CAPÍTULO XII

POV Caroline

Estávamos tomando café da manhã, Klaus tinha acabado de tomar banho, eu percebi uma diferença no humor dele, mas era quase imperceptível. Ele estava mais pensativo, resolvi perguntar.

– Tudo bem?

–... Oi? Desculpe-me. Está tudo bem sim, melhor impossível. – Ele demorou um pouco para me responder, mas quando respondeu ele beijou-me como se quisesse mudar de assunto. – E você amor, está melhor?

– Sim, com você aqui, tudo melhora. – Ele sorriu e olhou para mim com um olhar tão perfeito, como se eu pudesse tirar meu anel no sol que e eu podia confiar que ele estaria lá para me salvar, um olhar que me transmitia segurança total. Então imaginei que fosse só delírio meu, ou ele estava preocupado com a filha dele. – Olha Klaus, eu agradeço por você ter vindo, mas sei que tem muitas coisas que precisas resolver em Nova Orleans, tem sua família, sua filha e seu império todo.

– Estou bem Carol. Lá em Nova Orleans está tudo sob controle do Elijah, pelo menos eu espero. Hoje que eu falei com ele. – Mesmo ele dizendo que estava bem ainda parecia incomodado com alguma coisa.

– Mas... - Houve uma pausa naquele momento e eu pensei no que falar, não queria parecer insistente. – Você não estar incomodado com a vinda do Stefan aqui e sobre o nosso beijo não?

– Não Carol, eu devia estar pronto para saber do que houve entre você e Stefan, porém saber daquela forma foi estranho, mas está tudo bem. A propósito, eu não preciso saber e nem quero, mas vocês fizeram...

– Não Klaus. – Eu falei envergonhada. – Não quero falar dele. Será que podemos continuar nosso lanche somente nós?

– Me desculpe, eu só... Caroline.

– Sim. – Falei distraída com a comida, mas logo voltei a prestar atenção.

– Estou lhe esperando ansioso em Nova Orleans. – Aquilo foi tão lindo, o olhar dele mostrava toda a paixão, a maneira como ele disse as palavras foi tão doce. Eu estava quase decidida do que queria, mas ainda não podia dizê-lo.

Elena chegou à minha casa, estava pouco animada, pelo menos na minha frente ela demonstrava não estar tão bem, talvez seja pelo fato do meu luto.

– Olá Caroline, olá Klaus.

– Oi Elena. – Klaus respondeu. Nós estávamos no sofá deitados e conversando sobre Hope.

– Olá Elena.

– Bem, vejo que você está bem melhor. Stefan me disse que Klaus estava aqui.

– Pois é Stefan veio aqui mesmo. – Eu disse com uma reprovação desse fato, Elena percebera que a visita dele não foi agradável, mas também não perguntou nada.

– Eu vim aqui te entregar o convite para a festa à fantasia de Wihtmore, sei que não é um bom momento para festas, mas eles pediram para ti entregar.

– Tudo bem. Obrigada.

– Tenho que ir, prometi que ia ajudar a organizar e você está em boas mãos, então não precisa de mim. – Nós demos um sorriso, enquanto Klaus sorria sentindo-se honrado. – Amanhã apareço, caso você resolva ir... Tá. Idiotice a minha, mas será hoje a partir de 19h00min.

– Certo. Obrigada

– Tchau.

– Tchau Elena. – Eu estava de férias, não tinha ido em Wihtomore desde o começo das férias, eu não estava realmente no clima de festas a fantasia, mas estava bem melhor com Klaus.

– Querida, você sabe que não precisa ir. – Ele me viu olhando para o convite, pensativa.

– Eu sei, só acho que não seria ruim. Se eu for, irei muito fúnebre, mas sexy. – Deu um sorrisinho pra ele e uma piscadinha.

– Talvez você não precise de mais nada para ser sexy, só seja você. – Ele falou com tom insinuante.

– Klaus. Não será estranho eu ir logo após a morte de minha mãe? Eu sei que estou de luto, mas também sei que ela iria dizer para eu continuar se pudesse.

– Caroline você sabe o que você passou e sabe como se senti, então somente você pode dizer se está pronta para sair. – Ele foi tão compreensivo e amigo. – Se quiseres iriei com você.

– Existe algo mais perfeito? – Então o abracei e beijei.

Resolvi ir, eu estava escolhendo o vestido que eu iria. Então encontrei um preto longo, justo, com rendas nas costas, aberto de lado até o joelho e um pouco sensual por causa do decote, porém discreto. Não era uma fantasia, ou poderia ser o que eu estava vivendo, luto. No momento em que vesti para experimentar pensei mais um pouco se seria errado aquilo. Mas decidi que iria e vou mesmo. Klaus estava me esperando do lado de fora da loja, pedi que ele não entrasse porque seria surpresa. Paguei e fui saindo da loja, antes de sair vi que Klaus estava olhando para as mãos, atento, como se estivesse lendo algo. Tentei ver o que era, mas não consegui. Então sai.

– Pronto. – Notei que ele se assustou e guardou rapidamente algum papel no bolso.

– Ótimo, vamos.

– O que você estava fazendo?

– Nada, só estava falando com Elijah.

– E como estão as coisas em Nova Orleans?

– Ele disse que está tudo bem. Por enquanto.

Já era quase noite, eu estava quase pronta e Klaus também. Estávamos em Mystic Falls ainda. Terminei de me arrumar e desci.

– Nossa, que linda. – Ele estava impressionado com minha “produção”, confesso que não me esforcei muito, mas estavam realmente bonito todas as combinações de acessórios com a roupa. – Que honra acompanhar essa uma dama da sensualidade e beleza que enfeitiça os olhos de qualquer ser.

– Nossa que exagero. Obrigada. – Eu disse lisonjeada com todos aqueles elogios.

– Você está perfeito meu amor.

– Você também está perfeito. – E estava mesmo, Klaus sempre sensual com seu jeito e seu corpo, aquilo me deixava louca. Confesso que me esqueço do luto com ele, de qualquer maneira.

– Vamos, já são 17h40min. Temos que sair logo.

Entramos no carro e fomos. Estava tudo tão escuro na estrada, mas logo chegamos a Wihtomore. A festa estava ótima, a decoração perfeita. Elena estava na porta recepcionando junto com outro aluno.

– C-A-R-O-L-I-N-E?

– ELENA! – Falei indo abraçá-la.

– Você veio mesmo. Está verdadeiramente melhor, não é?

– Pode ser.

– Você está linda.

– Você também.

– Boa Noite Klaus. Entrem. – Klaus respondeu e entramos, fomos andando, eu fui explicando para ele como era Wihtmore. As pessoas passavam e olhavam para mim como se eu fosse uma estranha, mostravam expressões de admiração. Stefan estava perto do bar, quando olhou para mim e Klaus admirando-se mais do que todas as pessoas presentes.

– Caroline? – Percebi, nos seus lábios, ele pronunciando meu nome. Klaus percebeu que eu olhava para ele.

– Caroline. Preciso falar com você. – Ele me disse com um tom sério. Mas algo que eu não esperava aconteceu. Alguém me puxa pela cintura e diz:

– Eu também preciso, até mais que esse ai.

– ENZO? – Admirada eu fiquei. O que ele estava fazendo ali e o que ele queria falar comigo? Não tive tempo nem de pensar, quando olhei Klaus tinha sumido com Enzo.