Gripe Mágica escrita por Kao Willows


Capítulo 2
O sonho




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Durante a noite Emma escuta alguns gemidos e resmungos, ela se levanta e vai ao encontro de Regina, que estava se virando de um lado para o outro, balbuciando algumas palavras, logo lágrimas começam a escorrer pela face da morena, o que faz a salvadora se desesperar. Ela se senta na cama e chama por Regina para que acorde.
– Regina acorde... Regina... - Sem sucesso ela segura nos ombros da outra a chacoalhando. - Vamos Regina, isso é só um sonho... - ainda sem sucesso. - Regina isso já está me assustando.
– NÃÃÃOO... - Regina desperta gritando, o que faz a loira se assustar e quase cair da cama. - Daniel... - Sussurra com lágrimas.
Emma vendo a situação em que Regina estava, não pensa em nada além de abraã-la, e é o que faz.
A abraça para que ela se sinta melhor, pra que saiba que pode contar com a loira para qualquer coisa. E era o que a ex-prefeita precisava, um ombro onde ela pudesse chorar e espantar seus medos.
No quarto escuro só ouvia-se um choro compulsivo, de um desespero profundo, então a porta se abre e um Henry assustado entra com cuidado, ele vê suas mães abraçadas e a morena chorando. Corre a seu encontro para abraça-la também, para que, junto de sua mão loira, possa conforta-la. Os três ficam assim até que o choro cesse e Regina se pronuncie.
– Eu assustei vocês? - Perguntou enxugando as lágrimas.
– Um pouquinho mãe. - Henry disse carinhoso, mas na verdade tinha se assustado pra valer.
– Um pouquinho? Que nada, eu quase caí da cama quando gritou. - Emma tentou fazer graça, e funcionou já que Regina sorriu.
– Desculpa por isso. - Disse a morena de cabeça baixa e com um sorriso fraco.
– tu bem Regina, mas agora nos conte o motivo de seu desespero e desse grito. - Disse a loira olhando para a Regina.
– não foi nada, está tudo bem... - Disse ainda de cabeça baixa.
– Como anda Regina, se você estava suando, se debatendo de um lado para outro e de repente acorda gritando desesperada?! - Fala erguendo o rosto da morena, que a olha nos olhos.
– Mão, eu sei que a senhora está querendo guardar isso só para você, mas pode confiar, nós só queremos ajudar. - Disse o garoto segurando a mão de Regina.
– Você não está mais sozinha Regina, estamos aqui. - Emma falou olhando diretamente nos olhos da morena.
– Foi só um sonho, mas já que querem saber, eu conto. - Ela respirou fundo e prosseguiu. - Eu vi ele voltando, eu estava em seus braços novamente, foi como se ele realmente estivesse aqui na minha frente, como se eu estivesse olhando em seus olhos... - Ela parou e uma lágrima escorreu.
– o Robin? - Perguntou Henry.
– Daniel... - Disse Emma pensativa lembrando-se do que Regina sussurrou depois do pesadelo. - foi com ele que sonhou, n]ao foi?
– Foi sim, como sabe? - Regina não entendeu como Emma poderia saber disso.
– Você sussurrou o nome dele. - Emma falou voltando a sua atenção para Regina.
– Seu primeiro amor, mãe? Aquele que me atacou? - Henry fez cara feia ao se lembrar da cena do ataque.
– Como assim te atacou? - Seu primeiro amor não morreu, Regina? A Cora não o matou? - Disparou as perguntas, não compreendendo sobre o que os dois falavam.
– Longa história Emma... - Falou voltando a tremer de frio. - Outra hora eu conto.
– Ok, mas eu vou querer todos os detalhes dessa história... Mas enfim, o que aconteceu nesse sonho para fazer com que você gritasse desesperada? - Emma usou um pouco de sarcasmo, e Regina notou.
– Eu não gritei desesperada... - Regina revirou os olhos.
– Ok mães, vocês poderiam se controlar só um pouco? Eu quero saber como foi esse sonho. - O garoto cortou o clima de desafio que se instalou entre as duas.
– Ok! - As duas falaram juntas e se olharam.
– Então continue mãe.
– Não me recordo todos os detalhes, apenas vi Daniel de volta, aqui em Sotorybrooke... - Ela respira fundo. - Então nos envolvemos novamente, nos abraçamos e nos beijamos, e do nada, ele some de minhas vistas, de meus braços... - Ela fecha os olhos. - Quando o vejo novamente, estava ferido no peito onde fica o coração, ou melhor, onde ficava o coração... - Ela respira e uma lágrima escorre por sua face.
– Regina, não precisa continuar... Se quiser parar, tudo bem pra nós. - Emma disse, notando a dor que Regina sentia.
– Tudo bem mãe... - Henry fala segurando forte a mão de Regina. Como ela não diz nada, Emma toma iniciativa.
– Garoto, acho melhor você voltar a dormir, eu cuido da sua mãe. - Henry apenas acena afirmativamente e sai.
– Obrigada Emma. - Se pronuncia Regina assim que o filho sai do quarto.
– Tudo bem, agora que tal me contar o resto do sonho?! - Emma sabia que Regina ia contar era alguma coisa que a morena não queria que Henry ouvisse.
– Você sabia que eu não queria contar na frente do Henry, não é mesmo?! - Perguntou com um sorrisinho discreto.
– Eu imaginei... - Emma sorriu. - Agora não enrola e me conta.
– Ok! Eu vi o Daniel sem coração... Mas desta vez, não foi minha mãe quem o arrancou, fui eu... Eu estava com o coração do meu primeiro grande amor nas mãos, Emma. - A morena já estava prestes a chorar.
– Regina foi só um sonho...
– Era a Evil Queen novamente Emma, eu era a vilã de novo... E se eu voltar a ser aquela mulher horrível? Uma mulher capaz de matar alguém que ama... - Regina continuou falando sem ouvir o que Emma falou. A morena estava em prantos.
– Você não é uma vilã Regina... - Emma a abraçou. - Você agora é uma heroína, uma pessoa boa, que faria qualquer coisa para proteger quem ama. Essa é você Regina, eu sei que você não fará mal a ninguém. - Elas já se olhavam nos olhos.
Regina sorriu e, por um impulso, abraçou Emma, uma braço apertado e necessário, que fez a loira se assustar com tal atitude mas que foi bem vinda. Um abraço demorado que fez com que a salvadora sorrisse e a morena derramasse algumas lágrimas, mas não de tristeza e sim de felicidade por ver que Emma não a via como um monstro, como muitos a viam.
– Obrigada Emma, muito obrigada mesmo. - disse Regina emocionada.
– Só falei a verdade Regina. - Emma sorriu, mas logo o sorriso some. - Você está quente Regina, muito quente, deve estar com febre. - A morena nada disse e quando Emma tentou se afastar do abraço, percebeu que Regina tinha desmaiado.
A loira a colocou deitada com cuidado na cama, a cobriu, foi ao banheiro e pegou uma toalha pequena, molhou água fria e depois, voltando ao quarto, depositou a toalha na testa da morena, tentando assim, diminuir a febre. Emma passou a noite toda assim, de olho em Regina, sem dormir nem mesmo um segundo.


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