Linha do Tempo escrita por PrissPattz


Capítulo 7
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, perdão pelo atraso. Leiam e nos vemos nas notas finais.



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– Carter! - O chamo ele se levanta do chão em um pulo e vem até a mim.

– Mileys! - Ele diz em emoção, assim como eu. Ele aperta minha mão por cima da grade. - Como entrou aqui? - Pergunta ele olhando para mim frenético.

Abaixo os olhos, lembrando que agora com certeza estou morta e ele também. Pois não foi fácil derrubar Erik. O homem é tão carente que deixou se levar pelas minhas caricias. Me senti um monstro por isso. Ele merece amor, carinho e eu o traí em uma noite fazendo-o desmaiar, só para libertar Carter. Só? Essa era sua missão Mileys!

– Eu... Eu bati na cabeça do fantasma com alguma coisa de metal, creio. - Falo em um sussurro triste.

– Ele... Ele desmaiou?- Carter pergunta arregalando os olhos.

– Sim. - Falo com remorso.

– Conseguiu as chaves? - Pergunta ele. E eu pego o molho de chaves por cima de meu espartilho. E destranco a fechadura estranha que Erik criou. Carter pega do chão a mochila e sai.

Fico ainda mais abalada do já estou, quando Carter me abraça. De início não retribuo, mas assim que lembro de tudo que aconteceu nesses cinco dias e perceber que alguém está comigo nessa loucura, me dá um pouco de paz.

As lágrimas salpicam por meus olhos, mas as seguro dessa vez.

– Carter, eu não posso deixar o Erik aqui. - Falo me afastando dele. Ele me olha confuso.

– Erik? Quem é Erik? - Pergunta ele. Esqueço que sou a única estranha que sei seu verdadeiro nome.

– O fantasma. - Falo e ele me olha como se eu fosse louca.

– Mileys! Ele é um psicopata... - Ele começa mas eu o interrompo irritada.

– Henry! Eu acabei de bater na cabeça dele e o cara esta sofrendo por causa de uma adolescente ridícula. - Falo com raiva e ele me olha surpreso. - Carter, ele merece tudo que eu também nunca tive, ele pode se curar. Por favor, vamos esperar ele acordar e ele pode nos ajudar e nós a ele. - Falo aflita e ele me olha estreito.

– Calma. Se você acha isso, podemos tentar. - Ele diz passando a mão pelo cabelo. - Mas vamos amarra-lo. - Ele diz e eu abro a boca em surpresa.

– Carter, não acho... - Falo, pensando bem... Ele tem razão se deixarmos ele solto, podemos morrer. - Está bem. Vamos. - Digo e nós caminhamos com cuidado pelo corredor frio da casa do fantasma.

Assim que chegamos ao local onde o deixei. Me dá um longo aperto em meu coração ao ver ele no chão perto de sua cama. Carter o pega e o arrasta até a poltrona perto do piano e o senta. Erik parece um anjo dormindo.

– Onde será que tem corda por aqui? - Pergunta Carter pegando fôlego. Minha cabeça dói.

– Eu... Eu não sei. - Falei esfregando a testa. Logo Carter cerca todos os lugares a procura de cordas, em quanto vou para o lado de Erik.

O analiso, para que me certificar de que não bate com tanto força. Quando estou prestes há matar minha curiosidade profana, que é tirar sua máscara, sinto a mão forte do fantasma. Arregalo os olhos, pela força que ele aperta meu pulso, ainda de olhos fechados. Ele se levanta lentamente e então abri os olhos dourados, com toda sua fúria estampados.

– Senhorita, bater em um homem em um momento de fraqueza é muito grave. - Ele diz roucamente, engulo em seco. Eu tento soltar-me de seu aperto, mas falho, fazendo com que o mesmo, pegue meus dois pulsos. Ele se levanta da cama me levando junto e torcendo meus pulsos para trás.

– Mileys! - Ouço Carter chamar, o fantasma, nos vira para Carter e puxa meu cabelo o soltando e me colocando perto de seu colo.

– fique ai, ou a mato. - Ele diz firme. Será que ele faria aquilo? Afinal ele disse que não batia ou matava mulheres. Principalmente as que ele beija, certo?

