Dramione - I Remember All Too Well (Repostada) escrita por Blank Space


Capítulo 53
Coisas do Tio Blás


Notas iniciais do capítulo

Oiieeee! Tudo bem? Espero que siim :*
Cause all I know is we said hello
And your eyes look like coming home
All I know is a simple name, everything has changed
All I know is we held the door
You'll be mine and I'll be yours
All I know since yesterday is everything has changed
CAPÍTULO DEDICADO Á KATH - Again? Again! - PORQUE ELA É UMA DIVA, PERFEITA MARAVILHOS QUE DEIXOU UMA RECOMENDAÇÃO MARAVILINDA, DIGNA DOS DEUSES PRA MIM E EU ESTOU PIRANDO AINDA COM AS BRINCADEIRAS DE SESSÃO DA TARDE! KKKKKKKKKK TED SWEERAN PORQUE TED SWEERAN É TED SWEERAN! :* E eu estou achando que não vou sobreviver até o fim da temporada O.O do jeito que está indo vocês vão me matar O.O kkkkkkk :* Obrigada por recomendar, favoritar, comentar e acompanhar meus amores! :* Beijooos
PS.: Nem vou falar nada do casamento do Ian porque a gente sabe que não vai durar ¬¬'



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~Pov Hermione

–Como é? –Perguntei.

–A aliança só vai sair quando o amor de vocês dois acabar. –Gina repetiu espantada.

–Mas nós não nos amamos! Eu nem o conheço!

–Isso faz sentido não é? –Luna disse sorrindo. –Lucius conseguiu apagar a memória de vocês, mas não o sentimento. Oh meu Merlin como eu amo esse casal!

–Isso não é fofo e nós não somos um casal! Como posso amar alguém que nem conheço?! –Luna deu de ombros sorrindo.

–O que faremos? Isso tem que sair! Eu não posso continuar casada com ele!

–Como se eu também quisesse continuar casado com você. Nem te conheço e já te acho insuportável. O que eu tinha na cabeça quando te pedi em casamento?

–Deixe de ser metido! A pergunta devia ser: O que eu tinha na cabeça ao aceitar me casar com você! –Ele revirou os olhos e eu bufei. –Tem que ter alguma coisa nesses livros dizendo como tiramos esse anel ou então dizendo como recuperamos nossa memória, porque assim não dá!

–Mione, não querendo te deprimir, mas se você não sabe o que fazer é porque não é possível. Você provavelmente já leu todos os livros daqui e de Hogwarts. –Rony disse.

–Além de chata ainda é ratinha de biblioteca?!

–Melhor ratinha de biblioteca do que fuinha loira!

–PAREM DE BRIGAR VOCÊS DOIS! –Gina gritou nos assustando, fazendo-nos olhar pra ela. –Não querendo ser chata, mas vocês dois tem uma filha juntos. Não acham que devem falar com ela em vez de discutir? –Eu olhei pra ele, que tinha os braços cruzados e em seus olhos uma mistura de preocupação e medo. –Tentem não brigar na frente dela. Annia já está triste o suficiente por achar que vocês dois vão deixá-la sozinha, está achando que vocês não serão mais uma família por saber que não se lembram dela.

–Saibam que a filha de vocês é a mistura perfeita dos dois. Até no jeito.

–Espero que ela não tenha puxado o jeito irritante dele.

–E eu espero que ela não tenha puxado a sua chatice.

Descemos as escadas e fomos até o quarto da minha filha com esse imbecil. Eu me lembrava da casa, sabia exatamente onde estava tudo, mas olhar pra ele não me trazia nada, nenhuma lembrança.

Entramos no quarto e vimos a tal garotinha desenhando, sentada sozinha num canto do quarto, enquanto Alvo, Ronan e James jogavam pedra, papel e tesoura pra decidir quem falaria com ela. A pequena nem reparou que estávamos lá, continuou o que fazia. Nós nos aproximamos dela e nos ajoelhamos ao seu lado. Ela desenhava uma garotinha, apenas ela. Será que estava se desenhando ali sozinha?

