Dreams, Dreams and Dreams escrita por Colin Cassidy Mills


Capítulo 6
O Beijo da Terra


Notas iniciais do capítulo

Oi pessoal, agora os capítulos serão postados somente aos sábados e domingos, ok? Espero que gostem da nova mudança.



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Carlos ajudou os amigos a chegarem ao banheiro localizado no final do corredor. Chegando lá, se separaram.

— Se acontecer alguma coisa é só gritar ok, meninas? — disse Carlos.

— Si... Sim. — disseram elas, que estavam se sentindo meio tontas.

— Abro a porta para vocês. — disse ele.

Carlos abriu a porta e as meninas entraram.

— Segundo o professor, lavem onde aquelas coisas passaram, lavem bem, ok?! — explicou Carlos.

— Ok, Carlos. Obrigada. — disse Melody fechando a porta.

— Vem, Kainã. — disse ele abrindo a porta do banheiro masculino e levando Kainã para dentro.

Na pia, Kainã abriu a torneira e lavou o rosto.

— Dói?

— O que Carlos?

—Aquelas coisas passarem por você.

— Arde um pouco, seria como se alguém tivesse passado uma espada por você.

— Que horror.

Kainã tirou a camisa e começou a lavar seu peito.

— Pode me ajudar? — pediu ele para Carlos.

— Em que?

— Lavar minhas costas. O professor disse que era para lavar por onde passaram, as bolas me atravessaram entende?

— Sim.

Kainã abriu a torneira novamente e começou a lavar o peitoral, enquanto Carlos pegava água e passava nas costas de Kainã.

— Isso é estranho. — disse ele.

— O que Carlos?

— Passar água nas costas de um homem.

— Posso imaginar. Mas tenha certeza, isso não sai daqui, pode confiar em mim.

— Se eu não confiasse nem teria feito né?

— É. — Kainã riu.

— Fico imaginando as meninas sem blusa, só de sutiã.

Carlos! — gritou Kainã.

— Desculpa.

(...)

— O que acha que os meninos estão fazendo? — disse Melody.

— O mesmo que nós, limpando a parte que as bolas coloridas passaram por nós.

— Fico imaginando o Kainã sem camisa, deve ser um gato. – disse Melody imaginando, olhando para o alto.

— Pensei que namorasse meu irmão. — disse Laís com um olhar maligno.

— Amo seu irmão, mas não posso me conter, afinal, como ele está?

Laís se arrependeu por ter falado nele.

— Bem. — disse ela com algumas lágrimas no rosto.

— Quando vai ter notícias dele?

—Mamãe falou que na hora do intervalo, mas duvido muito.

— Por quê?

— Porque eu duvido que ela me ligue para dar notícias do Dani, e, se elas forem ruins, acho que ela não ligará para eu não ficar preocupada ou fazer de tudo par sair da escola e correr para lá.

— Se precisar, tem uma amiga para isso. — disse Melody sorrindo.

— Nossa nunca pensei que eu um dia estaria no banheiro com minha melhor amiga sem blusa para limpar um ataque de bolas coloridas assassinas.

— Nunca ninguém pensou, tenho certeza disso, amiga.

As duas riram.

— Ai. — resmungou Laís.

— Está bem amiga?

— Estou meio... Tonta. Minha vista tá ficando... Vermelha? — disse ela confusa.

— Vermelha?

— Sim.

— Lalah, o que está acontecendo com você, está estranha.

No que Melody fala estranha, Laís desmaia em seus braços. Melody grita e espera os meninos chegarem.

(...)

Kainã está se secando e Carlos o ajudando, quando ambos ouvem um grito agudo vindo do cômodo ao lado.

— Ouviu isso? — indagou Carlos, atento a qualquer coisa que pudesse acontecer.

— Ouvi.

— Foi a Mady, o que será que aconteceu?

— Não sei, mas não saberemos se ficarmos aqui.

Kainã pegou sua camisa e começou a correr ao banheiro feminino e Carlos foi atrás.

Ele escancarou a porta do banheiro feminino e viu Laís caída no chão e Melody a segurando.

— O que aconteceu? — perguntou Kainã.

— Sei lá, ela estava se lavando, e ai ela falou que estava passando mal e a visão dela estava ficando vermelha. — explicou Melody.

— Cara, vocês sem blusa são muito gatas. — disse Carlos.

Carlos! — gritou Kainã e Melody em coro.

— Desculpe.

— O que faremos? — disse Melody.

— Não sei. — disse Kainã.

— Chamar o professor? — disse Carlos.