Carter lança lhe um olhar de raiva.

– Eu o deixarei em paz se a deixa-la ir. - Carter diz outra vez. O fantasma não frouxa em nenhum momento o aperto doloroso de meus pulsos e cabelos.

– Não, faremos outro trato. Você largará essa corda e sairá pelo espelho logo atrás de você e irei solta-la. Se voltar desafiando-me eu a mato. - Erik diz em sua voz mais ameaçadora e apavorante de fantasma. Olho para Carter que parece indeciso e falo.

–Faça Carter. - Eu digo. E ele assenti preocupado. Larga a corda que guardava atrás de si e joga no chão, passando pelo espelho.

Depois de alguns segundos Erik me solta bruscamente que quase caiu.

– Traiu-me, como ela faz! - Ele grita transtornado. Meu medo se transforma remorso.

– Erik... - ele me interrompe

– Cale-se, não chame-me pelo nome! Você não tem esse direito. - Ele grita chegando mais perto de meu rosto.

– Fantasma. - Chamo baixinho sem quebrar a conexão de raiva e remorso entres nossos olhares. - Eu sei, foi errado, mas, por um momento pensei que ia romper com sua palavra. - Eu digo. - Se quiser, podemos sentar um minuto e eu lhe explicarei minha história, só... Me dê mais uma chance. - Peço-lhe, ele parece aliviar a raiva e se afasta de mim.

– Eu não deveria ouvi-la, mas, tenho de proteger meu teatro de tais pessoas como você e seu cumplice. - Ele diz virando-se de costas para mim, sua voz é de mágoa e desdém. - Sente-se e conte-me tudo sobre vós. - Ele diz se virando.

Pov Carter

Como é possível um espelho levar a um túnel com tochas? Um túnel que me leva a um quarto, requintado. Onde uma mulher dormi em uma capa de dorsel.

Com movimentos sutis, saio devagar do quarto. E então me vejo em um corredor, não um simples corredor... mas o corredor do grande teatro Popularie, em uma versão antiga.

– Quem eres tu? - Reconheço essa voz... viro-me e vejo uma senhora de trança até a cintura, com vestis de dormir bem antigas...

–Eu conheço sua voz, estava no covil do fantasma hoje mais cedo. - Falo e ela arregala os olhos.

– Como sabes... - A interrompo

– Senhora, tens que ajudar-me. O fantasma, ele está aprisionando minha amiga... Mileys. Sei que pode tira-la de lá. - Eu digo e ela me olha totalmente confusa.

– Não sei quem eres, mas, tens o mesmo porte da garota, AMERICANA. Se o fantasma a pegou é porque existe um motivo preciso. - Ela diz com frieza. Droga!

– Senhora! Há um motivo, mas, minha amiga é inocente... Ah, não posso explicar agora, por favor... Faça alguma coisa. -A suplico. Eu tenho que, encontrar a linha do tempo...

– Está bem... Mas só poderei faze-lo amanhã. -Ela diz.

Amanhã!?– Exclamo. - E se ela não estiver viva amanhã? -Pergunto irônico.

–Ela estará, ele não mata mulheres. - Ela diz simplesmente. Ora! Muito bom consolo.

– Está bem. Confio em ti madame. -Falo e saio a encontro a saída do teatro.

É agora ou nunca.

POV ERIK

– VOCÊ É MALDITAMENTE, LOUCA! - Grito em desespero, após a explicação absurdan da mulher a minha frente, em que, em um momento de fraqueza a tomei em meus braços esquecendo-me que minha alma é comprometida, com outra.

A mesma, revira os olhos, preja na cadeira da minha sala.

– Erik... - Não suporto ouvir meu nome em seus lábios. Ela percebe e continua cautelosa - É a verdade. Eu vim do futuro, em uma missão com o meu parceiro, Carter. Não posso explicar-lhe com mais detalhes a tecnologia de meu tempo, mas, há uma máquina, que nos leva no passado, em um momento errado, onde não podemos impedir a guerra. - Diz. E eu não consigo acreditar de forma alguma em sua loucura, não, depois do que aconteceu.

– Eu... Não... Isso não pode... - Falo andando de um lado para o outro.