–Podemos conversar? –Pedi e ela olhou pra mim, virando-se em seguida para o outro lado e olhando o pai. As crianças nos deixaram sozinhos e ela se levantou. Eu e Malfoy nos sentamos na cama e ela ficou de pé na nossa frente.

Eu aproveitei para olhar direito pra ela. Ela é tão linda! Não sei se foi pelo amor de mãe ou coisa do tipo, mas assim que olhei naqueles olhinhos me senti diferente. Senti que eu tinha algo com o que me preocuparia pelo resto da vida. Foi como uma certeza de que ela é de fato minha filha. E acho que meu “marido” também estava tendo a mesma sensação que eu, já que assim que olhou para a pequena ele abriu um pequeno sorriso bobo.

–Então você deve ser a Annia. –Ele disse e ela assentiu olhando para baixo. –Você é tão linda.

–Obrigada. –Annia murmurou baixinho. –Vieram se despedir?

–Nos despedir? –Perguntei.

–É, vocês não vão ir embora? Se vieram até aqui para se despedir saibam que eu não quero passar por isso. Podem ir. –Ela virou as costas pra nós quando seus olhos se encheram de lágrimas. Aquilo acabou comigo.

–Não viemos aqui nos despedir, viemos aqui conhecer a nossa filha. –O loiro disse e ela se virou nos olhando sem entender.

–Só porque não nos lembramos do que houve não quer dizer que nós vamos deixá-la. Continuamos sendo seus pais, certo? Então ficará conosco pra sempre. –Falei e uma pequena lágrima desceu pela sua bochecha.

–Não vão me deixar sozinha? –Seus olhos brilhavam intensamente, e quando eu olhei para Draco percebi que os dele estavam iguais. Tinham o mesmo brilho do da pequena. Os olhos de ambos eram lindos.

–Nunca. –Ele respondeu e ela nos abraçou ao mesmo tempo.

–Vão se separar? –Ela perguntou ao nos soltar.

–Então, isso é um pouco mais complicado. –Ele disse meio sem jeito de contar aquilo assim.

–Complicado por causa das alianças?

–Como sabe que...

–Vocês gritam alto. –Ela disse me interrompendo.

–Desculpa moreninha. –Malfoy disse e os olhos dela se encheram de lágrimas mais uma vez, logo em seguida ela abriu um sorriso radiante.

–Do que você me chamou?

–Moreninha, por quê? Você não gosta?

–Gosto, gosto muito. É que... –Ela soluçou. –Era assim que você me chamava antes de... –A pequena abaixou a cabeça, nos fazendo entender.

–Okay minha moreninha. –Annia riu quando Malfoy disse pegando-a no colo.

–Posso chamá-los de mãe e pai? –Nós assentimos. –E também posso pedir uma coisa?

–Claro. –Falei segurando sua mão.

–Antes de tirarem as alianças e se separarem, será que vocês podiam pelo menos tentar se lembrar? –Ela olhou pra mim.

–Podemos. –Falamos juntos e ela nos abraçou mais uma vez.

–Mamãe uma vez você me disse que existem alguns livros na biblioteca que falam sobre feitiços da memória. Será que tem alguma coisa neles?

–Vou relê-los meu amor. –Ela sorriu e logo se virou para o pai.

–Como você está? Ainda dói?

–Não, tudo bem. –Ele disse beijando o rosto dela, que pareceu não acreditar. Nem eu estava acreditando.

–Mas você está todo cortado. Tem certeza que não está doendo? –Ela disse erguendo as sobrancelhas e cruzando os bracinhos.

–Estou bem moreninha, é sério. –Meus olhos correm por seus braços e param no lugar onde estava a Marca Negra, que Luna me contou que ele tinha. Lá havia um X enorme, um corte bem fundo.

–O que foi isso? –Falo um pouco preocupada e assustada.

