A Garota Normal escrita por Garota Extraordinária


Capítulo 28
Capitulo 26


Notas iniciais do capítulo

Briga! Briga! Briga! XD
~Garota extraordinária.



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Vou até minha janela. Abro devagar. Salto. Agora estou no telhado e desço devagar. Me penduro no cano, meu Deus esse cano não me aguenta. Vou cair! Aguentou! Agora estou no chão. Corro.

A casa de Karen fica á 3 quarteirões. Corro sem parar. Quando eu chego perto da rua dela, coloco o celular no ouvido.

– Karen?

– Oi. - Ela parece mais tranquila quando ouviu minha voz.

– Já estou aqui. Desce.

– Tá pedindo para eu abrir a porta?

– Exatamente.

– Não.

– Abra quando eu mandar.

– Ah Grace!

Eu me aproximo e logo estou atrás dela. Ela nem me viu.

– Posso saber o que você está fazendo aqui vadia? - Essa frase sai como um tiro. Estou com muita raiva, ódio dela. Poderia dar uma surra nela. Não seria má ideia. Ela se vira e dá risada.

– Olha quem chegou. Já imaginava que a mocreia ia chamar a doente.

Ela não disse isso. Não, Grace. Ela disse.

– Eu sou a doente e você a vadia.

– Não me chama assim. - Ela diz se aproximando de mim. Coloco o telefone no ouvido e falo:

– Abre a porta Karen!

Pulo em cima dela. Ela não estava esperando isso. Estou em cima dela. Kaliscia tenta se soltar mais sou forte o bastante. Dou um na cara dela. Um não, vários tapas. Um atrás do outro. Soco a cara dela. E agora o objetivo é o cabelo.

– Você é uma vadia sim! VOCÊ É UMA VADIA QUE AMEAÇOU MEU NAMORADO! VOCÊ MEXEU COM A PESSOA ERRADA.

– ME LARGA!

Não largo. Continuo. Puxo o cabelo dela com tanta força que sai um tufo de cabelo. Eu começo a rir. Ela começa a chorar. É assim que se faz Grace.

– Como eu sonhei com esse dia.

– VAI GRACE! ARREBENTA ELA! - Karen aparece na porta com um sorriso. Como imaginei. Ela está batendo palma.

– VIU! EU TENHO ELA PARA ME AJUDAR!

Ela consegue se livrar. Ela vai para longe de mim.

Quando estou pronta para ir para cima dela de novo. Alguém me chama:

– Grace? - A voz é masculina. Viro para trás. Thomas. Claro, Karen ligou para ele. Ele me viu desse jeito. Com a mão ensanguentada e a cara de ódio. Olha no que eu me transformei por causa dele...

– Karen te chamou?

– Ela ligou para mim. Disse que Kaliscia estava aqui.

– Bom, ela está mansa agora. Se quiser dar uns beijos nela. Fique à vontade.

Digo me afastando dele e correndo até Karen que me recebe com um abraço.

– Obrigada Grace.

– Qualquer coisa é só chamar.

– Admita que você estava doida para dar uma surra nessa vaca.

– Ela mereceu.

Olho para trás e vejo Thomas logo atrás de mim.

– Você está bem?

– Você está perguntando para pessoa errada - Aponto o dedo para o gramado da casa de Karen. Onde está Kaliscia.

– Estou falando da sua mão. - Ele pega minha mão e mostra as feridas.

– Vou sobreviver.- Ele dá um sorriso. Meu Deus onde eu fui me meter.

– Thomas pode levar ela para a casa? Ela não pode ficar no meu gramado.

– Ela vai acordar e sentir tanto medo que vai sair correndo gritando. - Digo e Karen cai na gargalhada.

– Eu não sabia que você era tão durona. - Ele mostra um sorriso torto.

– Então você não me conhecia direito.

– Vamos gente. Entrem. Grace esse machucado na mão vai te trazer problemas.

– Umas mentirinhas não vão fazer mal.

Estramos na casa de Karen. Ela oferece água, que aceito de bom grado. Enquanto ela busca a caixa de primeiros-socorros Thomas senta do meu lado.