– Olha, se eu estivesse no seu lugar eu também não acreditaria...

– Oh, Não diga-me. - Falo em ironia.

– Então faça como antes... - Ela diz, viro-me para encarar-lhe confuso.

– Como? - Pergunto sem entender.

– Antes de nos... Beijarmos, você olhou no fundo de meus olhos e disse... - Ela fecha os olhos, agora sofridos ao abrir. - Disse, que, eu havia o mesmo sofrimento que o seu, em meu olhar, e estava certo. Então olhe-me nos olhos novamente e veja se estou falando a verdade ou não. - Diz ela pegando-me de surpresa. Como um ser pode ser tão forte, estando em minha presença intimidadora?

Com tamanho esforço, aproximo- me de seu lindo rosto, e a olho no fundo dos seus olhos.

Tristeza, arrependimento, sofrimento, verdade.

Não pode ser! É verdade, ou, meu dom para observar a profundidade de um olhar estava falho.

Afastamo-me e me viro de costas para ela.

– Você viu a verdade, não? - Ela pergunta. Respiro fundo antes de virar, encarando-a de forma fria.

– Não tenho, uma resposta concretamente correta...

– Ok... Poupe-me o discurso para fingir que estou errada, senhor. - Ela diz, arqueio minha sobrancelha visível, surpreso por sua arrogância. Ela me deixa irritado, comigo mesmo.

– É por isso... Que sabes tanto sobre mim, não é? - Pergunto e ela assenti.

– Nesse exato momento, posso estar mudando o curso natural de tudo que houve na terra depois desse século. - Ela diz.

– Por isso, não disse seu nome verdadeiro? - Pergunto.

– Sim... - Ela diz e depois ri sem som. - Mas sou muito ruim com mentiras, então... Peguei num nome que parecesse com meu original. - Ela diz sorrindo. Parecia raro ver ela fazendo isso, diretamente para mim.

–Seu nome verdadeiro é Mileys Genebra, certo? - Pergunto.

– Sim. - Ela responde. Ótimo, muito melhor que Carter.

– Ficará aqui essa noite. - Falo frio. Ela arregala os olhos azuis.

– O-O que? - Exclama. Abro um sorriso perverso.

– Sim, dormirá aqui esta noite. Pela manhã você irá atrás de seu parceiro e o chamará aqui, assim podemos resolver tal problema e vocês poderão ir embora mais rápido de meu teatro. - Digo em frieza, mais tristeza na verdade. Não quero que ela vá embora.

Mesmo jurando meu amor a Christine, preciso de Mile comigo. Quero dizer Milyes.

– Está bem, senhor. - Ela diz com uma expressão decepcionada disfarçando com uma firme.

Será que ela, quer mesmo ir embora? Claro que sim! Quem gostaria de ficar ao meu lado? Um cadáver? Como ela disse Christine não pode me amar, então nem ela pode.

POV MILEYS

Parece que tudo que houve entre nós, na verdade nunca aconteceu e que ele voltou a ser o fantasma.

Eu só queria salva-lo daquela ridícula, mas, ele está cego de amor. Que raiva!

O fantasma, me tirou das amaras da cadeira e me levou para um cômodo, com uma enorme cama redonda em forma de cisne prata, com lençóis vermelhos. O cômodo é bastante vazio só há um guarda-roupa de madeira, bem escura.

Já faz uns 20 minutos, em que ele saiu em silêncio do cômodo e me deixou na cama. Pelo menos hoje, dormirei um pouco melhor.

Finalmente depois de processar o que houve hoje, tiro meus únicos sapatos, as botas dos anos 60 e me deito na cama maravilhosamente confortável.

Acordo, como nos musicais e filmes sobre Erik. Ele não dormi e começa uma melodia triste de uma das músicas que ouvia minha mãe, cantar para mim. Já que "O fantasma da Opera" era seu musical preferido. Irônico? Sim, o meu também é. Logo depois da melodia, suave e ao mesmo tempo triste, veio a voz chorosa do Fantasma.

Masquerade!

Paper faces on parade!

Masquerade!

Hide your face, so the world will never find you!

