Em Busca de um Futuro Melhor escrita por Lyttaly


Capítulo 26
25


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas o/
Desculpem de verdade a demora. Eu sinceramente nem tinha me tocado que já tinha um mês e meio que eu não atualizava. Fiquei até assustada agora que eu vi! Eu não pretendia demorar tanto a postar, mas eu não estava conseguindo tempo para escrever nessas ultimas semanas, me desculpem mesmo.
Boa leitura o/
Leiam as notas finais ;)



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(Desespero…)

— Chegaram. – Anunciou Célia, que observava a movimentação por uma fresta na cortina da janela do quarto de Kali. – Nós não vamos sair daqui ilesos! Que ideia foi essa de chamar a polícia, Victor?

— Cala a boca! Eles não vão fazer nada enquanto tivermos reféns. Eles não podem. E se fizerem algo eu mato um desses dois.

Kali, que estava amarrada à cadeira do lado oposto à janela, já não chorava mais. Ela estava em choque. Olhava para Rafael ainda desacordado amarrado a uma cadeira do seu lado. Não podia fazer nada. Estava indefesa.

"Vou morrer" – pensou.

O telefone de Victor tocou e ele atendeu rapidamente.

— Senhor Victor Gontcharov? Eu sou o Major Gustavo Liandre e estou aqui para negociar a liberação dos reféns. Eles estão bem?

— A única coisa que vamos negociar, Liandre, são as minhas exigências.

— E quais são elas?

— Quero dois coletes à prova de balas, um carro blindado e a presença da imprensa. Mas a exigência mais importante é: eu quero a liberação do dinheiro guardado em nome de Kali Peres. Vocês têm até meia-noite para resolver tudo isso e nos deixar sair. Se tentarem invadir a casa eu mato um dos reféns. Se tentarem impedir minha fuga eu mato um dos reféns. Se não cumprirem minhas exigências eu mato um dos reféns.

Victor desligou o telefone antes que o major respondesse.

— E agora? – Célia perguntou.

— Esperamos. – Victor respondeu, deitando-se de forma relaxada na cama.

— Você é maluco! – Célia tentava ser racional, percebendo que alguma coisa havia afetado Victor para ele estar fazendo aquela loucura. – Por que tá fazendo isso de repente? O combinado não era esperarmos até o dinheiro ser liberado e depois fugir?

— Eu preciso fugir agora, Célia. Se eu ficar aqui vou morrer. Os esquemas deram errado e os chefes estão no meu pé. Ou saio, ou morro.

— Mas isso que você tá fazendo é insano! Por que você simplesmente não roubou um banco?

— Eu quero os milhões da herança. Por que eu me contentaria com pouco se posso ter muito?

— Idiota! – Célia se exaltou. Você acabou com nossa vida! Você não percebe o quão idiota e imprudente é isso que você tá fazendo?! Você sabe que não vão deixar a gente sair daqui! E se eles não cumprirem o prazo?

— Eu mato os dois se preciso.

— Você não vai matar o Rafael, tá me entendendo? – Célia se aproximou de Victor e o olhou como se fosse matá-lo.

— Tá, tá, eu sei. – Victor deu de ombros. Ele se levantou e caminhou até Kali, segurando o queixo da menina e fazendo-a olhar para ele. Só vai ser uma pena perder essa belezinha aqui.

***

— Vamos entrar! – Felipe disse impaciente. Ele estava com outros detetives e o major Gustavo Liandre dentro de uma van preta estacionada do outro lado da rua.

— Calma, Felipe. – Gustavo disse. – Ficar ansioso assim não vai ajudar em nada.

— Se acontecer alguma coisa com eles a culpa é sua, me ouviu, Liandre?! Eu falei que essa investigação já tinha acabado! Mas você tinha que esperar pra fechar o caso, né? – Felipe disse, gesticulando.

— Não tínhamos provas de–

— Tínhamos todas as provas! – Felipe o interrompeu. – Todos os nomes! Você tava era com preguiça de prender os suspeitos!

— Chega! Eu sou seu superior aqui. Alguém tira esse moleque daqui!

— Eu saio sozinho. – Felipe disse, desvencilhando-se de duas mãos que já o seguravam. Antes de sair, virou-se para Gustavo, dizendo: – Pela nossa amizade, Gustavo, salva eles.

Gustavo afirmou positivamente, vendo Felipe sair cabisbaixo da van.

— Não faça nenhuma besteira, Felipe! – Gustavo gritou antes que Felipe fechasse a porta.

Gustavo era um homem negro, alto e forte, tinha 49 anos de idade e os cabelos já começavam a ficar grisalhos. Conhecera Felipe quando este ainda tinha seus 16 anos. Felipe aprendera os macetes da profissão com Gustavo, que era como um irmão mais velho para ele. Gustavo sabia o quanto os reféns naquele caso eram importantes para Felipe e faria o impossível para que eles fossem salvos.

