Depois de meia hora, conseguimos andar vinte metros. Pois é, a situação está feia. Vários motoristas buzinando, um stress.

Não aguento mais, então saio do carro e começo a cantar what the hell, dançar e subir nos carros divando. Vou até o começo do transito, pego um carro e...

Eu queria ter feito isso. Mas como minha vida não pode ser um clipe, ou hight school musical, me contentei em colocar uma musica no carro mesmo.

Depois por algum milagre, o transito começa a melhorar e já começamos a andar 50 metros em meia hora! Um avanço significativo e... que dorga. Nunca vamos conseguir chegar na balada se o ritmo continuar assim.

– Assim nunca vamos conseguir ir buscar o Dylan a tempo... o que ele deve estar fazendo? – fala Peeta preocupado – O Josh que levou ele, com certeza...

– Calma ai, Peet. Vamos conseguir – tento tranquiliza-lo

– É, além do mais, o Josh ta lá com ele – Gale fala

– Por isso mesmo! – fala Peeta ficando mais preocupado

– Não exagera, Peeta – fala Gale – Eu acho que...

Quando ele ia terminar, o transito repentinamente melhora e começamos a andar e aos poucos vamos conseguindo vencer o transito. Quando chegamos lá na frente, após mais meia hora de sofrimento, vi que havia tido um acidente e por isso o engarrafamento todo.

– Uhuuuu!! Conseguimos!! – comemoro levantando as mãos

– É, agora vem a parte difícil – fala Peeta

– Qual? – pergunto

– Achar o Dylan no meio de uma multidão – Peeta fala parando no estacionamento da balada que dava pra perceber que estava lotada

– Puts... ferrou – Gale fala encarando a balada e o tamanho dela

– Vamos tentar e conseguir – falo tentando animar o povo

– Quanto mais cedo começarmos, mais rápido terminamos – Peeta fala

– É. Vamos logo – falo e nós saímos do carro.

Nos dirigimos a entrada e compramos o bilhete. O guarda nem olhou nossas identidades para nos deixar passar.

Finalmente entramos na balada e eu tava me perguntando se aquilo era uma balada ou um bordel. Mulheres parcialmente nuas em cimas de mesas dançando poly dance. Olho pro Peeta e o Gale e eles estão vidrados.

– Peeta! – falo dando um tapa bem forte no braço dele

– Ai! Foi mal – ele fala

– Vem, vamos tentar achar o Dylan – falo colocando a mão sobre os olhos dele – Não é bom você ver as coisas daqui

– E como vamos achar o Dylan comigo sem ver nada – ele fala e eu tiro a mão

– Mas não quero você olhando pra nenhuma piriguete – falo

– Ta bom – ele fala

A balada está lotada, várias luzes e pessoas dançando a musica alta. Na sua maioria, bêbadas.

POV´S PEETA

Rodamos a balada em busca do Dylan, mas não o achávamos. Ele me paga.

A balada era animada até demais pro meu gosto. Todo mundo ou dançava loucamente, ou jazia caído em algum canto com uma bebida em mãos.

Eu tava com o braço em torno da cintura da Katniss. Pra não me perder dela e para tentar espantar um monte de caras que estavam olhando pra ela. Eles estavam olhando-a como se fosse um pedaço de carne.

Nós havíamos nos separado do Gale para tentar achar o Dylan mais rápido. Ele estava com uma foto do Dylan. E adivinha onde essa foto estava? No meu celular. Então estávamos rodando a balada em busca de um garoto e o Gale ainda estava com o meu celular numa balada com bastante gente mal-encarada, parecendo da barra pesada.

– Uou. Gata, eu não sou café, mas posso te fazer ficar acordada a noite inteira – aparece um cara dando em cima da Kat

– Idiota – ela fala irritada

– Cara, você não ta vendo que ela ta acompanhada? – falo já quase indo pra cima dele

– Peet, calma ai... Não vamos arrumar briga com essa gente – Katniss fala só pra mim escutar. Realmente, esse cara era mal-encarado e agora que eu tinha percebido que tinha uma turma atrás dele, também de gente mal-encarada – Vem, vamos tentar achar o Dylan – ela termina de falar e me puxa pra outro lugar.

– Aquele cara é um babaca – falo ainda irritado

– Calma ai, Peeta. Você sabe que aqui só tem gente assim – ela fala

– Vamos procurar o Dylan... de novo – falo encerrando o assunto. Quando ela ia falar algo, vemos uma aglomeração no meio da pista de dança e várias pessoas gritavam: Briga!

– Vamos ver se o Dylan ta lá! – Kat grita pra mim e eu assinto.

Mas do jeito que essa aglomeração tá, não vamos conseguir enxergar...

Nos aproximamos da multidão de gente e realmente não conseguíamos enxergar.

– Kat! Sobe nas minhas costas! – grito pra ela, pra ela escutar. A gritaria está grande.

– Como?! – ela pergunta/grita não acreditando

– Vai dar pra você enxergar melhor! – eu grito de volta

– Ta bom! – ela concorda e eu me abaixo. Ela sobe nas minhas costas e eu me levanto. Ela não é pesada, então não é difícil carregá-la.

– Ta vendo alguma coisa? – pergunto e ela esta olhando fixamente pra briga

– Você não vai acreditar! – ela fala e eu fico confuso – Quem está na briga é o Josh! E o Dylan está lá torcendo por ele!

– Eu vou tentar ir lá pra... – falo pra ela quando sou interrompido por alguém:

– Policia!

Quando gritam isso e as sirenes começam a ser ouvidas, todo mundo começa a correr. Jogos vorazes aqui.

Quando a Katniss ia fazer menção de descer das minhas costas, a impeço e começo a correr com ela nas minhas costas. Se eu deixar ela no chão, é provável que nós nos separemos.

Corro a toda velocidade pras portas dos fundos, ao contrário da multidão que estava indo pela frente. Meu pensamento é em correr e não deixar a Katniss cair.

