A noite chuvosa e fria continuava. O loiro foi até seu banheiro e como de costume, deixou a porta aberta, retirou suas roupas e entrou embaixo do chuveiro, fechando assim o box que tinha o vidro transparente. O homem colocou o chuveiro no mais quente possível. Depois que ligou ele e sentiu a água bater contra seu corpo largo, alto e bem trabalhado, Naruto suspirou e relaxou todo o corpo, enquanto do banheiro saia fumaça.

Hinata extremamente envergonhada, fica paralisada na cozinha, olhando vir do corredor uma fumaça. Com as roupas ainda molhadas, ela ficou com a cabeça baixa, se esforçando para não ir até lá. Após ouvir o chuveiro ser desligado e Naruto sair do box, a morena relaxou e um Uzumaki todo molhado e com uma toalha na mão, secando seus cabelos sai do banheiro e vai até seu quarto, lá ele se seca e coloca uma cueca boxer azul marinha.

O Nanadaime Hokage, quando não está no trabalho, sempre foi muito distraído e foi com está distração que ele estendeu a toalha no box do seu banheiro e foi para a cozinha, seu estômago estava pedindo por ramen! Ao chegar na cozinha, vê Hinata com os olhos arregalados, extremamente vermelha e a ponto de desmaiar.

—Hina-chan! –Naruto chama por ela, quando a mesma já caia no chão, ela havia desmaiado.

Após o loiro a pegar nos braços e a levar até sua cama, ele olhou para a Hyuuga desesperado, não sabia o que fazer, era madrugada, não dava para ligar para a Sakura, ou dava? Foi o que o Uzumaki fez, pegou seu mais novo celular, uma das tecnologias recém chegadas a vila e ligou para Sakura, o número dela estava gravado em seu celular, está foi sua sorte!

—Alô? –Sakura atendeu com a voz bem sonolenta, com toda a certeza, ela havia se acordado apenas por que o celular tocou.

—Sakura-chan! Socorro! –Naruto gritou assustado.

—Hã? O que aconteceu?! Naruto! O que aconteceu com você? O que está acontecendo? –O coração de Sakura se apertou, imediatamente ela se acordou e ficou disparando questões para seu melhor amigo.

—Ela desmaiou! Está desmaiada aqui! O que eu faço! –Naruto gritava ao telefone.

—Ela? Quem Naruto? Quem desmaiou? Onde e com quem você está? –Sakura pediu, já colocando sua roupa habitual, de forma mais rápida possível.

—Meu apartamento, com a Hina-chan! –Naruto disse ainda desesperado.

—Se-seu apartamento? –Sakura questionou ficando vermelha de raiva e Naruto gritou:

—Você está surda, Sakura-chan! No meu apartamento! Venha logo!

Sakura ficou extremamente furiosa.

—Naruto!! Você me acordou para me dizer que a Hinata desmaiou quando você ia fazer safadezas com ela?! Eu mato você amanhã, senhor Nanadaime Hokage! –Sakura gritava, após gritar aquilo, a rosada desligou o telefone e socou seu travesseiro, imaginando ser o rosto de seu melhor amigo, após a raiva parcialmente ir embora, a Haruno voltou a dormir.

—Sakura-chan, nem pra me ajudar. –Naruto falou triste, desligando o celular.

“E agora? O que eu faço pra ela acordar?” - Questionava-se o Uzumaki, quando lhe veio uma grande ideia!

—Aqui vai um beijinho. –Naruto sussurrou, já aproximando seu rosto do dela, foi neste momento que a morena despertou e deu de cara com o loiro, de olhos fechados e com o rosto bem próximo do dela.

A Hyuuga se manteve calada e fechou seu olhos, esperando o beijo que veio calmo e rápido. Depois do beijo o loiro ficou fitando o rosto dela, que fingiu ter despertado naquela hora, quando olhou para o seu amado e viu aquele homem de 1,80, com algumas gotas da água escorrendo dos cabelos loiros, passando pelo peitoral bem definido e parando na cueca azul marinha, a morena quase desmaia de novo, se não fosse a voz baixa e um pouco rouca do loiro e aquele sorriso lindo.

—Hinata. -Ele a chamou preocupado.

—Na-naruto-kun. –Hinata sussurrou extremamente envergonhada, demorou alguns instantes para encontrar a sua voz e pensar em alguma palavra.

—Hina-chan! Graças a Kami-sama! –Naruto exclamou aliviado e começou a encher o rosto totalmente vermelho de sua amada, com vários beijos.

—Naruto-sama. –Hinata sussurrou se levantando, após ter perceber que estava deitada na cama dele.