A voz, angelical e dolorida de Erik bate como um soco em meu coração, proporcionando uma imensa dor, que nunca senti antes. Eu o magoei? Claro que sim, Mileyes! Você bateu no cara durante um beijo.

Cuidadosamente, levanto-me e perdida, até achar a saída do quarto, sigo a potência da fúria, que eram suaves, da música que se tornara assustadora, com a sonoridade do órgão. Assim que o som fica auditivamente forte, vejo-me em sua sala. Assim que olho para o órgão, vejo Erik.

Totalmente debruçado sobre o órgão, tocando com fúria e choro. Seus cabelos, que eram devidamente arrumados, estavam desalinhados, se movendo para todos os lados. Assim que me aproximo mais um pouco, a música assustadora para. Faço o mesmo. Erik não se vira, mas, sabe perfeitamente que estou ali.

O lugar ao meu redor está terrível, todos os castiçais e velas no chão, junto com papeis.

Me aproximo do órgão, ficando atrás de Erik. Ele parece nervoso, pois, não sai de sua posição.

– Erik...

– NÃO ME CHAME DE ERIK! - Ele grita levantando-se e virando para mim, com os olhos vermelhos, de uma raiva desconhecida. Fico com medo, mas, engulo em seco e fixo um olhar, profundo no dele.

– Perdoe-me. Fantasma. - Falo o tranquilizando. Ele lança-me um olhar afetado, mas, disfarça sentando novamente no banco do órgão. O silêncio intera o lugar, sem conversa, sem órgão, sem tiques nervoso, ou ao menos o som das nossas respirações. Erik permanece imóvel assim como eu, mas, preciso terminar com isso.

– Sabes que horas são? - Pergunto e ele finalmente virasse para mim. Seus olhos ainda estão vermelhos, sua boca um pouco inchada.

– O sol já está no céu. - Diz ele olhando para baixo. Respiro fundo.

– Eu posso ir? - Pergunto em um sussurro. Ele se levanta e fica frente a frente a mim. Arregalo os olhos.

– Não! Não, antes de ver o meu plano funcionar. - Ele diz com um olhar perverso. Merda!

– Não faça isso. - Eu digo com um olhar complacente. - Er... Fantasma, eu já disse, fazendo isso, arruinará sua vida, por uma menina. - Eu digo, me aproximando e colocando a mão em seu ombro, o mesmo, a olha e seu olhar se afunda no meu. - Por favor, senhor, não destrua sua vida. - Falo ele está prestes a responder quando Carter rompe a sala apressado, assustando-nos.

Erik, me empurra para o lado e vai para cima de Carter.

– Não! Pare! - Grito e por sorte ele para no meio do caminho. Corro para ficar no meio dos dois. - Deixe-me falar com o Henry. - Peço para Erik ainda com o ar de irritação ele assenti.

Viro-me para Carter, assim que Erik retorna para o órgão.

– Você está bem? Ele te machucou? - Carter pergunta num surrando me analisando dos pés a cabeça.

– Sim e não, ele não me machucou. - Digo. - Contei tudo para ele. - Falei e ele arregalou os olhos.

– Merda, isso pode mudar a história, Mileys. - Ele diz esfregando a testa.

– Eu sei, mas, foi preciso. - Falo.

– Eu falei com a mulher de trança longa para vir aqui, mas, ela demorou muito e eu precisava conversar com você sobre a linha do tempo e saber como você estava. - Ele diz e lança um olhar de desdém para Erik que está atrás de nós, tocando uma música macabra.

– Eu não posso ir embora daqui hoje, com você. - Eu digo e ele arregala os olhos com um pouco de raiva.

– O quê? Não, Mileys... - Ele começa

– Henry! Escute, você é um grande físico, pode encontrar a linha do tempo...

– É esse o grande problema, eu acho que temos o risco de não podermos voltar. - Ele diz, a música para. E eu engulo em seco e começo a tremer.

– Por-Por quê? - Pergunto em um sussurro. Erik, está, com certeza prestando atenção.

– Estamos em 1857 Milyes, a máquina ainda não foi criada. - Ele diz. Fecho os olhos em decepção e medo.

