Se fosse um filme escrita por Ever


Capítulo 4
A conversa


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora. Estou muito feliz pela participação de vocês! Continuem assim :D



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Fui até o escritório de Eric, que já estava a minha espera juntamente com Pavel e um cara que eu suspeitava ser o outro segurança. Ele estava vestido formalmente, camisa branca e jaqueta preta, conforme manda o protocolo.

— Rose entre. Venha, quero te apresentar Yuri, chefe de segurança da casa de seu pai na Rússia.

— É um prazer conhecê-la srt. Hathaway, seu pai falava muito sobre você. - eu apenas acenei com a cabeça, incapaz de falar o que fosse, devido ao bolo que se formou em minha garganta.

Ele pareceu perceber, pois logo acrescentou. - Irei acompanhá-la na sua viajem à Rússia, mais como um guia do que qualquer outra coisa para ser exato. Tem um detetive muito amigo de seu pai, ele ficou responsável pelas coisas por lá. Acho que será de grande ajuda.

— Esse detetive será seu tutor enquanto estiver por lá. - Eric pronunciou-se.

— Tutor? Eu não preciso disso. - eu afirmei.

— Você é menor de idade Rose, então perante a lei precisa sim. - rebateu Eric.

— Ah, qual é? Então me fizeram esperar completar dezessete anos para quê então?!

— Rose, você tinha que se recuperar.. – ele disse, mantendo a calma.

— Me recuperar de quê? Do acidente? De ter perdido os meus pais? – eu o interrompi com sarcasmo, minha voz beirava à histeria.

— Rose calma.. – Pavel se manifestou pela primeira vez, desde que eu havia entrado na sala .

Eu respirei fundo. – Olha Eric, eu sei que vocês se preocupam comigo, mas um tutor? Uma pessoa que eu nem conheço. Você e a Rhea já são meus tutores e isso me basta.

Ele me olhou, com uma cara que eu diria que ele estava com pena de mim.

— Rose, nós não somos seus tutores. Quer dizer, somos. Mas provisoriamente.

— O quê? Eu não estou entendendo.. - falei com a voz embargada, as lágrimas já desciam livremente pelo meu rosto.

— Eu sei que está sendo muito difícil pra você, mas ele tinha a confiança de seu pai. É só um ano, passa num instante. - Eric tentou me acalmar. Mas como poderia? Meus pais morreram em um segundo no momento do acidente. E eu daria tudo só para ter mais um minuto com eles. Um ano então.. um ano era uma vida para mim. Mas Eric não tinha culpa, eu não poderia descontar minhas frustrações nele. Ele já havia feito de mais por mim.

— Então mesmo que eu não escolhesse ir pra Rússia, eu teria que ir mesmo assim? – falei me recompondo, saiu como uma pergunta, mas foi uma conclusão que de repente me veio.

— Ou ele poderia vir para Portland.

— Ah sim... Oh, um senhor ocupado como ele, que nem teve a sensatez de vim aqui visitar, conhecer a tutelada dele. Que seja. - resmunguei irônica jogando as mãos para cima.

— Rose, Rose.. você não muda. - Eric sorriu balançando a cabeça exasperado.

"Eu mudei muito, só queria ter feito isso mais cedo.."— pensei dando um sorriso triste.

Eu não entendia o porquê meu pai havia me deixado um tutor e ao que tudo indica, russo. Isso não é um tipo de coisa comum de se fazer, a não ser que sua morte já esteja premeditada. Eu não entendo muito dessas coisas de testamento e leis, mesmo minha mãe sendo advogada nunca me interessei pelo assunto.

Por outro lado, sou ótima observadora. E sempre pego o que ficou no ar, isso vêm dos genes. Meu pai sabia tudo sobre mim, não só sobre mim. Ele sempre sabia quando alguém estava mentindo. Ele também sabia como fazer as pessoas falarem o que ele precisava saber e usava isso ao seu favor.

Velhote, com toda a sua astúcia, me pergunto se ele não estaria por aí controlando tudo. Forjando sua morte para desmascarar certos impostores. Eu não me surpreenderia.

Eu percebo que isso é mais um desejo, do que a realidade.

Talvez, se fosse um filme.. Fosse tudo tão fácil assim.


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Notas finais do capítulo

E aí, o que acharam? Posto outro ainda hoje. E bom, Rose com certeza merece uma despedida de arrasar, não acham?
xoxo,



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