Consigo sair da balada pelas portas dos fundos e ir pro estacionamento. Acho o meu carro e coloco a Katniss no chão e entramos correndo. Saio a uma velocidade máxima do estacionamento torcendo pros policiais não me verem e nos prenderem.

Saio entrando em qualquer rua, a uma velocidade bem rápida, desviando de carros e transeuntes. Paro em uma bem deserta e breco com tudo. Cara, me senti nos velozes e furiosos agora.

– Ufa! – exclamo aliviado

– Essa foi por pouco... a gente quase foi preso! De novo – ela fala e começamos a rir. Não sei se era de alegria ou alivio, mas estávamos rindo do mesmo jeito.

– Puts... O Dylan e o Gale! – falo me lembrando deles. Será que conseguiram escapar?

– Vixi... é mesmo – ela fala preocupada – Vamos pra casa do Gale. De repente o Gale alcançou o Dylan e eles foram pra lá

Sem mais alternativas, voltamos pra casa de Gale. Porém, dessa vez, não havia trânsito, o que eu agradeci mentalmente.

Assim que entramos pela porta da frente da casa dele, com esperanças de o vermos lá, vemos Jo falando no telefone com uma expressão séria. Esse é o problema: Jo nunca está séria.

– Tá bom... eu peço pro Peeta ir... ele acabou de chegar... ok, tchal – ela fala e desliga e nos olha – Gente... o Gale foi preso

– O que?! – exclamo. Então ele não conseguiu escapar.

POV´S KATNISS

A ultima coisa que eu esperava era que o Gale fosse preso. Ele sempre pareceu correr bem. Até demais pra alguém conseguir prendê-lo.

Na hora da correria, enquanto Peeta me obrigou, praticamente, a ficar em suas costas, tentei achar o Dylan ou o Gale, mas não consegui. Em partes por causa da confusão e por que o Peeta estava correndo tanto que nem parecia que ele estava carregando alguém. Eu estava com medo de cair, mas ele me segurou bem forte. Como ele fez isso? Não sei. Só sei que ele correu como se a vida dele dependesse disso. E praticamente dependia mesmo. Nós não poderíamos ser presos DE NOVO. Ainda mais agora, que o Peeta ta la em casa e os pais dele na casa da tia dele.

– Eu vou lá buscar ele – Peeta fala – Qual é a delegacia?

– Eu não contei tudo – Jo interrompe – O seu irmão, Peeta

– O que tem ele? – pergunta Peeta ficando preocupado

– Ele também foi preso – fala Jo – Ele esta lá junto com o Gale

– Espera. Qual? O Dylan ou o Josh? - pergunto

– Não sei... não deu pro Gale falar – fala Jo

– Bem, de qualquer forma, nós vamos lá buscar os dois – fala Peeta

– E eu, novamente, vou ficar de fora de toda a ação de novo – resmunga Jo

– Onde a Prim está? – pergunto

– Tá com o Rory na garagem – Jo fala, despreocupada

– Se eles estão bem, acho melhor irmos logo tentar tirar o Gale e o meu irmão da cadeia – Peeta fala

– Como vão tirá-los? Estão com dinheiro? – pergunta Jo

– Eu tenho um talão de cheques no carro... eu acho – Peeta fala

– Bem, vamos logo - eu falo e voltamos pro carro – E lá vamos nós

Peeta sabia onde ficava a delegacia, então não coloca o endereço que Jo nos passou no GPS e vai direto.

Meia hora depois chegamos na delegacia e entramos. Tinha um delegado de plantão que nos ajudou a chegar até a sala onde estava a cela de Gale e o irmão de Peeta. Entramos na sala, que tinha um ambiente ruim e fedido.

Havia um outro delegado sentado numa mesa, fora da cela, com vários papeis em cima dela e a cela.

– Katniss! Peeta! – alguém fala de dentro da cela e olhamos. Vemos Dylan correndo até as grades – Ainda bem que vieram!

– Dylan! – fala Peeta – Como você foi pra aquela festa? Quem te levou?

– Foi... o Josh – Dylan fala e o Peeta fica com o semblante irritado

– Como ele pode te levar pra aquele lugar? Cheio de gente ruim, com acesso a bebidas e drogas. Sem contar que parecia um bordel – Peeta fala

– Ele que me pediu, irmãozinho – uma voz no fundo da cela fala e o Josh se levanta do canto direito da cela. No lado esquerdo, estava Gale, de pé, com a cabeça baixa. Então Gale estava com os dois irmãos de Peeta.

– Seu irresponsável! O Dylan não tem a sua idade pra você leva-lo nesses lugares, mesmo que ele peça! – Peeta fala irritado. Parece até que ele é o mais velho.

– Não me venha com sermão que você não é meu pai – Josh fala – Então, tira logo o seu amiguinho e o Dylan.

– Delegado, eu quero pagar a fiança deles – Peeta fala se virando pro delegado, ignorando o Josh

– De quais? – o delegado questiona

– Dos três – Peeta fala e o delegado fala a quantia. Peeta assina o cheque e entrega pro delegado. O mesmo caminha até a cela e pega um molho de chaves. Abre a cela e os três saem.

– Valeu! – Dylan agradece a Peeta

Nós saímos da delegacia e Dylan e Gale nos seguem para o carro, mas o Josh ficou parado como se fosse decidir o que fazer.

– Vem, Josh. Eu te levo – fala Peeta, que agora está um pouco menos irritado. Josh, sem alternativas, nos segue para o carro do Peeta também.

Nós entramos no carro novamente, agora com mais três pessoas no banco de trás.

– Eu vou levar o Dylan primeiro porque o pai já deve estar preocupado – Peeta fala, mas Dylan interrompe:

– Na verdade, eu to na casa do Brian, com o Josh – Dylan fala

– O pai deixou? – pergunta Peeta – Você não tinha ido pra casa da tia?

– É, mas eu pedi pro Josh pra me deixar ir com ele lá pra casa do Brian, que é da banda do Josh. Seria melhor do que ficar lá na casa da tia – Dylan explica

– Onde é a casa do Brian, Josh? – pergunta Peeta e ele passa o endereço

O caminho até a casa do tal Brian foi tenso. Um silencio pairava no carro e eu já estava até querendo começar a dançar sapateado pra animar o clima.

