CAPÍTULO XVI

POV Caroline

Eu estava passando uns dias ao lado de Stefan. Conversamos sobre nossa discursão, pedimos desculpas um para o outro e resolvemos passar uns dias juntos.

– Stefan, você ainda não me disse o que realmente sentes por mim.

– Care, eu...

– Sei que é difícil, mas eu preciso saber.

– Eu sinto algo diferente por você, algo especial, posso ter demorado pra entender, mas eu entendi, sei que estou me apaixonando por você. – Ao ouvir, encarei-o firmemente e senti meus olhos se encherem de lágrimas. Não sabia por que fiquei daquele jeito, senti uma felicidade enorme, mas senti também um medo.

– Stefan, eu só queria...

– Caroline, não diga nada, não se culpe.

– Eu só queria poder não magoar nem você nem Niklaus. Até parece que a história se repete pra você, só que eu não sou Elena, nem Klaus é seu irmão, mas eu queria poder ficar com os dois. Quando eu fiquei com Klaus você não me julgar, Tyler, mesmo a gente estando separados, ele me atacou como se eu devesse satisfações a ele. Sei que Klaus fez coisas horríveis, matou a mãe dele, mas eu não me sentia culpada por transar com ele, eu estava sozinha, senti algo por ele que não podia revelar e quando pude eu fiz. E você, Stefan Salvatore, sempre meu amigo, não me julgou, mesmo sabendo que fiz amor com o monstro que todos temiam.

– Caroline, você não é culpada por não conseguir mandar em seus sentimentos. Todos nós matamos alguém algum dia, certo que não como Klaus, mas você não era culpada de nada.

– É errado sentir algo por ele? É errado querer vocês dois perto de mim?

– Care, vamos sair um pouco tá? Depois falamos mais sobre tudo isso. O que queres fazer?

– Não sei.

– Já sei. Venha comigo. – O segui, ele subiu na moto e eu logo em seguida também. Estávamos felizes, mesmo com toda essa minha confusão, pude me divertir com esses dias ao lado de Stefan, não esperava ser assim. Até por momentos esqueci-me da saudade que Klaus causava por sua ausência, mas por instantes também pensei em ligá-lo.

– Chegamos. – Era um lugar lindo, uma casa perto do rio onde tinha um jardim que não se comparava a nenhum que eu já tinha visto.

– Nossa Stefan! Que lindo.

– Eu sempre venho aqui quando quero sair da realidade louca que vivemos. Adoro ouvir o som dos pássaros, a água do rio correndo, os pequenos animais que aqui habitam.

– Mas e essa casinha?

– Nunca entrei, parece que está abandonada, pois toda vez que venho nunca vi ninguém.

– Vamos entrar?

– Claro. – Abri a porta da casa e fui entrando e dizendo:

– Olá? Tem alguém ai? – Não obtive resposta, logo presumi que realmente não morava ninguém ali.

– Caroline, está ouvindo isso?

– O que? – Usei minha audição de vampira, então pude ouvir um som de uma cadeira se balançando, que parecia vir da parte de cima da casa. – Deve ser o vento Stefan. Ou uma alma. – Nos olhamos e começamos a rir. Mas outro barulho começou no mesmo local, como se tivesse alguém andando lá encima. Comecei a ficar com medo.

– Caroline? Tem alguma coisa ali, uma sombra. – Meu medo só aumentou quando Stefan disse aquilo, eu não queria olhar algo dizia para não fazê-lo, mas não resisti. Aproximei-me de Stefan que estava perto do primeiro degrau da escada, quando pude ver, era uma sombra de um homem que estava com uma estaca.

– Stefan, ele está com uma estaca. Vamos sair daqui, por favor.

– Sim, vamos. – Stefan foi à minha frente, antes mesmo de eu conseguir sair, a porta se fechou e eu fiquei lá dentro, Stefan já estava do lado de fora.

– Socorro, Stefan! – Comecei a gritar desesperada, pois não conseguia abrir.

– Caroline! – Pude o ouvir gritando meu nome e batendo na porta. – Se afaste, vou derrubar a porta.

– Certo. – Eu estava apavorada. Vi algo se aproximar de mim, uma sombra, não conseguia ver o rosto daquele homem, estava tudo escuro, ele se aproximava mais enquanto Stefan tentava derrubar aquela porta.

– Stefan, socorro! – Gritei mais forte quando fechei os olhos e esperei pelo pior.

Eu acordei, estava deitada em minha cama, então conclui que consegui sair daquele pesadelo. Eu senti uma dor no pescoço. Não me lembrei de nada depois que fechei os olhos naquele momento assustador, sei que sou vampira, mas não sou completamente imortal e fiquei apavorada.

– Olá amor. Está bem?

– Oi, estou sim. E você Stefan? Aconteceu algo com você?

– Não, eu estou bem, consegui lhe salvar a tempo, quer dizer, quase a tempo. Quando derrubei a porta você estava caída no chão, com certeza aquele homem quebrou seu pescoço, mas não pude vê-lo, acho que ele fugiu logo quando viu a porta caindo. Mas por que ele estava atrás de você?

– Não sei. Não consegui vê-lo também.

– Pareceu-me estranho ele querer somente você, estava com uma estaca, sabia da existência de vampiros. Mas, as vezes que fui ali, nunca tinha visto nenhum homem.

– Então, como ele estava ali? Por que não ti atacou também?

– Não sei Care, mas nunca mais deixarei você atrás de mim. – Demos uma risada desconcertada e ele se aproximou de mim, com um leve toque no meu rosto ele me beija e tudo parecia ter sumido.