– I-isso... Mas, nós podemos procurar a linha do tempo, não se esqueça de que Erber criou uma maquina para o ir para 1968...

– Sim, mas, lembre-se que para voltarmos tínhamos de criar outra maquina. - Ele diz interrompendo-me e acabando minha linha de raciocínio.

– Merda! Merda! Merda! Porra! Fuck! Shit! - Uma lista de xingamentos, repetidos, em inglês e em francês. Esfrego a testa e me viro para onde Erik está, o mesmo, está nos observando. E a ideia parece surgir da expressão sofrida e o olhar penetrante cheio de inteligência e inocência.

Viro-me para o Carter que há uma expressão perdida e confusa.

– Vamos... Vamos cria a máquina! - Eu exclamo batendo as mãos como uma idiota. Carter me olhou boque aberto como se eu fosse louca.

– Mileys, que merda, você está dizendo? - Ele exclama exasperado.

– Carter, esse é único jeito de sairmos daqui. - Falo e ele solta um grunhido exasperado, anda de um lado para o outro.

– Vocês são loucos. - Ouço a voz grossa de Erik atrás de mim. Viro-me para ele.

– Pode nos ajudar? - Peço em sussurro. Ele parece ficar nervoso, pois tem as mãos em forma de punho.

– E-eu? Como poderia ajudar-vos? - Pergunta ele.

– Arranjando as ferramentas certas, pode ser?- Pergunto e ele, olha me estreito. Carter bufa ao meu lado.

– Pode ou não fantasma? - Pergunta Carter desafiando-o. Erik se aproxima dele, com ar de superioridade.

– Obviamente posso, a afirmação é se eu vou querer. - Ele diz e se afasta. Pega do bolso de seu casaco elegante, seu relógio de ouro. Olha as horas e põe um sorriso cruel nos lábios. Arregalo os olhos de medo, pois sei exatamente o que ele pretende.

– Não! - Exclamo para ele, que tira o olhar do relógio e me fita intrigado.

– Não? Não o quê? Senhorita... - Ele pergunta. Eu me aproximo dele. Pego sua mão, o mesmo treme assim como eu com o toque.

– Eu sei que vai subir, para acarretar uma tragédia, mas, não faça isso. Christine não te merece. - Falo em súplica. Ele tira bruscamente sua mão da minha. E agarra meu pulso com violência o torcendo. Exclamo de dor, ele pode ser magro, mas, é muito forte.

– Ei larga ela! - Exclama Carter, chegando mais perto. Erik olha para ele, com aviso. E se volta para mim.

– Nunca mais, diga-me o que fazer. - Ele diz ameaçando.

Soltando meu braço, Erik se dirige ao seu cômodo, nos deixando sozinhos. Assim que ele some no corredor escuro, vou até Carter.

– Vamos, temos que sair daqui! - Ele exclama puxando-me. Paro-o antes disso.

– Espera! Eu tenho que impedir o Erik. - Sussurro. Ele revira os olhos e suspira.

– Milyes, você quer sair daqui ou não? - Pergunta desesperado.

– Carter, nós não vamos fazer a maquina em um passe de mágica, eu tenho que impedir isso. Ele vai se destruir. - Falo pensando no que pode acontecer logo depois do atentado e do assassinato, feito por Erik.

– Que ele se destrua ora! - Exclama. - O cara é um deformado doido, que vive em uma casa subterrânea em um teatro. - Ele exclama. Eu reviro os olhos.

– Carter, me deixa! - Exclamo e me solto de seu aperto. - Nos vemos mais tarde e lembrece meu nome aqui é Mile Carter. - Digo e ele arqueia a sobrancelha em surpresa. - Eu não tinha ideia... Para nomes... - Eu digo ruborizada. Ele ri

– Ok... Sra. Carter. - Ele diz dando uma piscadela. Fico igual há um tomate.

– Eu descobri uma coisa ontem... - Falo, pensando na senhora idosa da LOJA de vestidos.

– O quê? - Ele pergunta.

– Eu conheci minha tatatara avó. - Falo sorrindo. E ele arregala os olhos em surpresa.

– Uau, quem diria... Ela veio da Inglaterra né? - Pergunta ele. Eu afirmo sorrindo.

