Linha do Tempo escrita por PrissPattz


Capítulo 9
Capitulo 9


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, sinceramente, demorei para nada, nao gostei desse capitulo que escrevi, apesar de ser decisivo para história. Na verdade ele tem varios acontecimentos mas não está recheado como deveria estar.. Perdão.



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POV MILYES

– Senhorita, pode vir morar aqui quando quiser, com seu marido. - Diz minha tataravó olhando para mim e para Carter com afeto. Quase reviro os olhos.

– Fico bastante agradecida, senhora Genebra. - Falo tocando-lhe as mãos enrugadas.

– Bom agora é melhor vocês voltarem para o teatro, pois é noite. - Diz ela sorrindo.

– Foi muito gratificante o nosso passeio. - Fala Carter.

– Que boa Darling. - Ela diz e ele beija sua mão. Franceses.

Despedimo-nos e vamos em direção ao teatro.

– Sabem quantos anos ela tem?- Carter pergunta quando dobramos a esquina para o teatro.

– Não. - Respondo. A única coisa que consigo pensar é em Erik.

– Você não tem família no futuro não é? - Carter pergunta me tirando do eixo. Odeio falar de minha vida.

– Sim. - Respondo e ando mais rápido, o deixando para trás. Mas ele logo me alcança.

– Me conta um pouco, só um pouco. - Ele diz me parando no meio do caminho, com o frio ricochetando nossos rostos.

– E... Eu não quero contar! - Exclamo irritada, o tirando do caminho e andando novamente. Depois de um tempo, ele não fala nada só fica ao meu lado. Meu passado é totalmente recluso, até para mim.

Chegamos ao teatro e tudo parece bem calmo. Todos estão de luto. O fantasma causa muito terror, mas, nada se compara ao terror que causaram a ele. Para manter as aparências, Carter me toma pela mão, mas, não gosto disso. Onde deve estar o Erik?

– Não está calmo demais?- Pergunta Carter, tirando-me de meus devaneios. Olho para todos os lados e percebo que não há ninguém, nem mesmo os ajudantes de palco. E não passam das 18h00min horas da noite.

– Você vai ao salão e eu vou ao camarim das bailarinas. -Falo e ele assenti e nos separamos. É bem difícil correr de vestido.

Assim que chego no camarim, vejo a porta entre aberta. Assim que abro, vejo minha mochila em cima do leito e ao lado, um vestido vermelho, creio eu. Me aproximo e vejo o vestido, simples mas de camurça, sem mangas e por cima uma máscara preta de detalhes brilhantes e sofisticados.

–Você gostou?- A voz atrás de mim pergunta me assustando. Viro-me e me deparo com Erik com sua habitual vestimenta e sua mascara branca que cobre a metade de seu rosto. Perco-me em seu olhar.

– É... É para mim?-Pergunto apontando para as peças na cama. Ele só assenti e abaixa a cabeça. Franzo o cenho. - Hm.. E para que?- Pergunto. E é a vez dele franzir o cenho.

– Para o baile.- Ele fala como se fosse uma coisa óbvia. - Não vai ao baile, senhorita? -Ele pergunta e se aproxima. Não me movo.

–E..Eu não sei.- Falo séria. Como ele pode ser tão cético no que faz? Ele me olha...me olha... e depois se aproxima mais um pouco, não saio do lugar, mas, também não tiro a expressão séria e tensa.

– Eu... - Ele para no meio da frase. E eu me irrito.

– Você o quê? - Pergunto com raiva. Ele me olha impassível.

– Desculpe-me eu ofende a senhorita?- Pergunta ele agora bem mais perto de mim.

– Não Sr. Erik. - Falo irônica ,mas, ele não percebe.

– Pelo menos, gostou do vestido?- Pergunta ele. Suspiro confusa com suas atitudes, olho para o vestido e depois para ele.

– Sim, é gracioso. - Falo sorrindo forçadamente.

