Namoro falso? Será? escrita por Maah Santos


Capítulo 22
A mensagem do desconhecido


Notas iniciais do capítulo

Oii gente
Sei que demorei pra postar, mas fiquei tentando durante a semana toda, mas nunca conseguia terminar, enfim...
Ai vai mais um, espero que gostem



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– Docinho, vamos começar com a nossa diversão – fala Andrew me puxando pela cintura e descendo a mão para minha bunda e para as minhas coxas

– Me solta! – continuo gritando inutilmente

Ele me empurra até uma parede e começa a passar a mão por todo o meu corpo. A cada toque, a repulsa que sinto é ainda maior.

– Por favor, me solta – continuo falando mesmo sendo inútil

– Fique quieta, docinho – ele fala por que eu fico me debatendo pra tentar sair – Ou vai ser pior – ele ameaça, mas eu não paro – Ok então

Vejo ele levantar a mão pra me dar um tapa. Penso em como isso vai doer e de repente minha vida toda passa na minha cabeça como se fosse um filme até quando ele me dá um tapa MUITO forte no rosto que faz meus olhos lacrimejarem, mas eu não quero chorar na frente desse desgraçado, então o olho com meu pior olhar de ódio.

Então ele tenta me beijar só que eu continuo lutando, o que faz ele me dar outro tapa. Esse ficará a marca. Ele tenta colocar a mão dele dentro do meu biquíni, mas novamente eu fico me debatendo e ele me dá um soco na barriga, o que faz eu quase vomitar, mas permaneço firme.

– Eu avisei – ele fala e tenta de novo, só que eu vou lutar até o fim. Quando ele levanta o braço pra me dar outro soco, fecho os olhos, mas o soco não vem. Abro os olhos novamente e percebo que alguém o deteve e vejo que esse alguém é Peeta, que dá um murro tão forte no Andrew que ele cai no chão, sem nem conseguir se defender, estava surpreso. Em seguida, Peeta vai lá e sem nem dó e piedade, bate a cabeça dele na parede que ele estava me prensando. Ele desmaia na hora e olho pro Peeta que está com um olhar frio.

– Katniss... – ele fala e me abraça. Eu agora deixo algumas lágrimas caírem, mas logo paro e olho pro Peeta

– Ainda bem que... eu quase... – tento formular uma frase, mas não consigo

– Calma, calma – ele fala e me abraça outra vez

Depois ele olha pro Andrew caído no chão e fala:

– Vem, vamos sair daqui

Nós voltamos pra área da piscina e ele pega um copo de água pra mim no quiosque, que vou tomando aos poucos.

– Você quer ir embora? – ele pergunta e eu assinto com a cabeça

– Mas... e a Prim e o Dylan? Eu... não quero que eles saibam o que aconteceu – falo com a cabeça baixa

– Tudo bem, eu peço pro meu pai leva-los – ele fala – Ele... chegou a te bater?

– Me deu dois tapas no rosto – falo e de repente sinto vontade de chorar de novo. Duas lágrimas escapam

– Ei... calma – Peeta fala – Vem, vamos embora – ele fala e me dá a mão, me ajudando a me levantar, mas então coloca seu braço em torno da minha cintura.

Andamos até as espreguiçadeiras onde Vivian, Elizabeth e o pai do Peeta estão deitados.

– Ah, você encontrou-a – fala o pai dele e de repente comecei a sentir medo dele. E se ele quiser fazer alguma coisa comigo? Não, ele não seria capaz.

– Pai, a gente vai embora. Leva a Prim e o Dylan depois, por favor? – fala Peeta, sério

– Mas vocês já vão? Nem entraram na piscina – pergunta Elizabeth com falsidade

– Já sim – Peeta fala – Tchal gente

Sem esperar mais nada, saímos de lá e vamos em direção aos vestiários.

– Eu só vou me trocar e nos encontramos aqui fora – ele fala e de repente sinto medo de ficar sozinha. E se o Andrew aparecer aqui de novo? E se tiver alguém lá dentro e...

