Começo do Fim escrita por Portila


Capítulo 1
Capítulo 1 - A chave


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoa que está lendo!! :DD eu só queria dizer que não sou muito boa com palavras, e pretendo continuar essa história, e quem sabe, até terminar! Caso aja algo que não gostou, comente e deixe sua crítica, ou se gostou , faça o mesmo! Pois então, espero que gostem bjsss ♥ ♥



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Bem-aventurado aquele que lê, e os que ouvem as palavras desta profecia, e guardam as coisas que nela estão escritas; porque o tempo está próximo. Apocalipse 1:3

A grande e esperada guerra se iniciaria no dia seguinte, os irmãos do céu se preparavam para o ódio e sofrimento que enfrentariam. Não havia como adiar o que fora escrito por ele. Esperar e lutar era a única opção.

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Eram nove horas da manha e eu estava sendo brutalmente atacada por um animal. Meu cachorro. Me encontrava meio dormindo; meio acordada, quando Cookie pulou na cama e me ensopou de saliva. Dei alguns tapinhas em seu pelo macio para acalmá-lo, mas aquilo só parecia piorar. Cookie era um filhote de labrador que queria comer e brincar, se eu não levantasse naquele momento ele, com certeza, me empurraria da cama.

Fui ate a cozinha encher a tigela do filhote babão, e então, dei inicio ao meu dia.

No lavabo, lavei meu rosto, estava acabada. Na noite passada havia começado um livro que a principio me deixara entediada, mas depois passou a ficar extremamente interessante, me deixando acordada a madrugada toda. Por isso, me encontrava com grandes bolsas pretas debaixo dos olhos.

Voltei para a cozinha, Cookie não estava mais lá, passei os olhos pelo apartamento. O balcão de pedra preta dava uma aparência menor à copa, e a maioria das paredes do aposento era de um azul-royal. Morávamos apenas eu e minha mãe, nós duas que havíamos decorado todo o lugar. Era pequeno mas aconchegante. Em frente a geladeira, me deparei com um bilhete:

“Bom dia, princesa! Feliz aniversário. Saí mais cedo para o trabalho, mas fiz panquecas para você. Com amor, Mamãe”.

Meu deus. Como pude esquecer? Era meu aniversário e, não, era o aniversário. Estava completando dezoito anos. Havia me tornado uma mulher – legalmente – independente. Sorri para o bilhete e abri a geladeira procurando as panquecas de minha mãe. Cookie agora corria em minha direção, – talvez, sentindo o cheiro da comida – latindo sem parar. Seu pelo era louro e mesmo filhote, tinha dentinhos bem afiados. Mamãe e eu o compramos depois de assistir aquele maldito filme Marley E Eu, que é bem fiel a raça na vida real. Cookie babava e destruía tudo que via pela frente, mas depois de uns meses acabei me acostumando com ele.

Depois de lavar a louça do café-da-manha, voltei para o quarto afim de trocar de roupa. Era o primeiro ano em que não precisava me preocupar com uniformes ou horários, minhas aulas já haviam terminado e agora era obrigada a entrar em uma boa faculdade. Como estava frio, escolhi um suéter verde e calça jeans escura. O telefone tocou logo que coloquei o tênis. Cookie ficou latindo e pulando na minha perna.

– Fica quieto, filhote de cachorro – ele estava bloqueando a passagem – Sai, Cookie, preciso atender – consegui apanhar o aparelho depois de jogar o travesseiro para Cookie morder – Alô?

E então, veio um apagão. Não me lembro de mais nada, apenas do barulho cortante que meu corpo vez quando encontrou o assoalho. O motivo do desmaio eu não sei, mas tive um sonho. Eu estava deitada em minha cama sozinha no quarto. Não. Havia mais alguém comigo, me observando nos pés cama. Sentei assustada e gritei para a sombra:

– Quem é você?!

– Preciso que confie em mim, Aria – sua voz era forte mas calma.

– Como sabe meu nome? – podia ouvir o desespero que sentia.

– Aria, começou... preciso que confie em mim, e faça o que eu digo –fiquei em silencio e a sombra continuou – Vou te explicar mais tarde, mas agora eu quero que mantenha a calma. Tranque as portas e janelas, não deixe ninguém entrar. Estou a caminho.

– Quem é você?!