– Ok... Vou subir, antes que Erik faça sua loucura. - Falo e me dirijo ao espelho.

POV ERIK

Corda, poção, ácido furico.

Tudo pronto, para meu atentado a La Carlotta. Ninguém irá me impedir de fazer a minha Christine brilhar.

Volto para a sala, logo depois de trocar minha máscara branca, para uma preta onde cobre quase todo o rosto menos a boca.

Não há mais ninguém ali, o casal já partiu. Casal... Essa palavra sempre foi um sonho muito distante para mim. Agora, com a confissão de que Christine não poderia nunca me amar... Mas farei de tudo. Ela tem que me amar. Aquele beijo foi um erro, foram minhas necessidades de homem. Não a amo, não há quero, não necessito de seu amor ou compaixão. Eu a odeio! Tenho que odia-la.

Tirando meus pensamentos sob Milyes.

Saio de meus aposentos e sigo para minha entrada secreta até o palco. Estão todos apressados, o bailé ensaiando e La Carlotta obviamente dormindo no camarim destinado a meu anjo. Sabotarei o cenário e logo depois mudarei a poção de Carlotta por uma que irá secar suas cordas vocais.

Desço devagar pela estrutura do cenário. Assim que chego ao lado do mural, vejo Milyes e Carter rondando os corredores, há procura de algo. Isso me intriga, mas, meu foco na destruição que irei fazer hoje.

Corro até o camarim de Madame Giry, onde Christine está se arrumando, para seu papel de pajem.

Assim que entro pela passagem secreta, a vejo se olhar no espelho, ela se vira para mim assustada ao me ver ali parado a observando, sua beleza é inabalável, aquela AMERICANA nunca chegaria aos pés de minha musa, meu anjo, minha salvação.

Lhe dou um sorriso, ela me olha de um jeito impassível. Está com medo de mim como sempre. Oh Christine. A vontade de sair correndo é grande, do que ter que enfrentar aquele olhar de minha amada.

– Anjo. - Ela diz gentilmente. Mas não se aproxima do Erik.

Não consigo falar com ela me olhando assim, com medo, estatística.

– Anjo, o que veio fazer aqui? Podem ve-lo - Ela pergunta. Resolvo não aproximar-me.

– Senhorita, vim dizer-lhe que dexarei-vos novamente no auge, serás a prima Donna. - Falo. Os olhos de meu anjo, brilham e ela sorri.

– Oh, anjo! - Ela exclama sorrindo. Adoro vê-la feliz. É ainda mais linda.

– Tudo para vê-la feliz. - Digo em reverência. Ela se afasta assim que me aproximo. Oh anjo, você será minha esposa, deve parar de temer-me.

– O que farás anjo? - Ela pergunta. Tranco meu maxilar, ao pensar em minhas monstruosidades.

– Veras, meu anjo da música. Falo e rodando minha capa, desapareço pela entrada secreta.

Sigo para o camarim de La Carlotta, onde a víbora sem talento, dormi aos roncos. Controlo minha vontade de estrangula-la e vou até seu criado mudo, para trocar seu tônico, por minha poção. Cautelosamente, deixo seu camarim e assim que abro a porta, me deparo com a menina, Meg. Ela arregala os olhos e assim que está prestes a gritar tampo sua boca e a levo a força até um lugar escuro.

– Irei solta-la se gritar, morres. - Falo ela acena com a cabeça. Assim o faço e ela não grita. E assim sumo.

Pelas estruturas do palco, a cima, vejo o (S/N) bêbado ao lado de minha passagem secreta. Resolvo esparar o mesmo, desmaiar pela bebedeira. Em quanto espero observo Antoniette olhando para todos os lados em quanto caminha a procura de algo, logo a mesma para a baixo de mim e então surgi os dois entrusos e os dois a segui. A raiva toma-me. Madame...

POV MILEYS

Não é preciso olhar para os espelhos ou cantos escuros, pois eu sinto que Erik está aqui na superfície. Mas não sei onde.

– Milyes, rondamos o teatro todo em busca do fantasma, ele já deve ter feito a "loucura". - Diz Carter, ofegante. Ele tem razão, o camarim de Carlotta está fechado e o em que Christine está se arrumando também. Provavelmente ele já deve ter trocado o tônico.