– Peeta! Eu não quero ficar sozinha – falo

– Calma, Kat. Nada vai te acontecer, tem bastante gente ai no vestiário e eu prometo que se eu ouvir alguma coisa eu saio correndo e venho aqui – ele promete e relutante eu entro no vestiário

POV´S PEETA

Eu entro no vestiário masculino e vou direto pro armário pegar minhas coisas e depois entro numa cabine e tomo um rápido banho de agua fria.

Eu to com muita raiva do Andrew. Com tanta raiva que se eu tivesse ficado lá mais um pouco eu podia ter feito uma besteira.

Como ele pôde fazer isso logo com a minha namorada? (não é oficial, mas ele não sabia disso)

Meu pai tinha me mostrado um folheto de um novo restaurante que tinham inaugurado no clube e tava dando a ideia da gente ir lá a noite. O ambiente parecia ser legal por que parecia meio praiano.

Quando vi que a Katniss não estava mais lá, procurei nas piscinas, mas vendo que não a encontrava, saí da área da piscina e fui pra uma parte mais deserta onde encontrei a Kat quase levando um soco.

Me troquei rápido, não queria deixar a Kat esperando. Então começo a arrumar minha mochila.

Coloco minha mochila nas costas e saio do vestiário. Fico em frente ao vestiário feminino esperando a Katniss sair e após uns cinco minutos, ela sai com uma calça jeans, uma camiseta e a mochila pendurada nas costas.

– Deixa que eu levo – falo e pego a mochila dela e começo a levar as duas e quando estávamos guardando as coisas no carro, ouvimos alguém nos chamar:

– Peeta! Katniss!

Quando olhamos é o meu pai correndo até nós.

– O que quer? – pergunto bem direto

– Podemos conversar? – meu pai fala – Qual o motivo dessa saída repentina? Eu to preocupado. Aconteceu alguma coisa?

– É... eu posso esclarecer tudo depois, mas em outra hora, em outro lugar – Kat fala e eu me surpreendo pela coragem dela de contar

– Pode ser hoje a noite? – meu pai pergunta, cauteloso

– Pode sim – Kat afirma e ela tenta parecer firme, mas posso ver seus olhos um pouco marejados

– Ok, hoje a noite eu passo na sua casa pra gente ir a um restaurante – meu pai fala e nós concordamos – Então, tchal Katniss e tchal filho

– Tchal pai – me despeço

– Tchal senhor Mellark – Kat se despede e ele vai embora

Entramos no carro e começo o caminho pra casa dela. O trajeto é silencioso, ninguém ousava pronunciar uma palavra. Quando chegamos é que percebo que ela estava chorando silenciosamente. Eu nada falo e pego as mochilas e a sigo pra dentro de casa.

Subimos pro quarto dela e eu ponho as mochilas em um canto qualquer e vou até ela. Sem dizer nada, a abraço enquanto ela chora no meu ombro. Sei que palavras não ajudariam em nada agora. Ela está em choque. Vou afagando o cabelo dela e posso ver que isso vai acalmando-a um pouco. Vê-la assim me deixa triste, me dá vontade de protege-la

Eu nem sei quanto tempo havia passado, só sei que ela finalmente consegue cessar o choro, mas continua abraçada a mim.

– Você quer me contar o que aconteceu, detalhadamente? – pergunto. As vezes, desabafar pode ser um bom remédio

– Quero – ela finalmente fala. Eu a conduzo para a cama e me sento encostado na parte do encosto da cama e a trago para mim, fazendo exatamente o que fiz na prisão, com ela encostando a cabeça em meu peito e eu colocando meus braços em torno de sua cintura. Queria que ela se sentisse segura. Então esperei ela começar a contar.