– Desculpa. - Ele sussurra. Estamos muito próximos.

– Sinto muito pelo que aconteceu. - Eu digo num tom acolhedor. Ele se afasta.

– Já está sabendo o que aconteceu?

– Sim. Não acredito que você chegou a pensar que eu terminaria com você por causa disso.

Silêncio.

– Bom, não queria arriscar você me odiar.

– Não deu muito certo. - Falo. Ele ri.

– Bom, pelo menos eu tentei. - Ele se aproxima de novo. - Senti sua falta.

Eu me afasto e dou um sorrisinho. Calma Thomas. Acabamos de nos entender.

Karen chega carregando uma maleta:

– Grace eu pediria para que você ficasse aqui comigo mais sei que você saiu escondida.

– Como você sabe?

– Sua calça - ela aponta para meu joelho - você rasgou quando estava descendo o telhado.

– Eu poderia ter rasgado na briga.

– Ela nem te derrubou. Você ficou em cima dela o tempo todo.

– Tudo bem. É verdade. Como sabe tanto disso?

– Anos de prática. - Ela pisca. E eu pisco para ela.

– Aqui a maleta. Thomas poderia ajuda-la? Prometi um copo d'água para ela. - Ela está fazendo isso de propósito. Ela quer que Thomas enfaixe minha mão.

Claro - Ele diz.

Ele vem até mim e se agacha na minha frente. Coloca minha minha mão sobre a dele. Fecho os olhos e tento esconder o sorriso. Ele percebeu isso. Droga.

Ele pega a faixa e enrola com cuidado entre meus dedos. Ele está me encarando. Que olhos lindos. Grace concentre-se! Quando acaba, ele volta ao lugar no outro sofá.

– Está ficando mais tarde do que já está. Acho que já vou.

– Claro. Obrigada de novo. Er... Thomas? Porque você não leva a Grace para casa?

– Seria uma honra. - Ele diz se levantando. Deu merda! – Vamos?

– Aham. - Karen pisca de novo para mim. Saímos da casa dela. Ela acena.

– Que bom que vocês estão amigas agora. - Ele diz.

– É. Karen não é tão ruim quanto eu me lembrava.

– Você se lembra de tudo?

– Quase tudo.

– Você mudou de sala por minha causa?

Merda!

Fico em silêncio.

– Acho que isso é um sim.

Os dois ficam em silêncio.

– Eu estava errado. - Ele diz isso depois de um longo tempo.

– Sobre o que?

Você ainda me ama. – Ele disse com tanta certeza. Quando ele termina a frase um riso sai de dentro da minha garganta. Nervosismo...

– Bom, er... chegamos. - Graças a Deus chegamos.

– Eu sei que chegamos. - É claro que ele sabe. Veio aqui tantas vezes.

– Ér, tchau! - Aceno e ele sorri.

x.x.x

Deito na cama. São 4:00 da manhã e não consigo dormir. Hoje eu espanquei uma menina porque ela é uma psicopata. Ela nem conseguiu me machucar. Ela tem a minha idade, mas é mais forte que eu. Eu bati nela e ela chorou. A mesma menina que ameaçou Thomas a contar para todos sobre o que aconteceu no passado. Estou me sentindo ótima. Enfim, durmo.

x.x.x

No dia seguinte acordo com o despertador tocando em seu 5 toque de soneca. Eu estou atrasada. Acordo e vou para o banheiro. Preciso de um banho.

Quando saio do banho, minha mão começa a doer. Ela está inchada e vermelha o que eu vou dizer para minha mãe? Que ontem eu fugi e bati em uma garota? Não é uma das melhores opções. Enrolo novamente a faixa na minha mão e me arrumo.

Quando desço minha mãe não está na cozinha. Vou até o quarto dela e bato na porta.

– Entra!

– Mãe? Você está bem?

– Não. Minha cabeça está explodindo. Já tomei remédio mais não passa.

– Melhoras mãe.

– Já vai para escola?

– Sim.

– Boa aula.

– Valeu.

x.x.x


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Notas finais do capítulo

Briga ... Como eu adoro briga.
Próximo capítulo personagens novos



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