A Garota Normal escrita por Garota Extraordinária


Capítulo 50
Capítulo 47 - Parte 2


Notas iniciais do capítulo

Desapareci por um tempo, e daqui a algumas semanas provavelmente vou desaparecer de novo. Provas ;-;

~ Garota Extraordinária



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Nesse momento eu estava pensando se iria vir para cá de noite me encontrar com Thomas. Eu sei que não deveria ir, mas admito que gostaria de ficar uns momentos com ele. Talvez até conversar.

– Pensando nele, não é? - Brendon disse com um risinho no rosto.

– Bom, sim. Tento esquecer, mas não adianta.

– Porque não estão mais juntos?

– Porque não nos damos bem. - Dou um risinho seco.

Eu amava Thomas. Entre brigas e beijos nosso amor se destacava e nada nos atrapalhava. Depois de Kalisica e do meu acidente, nossa relação se fragilizou. Infelizmente, acabou.

– Mas vocês ainda se gostam?

– Não tanto quanto antes, mas ainda sim. - Fui completamente sincera.

– Também já passei por isso. Na minha escola eu tinha uma namorada, eu a amava muito. Éramos tipo ''o casal perfeito'', até ela me trair.

Quando ele disse a palavra ''trair'' entendi como ele se sentiu. Me senti usada e uma babaca.

– Você era bom demais para ela. - Eu disse tentando faze-lo se sentir melhor.

– Mas eu era melhor com ela. Ela me dava forças para qualquer coisa. Até que tive que arranjar outra maneira. Aprendendo com a vida.

Fiquei em silêncio. Será que ele tinha razão? Eu poderia aprender a viver sem Thomas. Brendom não é infeliz. Ele foi machucado e vítima de um amor que não deu certo e agora vive a vida dele. Gostaria de ter essa força de vontade de me afastar de Thomas...

– Chegamos. - Eu disse abrindo a porta do Teatro.

– Nossa que enorme! - Ele entrou e eu continuei na porta.

– Você tem que me desculpar, mas eu tenho que fazer uma coisa importantíssima.

– Okay, vá lá. Obrigada Grace. - Ele sorriu.

– Qualquer coisa é só pedir.

– Seu celular? - Ele levantou as sobrancelhas.

Não acreditava no que ele acabara de falar. Não queria ser grossa.

– Tem uma caneta? - Disse me aproximando dele.

– Aqui está. - Ele me entregou.

Puxei sua mão e ele sorriu. Escrevi meu número e o devolvi a caneta com uma piscadinha e risinho.

Foi 'quase' falso.

x.x.x

– Licença professora. A secretária está chamando Karen.

Digo colocando minha cabeça na fresta da porta. A professora deu permissão e Karen veio para a porta dando pulinhos e risinhos.

– Muito obrigada amiga! - Ela me abraçou e beijou minha bochecha.

– Tenho uma coisa para te falar... - Disse com um tom sério.

– O que foi? Você está me assustando. - Ela disse com os olhos arregalados.

– Vou esquecer ele. Não quero sabe dele e não vou encontra-lo hoje. - Digo fechando os olhos 'sem acreditar em uma só palavra' que eu acabara de dizer.

– Como assim? Me explica isso direitinho. - Karen me puxou e fomos sentar em um banco do lado da sala de aula.

– O Brendom... pediu meu celular. - Eu disse.

– MEU DEUS! - Karen deu um grito. De imediato coloquei a mão em sua boca.

– Ei! Para de gritar.

– Como assim ele pediu seu celular? Ele está fim de você! E Thomas? - Ela fez uma cara nervosa. - Amiga e Thomas? Se ele ficar sabendo disso... ele... Ah Meu Deus! Que confusão! Você está certa. O Brendom deve ser gente boa, mas o Thomas é o Thomas né amiga!

– Ah Karen. Você está me deixando ainda mais confusa...

– Você gosta do Brendom?

– Como...? Não! Acabei de conhecer ele.