– O pior ainda está por vir Carter. - Falo e ele me olha confuso.

– Fico me perguntando, como sabe dessas coisas? Ele te contou? - Pergunta Carter. E eu reviro os olhos. Como é possível uma pessoa nascer na França e não conhecer a história do fantasma?

– Nunca ouviu falar do fantasma da Ópera? - Pergunto. Ele me olha impassível, logo depois sua expressão se torna divertida e o mesmo ri.

– O quê? O musical? - Ele pergunta rindo, em quanto caminhamos sem rumo. Até que paro ao ver a nossa frente a Madame Giry. Ela nos olhas de olhos arregalados.

– Oh Céus vocês estão vivos! - Ela exclama estupefata. Franzo o cenho.

– Sim, mas não graças a você, senhora! - Ladra Carter.

– Meça vossas palavras, garoto. - Fala a Madadem apontando-lhe o dedo. - Agora venham, ele pode ouvir aqui. - Ela diz e eu entendo. Eu sabia que ele estava aqui.

Ela nos leva ao seu camarim, agora vazio e o tranca, logo depois volta-se para seu guarda roupa o fechando. Entrada secreta.

– A senhora sabes o que Erik fará essa noite? - Pergunto assim que ela se volta para nós.

– Sim. - Ela responde em petulância. - Agora digam-me o que houve, na casa do lago?- Ela pergunta e Carter toma a frente.

– Casa do lago? - Pergunta ele. - Chama aquela caverna de "casa do lago"? - Ele pergunta em sarcasmo.

– Carter agora não! - Falo e tomo a frente. - Olha, não estamos para conversa nesse momento, temos que impedir, Erik! - Exclamo e ela me olha confusa.

– Não se pode, impedir o fantasma da Ópera, e como sabes o vosso nome? - Ela pergunta se aproximando.

– Não importa, senhor, como sei o nome do Fantasma! - Exclamo frustrada. - E sim, há como impedi-lo, ele não é um verdadeiro fantasma, mas, sim um homem de verdade. - Falo firme. Ela arregala os olhos e surpreendendo-me se aproxima ainda mais pegando minhas mãos e suplico.

– Por favor, não conte a ninguém! - Ela pedi. E assustada com tal apelo, de sua parte. Aceno.

– Ok... Milyes eu não posso acreditar que isso tudo faz parte de um musical idiota! - Exclama Carter, me irritando ainda mais, só por que ele é físico e erege não quer dizer que eu esteja de brincadeira!

– Carter! Estamos em 1857 quer mais loucura que isso? - Falo e ele acena, se rendendo.

– Vocês são estranhos. - Diz a madame se afastando.

– Madame, vá até o camarim de Carlotta e pegue o seu tônico! - Peço e ela revira os olhos.

– Menina, não podes fazer nada. Erik quer Christine como prima Donna, se tu colastes em seu caminho, ele te matará. - Diz Madame em exaspero.

– Não, ele não fará isso! - Falo. - Faço o que estou lhe dizendo...

Madame!!! O ensaio irá começar em cinco minutos.

Alguém bate na porta e chama. Eu fico estática e nos olhamos.

– Vamos! - Exclama Carter.

– Madame, por favor faça alguma coisa. - Eu falo, ela me olha por um minuto e depois assenti e nós saímos.

Carter e eu vamos para a plateia e nos sentamos bem na frente para ficarmos de olho, nos movimentos do Erik.

O ensaio começa, Assim que Carlotta entra em cena, já vestida de sua personagem, começa a cantar, Carter acha engraçado a roupas e as maquiagens estranhas. Eu não ri, pois o louco de roupas do século XIX é ele.

Der repente, nós ouvimos um ranger de cima do palco, mas, ninguém parece perceber que é a cima deles, a primeira a olhar sou eu e lá estava ele, com um sorriso cruel, fazendo a lona do cenário cair....

– Christine será a prima donna!


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Notas finais do capítulo

Bem, pelo atraso e ter ficado muitos dias sem atualizar, postarei o capítulo 8 hoje mesmo .-.



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