Dreams, Dreams and Dreams escrita por Colin Cassidy Mills


Capítulo 7
Turbilhão de Sensações


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, espero que gostem deste novo cap.



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/594989/chapter/7

Carlos e Melody se seguravam na pia por conta do pequeno terremoto que ainda acontecia, enquanto isso, Kainã ainda beijava Laís.

— Kainã! — exclamou Melody, entretanto sua voz foi abafada pelo tremor.

Kainã separou seus lábios dos de Laís e o terremoto cessou. Laís aos poucos recobrava a consciência.

— O que aconteceu?

— Você começou a passar mal do nada e falou que sua visão estava ficando vermelha, eu gritei e os meninos vieram correndo nos socorrer. Carlos, como é inteligente, falou para o Kainã fazer respiração boca a boca em você e ele fez. — Melody resumiu os fatos.

— Ah, e quando Kainã a beijou, um terremoto aconteceu. — acrescentou Carlos.

— Um terremoto? — disse Laís.

— Sim.

— Mas como isso é possível? — perguntou Kainã, confuso.

— Pensei que você me responderia. — disse Carlos.

Laís olhou Kainã com um olhar desconfiado, mas logo passou. Melody consultava o relógio e disse aflita:

— Gente, já são quase nove e meia, passamos umas duas horas aqui.

— Mas... Parece que estamos aqui por alguns minutos. — disse Carlos.

Melody mostrou o relógio para ele e Carlos ficou assustado.

— Daqui a pouco bate o... — disse Kainã e um sinal bateu. — sinal.

— Rápido, precisamos sair daqui antes que alguém nos veja, Kainã.

Kainã colocou rapidamente a camisa e ajudou as meninas a se vestirem. Quando estavam saindo, Laís os impediu:

— Não podem sair.

— Por quê? — disse Carlos.

— Se alguém virem vocês, amanhã serão assuntos de toda escola, imaginem: dois garotos saindo do banheiro feminino.

— Não tinha pensado nisso. — disse Kainã.

— E agora? — disse Carlos.

— Meninos... — a voz de Melody soou vinda do fundo do banheiro, no último box.

Kainã e Carlos foram até ela. Laís segurava a porta impedindo todos de entrarem.

— Olhem o que eu achei. — disse ela pegando do chão, duas roupas longas pretas com capuz. — Vocês podem usar isso para sair.

— Mas o que isso estaria fazendo no banheiro feminino? Não tem sentido. Prevejo encrenca. — disse Carlos.

— É o único jeito de sair daqui, Carlos. A não ser que queria ficar aqui para sempre, ou ser zoado até o final do ano.

Carlos pensou bem e pegou a primeira capa preta. Por incrível que pareça, couberam perfeitamente no corpo dos meninos.

— Deixa que eu seguro para você, — disse Kainã para Laís. — vá se vestir.

Kainã segurava a porta enquanto Laís e Melody se vestiam. Todos vestidos estavam prontos para sair.

— Esperem. — disse Laís.

— O que aconteceu? — disse Carlos.

— Meu celular. Ficou no laboratório. Minha mãe vai me ligar para dar notícias do Dani.

— Mas os inspetores fecham a sala quando toca o sinal do recreio. — disse Kainã.

— E agora? — disse Melody.

— Calma gente, eu tenho a chave. — disse Carlos.

Todos olharam para ele naquele momento.

— Como você tem a chave do laboratório de ciências? — disse Laís.

— Uma vez “peguei” da bolsa do professor Renato e fiz uma cópia, claro que depois devolvi sem ele descobrir.

Todos olharam para ele, perplexos.

— Que foi? Ninguém aqui é santo. Agora vamos.

O quarteto saiu do banheiro discretamente, olhando para o chão, por sorte, haviam poucas pessoas no corredor e ninguém parece notar a presença deles, só falavam de uma coisa: o terremoto. Chegaram à sala e a abriram, Melody fechou e trancou a porta e Kainã fechava as janelas.

— Temos pouco tempo antes de terminar o recreio. — disse Carlos. — seja rápida Laís.

— Ok, ok. Estou indo, calma.

Laís revirava seus pertences e não conseguia achar seu celular. A sala estava toda bagunçada por causa do incidente causado há algumas horas atrás. Laís viu por toda a sua bolsa e, finalmente, conseguiu achar seu celular. Ela pegou bem na hora em que estava vibrando, alguém estava ligando para ela.