Despertei com meus gritos. O apartamento estava diferente: escuro e assustador. Cookie me analisava sem saber o que fazer, o telefone já não tocava mais e pela janela dava para ver que o céu se encontrava escuro. Numa tentativa de levantar, minha cabeça latejou, meus olhos lacrimejaram com tamanha dor. Com certeza bati a cabeça quando... Meu deus, o que foi aquilo?! Eu...desmaiei. Meu corpo todo arrepiou quando me lembrei do sonho, aquilo fora esquisito demais.

Minha cabeça estava pesada e doendo tanto que esqueci o que ia fazer e resolvi me deitar no sofá vermelho da sala. Adormeci e só acordei a noite. Ou algumas horas mais tarde.

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– Mãe, onde vamos? – perguntei atarraxando o brinco.

– No restaurante aqui perto. Seu pai quer te ver para comemorarmos o seu aniversário.

– Mãe, a vaca vai estar lá não é?!

– Claro, Aria. Quando é que ela falta de algum programa que envolva seu pai? – revirei os olhos, eu realmente não estava afim de vê-la. Ainda mais com seus longos cabelos louros e os peitos siliconados.

Eu e minha mãe esperávamos pelo taxi na calçada do prédio. O restaurante ficava perto o bastante para irmos a pé, mas como eu conhecia a minha mãe, ela não conseguiria encontrar meu pai um pouco suada e com a maquiagem saindo. Não era como se ela ainda o amasse, mas quando você é trocada por alguém como a vaca, tudo vira motivo para atacá-la.

Quando o taxi estacionou em frente ao estabelecimento, pude avistá-los sentados a uma mesa, esperando-nos.

– Aria, minha filha, meus parabéns! Que saudade, minha princesinha – apertei forte meu pai. Ele vestia uma linda blusa social azul, extremamente cheiroso.

– Obrigada, pai. Também estava com saudades.

Senti braços me apertarem por trás e uma pressão em minha costas, eram os gigantescos peitos da vaca.

– Queridinha, você esta tão grande!

Forcei um sorriso e respondi sarcástica:

– Isso porquê nos vimos mês passado, Clair – meu pai olhou bravo mas minha mãe riu – fez algo diferente nos cabelos?

– Ah, você percebeu? – Clair falava com um brilho nos olhos – fui ao salão, coloquei aplique e ainda alonguei meus cílios.

– Estou vendo, nem parece que tem quarenta anos – sorri desafiando-a.

– Querido, onde está David?! – Clair, por sorte, fugia do assunto.

– David? David veio?! – tentei esconder a surpresa e o nervosismo, mas era impossível, o filho de Clair estava no restaurante. Senti uma quentura e adrenalina atravessar meu corpo.

– Desculpe, estava no banheiro. Aria!? Meus parabéns!

– Ah, obrigada, D-David – gaguejei – não o vejo desde o natal.

O jantar foi uma mistura de ódio, por parte da minha madrasta e nostalgia por meus pais estarem rindo e conversando. Sempre sentia isso quando eles se encontravam, isso é, aniversários e natal.

No tempo em que saboreava meu hambúrguer com bacon, senti algo em minha perna. Droga, era David. Ele não podia simplesmente esquecer o que ocorreu no natal?!

O olhei irritada, ele apenas sorriu satisfeito. Me levantei afim de ir ao banheiro mas senti passos atrás de mim. Ele ia mesmo fazer isso?!

– David, serio, foi só um beijo. Foi a primeira vez que havia bebido e...- então fui calada por seus lábios, macios e quentes. Estavam diferentes. Aquele não parecia o beijo que recebi no natal, ele havia... Melhorado. E muito.

Juro que tentei resistir, mas ao invés disso eu o puxei para mais perto. Sim, ele tecnicamente era meu irmão, mas não de sangue, era filho da minha madrasta, enteado de meu pai. Então estava tudo bem, não?! NÃO. Eu precisava parar aquilo.

– David, chega – buscava recuperar o fôlego. Caramba, aquilo foi intenso – Temos que parar com isso ok?! Essa foi a ultima vez, não podemos continuar. E, você não tinha namorada?!

– E mesmo se tivesse, não paro de pensar em você, Aria.

– Você anda lendo muito Nicolas Sparks.

– Quem?

– Esquece... Vai para a mesa, tenho de ir ao banheiro.