Finalmente chegamos na casa, ou mansão, do tal do Brian. Peeta para em frente e Josh e Dylan descem. Peeta também desce e faz menção de eu descer também

– Brigado – Josh fala baixo e caminha pra mansão do amigo

– Peeta... – Dylan olha pra ele com expectativa. É engraçado. Parece um garoto aguardando a sentença do pai. Peeta faz uma cara severa, então Dylan olha pra mim com esperança que eu possa defende-lo.

– Como você sabia que eu tava lá? – pergunta Dylan cauteloso

– Você ligou sem querer pro meu celular e falou algumas coisas sem sentido – fala Peeta – Parecia bêbado

– Não... eu só bebi algumas coisas que o cara do bar falou que tinha... eu fiquei um pouco tonto e devo ter pego meu celular, só que tava sem senha. Dai eu devo ter mexido nos contatos e te ligado... foi sem querer... – ele fala

– Por que você foi pra aquela festa, Dylan? – Peeta pede uma explicação – Você sabe que o Josh não vai pra lugares decentes. Parecem legais, mas sempre dão em encrenca.

– Ah, mas eu não ia ficar aqui sozinho – Dylan fala

– Não era nem pra você ter vindo pra cá – Peeta rebate

– Mas eu não queria ficar la na casa da tia – Dylan fala

– Os pais desse Brian estão ai pelo menos? – Peeta pergunta

– É... – Dylan hesita antes de falar

– Dylan – Peeta fala

– Ok, eles não estão. Só ta eu, o Josh, o Brian e os garotos da banda vieram hoje ensaiar – Dylan fala

– Você não vai ficar aqui – Peeta fala parecendo decidir algo

– Mas o pai deixou – Dylan rebate

– Você quer que o pai fique sabendo? – Peeta pergunta desafiadoramente e ele abaixa a cabeça

– Mas... – ele fala

– Eu só to fazendo isso por seu bem, Dylan. Se tiver outra encrenca, as vezes eu não vou poder te tirar dela – Peeta fala – Eu me preocupo com você. Vou te levar pra casa da tia

– Peeta... – Dylan tenta fazer algo. Então olha pra mim com esperança de novo – Katniss... por favor...

– Peet... se ele chegar lá a essa hora, vão estranhar e perguntar o motivo... então vocês terão que inventar alguma coisa e mentira não é uma boa coisa – falo ajudando o Dylan

– Mas onde ele vai ficar então? Aqui com certeza não é uma boa opção – Peeta fala

– Ele pode ficar lá em casa – falo e Peeta parece pensar

– Tá bom, tá bom – Peeta fala e o Dylan comemora

– Valeu Katniss! – Dylan me agradece

– Então vai logo pegar sua mochila – Peeta fala

– Tá bom. Vem gente – Dylan fala animado e nos puxa pra casa do menino

– Mas Dylan... – Peeta ia protestar, mas Dylan já abriu a porta.

Ele nos puxa pra sala e damos de cara com Josh e a banda dele esparramados no sofá.

– Dylan? – Josh olha interrogativamente pra gente e pede uma explicação ao Dylan

– Eu vou embora – Dylan fala isso e some subindo as escadas, provavelmente pra ir pegar sua mochila

– O que eles estão fazendo aqui? – pergunta com irritação o cara que deu em cima de mim naquele dia do almoço – Mas sem ofensas, gata. Você pode ficar a noite inteira se quiser

– Só vim buscar meu irmão – Peeta fala começando a ficar irritado

– O pai deixou ele ficar comigo – Josh fala

– Mas eu vou levar ele comigo – Peeta fala – A não ser que queira que o pai fique sabendo de hoje

– Fique a vontade – ele fala, derrotado

– Então, gata. Eu perdi meu telefone. Pode me dar o seu? – um outro idiota da banda fala e logo depois começa a rir com os outros. Peeta já está bem rígido ao meu lado. Está começando a ficar bravo.

– Calma ai, Peeta. Relaxa – começo a acalmá-lo

– Gatinha, se dormir já é bom, imagina comigo – fala um outro. Percebo que eles só estão provocando o Peeta, por causa da reação dele no dia do almoço.

– Vamos gente, to pronto – Dylan surge na sala com uma mochila pendurada nas costas e uma caixa nas mãos

– Então você vai mesmo, baixinho? – pergunta um

– Vou, Brian – ele fala e os garotos, incluindo Josh, fazem um toque com ele

– Você vai pra casa da sua namorada? – pergunta o tal Brian e o Dylan cora.

– Vou pra casa da Katniss – ele fala querendo desviar o assunto

– Mas você não disse que ela é irmã da Katniss? – pergunta outro. Hum... interessante

– É cara, e se ela for tão gata quanto a irmã, você ta no lucro – fala outro

– Vamos embora – Dylan muda o assunto

– Vamos – Peeta responde. Isso era o que ele mais queria

– Tchal – falo por educação assim como Peeta. Dylan nem se despede direito e já sai correndo pro carro.

Voltamos pro carro e encontramos um Gale sentado de braços cruzados no banco de trás. É mesmo. Tinha até me esquecido dele, coitado.

– Lembraram que tinha mais alguém aqui? Por um momento achei que fossem me deixar aqui – Gale fala, emburrado

– Foi mal, Gale – falo

– Vamos levar você agora – Peeta completa e vai pra casa do Gale.

Ao chegarmos na casa do Gale, quando entramos, temos uma surpresa: Jo conversando civilizadamente com a mãe do Gale.

– Finalmente minha carona chegou! – Jo exclama quando entramos

– Gale! Querido, como você está? – pergunta a mãe, preocupada indo até o Gale

– Estou bem mãe, eu só... – Gale continua falando com a mãe e eu vou até Jo e pergunto:

– Onde a Prim está?

– Tá la na garagem ainda – Jo responde e eu acho estranho. O que que ela ia estar fazendo na garagem ainda?

