Graad Gakkou - INTERATIVA escrita por Casty Maat


Capítulo 23
Capitulo 22 - As engrenagens iniciam o mover


Notas iniciais do capítulo

SURPRISE MAE DA FOCA MADRUGUENTA!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/594126/chapter/23

#22 – As engrenagens iniciam o mover

Aquela senhorinha de rosto severo só ouvia a jovem loira. Contava mentalente o atraso da convidada. Apesar de bem calma, a sua nora mudava de jeito quando o assunto era família, em especial a irmã caçula.

—Não importa o que diga, Afrodite Kroveland, eu afirmo que sua irmã está mais segura naquela escola que na melhor unidade nossa.

—Segura? Nem eu, nem meu pai e nem a Yomi acreditamos em “reforma mal feita”.  Um ginásio quase caiu sobre a cabeça da Morgana e alunos escutara uma explosão!

—Como eu disse, o que houve foi um extremo acaso. Mas tem a mesma teimosia de seu pai.

—Senhora Amélia. – ia retrucar quando a porta bateu. Com um aceno, viu a sogra acenar para um guarda.

Afrodite ficou surpresa ao olhar que estava ali, a mulher elegante com longos cabelos castanhos, num terninho grafite. Amélia pediu que o guarda se retirasse.

—Desculpe a demora, meu ultimo compromisso atrasou além de minhas expectativas.

—Espera. – iniciou a loira. – Você é Saori Kido...! A dona da escola...

Saori olhou para Afrodite e deu um sorriso gentil e então para a senhora de idade.

—Senhora Kroveland, ela é a nora que citou?

—Exatamente. Afrodite, o que for dito aqui deverá ficar aqui. Nada de contar para seu pai e nem para Yomi.

—Mas...!

—Ao seu tempo eles saberão. Sente-se, senhorita Kido. O papo será longo, eu imagino. – Amélia pegou umas pastas e entregou a nora. – Aqui, o que tanto sua madrasta e Mika Hans buscam ao tentar quebrar os firewalls.

A loira pegou a pasta e foi lendo cada folha. A cada nova folha os olhos claros iam se arregalando, olhando incrédula ora para a sogra e ora para Saori Kido.

—Senhorita Kido, mas eles... Isso não é possível! Onde achou eles...?!

—Em meu Santuário, na Grécia. Kroveland... Eu sou a deusa Atena. – respondeu calmamente a empresária divina.

=============================================================================

Kanon fora colocado em um quarto especial na mansão, no subsolo. Era selado para que que o ex-marina não pudesse usar seu cosmo. Estaria ali para pensar no que fizera. E por raro milagre, ele de fato estava pensando na situação.

O cosmo de Maise vibrava de forma triste, deprimida, desesperada. Ela não metiu em seu depoimento. E havia medo quando o homem chegara. E também hematomas.

Havia ainda os hematomas.

“Ela é realmente uma vítima pedindo socorro?”

Falar consigo mesmo não era exatamente divertido quando mais se precisava de respostas. De todo modo, ele não teria mais como fazer algo... Ele quebrara toda e qualquer possibilidade de uma aproximação amigável, mas mesmo que fosse possível, ele não conseguiria.

“Eu não sou gentil como o Saga”.

=============================================================================

A rotina era retomada poucos dias após a confusão. A queda do ginásio era o assunto do momento. Como Saga previra, Maise não voltou com os demais para o encerramento oficial das aulas de verão. E ele notara que o irmão realmente tinha colocado a mão na consciência ao olhar seus olhos na véspera a noite.

—Está pensando em algo complicado, Onassis-san? – Marie lhe fazia companhia no almoço sobre uma das ameixeiras do terreno.

—Deveras.  – murmurou o loiro seguido de um suspiro. – A vida ás vezes é complicada demais.

—Sim, é sim.

Saga notou a ruiva desviar o olhar dele para o próprio obento, voltando a comer timidamente. Nesse tempo de amizade que ambos desenvolveram, ele obviamente nunca falara nada sobre seu passado, mas ela também não. Era quase como um pacto mudo e intuitivo. Aquela era a primeira demonstração pesarosa por parte da compatriota.

Ele considerou não tentar investigar, voltando a comer seu obento. Decidiu desviar do assunto para desfazer o estranho clima.

—O que acha de ver os fogos?

A reação dela foi estranha. Notou os ombros enrijecidos, uma tensão. A pele oliva querendo empalidecer.

—Marie...?

Ela o olhou e ele notou por alguns segundos, pavor. E ele conhecia o pavor das vítimas daquela entidade maligna que se apossou dele. Marie voltou a olhar a própria comida e pareceu aliviar a tensão num disfarce.