– Quando seu pai te chamou pra ver o folheto, eu tava quase morrendo desidratada, então fui no quiosque pegar um suco. Logo após eu ter sentado no balcão, seu tio tava se aproximando e veio falar comigo, se sentando do meu lado. Primeiro ele começou falando que você tinha sorte. Pra não ser mal-educada, agradeci e já tava saindo quando ele começou a falar que eu era atraente e que gostaria de sair comigo. Quando olhei pra ele, incrédula, ele falou que eu só tava com você por dinheiro, mas que ele tinha muito dinheiro também e que podia me proporcionar tudo que eu quisesse. Quando me levantei, falando que não era desse tipo de pessoa e me virei pra ir embora, ele me puxou e começou a me levar pra aquela área deserta do clube e começou a passar a mão em mim e tentar me agarrar. Foi horrivel – Kat fala e eu fico com mais raiva dele ouvindo tudo detalhadamente

– Ele chegou a te bater? – pergunto, pois eu tinha chegado na hora em que ele estava prestes a dar um soco nela. Eu to me contorcendo de raiva

– Sim – ela admite e sinto meu sangue ferver – Me deu dois tapas e estava prestes a dar o segundo soco quando você chegou. E eu não sei o que ia ser de mim se você não tivesse chegado

– Aquele desgraçado! Eu vou por ele na cadeia! – falo me exaltando

– Calma. Eu nem sei se vou denunciá-lo – ela fala e eu fico incrédulo

– O que? Por que? Ele merece ir preso! – falo

– Peeta – ela fala se virando pra mim – Você sabe muito bem que ele é rico e nunca vai ficar preso. O máximo podem ser algumas horas na cela e se eu denuncia-lo ele vai vir atrás de mim

– Não, Kat. Ele não vai vir porque eu não vou deixar – eu falo a abraçando. Eu não vou deixar esse idiota chegar perto da minha Katniss de novo. E quem disse que ela é sua? – minha consciência me lembra. Mas independente disso, eu vou protege-la até o fim.

Ficamos um tempo abraçados com ela com a cabeça enterrada no meu peito e eu estava me sentindo mal por ela. Odeio ver a Katniss assim e depois de hoje... eu estou tendo um conflito interno entre ficar aqui sem fazer nada e tentar esquecer o que aconteceu ou ir lá e acabar com o Andrew. De alguma forma eu quero acabar com ele. Por mais que eu tente, acho que não vou conseguir esquecer o que ele fez com a Katniss. Eu sinto que é meu dever mantê-la segura e protegida.

Depois de um tempo, Katniss acaba cochilando nos meus braços e eu fico pensando no que vou fazer. De braços cruzados eu não vou ficar enquanto aquele canalha anda solto por ai.

Então penso. Denunciá-lo na justiça realmente não vai dar em nada. E ele pode vir atrás da Katniss e eu não quero isso, com certeza não.

Estava nesses pensamentos quando eles vão para outro lugar. O roubo. A ameaça. Por que eu pensei nisso? Eu realmente não sei, mas de alguma forma, penso em uma pessoa que poderia estar envolvida nisso e em como quero pegá-la. Mas ficar em hipóteses e suposições não serve para colocar bandidos na cadeia.

Fico tentando pensar em algo nos dois casos: do Andrew e do roubo quando sinto minhas pálpebras irem se fechando e a inconsciência me levando.

Me assusto quando começo a ouvir um barulho e algo vibrando quando percebo que tinha cochilado e meu celular estava tocando. Percebo também que Katniss ainda dormia com a cabeça no meu peito.

Atendo o telefone e vejo que era meu pai

Ligação on:

Alô? – falo

– Alo, Peeta? – meu pai fala

– Pode falar – falo

– Ah, só liguei pra avisar que daqui a uma hora mais ou menos eu estarei passando ai pra irmos a um novo restaurante que abriu. É de frutos do mar – meu pai explica

– Ah, claro. Estaremos prontos – falo

– Então tchal. Era só isso – meu pai se despede

– Tchal – falo e desligo

Ligação off

Agora eu tinha que chamar a Katniss, mas quando eu fui vê-la, estava dormindo ainda e eu não sei se teria coragem de acorda-la. Estava tão linda...

– Kat! – consigo reunir forças pra chamá-la após a observar dormindo

Ela só resmunga alguma coisa bem baixa, mas não acorda totalmente.

