Dreams, Dreams and Dreams escrita por Colin Cassidy Mills


Capítulo 4
Aula de Química


Notas iniciais do capítulo

Leitores queridos do meu coração, agradeço imensamente os comentários com elogios, os acompanhamentos, favoritamentos e também a primeira recomendação, me sinto honrado. Muito obrigado por tudo. Conto com vocês. Aproveitem...



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— Daniel. — sussurrando Laís repetia o nome do irmão como uma louca.

— O que aconteceu com ele, Lah? — indagou Kainã.

Laís se levantou, abraçou Kainã e começou a chorar em seu ombro deixando-o todo molhado com suas lágrimas.

— Lalah, o que aconteceu? — perguntou o amigo.

Laís só conseguia chorar, todos os olhando com um olhar meio duvidoso.

— Vem, vamos sair daqui. — disse ele carregando Laís escola adentro.

Kainã leva Laís para o laboratório de ciências, ele a deixa em pé no meio da sala, pega papeis para ela se enxugar e água gelada para se acalmar. Laís se enxuga e se acalma, e acaba sentando na primeira cadeira que vê. Kainã senta ao seu lado e quebra o silêncio mortal contido na sala:

— Então, Lalah, o que aconteceu? O que está te deixando aflita? E, aliás, onde está o Daniel?

Ao ouvir o nome de seu irmão, mais lágrimas percorreram seu rosto. Kainã as enxugou com seu polegar.

— Da...Daniel está no hospital. — Laís mal conseguia terminar suas frases.

Kainã foi pegar mais água e colocou bastante açúcar para lhe acalmar. Laís bebe a água rapidamente em um único gole.

— Mais calma?

Laís sinalizou com a cabeça positivamente.

— Me fala, o que aconteceu?

— Daniel...

— O que aconteceu com ele?

— Ele...ele...ele...

— Ele o que? — perguntou o amigo começando a ficar aflito

— Eu bati... quero dizer... ele... Estou tão confusa...

— Você bateu nele?

Laís ao ouvir aquilo, entrou em desespero.

— Não. Claro que não! – ela se levantou e gritou.

— Ok, ok, calma. Sente-se, você está muito nervosa.

— Desculpe. — Laís se sentou novamente. — O Dani... ele... caiu... caiu da escada e cortou a cabeça.

— Ele desmaiou? — disse o amigo aflito.

Laís fez que “sim” com a cabeça e começou a chorar novamente.

— Calma, e o que mais?

— Ele... ele... cortou a testa, e... e... o lábio.

— Na testa foi profundo? Ele cortou a parte de trás da cabeça?

— Não... sei, acabei não vendo. Foi...foi... tudo tão rápido.

— Acalme-se, vai ficar tudo bem.

— Papai o levou para o hospital e mamãe estava indo para lá.

— Isso é ótimo, e quando terá notícias dele?

— Se mamãe conseguir, na hora do recreio.

— Estarei com você, aliás, estarei com você o tempo inteiro hoje.

Laís abraça o amigo.

— Obrigada, Kainã.

— Só quero uma coisa, que você se acalme, ficar agitada e preocupada não vai fazer seu irmão melhorar. – disse profundamente olhando em seus olhos. – Ao contrário, você pode ficar doente por causa disso. Tá, precisa se preocupar, mas nem tanto, sua mãe e seu pai estão lá, fique tranquila. Eles sabem o que estão fazendo.

Laís sorriu pela primeira vez naquele dia cinza. Do lado de fora, os dois amigos podiam ouvir raios e trovões. Laís mal tinha percebido que o dia estava nublado e cinzento de tão carregadas que as nuvens estavam.

— Parece que vai chover. — disse ela.

— Que bom.

— É, isso é bom.

Laís e Kainã continuaram abraçados, olhando o céu, e vendo os raios e ouvindo os trovões. Passaram-se cinco minutos, até que o sinal tocou.

— Pronta para a aula, Lah?

— Acho... Acho que sim.

Kainã sorriu para a amiga e se levantaram.

— A primeira aula é de química, hoje não era aqui no laboratório?

— Sim. — disse ela.

— Então, não é melhor ficarmos aqui?

— Sim.

Laís e Kainã esperaram os amigos e o professor chegar, que para eles pareciam uma eternidade, até que abriram a porta e todos entraram.

— AAAMIGAAA! — gritou uma garota correndo em direção a Laís.

— Melody! — após reconhecer à amiga, correu para abraçá-la.

— Hey, onde está seu irmão?

