Graad Gakkou - INTERATIVA escrita por Casty Maat


Capítulo 26
Capítulo 25 – Chuva


Notas iniciais do capítulo

e consegui parir esse capitulo!



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25 – Chuva

Milo estava em choque. Ele enfrentou os inimigos mais terríveis e perversos, enfrentou seu melhor amigo, morreu se sacrificando, foi um órfão abandonado que sequer sobrenome real ele tinha. Perdas eram algo comum e natural a ele.

Mas ele não conseguia aceitar perder Morgana. Fica longe daquela pequena menininha roqueira de olhar meigo e que ama doces, não vê-la mais... Aquilo o atingiu como nunca antes.

—Não... – murmurou.

Morgana se sentiu abraçada pelo loiro de forma protetora.

—Não pode ir... Não pode ir...

—Milo...

—Eu vou ficar sem você... E aquele pocotó dourado nem conseguiu dizer o que sente! – A voz do loiro estava embargada e ele tremia. – Você não pode ir embora, Usamomo...

—Eu não posso escolher. Meus pais acham que o que houve foi um ataque contra mim.

—Não foi um ataque! Foi um acidente! Acidente! Eu sei que foi.

Ele a soltou um pouco e a olhava, os dois com os olhos cheios de lágrimas.

—Eu vou contar tudo, você pode me odiar depois, mas talvez assim a gente pode impedir isso. – Milo se curvara, apoiando a testa no pequeno ombro. Ele iria quebrar as regras, mas se isso pudesse salvar o laço mais forte que ele tinha criado, ele aceitaria as punições.

A chuva deu sinal de vir, estralando um forte trovão, que fez a morena se refugiar nos braços do loiro por instinto. Milo sabia que ela tinha pavor de trovões e chuvas intensas. Fechou a janela e as cortinas, pegou o edredon e os enrolou, a mantendo protegida nos braços.

Ele elevou um pouco do cosmo, a deixando ver a luz.

—O que...?

—Se chama cosmo... Todos tem, mas poucos aprendem a usar. Com isso pode-se abrir fendas na terra e rasgar os céus.

—É quente... e traz paz.

Milo beijou a testa daquela que em seu coração tinha como irmã.

—As lendas que se escutam... Quase todas são reais. Deuses briguentos, batalhas mitológicas. Existe uma deusa bondosa que cuida da terra e são seguidos por humanos que sabem usar cosmo para lutarem pelo bem. –ia dizendo em um tom calmo e bondoso. Ela se chama Atena e de tempos em tempos ela vem em forma humana, dessa vez ela veio como Saori Kido.

Morgana ficara surpresa. A mulher dona da escola em que estudava era uma deusa mitológica?! Sentiu Milo a apertar, um tanto inseguro.

—E eu sou um desses humanos, Usamomo. Mais que isso, sou um desses humanos que morreu e foi trazido de volta como um adolescente. Por que a deusa desejava que pudéssemos viver uma vida normal.

—Morreu e voltou...? Então eu não teria conhecido você nunca? – ela viu ele mexer a cabeça afirmando e ela sentiu as lágrimas virem, descendo e subindo em afirmativa – Todos... todos vocês?

Milo a manteve abraçada em si, a deixando chorar.

—Eu morri há 25 anos atrás, quando eu tinha vinte anos. E eu to feliz que meu sacrifício lá atrás permitiu que você nascesse e esse mundo visse a garota brilhante e incrível que você é.

—Não é justo, não é justo que tenha perdido tantos anos, Milo...! Você e todos os outros!

—O que houve ali no ginásio foi uma das alunas que tem cosmo, não sabemos como ou por que, mas ela perdeu o controle e atingiu uma parte vital da estrutura. Não foi ninguém querendo seu mal, foi um acidente. Eu não posso perder você, Aiolos não pode...!

Ela o olhou, surpresa.

—O... Tavoros-san? N-não... Não é possível...!

—Está obvio pra todo mundo. E de todos nós, ele foi o que partiu mais jovem, então ele literalmente é o único adolescente. Ele não experimentou o amor, você é realmente a primeira garota que ele olha.

Morgana corou violentamente. Nesse meio tempo Aiolos estava chegando a mansão e recebia um aviso por cosmo do escorpiniano sobre quem estava ali e o nível de urgência. Porém...

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Saori olhava a chuva da estufa. Seiya havia recém saído para dar lugar a Shion e Aiolia. O primeiro para conversar sobre o ocorrido do ginásio, o segundo decidido a se aconselhar sobre entrar num clube.

Mas o assunto sequer iniciara quando viram pelos vidros a chegada de homens trajados militarmente, com um deles se destacando pelos cabelos negros curtos, o rosto mostrando estar na meia idade, claramente liderando aquele grupo.

Eles pareciam não se importar com a chuva que caia. Saori saiu para a chuva, também não se importando com as gotas gélidas.

—Boa noite, senhorita Kido. Por favor, não se importe, apenas viemos resgatar nosso coelhinho fujão.

—Nos importar com um bando de cara armado aparecendo aqui na mansão? – Aiolia fechando a cara já se colocando na frente da deusa.

—Aiolia, está tudo bem. – a mulher tocou o ombro do leonino, olhando para o moreno. – O senhor é o senhor Brian, estou certa?

—Perfeitamente certa, senhorita.

—O senhor não precisaria vir com tamanho contingente por uma única jovem. – disse diplomaticamente o lemuriano.

—Apenas sigo ordens, jovem Kido.

—Sabe que os pais da menina estão exagerando. Sei que o senhor também não é uma pessoa comum e compreende a situação. – a fala de Saori deixou a todos um tanto surpresos. Aquele homem também tinha habilidades sobrenaturais?