Sem conseguir entender nada, o Uzumaki sentiu seu sangue esquentar, só de escutar Hinata o chamando daquele jeito. Aquilo não era ódio, o fervor em suas veias não podia de modo algum ser raiva e foi com este pensamento que o loiro se levantou e foi colocar uma calça de moletom e uma blusa de manga longa, porém fina. Nem mesmo olhou para Hinata, após perceber que o que estava sentindo era algo muito constrangedor e muito repentino naquele momento.

Hinata sentiu o ar ficar um pouco mais frio e uma tristeza lhe abater, seu loiro saiu de perto de si e vestiu-se, indo diretamente para a cozinha? Hinata não sabia, só sabia que aquelas roupas molhadas lhe daria um bom resfriado.

Na casa dos Uchihas, o moreno maior não se aguento de curiosidade e foi ver o seu banheiro, ao chegar lá, encontra tudo em ordem, exceto pelas toalhas que estava queimadas em trapos no chão, o papel higiênico que desapareceu, mas deixou algumas migalhas por todo o banheiro, os sabonetes, shampoo e condicionador que estavam derretidos no chão do box. Óbvio que o sangue dos Uchihas de Sasuke ferveu e o moreno mordeu o própria mão para não gritar.

A madrugada foi bem extensa para Sasuke Uchiha, ele teve que limpar o banheiro, trancar as portas e os armários com cadeados e aproveitando que os “anjos” estavam dormindo, o moreno limpou a casa inteira, sem fazer um barulho se quer! Com muito sono e sujo de poeira, o Uchiha foi tomar um banho, porém o pobre coitado esqueceu que não havia toalha, shampoo, condicionador e sabonete. Então ele se molhou apenas e com a maior raiva do mundo, foi até seu quarto, molhando o chão todo, ele secou-se com uma de suas toalhas que tinha guardada na sua cômoda. O sol apareceu, Sarada havia acordado já tinha algumas horas, brincando com os cabelos de Itachi, que estava ainda “desmaiado”. Sasuke não conseguiu notar sua menina ou qualquer outra coisa, ele enrolou sua cintura com a toalha e se jogou na cama. Sarada ia voar da cama, se Itachi não estivesse abraçando-a. Eram 7:00 da manhã, a bebezinha começou a chorar de fome e Itachi que acordou com o choro, pegou ela no colo com dificuldade e a colocou no chão.

—Sarada-chan, fica quietinha. Titio Ita vai buscar algo para você comer e pro titio também. –Itachi disse tentando parecer bravo, mas sua carinha de bravo, deixo-o ainda mais fofo.

Enquanto Itachi ia até a cozinha pegar algo para Sarada, a menina ficou quietinha, de barriga para baixo no chão, como seu tio havia colocado, só esperando sua “refeição”. Como uma boa mãe, Sakura sentia que precisava ver sua filha, já tinha um tempinho que não via a sua pequena. Por motivos que só o coração de mãe entendi e também pela saudade, a rosada estava a caminho da casa dos Uchihas.

Perto dos portões da vila da folha, no meio da floresta, uma mulher de estatura mediana e de cabelos compridos parecia triste, enquanto estava encostada em uma pedra e encarando uma figura a sua frente.

—Estive no escritório do Nanadaime Hokage. Ele estava dormindo e aparentemente estava exausto. –A mulher disse e sua tristeza não foi nem um pouco disfarçada.

—Mas isto é o óbvio, aquele cabeça oca. Entretanto, você não foi apenas no escritório do Hokage, pela demora. –O Homem disse se aproximando dela lentamente.

—Também estive na casa dos Uchihas, por lá está uma bagunça. Nosso menininho está lindo e eu não me contive, peguei a princesinha Uchiha nos braços. –A mulher dizia sorrindo, enquanto se enroscava no homem, abraçando-o, para logo depois dar um beijo em seu pescoço.

—Olhe para mim. –Ele pediu e a mulher o encarou com seus olhos azuis.

—Você tomou cuidado? Deixou a menina onde estava? –Questionou ele, visivelmente irritado com a ideia de sua parceira ter pego Sarada.

—Eu tomei cuidado, mas ela estava sozinha e eu fiquei com pena, levei ela até onde Sasuke e Ita...-Ela é interrompida por um tapa que levou em seu rosto.

—Inútil. Se descobrirem o que estamos fazendo, eu juro que o que carregas em seu ventre virará em cinzas. –O homem disse e desapareceu em segundos, deixando a mulher amedrontada, abraçando sua própria barriga, como se tenta-se proteger o seu filho de algo invisível.

Continua...