— Caiu da escada. — disse Laís mais confiante em si mesma.

Virou-se para Kainã e sussurrou para ele um agradecimento, ele piscou os olhos em retribuição e foi se sentar com seus outros amigos.

— Alunos, — chamou o professor Renato. — por favor, formem duplas e... — contando os alunos percebeu que um tinha faltado. — como alguém faltou, formem duplas e um trio, SOMENTE um. Aliás, quem faltou?

— O Daniel, professor. — disse Melody.

Laís lançou um olhar maligno para a amiga.

— E qual o motivo da falta de seu irmão, Laís? — falou o professor rigidamente.

— Ele... — Laís estava perdendo a confiança.

— Fala, Laís. — encorajou Melody.

— Ele... Caiu da escada professor. — disse Laís.

— Hum, menos um para me atormentar. — disse o professor. — Agora vão, formem duplas e um trio. Rápido.

— Quer fazer dupla comigo, amiga? — perguntou Melody para Laís.

— Pode ser.

Toda a sala se agrupou em duplas, mas Laís não via nenhum trio, então, se virou para o lado e viu, ninguém menos que:

— Kainã? Que está fazendo aqui?

— Estudando?

— Mas... aqui comigo e com a Melody.

— Melody me deixou fazer parceria com vocês duas, se não for muito incomodo para você, é claro.

— Não, claro que não, eu... Eu só me assustei.

— Desculpe-me.

— Não foi nada.

Laís se virou para Melody e disse:

— Valeu.

— Sabe que eu sou especial, né? — disse a amiga.

— Alunos, vocês vão fazer nesta aula, uma bomba caseira básica. Por favor, rapidamente, coloquem seus jalecos e óculos de proteção, não quero ninguém no hospital aqui hoje. — disse o professor.

— Eu também. — disse Laís com a voz baixa.

— Disse alguma coisa, Laís? — perguntou o professor.

— Nada.

Todos pegaram seus jalecos brancos limpos e os vestiram, e também colocaram os óculos transparentes de plástico.

— Kainã, Mady. — chamou ela.

— Sim. — disse os amigos em coro.

— Por favor, prestem atenção em mim, senão hoje eu sou capaz de explodir esta sala com alguma coisa errada que eu colocar.

— Nós sabemos. — disse Kainã.

— Prestaremos bastante atenção em você, não queremos ir para o hospital. — disse Melody e todos riram principalmente Laís.

— Interrompo algo? — disse o professor aparecendo do nada, assustando os amigos.

— Não, professor. — disse Kainã.

— Então, por favor, para os seus lugares.

O trio foi para a única mesa com três lugares bem no meio da sala.

— Bem, pessoal hoje iremos trabalhar com cores, não direi o nome dos elementos químicos, mas, direi às cores que devem misturar. Uma falha e tudo vai para os ares. — disse Renato.

— Sim, professor. — disse a sala em coro.

O professor se dirigiu a lousa e começou a desenhar tubos de ensaio igual ao que tinha nas mesas. Desenhou três tubos, um com liquido azul, outro roxo, e o último vermelho.

— Bom, — começou a explicar. — vocês vão misturar cinco ml do roxo com dez de vermelho e se der certo ficará azul, se ficar amarelo, joguem fora antes que exploda. Seguindo coloquem mais quinze ml do amarelo e ficará roxo, e mais vinte ml do branco e ficará vermelho. E pronto, sua bomba caseira está pronta. Se deixar cair, explode. Podem começar, vocês tem vinte minutos.

A sala começou a trabalhar e misturar cores.

— Eu parei na parte de “se ficar amarelo, joguem fora”, depois disso, nada mais. —disse Kainã.

— Eu também. — disse Laís.

— Acalmem-se, anotei tudo. — disse Melody. — Kainã me passe o roxo. E Laís tire cinco ml dele.

— Ok. — respondeu.

Kainã pegou o líquido roxo para Laís, e ela tirou cinco ml, e entregou à amiga.

— Lembrando, um ml a mais ou um a menos, tudo explodirá. — disse o professor, fazendo todos ficarem mais atentos e preocupados.

— Kainã, agora pegue o vermelho, e Laís, tire dez ml dele.

Quando Laís pegou o frasco com Kainã, sentiu uma tontura e sua visão escureceu.

— Tudo bem, Laís? — disse Kainã.

— Si... Sim. — respondeu ela.


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Notas finais do capítulo

Tem alguma ideia espetacular que quer que apareça aqui na história? Ou opiniões? Sugestões? Comente. Agradeço você desde já.