Catherine sorri e sai da sala em direção ao estacionamento do laboratório.

Catherine trabalhou muitos anos da noite de Las vegas, e conhecia grandes figurões desse meio. Ela sabia muito bem o que tinha de fazer e quem devia procurar. Catherine entra em seu carro e sai em direção ao clube onde ela trabalhou durante anos.

– Cheguei... – diz Catherine fechando a porta do carro e acionando o alarme.

Catherine para um pouco do lado de fora do clube, observa, dá um sorriso e entra.

– Tudo continua igual... – diz Catherine olhando as garotas dançando e vários homens colocando dinheiro em seus decotes

Catherine continua observando todo o clube nos mínimos detalhes, aquele lugar fazia parte de sua história, e as lembranças eram muitas. A cada passo que dava ela lembrava de algo.

– Docinho!!! – grita um senhor grisalho ao vê-la

– Tom! – diz Catherine abrindo um sorriso

Tratava-se de Tom Hall, ele fazia parte do grupo seleto de figurões que comandava as noites de Las Vegas, era todo de uma série de casas de show´s. Catherine havia trabalhado dos 16 aos 20 anos como stripper em um dos seus clubes.

– Deixou os tiras e resolveu voltar, baby? – diz Tom aproximando-se de Catherine e a abraçando

– Não, não... – diz Catherine soltando um riso

– Preciso de um favor seu... – diz Catherine

– O que você quiser, benzinho! As noites mais movimentadas dessa casa, foram com você...te devo. – diz Tom

– Mas pera aí, tem a ver com essas stripper´s mortas? – diz Tom

– Não posso me meter nisso, Cath. Você sabe como são as coisas... – completa Tom

– As notícias correm hein, como você soube? Os casos estão sob sigilo para impressa... – pergunta Catherine curiosa

– Catherine, estamos em Vegas... o que não se sabe aqui? E todas estão alvoroçadas, não querendo vir trabalhar. Está um loucura isso, Docinho... – diz Tom lançando o olhar para as dançarinas que faziam o show no momento

– Vou te ajudar no seus negócios, Tom... me ajude nisso! – diz Catherine olhando para Tom de uma forma sedutora

– Você consegue tudo que quer, hein... – diz Tom

– Aprendi com você, querido... – diz Catherine sorrindo

– Vamos pra minha sala. Lá você me conta o que precisa – diz Tom saindo em direção a sua sala

– Sim – responde Catherine o acompanhando

Eles chegam a sala de Tom. Catherine senta em uma cadeira e Tom em outra, e ele diz:

– Então?

– Tom, sempre soube que havia uma lista entre os figurões da noite de Vegas, onde vocês se filiavam para um não causar problemas para o outro... – diz Catherine

– Isso você que está dizendo... – diz Tom sem poder revelar muito sobre o assunto

– Tom, eu sei que são grandes nomes que estão aqui em jogo, mas preciso dessa lista, e só você pode me ajudar – diz Catherine

– Não, Docinho...nisso não posso te ajudar. Se essa lista existir mesmo, ela é ilegal...quem não faz parte dela, sempre tem problemas em suas casas, se é que me entende... – diz Tom

– Tom...por favor! Confia em mim, seu nome não vai tá nisso. Seu negócio também está em risco, sabemos como funciona a noite...me deixe resolver isso. – diz Catherine olhando no fundo dos olhos de Tom

– Vá pra casa! – diz Tom firmemente

– Tom... – diz Catherine querendo argumentar

– Algo vai chegar pra você – diz Tom levantando-se

Catherine dá um sorriso de canto de boca, entende o que ele queria dizer, mas não podia. Catherine se despede de Tom e sai de sua sala em direção ao seu carro. Ela entra, liga o carro e acelera ferozmente, o que faz com seu carro cante pneu.

No caminho ela resolve ligar para Grissom.

– Grissom! – atende ele

– Hey, estou indo para casa... – diz Catherine

– Cath, para casa? – diz Grissom estranhando a atitude de Catherine

– Estou ligando só para você saber que não fiz nada demais, como você sempre espera que eu faça... – diz Catherine irônica

– Ainda não estou convencido disso... – diz Grissom desconfiando de Catherine

– Gil, vou para o laboratório assim que puder...espero que em menos de uma hora. – diz Catherine

– Ok... – diz Grissom com a testa franzida, enquanto desligava o celular.

Grissom conhecia o bastante Catherine para saber o quanto aquela ida para casa não devia ser apenas uma ida para casa.

Grissom estava em sua sala no momento da ligação, ele levanta-se da cadeira e sai para o corredor, ainda com a testa franzida tentando entender Catherine. Ele avista Warrick em uma das salas, processando evidências, e vai até ele.

– Warrick, você sabe porquê Catherine foi para casa? – diz Grissom

– O quê? Pra casa? – diz Warrick sem entender nada

– Estranhou, não? – diz Grissom tirando os óculos do rosto colocando a ponta do óculos entre os lábios, como ele costumava fazer quando estava em dúvida e queria pensar.

– Ela pode ter ido trocar de roupa ou ver a Lindsay... – diz Warrick

– As coisas estão pesadas aqui, talvez ela precisasse de um tempo – completa Warrick

– É... – diz Grissom saindo da sala onde Warrick estava, mas ainda não convencido

Após Grissom sair, Warrick fica pensativo.

– A Catherine não é disso... – diz Warrick em voz alta enquanto continuava processando as evidências

– Mas talvez pela Lindsay... – diz Warrick tentando convencer a ele mesmo