– Kat – chamo novamente, só que dessa vez, eu dou um beijo na bochecha dela e afago o cabelo dela – Kat

– O que? – ela pergunta sonolenta, parecendo um pouco irritada por ter que acordar

– Desculpa te acordar, mas meu pai ligou falando que daqui a uma hora, ele vai passar aqui pra nos buscar. Iremos num restaurante de frutos do mar – falo

– Ah é... – ela parece se lembrar – Vou tomar banho então

Ela fala e se levanta, pega alguma roupa, toalha e se dirige pro banheiro. Eu decido me levantar também e vou até minha mochila e pego uma roupa qualquer.

Após uns vinte minutos, Kat abre a porta do quarto secando o cabelo dela com uma toalha.

– Pode ir – ela fala e eu me dirijo pro banheiro

Durante o banho, tento relaxar, mas começo a lembrar do imbecil do Andrew e do ataque. De uma coisa tenho certeza: eles já devem saber do nosso plano do próximo ataque. Com certeza eles serão mais cautelosos, pra dar menos pistas. Então, como pegá-los?

Quanto ao caso do Andrew, decidi uma coisa: vou esperar pra ver o que o meu pai vai dizer sobre isso. Pode não ser uma boa ideia eu ir lá e tentar fazer alguma coisa contra ele sozinho. Terei apoio do meu pai, que com certeza não ficará de braços cruzados nessa situação

Termino o meu banho, me troco e volto pro quarto. Katniss estava sentada na cama, terminando de pentear o cabelo. Noto a roupa que usava. Era um pouco diferente da que eu estava acostumado a vê-la: era um vestido florido com uma sandália combinando. Estava linda.

–Kat... você está muito bonita – falo e vejo que ela cora

– O-obrigada – ela fala gaguejando um pouco – Mas então, seu pai já ta vindo?

– Já sim. Inclusive acho melhor nós já descermos para quando ele chegar irmos mais rápido – falo

– Ok, vamos descer – ela fala e se levanta

Nós descemos as escadas e ficamos esperando o meu pai chegar, sentados no sofá.

– Kat, quero te fazer uma pergunta – falo enquanto ela me encara confusa

– Pode fazer – ela fala

– Por que teve coragem de falar pro meu pai o que aconteceu? – pergunto receoso de sua resposta

– Não sei direito... só achei que ele tinha o direito de saber já que está hospedado na casa daquele canalha. Acho que queria alertar o seu pai. Não sei o por que, mas acho o correto a se fazer – ela fala – Com quantas garotas ele já deve ter feito isso?

Quando eu ia responder, ouvimos a campainha tocando. Deve ser o meu pai. Levantamos do sofá e vamos até a porta. Meu pai estava parado com um semblante preocupado.

O cumprimentamos e saímos da casa da Katniss e vamos pro carro do meu pai. Ele não está com o motorista hoje, por causa do roubo e tudo ele dispensou todos os empregados de seus serviços.

Ele vai pro banco do motorista e acho que estanhou, mas eu fui pro banco de trás. Queria ir com a Katniss, segurando a mão dela, para lhe dar apoio.

Entramos e durante o trajeto inteiro, eu agarrei a mão da Katniss e tentei passar apoio a ela. Não sei por que, mas quando nossas mãos estavam juntas, senti uma corrente elétrica no meu corpo.

Chegamos ao restaurante e vejo que estava um pouco lotado, por ser uma inauguração. Era um bonito ambiente, com várias mesas no restaurante e um tipo terraço com mais mesas, quase todas preenchidas pelos clientes. A pedido do meu pai, um garçom nos guia até as mesas do espaço de fora.

Nos sentamos e fazemos os pedidos. Katniss e eu pedimos lagosta e meu pai pede cavaquinha grelhada ao molho de escargot. Como acompanhamento, acabamos pedindo vinho tinto. Noto que durante o pedido, Katniss estava trêmula. O porque eu não sei, mas log que o garçom saiu, ela melhorou. Estranho.