—O som é estridente. Não gosto de fogos.

Foi uma resposta seca demais para ela.

—Tudo bem, desculpa. – ele imaginou que não era o que ela dizia e sim trauma. – Eu levo um balde de sorvete e vemos algum filme, e um ajudando o outro nas lições de verão, o que acha?

—Sim, pode ser... Mas e seu irmão?

—Ele tá de castigo. E ele é folgado demais, iriam bagunçar tudo.

—Estou preocupada com Maise. Está muda...

Saga sentiu uma luz vermelha se acender dentro de si. Havia algo estranho.

=============================================================================

—Como está a investigação?

—Estou quase descobrindo a localização, madame.

—Está demorando muito.

—Peço perdão, mas seria mais fácil se aquele moleque de cicatriz ajudasse.

—A missão dele é outra. Concentre-se na sua. – Uma mulher sedutora e madura sai do trono que sentava mostrando sua forma. – E seja rápida. Uma das cascas está quase no ponto e não podemos contar com a principal.

—Sim, minha senhora.

=============================================================================

Maise estava isolada no que deveria ser uma grande sala de estoque. Estava com muitos ferimentos. Após chegar da festa, ela viveu dias de terror e seu coração quase se afundou em mágoas por completo.

Mas a lembrança dos momentos felizes da família lhe dava forças. Os ensinamentos de bondade da mãe que se espelhava no misterioso herói gigante e gentil ainda tinham boas raízes em seu coração.

“Só mais um pouco, logo eu serei livre... Preciso aguentar só mais um pouco”.

=============================================================================

Shion olhava as estrelas do observatório da mansão. Não era tão límpido como em Star Hill, mas era o suficiente. Sentiu seu coração pedir por isso naquela madrugada.

“Esse eixo da estrela está estranho. É como se o mundo conspirasse ao mal... Nunca vi algo assim mesmo nas duas vésperas de guerra santa!” – pensou consigo, angustiado.

Atena já havia partido no final daquela tarde. Iria ligar tão logo o fuso se mostrasse amistoso ao novo local que a deusa partira. Olhou o pomar, Shura estava com a moça de trajes nepaleses. Era contra as regras, mas soubera do passado da garota e após tantas coisas ruins que o espanhol vivera, ele não quis repreendê-lo por receber visitas “ilegais”.

“Estou ficando mole”. – pensou desviando o olhar. Em seus pensamentos veio o rosto de Tsuki, não compreendia como ele, tão experiente, estava apaixonado por aquela garota. Mas aí logo veio a imagem de Aiolos e uma pontada de sentimento amargo surgiu ao lembrar que os dois eram do mesmo clube e estavam criando uma complicidade. – “O que estou pensando? Milo só falta berrar que Aiolos gosta da outra menina que é da banda!”

Voltou a olhar o “casal” abaixo. Sentiu certa inveja. Ele sequer conseguiu se aproximar de sua paixão.

“Eu sou um velho tolo!”

=============================================================================

Mesmo com a escola de férias, alguns clubes mantinham-se ativos. Incluso teatro e moda.

Afrodite estava todo todo. Havia sido encubido de anotar as medidas do elenco e seu talento criativo também o tornara o designer da nova peça que seria encenada no outono.

Mas seu sorriso de felicidade desfez ao notar que o primeiro membro do clube de teatro era justamente “ele”.  Trajado com camiseta e calça simples para facilitar aos ensaios, até como mendigo ele era resplandecente!

—Bom dia. – a voz do príncipe rosado soou um tanto séria. Os eventos da quadra ainda haviam desgastado o emocional de muitos.

—Você logo cedo...

—Pra você também, Friederich. – suspirou. – O clube de moda mandou mesmo você!

—Gosto de cuidar pessoalmente de meus serviços. Profissionalismo, só isso.

Haruka sentou-se a borda do palquinho.

—Logo os demais vão chegar, se quiser esperar...

—Oh, já começo com você. – disse abrindo o caderno – Preciso que fique só de cueca. – Ao notar que o outro travara arqueou uma sobrancelha. – Qual o problema, veio todo machão na festa e agora arrega? Estamos entre homens, relaxe, você é feio demais pro meu gosto.

A bem verdade que ela estava um tanto irritada aquela altura. Toda a confusão em sua mente que Afrodite causava ao trata-la bem como mulher e mal como homem, o estresse do acidente, as estranhas vinheiras de rosas... Ela bem que ligou aquele “foda-se” e se despiu.

Cada peça tirada deixava Afrodite tons mais pálidos. Ele não acreditava nisso.

—VOCÊ É UMA MULHER?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Desculpem a demora!



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Graad Gakkou - INTERATIVA" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.