— Mamãe está me ligando.

—Então atende, criatura. Vai que são notícias do Daniel. — disse Carlos.

Laís atendeu ao telefone.

— Mãe?

Filha? Que bom que atendeu, está no recreio?

— Sim, tem notícias do Dani?

Sim querida, notícias um pouco ruins.

Samantha explicou o quadro estável de seu filho para Laís e contou tudo o que o médico havia falado para seu marido, sem esconder nada, pois ela não achava certo.

Por favor, Lalah, não se culpe.

— Estou bem... Obrigada pelas... Notícias... Mãe. — choramingando ela desligou o telefone.

— Lah, o que aconteceu? — perguntou Melody abrindo a porta.

Laís olhava para eles com os olhos marejados e saiu correndo, chorando. Kainã tentou ir atrás dela e Melody impediu.

— Deixa que eu me entendo com ela.

— Mas...

— Kainã, deixa, Melody vai ajudar mais que a gente, agora vamos, tenho certeza, que mais tarde Laís reunirá coragem e nos dará notícias, ou pelo menos a Melody fará isso. — disse Carlos segurando o amigo.

Kainã concordou e ambos saíram, Carlos tratou de trancar a porta e levar a chave consigo.

Laís corria em disparada pela escola, atropelando tudo mundo, ela derrubou umas três crianças do sexto ano e duas do oitavo. Laís estava confusa e atordoada, não acreditava que ela fosse capaz de fazer tudo o que fez com seu irmão. “O que aconteceu com seu irmão foi apenas o começo”, Laís ouvia a voz de Cassandra ecoando em sua cabeça.

Ela parou, e se sentou no banco debaixo de um grande carvalho, a maioria das pessoas na escola o chamava de o Grande Carvalho Mágico, sem nenhum motivo aparente, só por diversão.

Laís chorava entre as pernas que estavam na altura de sua testa, encobrindo seu rosto. Um turbilhão de sensações estava dançando dentro dela. Ela estava cega para o mundo, queria se fechar do mundo, queria morrer, literalmente.

Melody corria trás dela, e parava para ajudar a quem a amiga derrubara. Finalmente, depois de algumas paradas, ela chegou até Laís e se sentou ao seu lado.

— Você está bem?

É claro que ela não estava.

— Lalah, o que aconteceu?

Ela não respondia, só chorava. Melody não sabia o que falar para ajudar à amiga, da qual já ajudara Melody em muitas situações ruins.

— Lalah, por favor, me conte o que aconteceu. Pode contar comigo, sabe disso.

Laís ficou mais uns cinco minutos chorando, antes dela juntar a pouca coragem que tinha e levantar o rosto para a amiga.

— Daniel está internado... — choramingou.

— E o quê mais?

Laís começou a explicar tudo o que a mãe havia lhe dito, soluçando e chorando, em algumas partes, parando, pois não tinha coragem de lhe contar.

Depois de explicar demoradamente tudo para Melody, o sinal tocou.

— Vem amiga, vamos para a sala de aula, temos aula de matemática agora.

— Mas... E nosso material Mady?

— Tenho certeza que os meninos pegaram para a gente.

Laís sorriu para a amiga e lhe seguiu para a sala.

No hospital, Samantha estava acariciando Daniel, enquanto Rômulo olhava o tempo pela janela enorme do quarto.

— O que disse para ela?

— O mesmo que o médico lhe falou, amor.

— Samantha, se a linhagem foi mesmo transgredida e passada, e se Laís seria a guardiã do fogo e Daniel da água, quem seria os guardiões da terra e do ar?

Samantha virou para seu marido.

— Boa pergunta.

— Os últimos Guardiões da Terra e do Ar morreram...

— Na última Guerra dos Elementos. Será que tiveram algum filho?

— Não, senão saberíamos.

— Se eles não tiveram filhos, e a linhagem foi violada, então o poder foi para alguma pessoa, imagino um adolescente que nem nossos filhos.

— Mas como os encontraríamos?

— Cassandra, Rômulo. Acho que ela sabe o que fazer.

— E sei.

O casal se virou rapidamente e uma mulher loira de roupas brancas estava mexendo e acariciando os cabelos de Daniel.

— Cassandra! —exclamou o casal.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Comente e deem sua opinião, é muito importante para mim, pode ter certeza. Comente, não vai doer, tenho certeza que sua mão não irá cair, prometo.



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Dreams, Dreams and Dreams" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.