– Mas então, Katniss... pode começar quando quiser – meu pai fala, visivelmente curioso, enquanto provava um pouco da entrada do restaurante: grelhados de frutos do mar com algum tipo de salada.

POV´S KATNISS

Estava um pouco nervosa de falar que quase fui violentada e acho que o Peeta tinha percebido minha inquietação quando o garçom veio pegar os pedidos. Ele tinha encostado um pouco em mim e só dele ter feito isso já me senti desprotegida. Seria assim agora? Será que quase todas as presenças masculinas, tirando o Peeta, que chegassem perto de mim eu ficaria com medo?

Peeta percebeu que eu estava um pouco tensa e iniciou um dialogo com o pai sobre algum assunto que não prestei atenção.

Quando o jantar chegou e o garçom se retirou novamente, senti que era o momento certo.

– Bem... senhor Mellark, eu conto agora o que aconteceu – falo

– Fique a vontade – ele fala e decido começar. Sinto a mão do Peeta segurar a minha embaixo da mesa e fico um pouco mais tranquila

– Quando o senhor chamou o Peeta pra falar com ele, eu decidi ir até o quiosque tomar um suco – começo meu relato – Quando eu já ia retornar, o Andrew apareceu e... e começou a dar em cima de mim, falando que tinha gostado de mim e que podia me dar o que eu quisesse. Quando eu tentei sair de lá, ele me segurou e me puxou pra um lugar mais deserto e começou a tentar me agarrar a força – eu falo e vejo o senhor Mellark parar de comer e ficar vermelho de raiva.

– Desgraçado! Canalha! Mentiroso! – ele começa a falar em um tom um pouco alto, o que faz algumas pessoas olharem pra mesa – Não acredito que ele teve coragem de fazer isso! Ah, mas ele vai ver... Mas me diga uma coisa: ele chegou a te agredir?

– Sim – falo e ele começa a ficar mais nervoso ainda. Também sinto a mão do Peeta apertar com mais força a minha. Ele ficou nervoso nas duas vezes que ouviu o relato – Ele me deu dois tapas e um soco. E estava prestes a dar o segundo quando o Peeta chegou

– Foi você que deixou ele desmaiado então – o senhor Mellark fala – Depois que vocês foram embora, sua tia ficou procurando ele e o achamos caído e desmaiado. Ele teve que ir até pro hospital e teve que fazer uns três pontos

– Nossa – Peeta fala, mas está sorrindo – Desculpa gente, mas não consigo ficar ressentido

– Filho, odeio incentivar a brigas, mas devo dizer que... foi bem feito – o pai dele fala e eu começo a ficar com medo. Mentira, eu to bem pra caramba. Odeio ficar feliz quando alguém está sofrendo ou está na pior, mas com o Andrew é inevitável

– Mas e ai? Vocês já fizeram o B.O? – pergunta o pai dele

– Na verdade, não vamos fazer – Peeta explica

– Por que?! – pergunta surpreso

– Porque eu estou com medo... – falo – Ele pode vir atrás de mim

– Mas ele ficaria preso – o Sr. Mellark fala

– Não. Não ficaria – eu falo e ele me olha confuso – Ele é rico, tem dinheiro de sobra. Mesmo que eu o denuncie ele não vai ficar preso e se ficar vai ser no máximo algumas horas. E principalmente por que eu sou pobre. Ele viria atrás de mim e eu tenho minha irmã e minha mãe ainda está internada!