Brian deu um meio sorriso, discreto, como que pego no pulo.

—Sei, mas não é algo que possa ser dito. Ao menos não agora. Eu sinto muito, mas preciso leva-la.

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Morgana sentiu que os homens da RETMAS haviam cercado a mansão, seu arrepio toco-a profundamente.

—Usa...?

—Já me encontraram.

Ela se afastara, limpando o rosto.

—Obrigada, Milo. Eu vou lembrar sempre de você e vou guardar seu segredo.

—Não... Não vá...

Aiolos abrira a porta, vindo rápido e a vendo.

—Smith-san...

Os dois se encaravam, mas ela estava envergonhada demais, e sabia que não teria mais tempo. Ela passou pelo loiro, que a segurou, com delicadeza.

—Smith-san...

—Adeus... Eu vou ser transferida de escola, Tavoros-kun. Eu vim me despedir.

—E vai ir embora assim...?

—Me desculpe... Foi bom estar com todos vocês. – ela dava um sorriso falso, tentando passar tranquilidade, mesmo com as lágrimas nos olhos. Ela se soltou dele e seguia rumo aonde estava Brian.

Aiolos ainda ficou alguns segundos em choque. Sentiu as mãos de Milo em seus ombros e um olhar cumplice. Eles tinham que agir.

—Ah, nosso coelhinho. – Brian disse ao ver a morena saindo de dentro da mansão

—Perdão, tio Brian. – disse cabisbaixa.

—Obrigado pela colaboração, senhorita. Já estamos nos retirando.

Todos os homens estavam saindo, em direção ao estacionamento da mansão onde estava esperando um carro com insufilme, todo escuro. Brian e Morgana a frente e a maioria dos homens da missão estavam atrás.

—Smith-san!

Morgana se virou, vendo o sagitariano vir correndo e pouco atrás, Milo. Instintivamente os guardas mais ao fundo se colocaram no caminho, ao que foram facilmente nocauteados pelo cavaleiro. A morena nunca vira o garoto agir com algum nível de violência, mas se recordou do que Milo lhe revelara.

Ela temeu pelos soldados se ferirem demais. Ela saiu de perto do líder dos soldados, pedindo que aquilo parasse, ficando frente a frente com o loiro. A chuva ainda caia, deixando os dois encharcados.

—Por favor... Não vá...

—Eu não posso. Eu preciso ir.

—Ao menos... Ao menos me escute. – Aiolos a olhava com doçura. – Smith-san... Eu...

—Não... não diga... – murmurava quase sem som para si mesma a morena. Os olhos cheios de lágrimas escorrendo disfarçadamente por conta da chuva.

—Eu gosto de você... Eu estou apaixonado por você Morgana Smith...

Milo chegara perto a tempo de ouvir. Suspirava aliviado que ao menos ele pudera se declarar a garota que gostava.

Esse era o desejo de Atena, certo? Se apaixonar e viver esse tipo de amor faz parte da “vida normal” que ela ordena que eles vivessem, certo? E ele sempre notou o quanto Morgana também amava a Aiolos, e estava feliz em ver aquela cena, ainda que melodramática demais.

Mas os dias de estresse, mágoas cobraram seu preço e sob a chuva a morena desmaiara, caindo em febre.

Aiolos a segurara a tempo, a mantendo em seus braços, instintivamente acendendo seu cosmo para protege-la contra o frio ou contra qualquer revide que viesse.

—Por favor, rapaz, me entregue ela. – disse Brian.

—Eu não vou. Se eu a deixar ir, nunca mais a verei, certo?

Brian então viu que Milo também se colocava pronto, a guarda alta. E distraído por alguns segundos ele não notou o leonino ali também, disposto a proteger seu irmão e a garota que ele amava.

—Não complique as coisas, garoto. Vai tornar a situação complicada demais para crianças lidarem.

—Ainda não ouvi a resposta dela. Além do mais meu calor não está deixando que a temperatura dela abaixe. Eu não vou soltá-la.

—Creio que não há problema se eles forem com o senhor, estou certa?

Os envolvidos então tiveram a atenção tomada por Atena e Shion, que vinham calmamente. O cosmo pacífico, mas poderoso da deusa se estendia por todos, mas poucos ali conseguiam entender por que se sentiam acolhidos num calor gentil, mas que poderia ser tempestuoso se quisesse. Brian era um desses que entendia bem o recado sutil de Saori Kido.

Brian já tinha compreendido qual era a identidade daqueles rapazes. E sabia que com um deles apaixonado por sua “sobrinha”, a situação havia ficado muito delicada. Precisava ceder.

—Certo, ele pode vir.

—Eu irei também. – disse Milo.

—Eu também, meu irmão está envolvido. – bradou Aiolia.

—Você fica, Aiolia. – disse sereno, mas firme o líder dos cavaleiros.

Aiolia olhara para Shion e o arrepio em sua espinha dizia “obedeça”. Ele recuou na intenção, mas se aproximou do irmão.

—Ficaremos atento. Se precisar, meu irmão.

—Eu fico grato, Lia...

Brian então deu um suspiro pesaroso.

—Certo, então venham vocês dois. – e deu sinal para abrirem as portas de trás do carro.

Primeiro seguiu o escorpiniano, até mesmo por instinto de preservação do amigo que estava com as mãos ocupadas. Depois o sagitariano, mantendo a jovem nos braços de forma protetora e firme.

O carro então seguiu, rumo a algum lugar que ambos desconheciam.

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Leona novamente tentava ligar para a mãe e mais uma ver aquilo não dava em nada.

“Onde você foi parar, mamma?”

Continua...


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