– Milyes..- Ele diz meu nome, o que me deixa sem fôlego. - Eu acho que está sendo, difícil para você, viver no passado. - Fala ele. Suspiro mais uma vez e sento na cama. Ele para a minha frente, se apoiando na mesa ao lado.

– Sim... Mas, não tenho para quem voltar. - Falo, lembrando-me das perdas.

– Não? Como não?- Pergunta ele curioso.

– Erik, você não sabe a sorte que tem de viver nesse mundo, onde não há ainda, guerras, corrupção, fome, miséria, tecnologia destrutiva... - Falo lembrando-me de tudo que houve no futuro.

– No seu mundo há tudo isso?- Pergunta ele.

– Sim e muito mais.- Falo.

– Por quê?- Pergunta confuso.

– Bom...Eu acho que ao passar dos séculos as pessoas começaram a desviar de seus caminhos trilhados.....a não se reconhecer. Ser humano é uma dadiva, mas, que o próprio ser humano nunca vai compreender. - Falo tristemente. Ele me olha fascinado, de um jeito que não consigo entender.

– O passado, não é tão maravilhoso. - Fala ele em sarcasmo.

– Nenhum lugar é.- Falo. O vejo se aproximar de mim e se ajoelha, ficando próximo ao meu rosto. Já que Erik em pé, pode ser considerado um monstro de tão alto.

Nossos olhares se fundem.

– A sua dor, é minha dor. Sei que perdeu o que mais amava e foi rejeitada pela vida assim como eu...- Ele diz e sem mais nem menos coloca a mão enluvada em meu rosto . - Finalmente achei alguém que eu possa me sentir, um pouco humano. Mesmo que esse fio de humanidade seja a compartilhamento da dor mútua.- Ele diz com os olhos ficando vermelho o que me assusta e me emociona. - Nós encontraremos a felicidade. Eu com Christine, e você com o... Carter. - Ele diz, Com Christine. A vontade que Tejo é de chorar, como é possível achar alguém tão parecido com você e não poder ficar com ele? Porque minha vida sempre foi assim? Por quê?

Sem mais nem menos, Afasto a mão de Erik de meu rosto e levanto. O deixando ajoelhado.

– Carter e eu somos apenas bons amigos e parceiros em nossa missão. - Falo e me viro para encara-lo, agora ele estando em pé. - E minha felicidade, acabou a muito tempo. - Falo fria. Ele me olha assustado.

Mile, estão todos no...– Carter chega e para sua frase no ar, encarando a mim e a Erik, bem sério.

– Onde eles estão?- Pergunto, virando-me para Carter.

– Estão na praça, está tendo uma comemoração. - Fala ele olhando estreito para Erik atrás de mim.

– Boa noite. - Exclama Erik, passando pelo espelho atrás de mim. Logo ficamos sozinhos.

– Vou dormir. - Falo desprendendo o cabelo.

– Ele lhe deu um vestido e uma máscara?- Pergunta apontando para cama.

– Sim.- Falo cansada. E ele só assente, sem dizer mais nada.

ERIK POV

Chegou em meu lar sombrio, pensando assustado, no quanto me pareço com Milyes. Minha felicidade acabou a muito tempo, ela disse. A minha felicidade depende de meu anjo da música, que me faz sofrer a cada dia com o pomposo visconde. Como eu a amo, minha musa, minha dadiva divina, Meus anjo, Minha Christine. Ter sua estatua, é como um santuário. Só de pensar que ela está com o maldito visconde na praça, deixa-me pleno de ciúmes e ódio. Ela não percebe que fiz tudo aquilo por ela? A tornei prima donna novamente, dei- lhe prestígio e agora, lhe darei mais um sucesso, para torna-lhe uma rainha. E assim ela verá o quanto a amo.

Vê-lá cantando com o maldito visconde , doloroso.

Deito-me em meu leito e tiro a máscara, para que minhas lágrimas caiam livremente.