Peeta, Dylan e eu vamos pra garagem então, pra chamá-la. Vemos uma cena um tanto inusitada. Prim, dormindo ou cochilando, no ombro do Rory, que também estava cochilando. Olho pro Dylan e ele só falta explodir de tanto ciúme.

– Eu levo ela, pra ela não acordar – Peeta se oferece

– Pode ser – respondo e o Peeta vai até ela e com muito cuidado consegue pegá-la no colo sem encostar muito no Rory, pra não acabar acordando os dois.

Peeta pega a Prim no colo e Dylan e eu vamos atrás dele. Vamos pra dentro da casa e vemos a Jo já perto da porta com a guitarra dela, nos esperando pra ir embora.

Nos despedimos da dona Hazelle (mãe do Gale) e do Gale e vamos pro carro. Peeta coloca a Prim no banco de trás e depois o Dylan e a Jo entram.

– Minha mãe já deve estar enlouquecendo – fala Jo

– Que horas são? – pergunto, mesmo já sabendo que já são mais de meia noite

– Uma hora da manhã – fala lentamente, como se fosse dar uma noticia surpreendente, mas não me surpreende.

– Vou ir rápido então – Peeta fala e começa a dirigir pra casa dela.

– Petniss, vocês topam fazer alguma coisa amanha? – pergunta Jo

– Não sei. Acho que não vai dar - falo

– Por que? – ela pergunta

– Temos duas crianças – falo irônica

– Ah é – ela fala

– Não somos crianças – Dylan reclama

– Tanto faz – Peeta fala – A gente tem que cuidar de vocês

– Caramba! Peeta: o papai responsável – fala Jo e começamos a rir

O caminho se passa com a Jo zoando todo mundo. Ou seja, normal.

– Chegamos! – Peeta anuncia

– Valeu Peeta! Tchal Petniss e tchal irmão do Peeta que eu não lembro o nome – Jo fala e sai do carro correndo

– Ela é meio... – Dylan fala

– Louca? Maluca? Demente? Desequilibrada? – Peeta completa

– Eu ia dizer estranha, mas isso ai também serve – Dylan fala

– Agora vamos pra casa – falo bocejando. To ficando com sono

Peeta pisa fundo no acelerador e por mais um momento na noite, nos sentimos velozes e furiosos.

– Ufa! Chegamos – falo assim que Peeta estaciona o carro

– Por um breve momento, achei que morreríamos, mas ainda bem que chegamos – Dylan comenta

Saímos do carro e quando o Peeta ia pegar a Prim de novo, ela acorda repentinamente.

– Dylan? Peeta? Kat? – ela pergunta confusa

– Você dormiu muito. Depois explico – falo vagamente

Ela se levanta, eu abro a porta de casa e entramos. Ela olha atentamente pra todos nós e de repente grita:

– Eu vou tomar banho primeiro! – ela fala e sai correndo pro andar de cima. Como nós somos todos muito maduros, saímos correndo atrás dela e armamos a maior confusão na porta do banheiro pra ver quem conseguia entrar. Nessa hora, não existe irmão, parente, amizade, não existe nada.

Por fim, não sei como, Prim consegue mesmo entrar primeiro e nos trancar do lado de fora.

– Uhu! Consegui! – ela comemora do outro lado da porta

– Aff. Isso foi injusto – Dylan reclama

– É claro que foi, a Prim pisou no meu pé – Peeta reclama como uma criança

– Vamos aproveitar e arrumar um lugar pro Dylan dormir – falo e o Peeta concorda:

– Ok, eu te ajudo com o colchão

Nós dois vamos pro quarto da minha mãe e pegamos o colchão.

– Agora, onde nós colocamos? - ele pergunta

– Sei lá... na sala? – falo como se fosse uma pergunta

–É, pode ser – Peeta concorda

Já estávamos quase levando o colchão pra sala, quando percebo o frio que estava.

– Nossa, mas com esse frio o Dylan pode ficar doente - falo

– Verdade... mas aonde deixamos o colchão? – Peeta indaga

– Não sei... aqui em cima temos o meu quarto, o da minha mãe e o da... Prim! – falo – Vamos colocar no quarto da Prim

– Será? – Peeta pergunta

– Vai ser melhor do que ele ficar na sala com risco de ficar doente – falo

– Isso é... – ele fala

Por fim levamos o colchão pro quarto da Prim. Acho que ela não vai reclamar.

– Gente, quem é o próximo? – ouço Prim gritar. Ela saiu do chuveiro.

– Dylan, vai você! – Peeta grita

Alguns segundos depois, Prim aparece no quarto com o pijama dela e ouvimos um som de chuveiro sendo ligado. Dylan já entrou no banho.

– O Dylan vai dormir aqui? – pergunta Prim notando o colchão

– Sim, tá muito frio pra ele dormir na sala – falo

– Ah ta – ela fala e deita na cama dela

– Eu to com fome – falo

– Que novidade! – fala Peeta e ele e Prim riem

– Fiquem quietos. Eu não como faz horas, ok? – falo me defendendo

– Tá bom, vamos lá fazer algum lanche – fala Peeta – Acredito que todos estão com fome

Saímos do quarto da Prim e vamos pra cozinha. Acabamos optando por fazer sanduiches, até por que comida faria mal a essa hora. Montamos os sanduiches e foi o tempo do Dylan terminar o banho e ele e Prim descerem pra comer. Super normal comermos quase duas horas da manhã, depois de termos ido buscar o Dylan na balada e depois na cadeia.

Comermos conversando e realmente parecíamos uma família normal. Mas só parecíamos mesmo.

– Agora eu vou tomar banho – declaro assim que termino de comer

– E vocês, crianças, pra cama – fala Peeta

– Falou o adulto – Dylan ironiza

– To indo, papai – Prim ironiza

– É bom mesmo. Dá um beijo de boa noite na bochecha do papai agora – Peeta fala entrando no jogo e nós rimos

– Deixa eu ir logo tomar meu banho – falo e subo de vez

Pego uma roupa no meu quarto e vou pro banheiro. Tomo meu maravilhoso e revigorante banho quentinho, me troco e vou pro meu quarto. Peeta já estava lá, sentado, mexendo no celular.