— Ele nem se importaria. — falou ela.

Todos concordaram.

(...)

Laís estava novamente na floresta onde havia encontrado Cassandra de manhã.

— Cassandra! — gritava Laís como uma louca.

Laís via vultos passando por entre as árvores e arbustos, a floresta colorida, estava se acinzentando, nuvens carregadas de chuva escondiam o Sol e deixavam um aspecto sombrio na floresta. Parecia que Laís controlava o tempo, seu medo e sua raiva se misturavam em seu coração. Estava desesperada.

— Cassandra! – gritava agoniada.

Laís olhava para todos os lados da floresta, está vendo ela perder a cor, ficando cinzenta e sombria, não achava de jeito nenhum Cassandra.

Ela não sabia o que fazer, queria que seus amigos estivessem com ela lá, ou pelo menos seu irmão.

— Estou aqui, Lalah. — dizia uma voz familiar.

— Dani?

— Estou aqui, Lalah.

— Dani, apareça, por favor. — choramingou.

Laís ouvia a voz de seu irmão, mas não o encontrava, era como se sua cabeça estivesse lhe pregando peças, de novo.

Laís chorava alto. Um vulto ziguezagueou a floresta e apareceu:

— Cassandra.

— Olá.

— Você... Você estragou a minha vida! – exclamou ela correndo em sua direção.

Laís atravessou o corpo de Cassandra e ela deu algumas risadas abafadas por um trovão.

— Querida, isso é um sonho, não pode me machucar, a não ser que eu queira.

— Mas o sonho é meu.

— É sim, entretanto você não pode controlá-lo.

— Por quê?

— Por que sim, acabou, ponto final.

— O que quer comigo?

— Quero lhe dar um aviso.

— Qual?

— O que aconteceu com seu irmão...

— Foi culpa sua. — a arrogância era presente em sua voz.

— Não fui eu que quase matei meu irmão. — disse Cassandra dando uma piscada para a companheira.

— Você está me irritando.

— Continuando... O que aconteceu com Daniel...

— Como sabe o nome dele?

— Primeiro: eu sei tudo sobre você. E segundo: não me interrompa mais a não ser que queria morrer no próprio sonho.

— Você não pode me machucar, você que disse.

— Errado, pequena. Você não pode me machucar. E eu? Posso fazer tudo o que eu quiser, fica como aviso.

Laís deu dois passos para trás.

— Continuando... espero que sem mais interrupções. O que aconteceu com ele, é só o começo se não aceitar ver quem você é. — disse Cassandra sem se importar com a desconfiança de Laís.

— E como eu faço isso?

— Você sabe... O pingente.

Ao ouvir a palavra, um arrepio percorreu todo o corpo de Laís.

— Tenho que ir agora, nos vemos em breve, Laís.

— Espera! Eu tenho mais perguntas.

— Desculpe querida. Não tenho mais tempo.

— Mas como assim?

— Tempo. Não é porque estamos em um sonho que o tempo não passa. Vejo que não sabe nada das Leis Antigas.

— Ahn? Que Leis Antigas? O que é isso?

— Saberá em breve.

Cassandra entrou em meio a floresta e desapareceu. Laís tentou segui-la, mas parecia que ela havia sido transformada em fumaça.

Laís estava vendo mais uma vez a floresta perdendo mais ainda a cor e desaparecendo.

(...)

— O que faremos? — disse Kainã.

— Carlos, você é o mais inteligente da sala, pense! — disse Melody.

— Que acha que estou fazendo?

Um silêncio mortal entra no banheiro e ninguém se atrevia a dirigir uma palavra para o outro.

— Já sei! — exclamou Carlos.

— Fala logo então. — disse Melody.

— Kainã, beije Laís. — disse ele.

Como? — gritou ele.

— Você ouviu, beija-a.

— Mas para quê? — disse Melody.

— Respiração boca a boca. Kainã, quando beijar, empurre e sugue o ar entendeu? Que nem aquela aula de primeiros socorros que tivemos mês passado.

— E você acha que prestei atenção?

— É bom ter prestado, agora vai.

— Porque não pode ser você? — disse Melody.

— Porque não, pronto, acabou. Kainã a beije logo antes que coisas piores aconteçam.

Kainã, depois de muita reluta e reclamações, concordou em beijar Laís. Ele beija Laís e faz que nem Carlos instruiu, empurrou e sugou o ar.

No momento que em que os lábios de Kainã encostaram o de Laís, a terra estremeceu.


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Notas finais do capítulo

Comentem, gostaria saber o que estão achando! ^^



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