— Martin, – Gustavo chamou um rapaz que estava observando as câmeras de segurança das ruas perto da casa. – fique de olho em Felipe. Ele não pode fazer nenhuma besteira.

— Sim, senhor.

Felipe caminhou pela rua pensando no que poderia fazer para ajudar Kali. Seu coração disparava de medo toda vez que pensava se Kali estava bem. Não podia perdê-la. Tentava manter a cabeça no lugar. Tentava pôr em prática seu treinamento de anos para manter o sangue frio em uma situação de desespero. Mas sempre que a imagem de Kali surgia em sua mente, o desespero o atingia.

Ele chegou a uma pequena praça que havia no fim da rua. Era uma praça de grama descuidada, com uma pequena árvore no centro e dois bancos de pedra. Felipe sentou-se em um dos bancos e massageou as têmporas tentando se acalmar. Decidiu ligar para seu tutor.

— Alô? – disse Gregório do outro lado da linha.

— Sou eu, pai.

— Como está, meu filho? Faz tempo que você não me liga.

— Andei ocupado com um caso importante.

— Sei como é. Mas tô sentindo que sua voz tá estranha. – Gregório observou. – O que aconteceu?

— Tem a ver com o caso em questão e o fato de que as vítimas agora estão em perigo.

— Me conte tudo.

E Felipe contou sobre as investigações e o sequestro.

— Qual sua relação com Kali e Rafael? – Gregório perguntou quando Felipe terminou de contar sua história.

— Apenas trabalho. – respondeu com a voz mais convincente que podia, mas sabia que não conseguiria enganar seu tutor.

— A verdade, Felipe. – Gregório repreendeu-o.

— Eu amo a Kali, pai. – Assim que disse isso Felipe começou a chorar copiosamente. Suas mãos tremiam e o medo de perder Kali se tornou maior. Falar aquilo para Gregório foi a gota d'água que faltava para ele se desesperar.

— Filho, me escuta. – Gregório disse após alguns minutos ouvindo o choro de Felipe. – Não é fácil, eu sei, mas você precisa se controlar. Precisa manter o sangue frio. Se você continuar assim vai piorar a situação.

— E-eu sei. – Felipe disse soluçando e tentando secar as lágrimas que não paravam de descer pelo seu rosto.

— Lembre-se do seu treinamento.

— Tá difícil demais, pai. – Felipe sentia o coração apertar.

— Respira, Felipe. – A voz de Gregório tornou-se mais firme, fazendo Felipe tentar respirar. – Respira e inspira. – Felipe fez o que ele falou. – Continua respirando. Se concentra em respirar.

Felipe aos poucos foi se acalmando e parando de chorar. Ele olhou para o céu que estava escuro e nublado. Não havia lua ou estrelas para alegrar a noite.

— Está melhor? – Gregório perguntou depois de algum tempo.

— Obrigado, pai. Você sempre me segura quando eu estou prestes a cair. Não sei o que eu faria sem você.

— Você ainda seria esse garoto esperto e determinado que você é.

Ficaram em silêncio por alguns instantes.

— Me diz que eu estou certo. – Felipe disse. – Que eu não vou ferrar com tudo. Que eu vou conseguir salvá-la.

— Você é meu aprendiz. Te ensinei tudo que eu sei. Você não precisa que eu diga isso pra saber que é verdade.

— Obrigado.

— E eu quero conhecer essa moça, viu? Pra ter te desestabilizado desse jeito ela deve ser muito especial.

— Sim. – Felipe disse, levantando-se decidido. – Ela é.

Felipe desligou o telefone voltando a caminhar em direção à casa de Kali. Estava indo por um fim naquilo.


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Notas finais do capítulo

E aí? O que acham que o Felipe vai fazer? O que acham que vai acontecer.
Notícia boa! O capítulo de domingo que vem já está pronto então não vai atrasar o/
Notícia não tão boa assim: A história está chegando ao fim. Faltam poucos capítulos...
Eu quero muito saber o que vocês estão achando. Digam pelo menos se gostaram ou não do capítulo, se estão gostando ainda da história, porque eu estou no escuro sem o comentário de vocês e isso tá me deixando agoniada de verdade. Eu nunca fui de pedir nada a vocês, mas eu to realmente agoniada. Eu não tenho muito direito de pedir comentários já que eu não sou tão pontual com vocês, mas não me deixem no escuro, por favor. Eu sei que vocês estão ai então apenas diga "Eu gostei" ou "Eu não gostei", sim? E eu prometo tentar melhorar.
Até mais pessoas o/
Se você leu até aqui #obrigada^^



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