Dreams, Dreams and Dreams escrita por Colin Cassidy Mills
Notas iniciais do capítulo
Leitores queridos do meu coração, agradeço imensamente os comentários com elogios, os acompanhamentos, favoritamentos e também a primeira recomendação, me sinto honrado. Muito obrigado por tudo. Conto com vocês. Aproveitem...
— Daniel. — sussurrando Laís repetia o nome do irmão como uma louca.
— O que aconteceu com ele, Lah? — indagou Kainã.
Laís se levantou, abraçou Kainã e começou a chorar em seu ombro deixando-o todo molhado com suas lágrimas.
— Lalah, o que aconteceu? — perguntou o amigo.
Laís só conseguia chorar, todos os olhando com um olhar meio duvidoso.
— Vem, vamos sair daqui. — disse ele carregando Laís escola adentro.
Kainã leva Laís para o laboratório de ciências, ele a deixa em pé no meio da sala, pega papeis para ela se enxugar e água gelada para se acalmar. Laís se enxuga e se acalma, e acaba sentando na primeira cadeira que vê. Kainã senta ao seu lado e quebra o silêncio mortal contido na sala:
— Então, Lalah, o que aconteceu? O que está te deixando aflita? E, aliás, onde está o Daniel?
Ao ouvir o nome de seu irmão, mais lágrimas percorreram seu rosto. Kainã as enxugou com seu polegar.
— Da...Daniel está no hospital. — Laís mal conseguia terminar suas frases.
Kainã foi pegar mais água e colocou bastante açúcar para lhe acalmar. Laís bebe a água rapidamente em um único gole.
— Mais calma?
Laís sinalizou com a cabeça positivamente.
— Me fala, o que aconteceu?
— Daniel...
— O que aconteceu com ele?
— Ele...ele...ele...
— Ele o que? — perguntou o amigo começando a ficar aflito
— Eu bati... quero dizer... ele... Estou tão confusa...
— Você bateu nele?
Laís ao ouvir aquilo, entrou em desespero.
— Não. Claro que não! – ela se levantou e gritou.
— Ok, ok, calma. Sente-se, você está muito nervosa.
— Desculpe. — Laís se sentou novamente. — O Dani... ele... caiu... caiu da escada e cortou a cabeça.
— Ele desmaiou? — disse o amigo aflito.
Laís fez que “sim” com a cabeça e começou a chorar novamente.
— Calma, e o que mais?
— Ele... ele... cortou a testa, e... e... o lábio.
— Na testa foi profundo? Ele cortou a parte de trás da cabeça?
— Não... sei, acabei não vendo. Foi...foi... tudo tão rápido.
— Acalme-se, vai ficar tudo bem.
— Papai o levou para o hospital e mamãe estava indo para lá.
— Isso é ótimo, e quando terá notícias dele?
— Se mamãe conseguir, na hora do recreio.
— Estarei com você, aliás, estarei com você o tempo inteiro hoje.
Laís abraça o amigo.
— Obrigada, Kainã.
— Só quero uma coisa, que você se acalme, ficar agitada e preocupada não vai fazer seu irmão melhorar. – disse profundamente olhando em seus olhos. – Ao contrário, você pode ficar doente por causa disso. Tá, precisa se preocupar, mas nem tanto, sua mãe e seu pai estão lá, fique tranquila. Eles sabem o que estão fazendo.
Laís sorriu pela primeira vez naquele dia cinza. Do lado de fora, os dois amigos podiam ouvir raios e trovões. Laís mal tinha percebido que o dia estava nublado e cinzento de tão carregadas que as nuvens estavam.
— Parece que vai chover. — disse ela.
— Que bom.
— É, isso é bom.
Laís e Kainã continuaram abraçados, olhando o céu, e vendo os raios e ouvindo os trovões. Passaram-se cinco minutos, até que o sinal tocou.
— Pronta para a aula, Lah?
— Acho... Acho que sim.
Kainã sorriu para a amiga e se levantaram.
— A primeira aula é de química, hoje não era aqui no laboratório?
— Sim. — disse ela.
— Então, não é melhor ficarmos aqui?
— Sim.
Laís e Kainã esperaram os amigos e o professor chegar, que para eles pareciam uma eternidade, até que abriram a porta e todos entraram.
— AAAMIGAAA! — gritou uma garota correndo em direção a Laís.
— Melody! — após reconhecer à amiga, correu para abraçá-la.
— Hey, onde está seu irmão?