Say you'll share with me ,One love, one lifetime Lead me, save me from my solitude . - A dor me consome sempre que penso, que não a terei ao meu lado.

As lágrimas de dor e horror por minha própria aparência, por minha alma obscura, levam-me para o mais profundo dos sonhos...

"Minha felicidade acabou a muito tempo...."

A voz aveludada de dor de Milyes ressalta em meu pensamento. Tudo está escuro, escuro como minha alma.

"Erik, não sabe a sorte de viver nesse mundo...."

Outra vez a voz de Milyes, agora se torna mais perto.

Sinto um toque sútil em meu ombro esquerdo. Viro-me e uma mulher de cabelos negros, sorri para mim.

– Olá Erik.- Fala a moça, sua voz ecoa em meus pensamentos.

– Olá, quem es tu?- Pergunto e ela sorri novamente. Suas vestes são brancas, que dá um contraste divino aos seus cabelos negros longos e seus olhos verdes.

– Uma amiga de muitas vidas. - Ela diz sorrindo. A olho totalmente confuso. Ela realmente me parece familiar, mas, não sei quem ela é.

– A senhorita me parece familiar, mas, não sei de onde. - Falo a analisando.

– Vamos mudar de assunto não?- Fala ela. O que me deixa ainda mais confuso.

– Não compreendo senhorita. - Falo e ela assenti , só sabe balançar a cabeça como se compreendesse tudo a sua volta.

– Tenho que ajuda-lhe a entender, Erik. - Ela diz. E eu assunto confuso.

– O que?- Pergunto. E sem ao mesmo me dar contra, vejo que estamos sentados em lonas brancas.

– O que sente quando está com Christine Daae?- Pergunta a moça. Franzo o cenho ainda mais confuso. Porque ela me pergunta isso.

– Não sei como explicar, ela é um anjo divino, uma musa para minhas músicas e meu...

– Então... A vê como uma musa?- Ela pergunta. Sim! Minha musa...

– Sim. Ela é minha salvação. - Falo.

– E a Milyes? - Ela pergunta sorrindo. E fico irritado.

– Quem é você? Como sabe sobre mim? Porque estou sonhando com você...?

– Acalme-se, Erik!- Ela exclama levantando-se.

– Eu quero acordar, agora!- Grito e minha voz ecoam sob a escuridão.

– E você irá, mas, só quando consegui aceitar que quem manda é o seu coração e só assim você terá o que sempre quis....– A moça começa a desaparecer.

– Senhor..?- Uma voz rouca fina me acorda em um sobressalto, antes de ver a pessoa a minha frente, em segundos cubro meu rosto e procuro a minha máscara. Assim que a coloco com muita dificuldade, viro-me para a menina a minha frente com roupas de bailarina.

Levanto-me em um pulo, assustando-a.

– O que fazes aqui? E como entrou? - Pergunto ameaçadoramente.

– D-d-desculpe... Minha mãe estava lhe procurando, senhor. - Fala ela de cabeça baixa.

– Para quê?- Pergunto. E olha-me ainda com medo.

– Para lhe entregar sua fantasia... - Ela diz e sem eu perceber, tira de trás um embrulho. E estende-o para mim. Tomo de suas mãos pequenas bruscamente, fazendo-a recuar.

– Agora vá! - Exclama e a mesma corre para onde veio.

Sento-me na cama e desembrulho e vejo a minha fantasia que lhe mandei completar com algumas coisas. E só consigo pensar, no baile e em como estará Milyes com o vestido que lhes dei.

POV MILEYS

Acordo bem disposta, pois hoje, o teatro estará uma confusão só faltam dois dias para o famoso baile, onde os mesmos acham que vai conseguir, tirar a má fama da Ópera, por conta de Erik.