– Finalmente! Agora eu vou ir tomar banho! – ele exclama, pega sua roupa e sai do quarto, indo pro banho

Decido ir ver como as “crianças” estão e vou pro quarto da Prim. Quando chego lá, a luz está apagada, mas os dois estão conversando.

– Gente, só vim dar boa noite – falo ascendendo a luz e vejo os dois deitados em suas respectivas camas. Ou no caso do Dylan, colchão.

– Boa noite, Kat! – exclama Prim. Eu vou até ela e lhe dou um abraço e um beijo de boa noite.

– Boa noite, Dylan – falo e dou um abraço nele

– Boa noite, Katniss – ele fala

– Tchal gente, durmam bem – falo e saio apagando a luz

Volto pro meu quarto e me deito na cama, esperando o Peeta. Minutos depois ele aparece e se deita ao meu lado.

– Boa noite, Peet – falo

– Boa noite, Kat – ele fala e eu me viro e como sempre ele me envolve com seus braços, nos fazendo dormir de conchinha. E como sempre, não reclamo. É confortável.

Acordo no outro dia um pouco sonolenta ainda. Percebo que o outro lado da cama está vazio. Peeta já se levantou. Decido me levantar também e constato as horas: 10 da manhã! Eita, acordei muito tarde. E ta muito quente hoje, nossa. Ontem a noite tava frio e agora esse calor todo... eu ein... clima bipolar.

Me troco, escovo os dentes e desço pra cozinha. Encontro Peeta terminando de pôr a mesa.

– Bom dia! – ele exclama sorrindo – Já ia lá te chamar

– Acordei muito tarde – falo

– Eu também, faz uma meia hora só – ele fala

– Vamos chamar “as crianças”? – pergunto fazendo aspas com as mãos

– Eu chamo elas – ele fala e sobe.

Dez minutos depois, uma Prim sonolenta e um Dylan com um cabelo todo amassado aparecem na cozinha, seguidos por um Peeta sorridente.

– Eu ainda to com sono – resmunga Prim

– É, mas já esta tarde então vamos tomar café – eu falo e nos sentamos pra tomarmos café

Quando terminamos a refeição, Prim e Dylan somem falando que vão jogar vídeo game do Dylan. Era isso que tava naquela caixa então. A resposta vem depois quando vejo Prim e Dylan jogando. É um Xbox, então os dois estão jogando acho que just dance. Com certeza foi a Prim que deve ter pedido pra jogar esse.

– Bom, eu vou lavar a louça agora – falo terminando de lavar a louça

– Eu te ajudo – Peeta fala

– Mas você já fez o café

– Mas eu vou te ajudar mesmo assim

– Ok então

Eu começo a lavar louça e Peeta a secar, só para quando o celular dele toca. Ele atende e minutos depois volta ao trabalho.

– Desculpa a curiosidade, mas quem era? – pergunto

– Ah, meu pai. Ele queria ver se eu sabia do Dylan e se eu tava bem. Dai eu falei que ele tá aqui comigo e pediu o endereço daqui, pra falar comigo. Estranho – Peeta conta

– Verdade – concordo

Terminamos de arrumar a cozinha e vamos pra sala. Agora vemos Prim e Dylan jogando no controle... perai... eu conheço esse jogo...

– Isso é Indiana Jones de lego? – pergunto

– É – Prim afirma

– Eu quero jogar! – falo

– Eu também – Peeta fala

– No próximo nível vocês jogam – Dylan fala e sentamos no sofá pra esperarmos eles passarem de nível.

– Minha vez agora! – grito assim que eles passam

– Calma ai, Kat – fala Prim e me dá o controle dela. Peeta pega o outro controle e começamos a jogar.

Nós ficamos jogando, jogando cada dupla um nível. Tava legal.

– Cansei – fala Peeta após termos passado mais uma fase

– Também – falo

– Então passa o controle pra gente que a gente quer jogar! – Dylan fala e damos os controles pra eles

– Vou começar a fazer o almoço – Peeta fala

– Mas já? – pergunto

– Já são quase meio dia – ele fala e eu me espanto. O tempo passou rápido.

Vamos pra cozinha e ele começa a cozinhar enquanto eu decido dar uma organizada geral na casa. Subo e começo a fazer o básico: varrer.

Quando já estava em determinado ponto, ouço a campainha sendo tocada. Desço pra ver quem é e me deparo com o senhor Mellark entrando na minha casa. Pelo jeito foi o Peeta que abriu a porta, já que a Prim e o Dylan agora estão jogando no kinect e estão pulando, indo pros lados etc.

– Senhor Mellark! – corro para cumprimenta-lo

– Olá Katniss – ele me cumprimenta com um aperto de mão, do qual retribuo

– Prim, que droga, eu tava quase ganhando! – ouço Dylan gritar e Prim estar comemorando

– Estava. Mas eu disse que era boa nesse – Prim se gabando

– Quero revanche! – Dylan fala

– Pelo jeito o Dylan está bem – Sr. Mellark fala observando a cena juntamente com Peeta e eu

– Gente, tenho que por o almoço no forno – Peeta fala e entra na cozinha, sendo seguido por nós dois

Ele vai pro balcão e pega uma travessa com alguma coisa que não consegui identificar e põe no forno. Então ele se senta na mesa, ao meu lado, com o Sr. Mellark ficando na nossa frente. Quando iriamos começar a falar, ouvimos um estrondo seguido de uma musica bem alta. Deve ser do jogo do videogame.

– Crianças, abaixem o volume! – Peeta grita para irritá-los

– Não somos crianças! – Prim reclama, mas eles abaixam o volume

– Pelo visto estão se virando bem – Sr. Mellark fala com um sorriso

– Mas então, pai... o que queria falar comigo? – pergunta Peeta curioso.