– Mas eu poderia processá-lo e contrataria um advogado – ele fala

– É, Katniss. Poderíamos vencer e coloca-lo na cadeia – Peeta fala

– Gente, mas não sei se ia dar certo – falo

– Mas por que não, amor? – pergunta Peeta

– Porque como eu disse, eu não sou rica, não tenho uma vida garantida. Ele com certeza ia dar um jeito pra me prejudicar – falo

– Eu te garanto que vamos conseguir – Sr. Mellark assegura

– É, amor. Vai dar certo – Peeta fala

– Não sei... – falo. Não estou muito segura disso. Mas só de lembrar o que ele fez comigo... – Quer saber? Vamos sim. Nós vamos denuncia-lo

– Ótimo. Vamos amanhã na delegacia – o pai do Peeta fala

Depois disso, terminamos o jantar conversando sobre o processo e o Sr. Mellark já estava falando de quem ia contratar como advogado. Por fim, quando acabamos, ainda pedimos sobremesa: um tipo de bolinho recheado com um picolé mergulhado no recheio. Delicioso.

Depois que terminamos tudo, pagamos a conta. Ou melhor, o senhor Mellak paga a conta alegando que foi ele quem nos chamou então ele pagaria tudo.

Voltamos pro carro e o pai do Peeta nos deixa em minha casa.

– Tchal gente. Obrigada por ter coragem de me contar, Katniss. Agora eu vou ir pra um hotel, por que na casa daquele canalha eu não fico mais nenhuma noite – ele se despede e vai embora. Peeta e eu entramos em casa então.

POV´S NARRADORA

Sr. Mellark dirigia a toda velocidade indo pra casa da cunhada. Aquele relato o deixara furioso. E Andrew ainda iria ouvir muito dele. Como ele pôde? Quase violentou a namorada de seu filho!

Foi passando em semáforos com sinal vermelho, ultrapassou a velocidade permitida, mas tudo o que queria era chegar logo.

Quando chegou na mansão da cunhada, estacionou o carro na rua e desceu ainda furioso. Por mais que fosse contra a violência, desejava poder dar um soco seguido por uma sequencia de murros em Andrew.

Entrou na casa e encontrou a esposa sentada no sofá junto com a irmã conversando de alguma futilidade.

– Querido! Que bom que chegou, estávamos falando agora de... – Vivian começa, mas ele a corta:

– Onde está o Andrew? – pergunta furioso

– Está no escritório dele – responde Elizabeth

– Você está bem? – pergunta Vivian, mas ele não ouve, pois sobe as escadas da mansão e vai direto pro escritório de Andrew. Entra sem cerimonia nenhuma e bate a porta. Andrew que agora estava fazendo alguma coisa no computador, quase pula de susto

– Aconteceu alguma coisa? – pergunta Andrew

– Como você pôde, seu canalha? – grita Mellark furioso

– Como eu pude o que? – pergunta um pouco confuso. Não achava que teriam contado pra ele sobre a garota

– Seu desgraçado. Quase violentou a na namorada do meu filho!

– O que? – pergunta descrente que tenham lhe contado.

– Eu sei de tudo, não precisa tentar esconder! – brada Mellark

– Ela te contou isso? – pergunta Andrew se levantando e ficando irritado

– Não – ele mente – Foi o meu filho que depois de pressioná-lo muito, ele contou que você tentou estuprar a menina e ainda bateu nela. Seu covarde! Como você pôde fazer isso? Ela é só uma garota!

– Só uma garota? O senhor não enxerga? – fala Andrew – Ela não é só uma garota. É uma mulher.

– Ela só tem dezesseis anos – Mellark fala

– Mas não aparenta mesmo. Vai me dizer que o senhor nunca olhou pro corpo dela? – pergunta Andrew querendo que Mellark fique atordoado – Nunca reparou naquelas pernas? Ou naquele par de seios enormes? Ela é muito gostosa e não sei como ela fica com aquele seu filho idiota. Poderia conseguir coisa melhor...

– Exijo mais respeito para referir-se aos dois. E quem seria melhor pra ela? Você? O idiota que tentou abusá-la ?– Mellark fala debochado

– Você está em minha casa, não tem o direito de ficar me xingando – Andrew fala. Ele já estava na frente de Mellark, os dois de punhos cerrados, prontos pra brigarem, se necessário.