Erik. Ele me fez um belo vestido, mas, será que eu irei nesse baile? Eu tenho que focar em voltar para a minha época e salvar a humanidade. Como? Carter não sabe, muito menos eu, se antes de Erber, a viagem no tempo era impossível, já que o tempo é relativo, imagine nessa época, onde ninguém sabe o que é um celular?

Carter odeia saber que eu me preocupo com Erik, por ele, Erik já estaria morto, como na estória original.

MILYES! - Meg entra com tudo no camarim, alarmada e se senta ao meu lado, onde estou me arrumando.

– O que tens menina?- Pergunto colocando a mão ao peito por conta fo susto. Cada vez mais me adapto nesse século, isso é estranho.

– E-eu eu o vi! - Ela exclama apertando meu braço. Ela está falando de Erik.

– O fantasma?- Pergunto, fingindo surpresa e ela assenti

– Sim! Ele vai ao baile!- Ela exclama.

– E Christine já sabe?- Pergunto.

– Não, mas... Devo avisa...

– Não!- Exclamo fazendo-a sentar novamente. - Deixe que ela descubra no dia, sim?- Falo gentilmente e ela me olha confusa.

– Por quê?- Pergunta ela e eu reviro os olhos.

– Não está vendo que ele quer fazer, uma entrada triunfal?- Falo. - E Christine como sabe tem uma boca... - Falo entre os dentes, odeio Christine!

– Sim, Sim... Tens razão. - Fala ela. Não faz sentido o que eu disse, mas... Meg acha que por eu ser mais velha sei o que digo.

– Ótimo, agora me ajude com meu cabelo e vamos ajudar a todos com os preparativos. - Falo e ela arruma meu cabelo em um coque com a frente caindo sobe meu rosto.

Logo depois saímos do camarim e vamos ao salão para ornamentação, o lugar estava cheio de pessoas com varias coisas nas mãos e a cozinha maravilhosa do teatro, parecia uma feira. Meg não ficava em um lugar só, nem mesmo eu, ajudava em tudo que podia. Como é bom trabalhar normalmente, sorrindo, sem medo de dar tudo errado e de matar alguém.

– Milyes! – Ouço meu nome sendo chamado e me viro, para um Carter todo destrambelhado. – Ainda bem que te encontrei. Ouvi um grande boato. – Fala ele .

– Que boato? – Pergunto franzindo o cenho e limpando minhas mãos no avental.

– Parece que as pessoas estão falando que mais um visitante como nós está aqui. – Ele diz eufórico e preocupado. Arregalo os olhos surpresa.

– Isso é muito ruim? – Falo e ele me olha impassível.

POV ERIK

O teatro estava um caos, o que me dá tempo de criar minha entrada triunfal no baile.

– Erik! – Ouço o meu nome e viro-me, deparando com Antoniete.

– O que há? – Pergunto com raiva.

– Queria saber se irá mesmo ao baile.- Ela pergunta e eu reviro os olhos.

– Eu lhe disse não? – Falo irritado.

– Sim, mas, gostaria que mudasse de ideia. – Fala ela.

– Porque eu faria isso? – Exclamo alto.

– Erik, amanhã estará toda a guarda da cidade, por sua causa. – Fala ela.

– Eu não me importo. Eu sei me cuidar. – Falo , virando-me de volta para o minha mascara.

– Erik... Tome cuidado. – Fala e percebo ela se virar e ir embora.

No mesmo lugar onde Antoniete vai embora, uma grande luz aparece e a força é grande e me joga longe, e tudo fica escuro.

– Senhor?- Ouço uma voz rouca, assim que abro os olhos, vejo um homem muito estranho a minha frente, de cabelos grisalhos e um óculos estranho.

– Q-quem é você? – Pergunto me levantando devagar. Estou vulnerável na frente de um estranho e isso não é nada bom.

– Meu nome é Erber Clousor!


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Notas finais do capítulo

Isso é todo! O proximo cap vem recheado.
espero que estajam gostando da fic, comentem e favoritem bjs
lembrando que estou tbm no social!



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