois seus sapatos de salto “foda-me” ainda estão lindos e limpos!

- A agente vai acompanha-lo até minha sala.

- Acho que preciso passar no banheiro antes... – sussurrei sentindo as gotículas de suor se acumularem em minha testa.

Eu estava realmente passando mal.

Sem nenhuma palavra a mulher segurou meu braço com um agarre de homem e me arrastou para fora. Não arrisquei falar nada, eu já estava passando uma vergonha muito grande na frente dela. Porém não pude evitar a consternação quando ela entrou no banheiro junto comigo.

Ela virou-se para o espelho e passou os dedos ao redor dos lábios como se estivesse limpando o batom borrado.

- Você sabe que esse é o banheiro masculino, não é? – acho que os mictórios davam uma boa pista.

Seu reflexo apenas ergueu uma de suas sobrancelhas. Observei-a levar algo a boca e mastigar, em seguida uma bola de chiclete estourou, seu olhar ainda em mim. Acho que ela não estava com muita paciência. Corri para o Box como um garotinho que foge da bronca da mamãe.

Sentei sobre a tampa da privada e respirei fundo. Eu estava completamente apavorado, ainda estou completamente apavorado. Aqueles olhos frios estavam cravados em minha memória e eu tenho certeza que terei pesadelos piores dos que eu tive noite passada. Minha vida simplesmente virou de cabeça para baixo em pouco mais de 18 horas. Fui demitido, fui chifrado e finalmente fui testemunha de um crime terrível.

Acho que vou vomitar!

Levantei rapidamente e ergui a tampa da privada para vergonhosamente colocar todo o resquício de café da manhã para fora. O enjoo aumentava ainda mais quando me lembrava da agente do lado de lá da porta. Eu sou um fodido mesmo.

Puxei o ar com força após apertar a descarga e tentei controlar minhas mãos, ou corpo, trêmulas.

Empunhando o que me restou de dignidade eu saí do Box me deparando com a mulher sentada sobre a bancada da pia. Suas pernas cobertas pela calça social preta estavam cruzadas deixando seus sapatos, ah os sapatos, pendurados em seus pés. Subi meu olhar encontrando seu peito empinado pela sua postura perfeita. O terninho, também preto, era comportado, mas a minha imaginação nem um pouco.

Finalmente encontrei seu rosto. Seu queixo era delicado, seus lábios cheios e bem desenhados, seu nariz pequeno e empinado, suas bochechas salientes e encantadoras, a testa pequena, o rosto em formato de coração contornado por seus cabelos ondulados cor de mogno que contrastavam com a pele quase translucida. Quando reuni coragem para fitar aqueles olhos cor de chocolate naturalmente maliciosos ela estourou outra bola cor de rosa de chicletes. Apenas uma palavra passou em minha mente naquele momento: Perigo!

A agente pulou da bancada após me olhar de cima abaixo perscrutando cada cantinho do meu corpo. Seu rosto não demonstrou qualquer emoção. A verdade era que ela parecia entediada. Pois é querida, minha ex noiva devia achar o mesmo ao me olhar.

Livrei-me de seu olhar e segui para a pia. Lavei meu rosto e não me intimidei em fazer um belo gargarejo para tirar aquele gosto de bílis da minha boca. Sem muito resultado me virei para ela e perguntei.

- Você não teria um creme dental, teria?

Novamente ela me olhou sem nenhuma emoção e então simplesmente segurou meu braço, daquele jeito impaciente, me puxando para fora do banheiro.

O que veio a seguir acho que nem ela, com toda a sua segurança de que o mundo era um grande tédio, previu.

No mesmo momento em que saíamos do banheiro o assassino passava algemado pelo corredor. Dois policiais federais o escoltavam. E para o pavor geral da nação o mafioso conseguiu empurrar os dois, cada um para um lado, com uma trombada de cada vez. Talvez eu tenha esquecido de mencionar que o assassino em questão tinha quase o dobro do meu tamanho em massa muscular. E para o meu total desespero ele grudou seu corpo ao meu.

Ele ainda estava algemado, mas eu podia sentir sua vontade de apertar meu pescoço.

- Se testemunhar você está morto, palito de fósforo! – jogou seu bafo de charuto em minha cara e imediatamente foi arrancado de cima de mim pela agente gostosona.

Acho que eu precisava ir ao banheiro novamente.

Antes que eu pudesse me esconder dentro do Box fui puxado pelo detetive Whitlock e colocado sentado em uma poltrona numa pequena sala.

- Senhor Cullen! Eu sinto muito! Vocês não deveriam ter se encontrado antes do julgamento. Foi um descuido que não se repetirá!

- Como ele sabia quem eu era? – perguntei em um sussurro.

O detetive passou as mãos entre seus fios loiros e me olhou com seus profundos olhos azuis.

- Acho que seus olhos arregalados e ter grudado as costas na parede foi uma dica. – ele parecia irritado.

Perfeito! Então a minha covardia tinha colocado a corda em meu pescoço. A faca em meu coração. A bala em minha testa. Eu era tão fodido!

- Não se preocupe, o senhor estará sobre a responsabilidade do programa de proteção a testemunha. Mesmo antes desse incidente nós já pensávamos nesta possibilidade, agora não há mais nada a ponderar. O senhor ganhará uma nova identidade, um novo endereço e um novo emprego até que coloquemos de uma vez por todas Aro Volturi atrás das grades.

Uma batida na porta soou antes da agente gostosa entrar na sala. Whitlock assentiu para ela e então voltou seu olhar para mim.

- A agente Swan o acompanhará até o FBI para que seja devidamente orientado.

Apenas assenti. O que mais eu poderia fazer? Esconder-me embaixo da mesa? Depois que tomei a decisão de reportar o crime à polícia eu tive que encarar as consequências. Não adiantava querer fugir. E apesar desta consciência o medo praticamente dominava meu corpo.

- Vamos! – a voz da agente me trouxe arrepios, mas o que me tirou do meu estupor foi novamente o plof do seu chiclete.


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Notas finais do capítulo

Então? Gostaram? Comentem :D



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