– É que sua mãe teve a ideia de passar a tarde no clube em família, dai eu vim chamar vocês. A sua tia e suas primas também vão – o pai do Peeta fala

– Mas o clube só aceita sócios – Peeta fala – E eu não cheguei a fazer cadastro da vez que fui. Só fui como seu convidado

– Eu sei, mas o dono do clube é meu amigo. Conheci ele numa partida de tênis – O Sr. Mellark fala. Nossa, ficar com a Vivian já não é tão agradável, com a irmã dela então...

– Não sei se é uma boa ideia... – Peeta fala receoso. Acho que assim como eu, ele também não gostou da ideia de uma tarde em família

– Eu sei que você e a Vivian não se dão muito bem, mas vai ser divertido – dessa vez o pai dele fala se referindo a mim

– Pai?! – Dylan aparece na porta da cozinha, surpreso. Do lado dele, estava Prim olhando curiosamente pro pai do Peeta e Dylan

– Oi, filho – o Sr. Mellark cumprimenta o filho – E você deve ser a irmã da Katniss – ele fala se referindo a Prim

– Sou sim... Primrose – Prim se apresenta – Mas pode me chamar de Prim

– Muito prazer, Prim – o pai fala apertando a mão de Prim

– Igualmente – ela retribui sorrindo

– Mas então, o que me dizem? – o Sr. Mellark nos interroga. Eu e Peeta nos olhamos para tentarmos decidir.

– Dizer sobre o que? – pergunta Dylan

– Vim chamar vocês pra ir ao clube e... – o pai dele falou demais

– A gente vai pro clube?! – pergunta/grita Dylan – Legal!

– Ainda não sabemos... – Peeta fala

– Mas por que não? – Dylan pergunta

– Não sei se é uma boa ideia e... – Peeta responde, mas Dylan interrompe:

– Tá brincando?! É uma ótima ideia, tá o maior calor, temos que ir! Piscina ai vou eu! – ele fala e sai correndo da cozinha sendo seguido por Prim, os dois comemorando e gritando pela casa. Eu ein.

– Tudo bem, nós vamos – Peeta fala após nos olharmos apreensivos

– Vai ser legal! – Sr. Mellark fala, animado – Bem, agora eu tenho que ir, tenho que terminar de arrumar as coisas

– Espera ai, pai. Não quer almoçar com a gente? – Peeta pergunta

– É, fica ai. A comida do Peeta é maravilhosa – falo já sonhando com o delicioso prato que terei em mãos em poucos minutos

– Não vou recusar essa oportunidade - ele aceita o convite

– Calma ai que eu só vou tirar do forno – Peeta fala indo até o forno enquanto eu arrumo a mesa.

– Eu só vou chamar o Dylan e a Prim – falo e saio da cozinha. Eles não estão mais na sala, devem estar lá em cima, planejando o que vão fazer ou sei lá...

Bato na porta de Prim antes de entrar. Fiquei meio traumatizada daquele dia... ok, eu sou exagerada, mas é melhor prevenir.

– Entra! – Prim fala de dentro do quarto

– Gente, venham, o almoço está pronto – falo colocando minha cabeça pra dentro do quarto

– Oba! – comemora Prim, mas logo em seguida, parece vacilar e completa: Espera... foi você que cozinhou?

– Não, foi o Peeta – respondo e ela da um suspiro como se tivesse aliviada

– Graças a Deus – ela fala

– Ei! – protesto – Minha comida não pode ser tão ruim assim!

– Vamos logo ir almoçar – ela fala e sai correndo do quarto com o Dylan em seu encalço

Desço também pois estou morrendo de fome. Chego na cozinha e todos já estão sentados. Me sento no único lugar vago ao lado de Peeta.

Quando vejo o que temos pro almoço, não fico decepcionada, pois é panquecas. E eu AMO panquecas.

Todos nos servimos e começamos a comer. Na minha primeira garfada, já senti aquele gostinho maravilhoso. A comida do Peeta, como sempre, estava divina.

– Nossa, Peeta, isso tá divino – eu elogio

– Ainda bem que gostou, amor – ele fala sorrindo

– É impossível não gostar da sua comida – eu falo comendo mais do prato super mega delicioso

– Realmente. Eu não sabia que cozinhava tão bem, Peeta – Dylan fala admirado

– Acho que vou despedir o cozinheiro e vou mandar o Peeta cozinhar – o Sr. Mellark fala e nós rimos – Filho, isso tá muito bom

– Mas então, que horas vamos pro clube? – pergunta Dylan, ansioso

– Vamos todos nos encontrar na casa da sua tia lá pras duas horas no máximo – fala o pai dele. Considerando que agora são meio dia e meio, teremos tempo de arrumar tudo de boa

– Vai ser legal! – Prim fala

– Vai mesmo. To ansioso pra ir pra piscina – fala Dylan

– Espero que seja mesmo – Peeta fala

– Vai ser – o pai dele fala com garantia

Continuamos conversando sobre o clube e a Prim e o Dylan falando em como será legal. Não estou muito segura disso, principalmente por que a Vivian vai ir.

Depois do almoço, o Sr. Mellark se despede e diz que vai ter que passar na empresa antes de ir pro clube.

– Então vamos arrumar as coisas – falo após a saída do pai de Peeta

– Eu já to indo! – Prim fala e sai correndo pro quarto pra ir arrumar as coisas dela. Eu ein, pra todo lugar que ela vai, ela vai correndo.

Todos nós subimos e vamos arrumar nossas coisas. Pego uma mochila e coloco de tudo: roupa, biquíni, toalha etc...

– Já terminei – Peeta anuncia enquanto eu tentava fechar minha mochila, que estava muito cheia

– Eu to quase – falo fazendo força pra fechar a mochila

– Eu fecho pra você – Peeta fala bem perto do meu ouvido, o que me faz ficar arrepiada

– Brigada – falo e ele pega a mochila e com um mínimo esforço, consegue fecha-la

– Eu levo – ele fala e pega a sua mochila e põe as duas juntas

– Mas não precisa, eu levo e... – falo e ele me corta:

– Precisa sim, tá pesada

– Bem... vamos chamar o Dylan e a Prim – falo e ele concorda

Vamos até o quarto da Prim, que estava com a porta aberta e a Prim colocando um monte de coisas dentro da mochila dela enquanto o Dylan fechava a sua.