– Faz sentido. Então esquece ele. Coloque na fila. Vai atrás do Thomas!

– Thomas vacilou muito comigo...

– Eu sei Grace, mas ele te ama tanto. Perdoa vai... deixa de ser ruim...

– Eu amo tanto ele...

– EU SEI! - Ela grita com um sorriso.

– Ah Karen, mesmo assim eu tenho que esquece-lo... não posso ficar com ele.

– Pode sim! Vou chamar ele aqui. Só um minutinho.

Karen se levanta e corre para as escadas. Me desespero e corro atrás dela.

– KAREN SUA DOIDA! NÃO! NÃO! NÃO!

Ela continua correndo e chega na sala 19. Ela para e espera eu chegar bem perto para abrir a porta. Quando ela abre a porta, sai correndo me deixando visível e exposta para toda a turma. Incluindo Thomas. Fico corada e o professor olha para mim.

– Posso ajudar? - Ele me pergunta com uma cara tranquila.

Karen volta e me empurra para dentro da sala, só que agora está com um caderno e uma caneta. Ela entra na sala e fecha a porta. Continuo parada e sem falar nada. Karen me puxa para frente do quadro negro.

– Bom dia gente. - Karen cumprimenta a turma. - Bom, eu e Grace estamos fazendo um projeto.

Vários murmúrios tomaram conta da sala.

– Gente calma! Vou explica melhor. Vamos ainda conversar com o diretor, mas já está tudo certo.

Ela piscou para mim e sua cara dizia ''tive uma ideia maravilhosa''

– Vamos fazer uma barraquinha do beijo!

Eu fiquei olhando para as pessoas fazendo ''uhul'' e assoviando.

– Não é somente para esses tipos de pensamentos pessoal. O dinheiro que recebermos vamos ajudar em uma campanha de crianças com câncer. Não achei ideia melhor. Concordam? Estou aqui em busca de voluntários. Para nos ajudar. Tipo, o suporte da barraquinha do beijo. Estou com alguns nomes aqui: Lia, Claudio, Thomas e Murilo. Poderiam ser nosso suporte?

Quando ela fala o nome dele fico paralisada.

Thomas olha estranho para mim. Eu coro na hora. Decido caminhar até a porta mas Karen me puxa e me faz ficar junto dela.

Quando 'acabamos' de responder as dúvidas saímos da sala com nosso grupo de suporte. É claro que Karen iria querer que Thomas ficasse sempre 'comigo'.

– Grace, você e Thomas poderiam ir falar com o coordenador sobre esse projeto?

Eu olhei para ela, fuzilando seus olhos.

– Não sou boa em convencer. Porque você não vai?

– Porque confio em você! - Ela fez com a boca ''vai lá''

Isso estava ainda mais confuso.

– Posso falar com você um momentinho Ka?

– Agora?

– Agora! Vem logo! - Gritei e a puxei para o corredor. - Você está maluca?

– Estou completamente Lúcida.

– Porque você inventou essa história de ''barraquinha do beijo''?

– Porque eu queria ajudar as crianças da clínica.

– Mentirosa. Você não fez isso por causa das crianças.

– Está dizendo que não tenho coração?

– Exato.

– Ontem vi um filme e fiquei comovida. Me deixe. Mas não foi só por isso. Acontece que estou morrendo de tédio e queria fazer algo 'inovador' aqui na escola. Nada melhor que uma barraquinha de beijo. E também você teria tempo de conversar com Thomas. Juntei minha vontade de ajudar as crianças, meu tédio e minha profissão de cupido. Deu nisso.

– Você não poderia só entrar lá e chamar o Thomas?

– Não teria graça!

– Meu Deus!

Voltamos e o 'suporte' estava ali nos esperando.

– Vai com tudo amiga. - Ela sussurrou para mim

x.x.x


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Notas finais do capítulo

Barraquinha do beijo? Meu Deus kkkk
~ Garota Extraordinária



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