– Espera! – ele agarroumeu braço com força, encontrava-se mais quente do que nunca. Seus olhos, antes verdes, estavam totalmente pretos, ate mesmo a parte que era para ser branca. Não era David e sim outra pessoa, não conseguia explicar. Ele chegou mais perto:

– É melhor você correr, Aria. Você está em perigo – Ele sorriu perversamente, sua voz agora mais grossa e assustadora. Queria chorar por causa da dor que sentia em meu braço – Estou atrás de você!

E então, ele desabou em mim quase que por completo, mas então levantou abruptamente, se recompondo.

– O quê? Aria, o que houve? Cadê nossos pais?

– Você não se lembra? Você veio atrás de mim no banheiro.

– Não, eu... Não estava na mesa? – seu olhar era sincero, realmente surpreso – Aria, eu precisava falar com você, a noite de natal foi uma besteira, estávamos bêbados e não queria que acontecesse de novo ok?!

– Espera ai, James Bond. Você acabou de me beijar! – incrível, agora ele ia se fazer de bobo? E a historia de “ não consigo te esquecer”?

– Eu? Aria, você esta louca, eu não beijei ninguém. Vou voltar para a mesa.

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Naquela noite demorei para adormecer, não podia deixar de pensar o medo que senti quando David, ou seja lá o que fosse, me encarou fixamente. Após meia hora rolando na cama, encontrei o sono.

– Aria, preciso que confie em mim.

Eu estava tão grogue que não sabia se era um sonho ou não.

– O quê? Quem é você? isso é um sonho?

– Sim, por favor, estou aqui para te proteger. Você está em perigo.

– Mas por quê? O que aconteceu? – encontrava-se tudo escuro, percebi que estava em meu quarto mas não localizava a pessoa com quem eu conversava.

– Calma, te explicarei quando puder. Não tenho muito tempo, aqui esta uma bagunça.

– Aqui aonde? Me responde, por favor – percebi que havia acordado, olhei em volta e então lá estava. A sombra do meu sonho encostada no parapeito da janela. Do lado de fora chovia, e os relâmpagos forneciam um ar fantasmagórico para o quarto.

A sombra se mexeu e caminhou para a frente da cama, como no sonho. Com o relâmpago, veio a luz e então pude vislumbrar seu rosto e corpo.

– Quem é você?

– Hamon, seu guardião.

– Quem? Você o quê?

– Sou seu guardião, Aria. Minha missão é te proteger. Você é a chave de tudo.

– Ótimo! Eu tenho que parar de assistir esses filmes de ficção científica, isso está cada vez mais doido.

Outro relâmpago. Como um estouro, Hamon abriu algo em suas costas, eram enormes e brancas. Asas. Tais que podiam facilmente quebrar o lustre de meu quarto.

– O que é você?

– Seu guardião.

– Não, seu tonto. O que é você?

– Ah, me perdoe. Sou um anjo do senhor. E claro, seu – corei e contive o riso.

Não podia acreditar em tudo aquilo. Eu precisava urgente levar um soco de realidade. Além de ter um homem no meu quarto, no meio da noite, ele era um anjo. E pior, o anjo mais lindo que eu já avistara. De todas as obras de arte, ou filmes, nenhum era como ele. Hamon possuía cabelos de um louro intensamente claro, praticamente branco. E seus olhos, um cinza forte. Como o personagem do filme infantil, Jack Frost.

– Então, você é tipo o meu anjo da guarda!? – ri ao ouvir aquela pergunta – Isso é loucura. E eu sou quem? A chave? Do que?

– Aria, eu vou te explicar mas não posso agora. É proibido te contar, eles vão saber. Você tem de descobrir sozinha. Tenho algo em mente, e se eu conseguir fazer, te contarei tudo, minha ama.

– Para! Não me chame assim – eu estava da cor de uma pimenta de tanta vergonha – Olha, não estou entendendo nada. Quem vai saber? Por que tenho que descobrir sozinha?

– Começou. O mundo vai acabar, o apocalipse se iniciou ontem, no seu aniversario, e você é a chave para tudo isso.

Ele sumiu e eu apaguei. Um sonho ou não, desta vez tudo ficou preto.


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Notas finais do capítulo

E então o que acharam??? Comentem, favoritem e tudo mais. Escrevo para mim e meus amigos, mas como eu já disse: gosto de ouvir críticas e opiniões para que melhore cada vez mais!! bjsss ♥



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