–“Um traidor do sangue como você não merece carregar isso no braço esquerdo”... –Ele disse parecendo estar se lembrando de como aconteceu, mas logo balançou a cabeça, como se para afastar os pensamentos.

–Deve ter alguma poção, algo para melhorar. Eu posso pegar se você quiser.

–Não precisa, eu não quero. Estou bem.

–Acho que estou sobrando aqui então vou tomar sorvete. –Annia me deu um beijo no rosto e depois de fazer o mesmo com ele saiu correndo do quarto, nos deixando ali sozinhos.

–E então o que acha? Nós vamos atrás do tal livro? –Ele perguntou.

–Prometemos isso á ela.

–Então vamos. –Ele se levantou e eu também.

–Ela tem os seus olhos. –Falei e ele deu um sorrisinho, saindo na frente em direção à biblioteca.

*-*

Todos saíram com as crianças para comprar mais sorvete e nos deixaram em casa sozinhos para procurar nos livros algo que pudesse ajudar. Na biblioteca nós fomos em direção às prateleiras, ele atrás de mim.

–Como você não se lembra de nada, tenho que te dizer, eu não sei que tipos de livros têm aqui e muito menos onde ficam. –Ele falou me olhando.

–Tem uma biblioteca em casa e não mexe nela? –Olhei como se ele tivesse cometido um crime. –Você é mais retardado do que eu pensei.

–Você gostava.

–Como sabe que eu gostava? –Peguei um livro preto, grosso e pesado e dei pra ele segurar.

–Se casou comigo não foi? –Ele disse com a sobrancelha levantada e um sorriso divertido, e eu revirei os olhos seguindo para a outra prateleira.

–E como você sabe que eu não estava sobre efeito de Imperio?

–Sabendo. –Peguei mais um livro e dei para que ele segurasse junto ao outro.

–Ótimo argumento o seu. –Ironizei.

–Olha pra mim. –Eu me virei fazendo o que ele pediu. –Eu sou lindo, tenho os olhos azuis acinzentados, onde mais acharia alguém assim?

–Você se acha.

–Eu posso. –Ele disse dando um sorriso de canto. Eu peguei mais um livro e coloquei nas mãos dele. –Quantos livros você vai pegar?!

–Quantos eu achar necessário! –Peguei mais um e coloquei por cima dos outros, esse por pura implicância. –Anda, temos muito que ler! Já acabou.

–Temos?

–Se está achando que eu vou ler sozinha você está muito enganado.

–Ainda por cima é mandona. –Ignorei o comentário e segui para a mesa.

Depois de algumas horas ele simplesmente dormiu em cima dos livros, me deixando sozinha na tarefa de procurar algo que funcionasse. Eu estava no terceiro livro quando finalmente achei alguma coisa.

–Acorda Malfoy... –Chamei sacudindo-o. –Malfoy! Acorda! –Okay, mas foi ele quem pediu. Apontei minha varinha sorrindo. –Aquamenti.

–QUE PORRA É ESSA GRANGER?! –Malfoy gritou se levantando e secando o rosto assustado.

–Você não acordou. –Respondi gargalhando.

–MAS PRECISAVA ME JOGAR ÁGUA?!

–Vamos pular a parte em que você fica nervosinho e ir direto ao que interessa. Achei um nome.

–Nome? –Ele sentou na minha cadeira junto comigo, e eu arredei um pouco para o lado. –Nome de quem?

–Britany Davis. Aconteceu algo parecido com o que houve com nós dois e ela conseguiu sozinha reverter o feitiço.

–Aí fala como ela fez para ter a memória de volta?

–Infelizmente não.

–Maravilha. –Ele deu um sorriso irônico e depois suspirou cansado.

–Tem um endereço. O que acha de ir até lá?

–Todos chegaram? –Eu neguei. –Quando eles chegarem nós vamos.

–Está bem.

–Mas espera aí. –Ele pegou o livro das minhas mãos, olhando-o interessado. –Aqui diz que isso foi em 1961. Acha que ela inda está no mesmo endereço 44 anos depois?!