– Vamos gente? – pergunto

– Calma ai que agora eu vou fechar a minha mochila – Prim fala e percebo que fechar a mochila dela também não será uma tarefa fácil

– Pronto, agora vamos – Peeta fala assim que ela consegue fechar a mochila dela

Descemos e saímos de casa. Eles estavam colocando as coisas no carro e eu tinha acabado de fechar a porta de casa e fui em direção ao carro. Me senti observada, então notei dona Belizaria nos espiando do outro lado da rua, fingindo conversar com uma outra vizinha. Apesar de saber que estava sendo observada por ela, senti também que não estava sendo observada SÓ por ela. Parecia que tinha mais alguém me seguindo, me observando, me vendo e torcendo pra mim fazer alguma coisa errada. Tenho sentido isso desde o roubo da casa do Peeta. Será que estão nos observando 24 horas por dia mesmo?

– Vamos, amor? – Peeta pergunta me fazendo ficar atenta de novo

– Vamos, claro – falo e entro no carro. Dylan e Prim já estavam lá dentro, então Peeta entra e dá a partida.

Peeta dirige pra casa da tia dele, onde todos vão se encontrar para irem juntos. O por que disso? Eu realmente não sei. No caminho, Peeta, Prim e Dylan vão conversando enquanto eu fico perdida em pensamentos.

Quando chegamos na casa da tia dele (lê-se mansão) e vemos dois carros parados em frente.

Dylan e Prim saem do carro enquanto eu me preparo mentalmente pra encarar Vivian e a família dela. A família do pai do Peeta pelo menos tinha gente legal (a Clove e o bonde), já na família da mãe dele...

– Está tudo bem? – pergunta Peeta gentilmente, sorrindo

– Estou – falo e retribuo o sorriso

– Vamos sair? – ele pergunta e é ai que percebo que ainda estávamos dentro do carro

– Claro – falo e saímos do carro, finalmente

Ele vem e coloca o braço dele em torno da minha cintura e um empregado abre a porta pra nós. A Prim e o Dylan já tinham entrado.

Encontramos o pessoal numa roda, na sala, conversando. Até a Prim estava lá, do lado do Dylan interagindo com o pessoal. Eles devem ter gostado dela. É quase impossível não gostar dela.

– Olha quem chegou! O casal do momento! – fala uma mulher loira. Essa deve ser a irmã da Vivian. Ela com certeza não esta sendo sincera parecendo que gosta de mim.

– Oi tia – Peeta cumprimenta

– Então essa é a Katniss Everdeen. Te vi no jantar, mas não deu pra mim ir te cumprimentar – a loira continua falando sorrindo com falsidade

– Estava muito elegante no jantar, senhorita Everdeen – fala um homem que está ao lado da tia do Peeta. Esse deve ser o marido dela

– Obrigada – falo sorrindo

– Mas então, vamos? – fala Vivian

– Claro, vamos – fala a tia dele e logo fala pra duas meninas que devem ter mais ou menos a idade de Prim para irem embora. Duas gêmeas patricinhas e mimadas. Essas devem ser as primas chatas.

Saímos da mansão de novo e vamos pro carro. Dessa vez dois carros vão na nossa frente, os carros dos pais do Peeta e da tia dele.

Não sei quanto tempo demora, só sei que quando chegamos no clube, parecia que ia derreter de tanto calor.

– O primeiro lugar que eu vou com certeza será a piscina – comenta Dylan

– Também – fala Prim se abanando

POV´S PEETA

Saímos do carro e pegamos as mochilas no porta-malas. Os outros também estão descendo dos carros quando noto que o meu tio está olhando demais pra Katniss, que nesse momento está falando com a Prim sobre não ficar sozinha com estranhos...

– Credo Katniss. Ta parecendo a mamãe – Prim reclama

– Eu to cuidando de você, então tenho que fazer o papel dela né – Kat fala

– Vamos entrar logo, gente – Dylan interfere

Eu pego a minha mochila e a mochila da Katniss e entramos no clube, seguindo minha “adorável” familia.

Vamos pra área dos vestiários e eu dou a mochila da Katniss e entro no vestiário masculino. O Dylan entrou correndo e saiu correndo, louco pra ir pra piscina. Meu pai foi mais devagar e nesse momento estava se trocando numa cabine.

– Peeta – meu tio fala enquanto eu tirava minha camiseta

– Oi? – pergunto confuso

– Parabéns, sua namorada é muito bonita – ele elogia

– Hum...brigado – falo estranhando tudo isso

Ele ia falar mais alguma coisa, mas antes dele ter a chance, eu vou até uma cabine, ponho minha bermuda e depois vou até um armário e guardo minha mochila.

Saio do vestiário, que é do lado do vestiário feminino e espero a Kat sair. Ela sai usando um shorts e o biquíni e meu Deus! Espero que eu não esteja babando. Desvio logo o olhar e vou até ela.

– Vamos pra piscina? – pergunto

– Vamos, mas antes eu preciso achar a Prim e o Dylan. Eles não passaram protetor solar – ela fala e é ai que percebo que ela estava com um protetor na mão

– Eu também ainda não passei – confesso – Tinha esquecido

– Eu também não, vou passar na beira da piscina – ela fala

Então eu e ela vamos andando pra piscina e noto vários olhares masculinos sobre ela. Mas quando os caras me notam, alguns param de olhar, mas outros continuam sem nem disfarçar.

Encontramos minha mãe numa espreguiçadeira ao lado da minha tia, que estava em outra espreguiçadeira. As duas com algum tipo de coquetel na mão.

– Peeta! Katniss! Venham aqui! Vamos tirar uma foto! – convida minha tia que há alguns segundos atrás estava cochichando pra minha mãe

– É mesmo, vamos registrar o momento - fala minha mãe

Sem escolhas, nós dois vamos até elas e tiramos a foto.