— Caiu da escada. — disse Laís mais confiante em si mesma.
Virou-se para Kainã e sussurrou para ele um agradecimento, ele piscou os olhos em retribuição e foi se sentar com seus outros amigos.
— Alunos, — chamou o professor Renato. — por favor, formem duplas e... — contando os alunos percebeu que um tinha faltado. — como alguém faltou, formem duplas e um trio, SOMENTE um. Aliás, quem faltou?
— O Daniel, professor. — disse Melody.
Laís lançou um olhar maligno para a amiga.
— E qual o motivo da falta de seu irmão, Laís? — falou o professor rigidamente.
— Ele... — Laís estava perdendo a confiança.
— Fala, Laís. — encorajou Melody.
— Ele... Caiu da escada professor. — disse Laís.
— Hum, menos um para me atormentar. — disse o professor. — Agora vão, formem duplas e um trio. Rápido.
— Quer fazer dupla comigo, amiga? — perguntou Melody para Laís.
— Pode ser.
Toda a sala se agrupou em duplas, mas Laís não via nenhum trio, então, se virou para o lado e viu, ninguém menos que:
— Kainã? Que está fazendo aqui?
— Estudando?
— Mas... aqui comigo e com a Melody.
— Melody me deixou fazer parceria com vocês duas, se não for muito incomodo para você, é claro.
— Não, claro que não, eu... Eu só me assustei.
— Desculpe-me.
— Não foi nada.
Laís se virou para Melody e disse:
— Valeu.
— Sabe que eu sou especial, né? — disse a amiga.
— Alunos, vocês vão fazer nesta aula, uma bomba caseira básica. Por favor, rapidamente, coloquem seus jalecos e óculos de proteção, não quero ninguém no hospital aqui hoje. — disse o professor.
— Eu também. — disse Laís com a voz baixa.
— Disse alguma coisa, Laís? — perguntou o professor.
— Nada.
Todos pegaram seus jalecos brancos limpos e os vestiram, e também colocaram os óculos transparentes de plástico.
— Kainã, Mady. — chamou ela.
— Sim. — disse os amigos em coro.
— Por favor, prestem atenção em mim, senão hoje eu sou capaz de explodir esta sala com alguma coisa errada que eu colocar.
— Nós sabemos. — disse Kainã.
— Prestaremos bastante atenção em você, não queremos ir para o hospital. — disse Melody e todos riram principalmente Laís.
— Interrompo algo? — disse o professor aparecendo do nada, assustando os amigos.
— Não, professor. — disse Kainã.
— Então, por favor, para os seus lugares.
O trio foi para a única mesa com três lugares bem no meio da sala.
— Bem, pessoal hoje iremos trabalhar com cores, não direi o nome dos elementos químicos, mas, direi às cores que devem misturar. Uma falha e tudo vai para os ares. — disse Renato.
— Sim, professor. — disse a sala em coro.
O professor se dirigiu a lousa e começou a desenhar tubos de ensaio igual ao que tinha nas mesas. Desenhou três tubos, um com liquido azul, outro roxo, e o último vermelho.
— Bom, — começou a explicar. — vocês vão misturar cinco ml do roxo com dez de vermelho e se der certo ficará azul, se ficar amarelo, joguem fora antes que exploda. Seguindo coloquem mais quinze ml do amarelo e ficará roxo, e mais vinte ml do branco e ficará vermelho. E pronto, sua bomba caseira está pronta. Se deixar cair, explode. Podem começar, vocês tem vinte minutos.
A sala começou a trabalhar e misturar cores.
— Eu parei na parte de “se ficar amarelo, joguem fora”, depois disso, nada mais. —disse Kainã.
— Eu também. — disse Laís.
— Acalmem-se, anotei tudo. — disse Melody. — Kainã me passe o roxo. E Laís tire cinco ml dele.
— Ok. — respondeu.
Kainã pegou o líquido roxo para Laís, e ela tirou cinco ml, e entregou à amiga.
— Lembrando, um ml a mais ou um a menos, tudo explodirá. — disse o professor, fazendo todos ficarem mais atentos e preocupados.
— Kainã, agora pegue o vermelho, e Laís, tire dez ml dele.
Quando Laís pegou o frasco com Kainã, sentiu uma tontura e sua visão escureceu.
— Tudo bem, Laís? — disse Kainã.
— Si... Sim. — respondeu ela.
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Tem alguma ideia espetacular que quer que apareça aqui na história? Ou opiniões? Sugestões? Comente. Agradeço você desde já.