–Eu sinceramente não tinha pensado nisso. –Ele colocou o livro em cima da mesa, bagunçando os cabelos.

–CHEGAMOS! –Gina apareceu gritando na biblioteca me assustando, o que me fez quase cair da cadeira, por sorte o Malfoy conseguiu me segurar pela cintura, impedindo-me de cair. –Eu por acaso estou interrompendo o momento do casal? –Ela deu um sorriso divertido para nós e levantou a sobrancelha.

–Não é o que parece. –Falei antes que ela pensasse que estávamos juntos.

–Esquece Gina, enquanto não lembrarmos um do outro não vai acontecer nada. –Ele disse me soltando e voltando para sua cadeira.

–Acharam alguma coisa?

–Achamos, mas não adianta nada. –Ele respondeu.

Você acha que não adianta nada, mas pra mim já é um começo.

–Então comece sozinha porque eu sei que não tem nada aí.

–Podemos tentar!

–Em um endereço de 44 anos atrás?!

–Sim!

–DÁ PRA EXPLICAR O QUE VOCÊS ACHARAM?!

–Enquanto esse imprestável estava dormindo – ele revirou os olhos. – eu comecei a ler alguns livros e encontrei um caso parecido com o nosso. O nome da garota é Britany Davis.

–Garota não sei aonde. Só se ela tomou uma poção.

–Enfim, ignore esse idiota ao meu lado. –Falei apontando para o Malfoy. –A fizeram esquecer do marido e ela conseguiu se lembrar. No livro eu encontrei um endereço de onde podemos encontrá-la.

–Que ótimo!

–O problema é que o endereço é de 44 anos atrás, não sabemos se ela ainda vai estar lá. Como no livro diz que ela estava com 43 anos quando aconteceu, se estiver viva terá 87 anos.

–Teremos que torcer para ela estar viva e no mesmo endereço.

–Podemos ir até lá. –Falei me levantando.

–Vocês ficam, nós vamos.

–Por quê? – Malfoy perguntou já de pé.

–Lucius não foi pego ainda, vocês acabaram de acordar depois de 5 dias. Achamos melhor que fiquem em casa.

–Vão nos deixar presos?

–Tenho que trabalhar!

–Não, nós comunicamos ao trabalho de vocês dois e eles concordaram em deixá-los aqui até tudo se resolver. Anote o endereço, nós vamos e vocês ficam aqui com as crianças. Aproveitem para conhecer a Annia melhor.

Fiz o que Gina pediu e assim que ela saiu a pequena apareceu na biblioteca, correndo até mim e pulando em meus braços.

–Como foi? O sorvete estava gostoso? –Perguntei beijando-lhe o rosto.

–Estava. –Ela sorriu. –Eu gosto do de maçã-verde e do de morango. E aqui? Como estavam as coisas?

–Estava tudo bem até ela tentar me afogar.

–Eu não tentei te afogar, você que é um preguiçoso que se assustou com um pouquinho de água.

–Eu preguiçoso? Quase não estou aguentando a mim mesmo! E aquilo não foi “um pouquinho de água”!

–Foi sim!

–Não foi!

–Foi sim!

–Não foi!

–Foi sim!

–Não foi!

–Foi sim!

–Não foi!

–Foi sim!

–Não foi! – Foi quando a pequena deu uma risadinha, nos fazendo dirigir nossa atenção a ela. –O que foi moreninha?

–Coisas do tio Blás.

–O quê? –Perguntei.

–Ele disse que antes de vocês namorarem, vocês brigavam o dia inteiro, e que se estão brigando de novo talvez façam como quando se apaixonaram. Peçam desculpas um pro outro e se resolvam. –Ela sorriu mais uma vez olhando para nós dois. –E eu acho que o tio Blás está certo, porque apesar de vocês brigarem o dia inteiro, ainda se olham do mesmo jeito de quando tudo estava bem.


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Notas finais do capítulo

Mereço recomendações? Dicas? Comentários? Deixem pra mim meus amores :* Beijoooos
#ProtegoTotalum