– Vai falar de direitos agora? – Mellark fala – E você não tinha o direito de tentar abusar a Katniss, que é a namorada do meu filho. E pode se despreocupar por que aqui eu não passo mais nenhuma noite. A próxima vez que eu for te ver, será na cadeia

– Você não vai me denunciar – ele fala para Mellark com se tivesse falando numa boa

– É claro que vou. E vou ter o prazer de ir te visitar – Mellark fala irônico

– Não. Não vai. Porque se você me denunciar, eu não vou ficar preso, talvez eu pague algum tipo de indenização, mas isso não é problema. Mas fique sabendo que se você me denunciar e eu tiver essa dor de cabeça toda, quando eu estiver livre de novo, eu vou até a garota de novo e termino o que eu comecei – ele ameaça

– Não vai mesmo. Enquanto eu estiver aqui, você não vai – Mellark fala, ficando um pouco mais irritado

– Não vou, é? E como você pretende protege-los? – pergunta debochado – Que eu saiba, a garota não é rica para pagar guarda-costas. Ela não tem pai e a mãe dela está internada, o que a deixa com uma irmã sozinha em casa. Você pode tentar protege-la, mas quem garante que estará segura? Então você a leva pra ficar um tempo em sua casa, mas ela já foi roubada não é? O que impediria dela ser roubada novamente? Mas dessa vez acho que seriam levados outro tipo de componentes

Mellark não se conteve e deu um soco bem no olho de Andrew e começou a briga. Depois de cinco minutos, mais ou menos, os dois estão sendo separados por empregados da casa, que ouviram a movimentação e foram verificar o que tinha acontecido.

Vivian e Elizabeth entraram na sala, as duas furiosas ao verem os maridos sangrando e machucados. Para elas, os dois pareciam duas crianças.

– Andrew! – Elizabeth caminha até o marido e começa a brigar com ele enquanto Vivian faz o mesmo com Mellark

– Você ficou louco! Como vocês dois puderam brigar como dois adolescentes?! – bradava Vivian

No fim da discussão, Mellark pediu para Vivian arrumar as malas, pois eles iriam embora.

Com as malas arrumadas, Vivian se despediu da irmã e foi pro carro onde o marido já a aguardava. Andrew, que já tinha três pontos na cabeça, agora ganhara um novo hematoma, mas dessa vez no olho.

– E para onde iremos? – pergunta Vivian quando entrou no carro

– Ainda não sei, mas na casa daquele canalha eu não fico mais – fala o senhor Mellark e em seguida dirige para um hotel bem famoso, a pedido da esposa. Esperava ter vagas, se não tivesse, não teriam para onde ir.

POV´S PEETA

Depois que meu pai nos deixou na casa da Kat, ela logo foi tomar um banho para ir dormir. Enquanto esperava, verifiquei Prim e Dylan que estavam no quarto dela. Tinham chegado não fazia muito tempo, parecia que haviam ido no cinema ou algo assim.

Logo depois que a Katniss saiu do banheiro, eu logo fui tomar o meu banho e me troquei rápido. Estava cansado.

Fui pro quarto da Katniss e ela já estava deitada, apenas me esperando. Eu apago a luz do quarto e me deito ao lado dela e como sempre, a envolvo nos meus braços.

– Boa noite, amor – falo naturalmente. Já estou tão acostumado a chama-la assim em publico que as vezes deixo escapar

– Boa noite, Peet – ela diz e eu dou um beijo no topo na cabeça dela e em minutos depois sou levado à inconsciência.

Começo a sentir algo tremer e cada vez mais forte e... acabo despertando. Percebo que meu celular tremia, tinha esquecido de coloca-lo no criado mudo.

Constato que ainda eram três da manhã e o escuro e o silencio dominava a casa. Meu celular havia tremido por eu ter recebido alguma mensagem. Estranho.

Quando vou ver de quem era a mensagem, percebo que era de numero desconhecido. Ao ler a mensagem, tenho a certeza de que alguém está me observando e um sentimento de medo me atinge.


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Notas finais do capítulo

Então??
De quem será a mensagem e do que fala??
Espero que tenham gostado, vou tentar postar o próximo o mais rápido o possivel
Bjsss
Maah Santos