– Ficou ótima – fala a tia

– Alguma de vocês viram o Dylan e a Prim? – pergunto pra elas

– Não – minha tia responde

– Ah ta... amor, vamos pra piscina? – pergunto pra Kat

– Perai que eu tenho que passar protetor solar – ela fala e se senta na espreguiçadeira do lado e começa a passar o protetor.

– Quer ajuda pra passar nas costas? – pergunto vendo que ela não tava conseguindo passar

– Quero, brigada – ela fala e me passa o protetor. Eu passo nas costas dela e percebo que ela se arrepiou com o toque

– Bom, agora eu vou passar senão vou ficar torrado – falo quando termino e ela me dá o potinho e se levanta da espreguiçadeira

Estava passando o protetor quando vejo meu tio e meu pai se aproximando.

Meu pai vai falar alguma coisa com a minha mãe enquanto meu tio foca num ponto e fica parado. Quando percebo ele estava olhando pra Katniss fixamente sem nem disfarçar. Ela fica meio embaraçada e minha tia percebe a situação e se forma uma expressão nervosa em seu rosto. Eu não devo estar muito diferente.

– Andrew – minha tia chama pelo marido, mas ele não responde, ainda olhando pra Katniss que nesse momento está olhando pra uma das piscinas tentando achar a Prim. Ou está olhando por que está muito embaraçada com a situação. Então minha tia se levanta e chama de novo – Andrew – ai ela dá um tapa bem forte no braço dele, que finalmente para de olhar pra Katniss

– O que foi, Elizabeth? – pergunta e ela começa a falar alguma coisa pra ele, mas percebo que ele ainda olha pra Katniss pelo canto dos olhos. Até o meu pai e minha mãe já entenderam e ficou tudo meio tenso.

– Katniss, vamos pra piscina – falo como se fosse uma ordem e eu coloco meu braço em volta da cintura dela e vamos caminhando pra piscina mais vazia.

– Caramba, isso me deixou sem graça – ela comenta andando, olhando pros próprios pés

– E me deixou um pouco irritado – admito – e deixou tia Elizabeth com raiva – completo e começamos a rir do nada

– Bem, agora vamos tentar achar a Prim e o Dylan? – ela pergunta

– Ah é. Vamos – falo

POV´S KATNISS

Nossa, o tio do Peeta me olhando daquele jeito me deixou muito sem graça e embaraçada. Principalmente por que a esposa dele estava lá.

Andamos e verificamos todas as cinco piscinas mas não achamos nem a Prim nem o Dylan. Por fim vemos eles de longe, na espreguiçadeira em que estávamos, tomando alguma coisa. Pelo jeito teremos que voltar pra lá.

– Vamos lá, só pra eles passarem o protetor – falo. Não quero ter que aguentar a Prim em casa reclamando que está dolorida.

– Vamos lá – ele concorda

Voltamos pra espreguiçadeira e eles já iam sair correndo de novo, mas eu chamo eles:

– Dylan! Prim! Vocês têm que passar o protetor!

– Ah não, Katniss – reclama Prim

– Ah sim – Kat rebate no mesmo tom – Senão depois vocês vão ficar queimados

– Tá bom, tá bom – Prim fala e começa a passar o protetor e depois dá pro Dylan e assim os dois se previnem de parecerem churrasco depois

– Assim tá bom, mamãe? – pergunta Dylan irônico depois de ter passado o protetor

– Sim, assim tá bom – respondo rindo

– Não vão muito longe sem ter ninguém por perto – Peeta alerta

– Ok, papai – dessa vez é Prim quem fala

– Podemos ir agora? – pergunta Dylan

– Sim, agora podem – fala Peeta e eles saem correndo pra piscina de novo

– Peeta, você pode vir aqui para... – o pai dele chama para ele ver alguma coisa num papel lá e o Peeta vai até o lado dele.

Decido ir pegar um refresco e vou até um tipo de quiosque que tinha ali perto. Estava sentada no balcão, tinha acabado de pedir um suco qualquer quando vejo que o tio do Peeta se aproxima e se senta do meu lado.

Decido ignorá-lo, mas ele não faz o mesmo e começa falando:

– Katniss Everdeen... nossa, o Peeta tem sorte

– Obrigada – falo por educação e já estou quase me virando pra ir embora quando ele segura o meu braço

– Hey, calma ai. Vamos conversar – ele fala

– Não acho que tenhamos algo pra conversar – falo tirando a mão dele do meu braço

– Sim, temos. E eu não quero enrolar e ficar nesses joguinhos. Vamos lá, eu gostei muito de você, é muito atraente

– E?... – pergunto. Não estou gostando dessa conversa não

– Poderíamos sair qualquer dia – ele fala enquanto eu o olho incrédula – Ah, vamos lá. Sei que está com meu sobrinho só por causa de seu dinheiro. Mas eu também tenho muito dinheiro e posso te proporcionar tudo e mais um pouco do que ele te dá...

Eu não falo nada, estou chocada demais pra qualquer reação

– Ah, garota... vamos, podemos nos divertir – ele fala e põe a mão na minha coxa que eu tiro imediatamente e me levanto sem nem mesmo pegar meu suco

– Olha, eu não sou esse tipo de pessoa que você está pensando, então encontre outra pro seu divertimento e outra: não estou com o Peeta por causa do dinheiro dele, então, se me der licença... – falo e já estava me virando pra ir embora quando ele me puxa pra ele de novo

– Ah garota, eu quero você – ele fala enquanto eu tento me soltar dele, só que ele é muito forte. Ele começa a rir do meu esforço – Vamos lá, admita que você quer, facilitará as coisas

– Me solta- fico falando enquanto tento inutilmente me livrar dele

– Não vai por bem? Então vai por mal – ele fala e começa a me puxar pra uma área mais deserta do clube. E o pior: eu não conheço nada, então como o clube é grande, eu posso me perder.

– Me solta! – agora eu grito, mas não há ninguém para me escutar

E agora?