A Garota Normal escrita por Garota Extraordinária
Notas iniciais do capítulo
Briga! Briga! Briga! XD
~Garota extraordinária.
Vou até minha janela. Abro devagar. Salto. Agora estou no telhado e desço devagar. Me penduro no cano, meu Deus esse cano não me aguenta. Vou cair! Aguentou! Agora estou no chão. Corro.
A casa de Karen fica á 3 quarteirões. Corro sem parar. Quando eu chego perto da rua dela, coloco o celular no ouvido.
– Karen?
– Oi. - Ela parece mais tranquila quando ouviu minha voz.
– Já estou aqui. Desce.
– Tá pedindo para eu abrir a porta?
– Exatamente.
– Não.
– Abra quando eu mandar.
– Ah Grace!
Eu me aproximo e logo estou atrás dela. Ela nem me viu.
– Posso saber o que você está fazendo aqui vadia? - Essa frase sai como um tiro. Estou com muita raiva, ódio dela. Poderia dar uma surra nela. Não seria má ideia. Ela se vira e dá risada.
– Olha quem chegou. Já imaginava que a mocreia ia chamar a doente.
Ela não disse isso. Não, Grace. Ela disse.
– Eu sou a doente e você a vadia.
– Não me chama assim. - Ela diz se aproximando de mim. Coloco o telefone no ouvido e falo:
– Abre a porta Karen!
Pulo em cima dela. Ela não estava esperando isso. Estou em cima dela. Kaliscia tenta se soltar mais sou forte o bastante. Dou um na cara dela. Um não, vários tapas. Um atrás do outro. Soco a cara dela. E agora o objetivo é o cabelo.
– Você é uma vadia sim! VOCÊ É UMA VADIA QUE AMEAÇOU MEU NAMORADO! VOCÊ MEXEU COM A PESSOA ERRADA.
– ME LARGA!
Não largo. Continuo. Puxo o cabelo dela com tanta força que sai um tufo de cabelo. Eu começo a rir. Ela começa a chorar. É assim que se faz Grace.
– Como eu sonhei com esse dia.
– VAI GRACE! ARREBENTA ELA! - Karen aparece na porta com um sorriso. Como imaginei. Ela está batendo palma.
– VIU! EU TENHO ELA PARA ME AJUDAR!
Ela consegue se livrar. Ela vai para longe de mim.
Quando estou pronta para ir para cima dela de novo. Alguém me chama:
– Grace? - A voz é masculina. Viro para trás. Thomas. Claro, Karen ligou para ele. Ele me viu desse jeito. Com a mão ensanguentada e a cara de ódio. Olha no que eu me transformei por causa dele...
– Karen te chamou?
– Ela ligou para mim. Disse que Kaliscia estava aqui.
– Bom, ela está mansa agora. Se quiser dar uns beijos nela. Fique à vontade.
Digo me afastando dele e correndo até Karen que me recebe com um abraço.
– Obrigada Grace.
– Qualquer coisa é só chamar.
– Admita que você estava doida para dar uma surra nessa vaca.
– Ela mereceu.
Olho para trás e vejo Thomas logo atrás de mim.
– Você está bem?
– Você está perguntando para pessoa errada - Aponto o dedo para o gramado da casa de Karen. Onde está Kaliscia.
– Estou falando da sua mão. - Ele pega minha mão e mostra as feridas.
– Vou sobreviver.- Ele dá um sorriso. Meu Deus onde eu fui me meter.
– Thomas pode levar ela para a casa? Ela não pode ficar no meu gramado.
– Ela vai acordar e sentir tanto medo que vai sair correndo gritando. - Digo e Karen cai na gargalhada.
– Eu não sabia que você era tão durona. - Ele mostra um sorriso torto.
– Então você não me conhecia direito.
– Vamos gente. Entrem. Grace esse machucado na mão vai te trazer problemas.
– Umas mentirinhas não vão fazer mal.
Estramos na casa de Karen. Ela oferece água, que aceito de bom grado. Enquanto ela busca a caixa de primeiros-socorros Thomas senta do meu lado.
– Desculpa. - Ele sussurra. Estamos muito próximos.
– Sinto muito pelo que aconteceu. - Eu digo num tom acolhedor. Ele se afasta.
– Já está sabendo o que aconteceu?
– Sim. Não acredito que você chegou a pensar que eu terminaria com você por causa disso.
Silêncio.
– Bom, não queria arriscar você me odiar.
– Não deu muito certo. - Falo. Ele ri.
– Bom, pelo menos eu tentei. - Ele se aproxima de novo. - Senti sua falta.
Eu me afasto e dou um sorrisinho. Calma Thomas. Acabamos de nos entender.
Karen chega carregando uma maleta:
– Grace eu pediria para que você ficasse aqui comigo mais sei que você saiu escondida.
– Como você sabe?
– Sua calça - ela aponta para meu joelho - você rasgou quando estava descendo o telhado.
– Eu poderia ter rasgado na briga.
– Ela nem te derrubou. Você ficou em cima dela o tempo todo.
– Tudo bem. É verdade. Como sabe tanto disso?
– Anos de prática. - Ela pisca. E eu pisco para ela.
– Aqui a maleta. Thomas poderia ajuda-la? Prometi um copo d'água para ela. - Ela está fazendo isso de propósito. Ela quer que Thomas enfaixe minha mão.
– Claro - Ele diz.
Ele vem até mim e se agacha na minha frente. Coloca minha minha mão sobre a dele. Fecho os olhos e tento esconder o sorriso. Ele percebeu isso. Droga.
Ele pega a faixa e enrola com cuidado entre meus dedos. Ele está me encarando. Que olhos lindos. Grace concentre-se! Quando acaba, ele volta ao lugar no outro sofá.
– Está ficando mais tarde do que já está. Acho que já vou.
– Claro. Obrigada de novo. Er... Thomas? Porque você não leva a Grace para casa?
– Seria uma honra. - Ele diz se levantando. Deu merda! – Vamos?
– Aham. - Karen pisca de novo para mim. Saímos da casa dela. Ela acena.
– Que bom que vocês estão amigas agora. - Ele diz.
– É. Karen não é tão ruim quanto eu me lembrava.
– Você se lembra de tudo?
– Quase tudo.
– Você mudou de sala por minha causa?
Merda!
Fico em silêncio.
– Acho que isso é um sim.
Os dois ficam em silêncio.
– Eu estava errado. - Ele diz isso depois de um longo tempo.
– Sobre o que?
– Você ainda me ama. – Ele disse com tanta certeza. Quando ele termina a frase um riso sai de dentro da minha garganta. Nervosismo...
– Bom, er... chegamos. - Graças a Deus chegamos.
– Eu sei que chegamos. - É claro que ele sabe. Veio aqui tantas vezes.
– Ér, tchau! - Aceno e ele sorri.
x.x.x
Deito na cama. São 4:00 da manhã e não consigo dormir. Hoje eu espanquei uma menina porque ela é uma psicopata. Ela nem conseguiu me machucar. Ela tem a minha idade, mas é mais forte que eu. Eu bati nela e ela chorou. A mesma menina que ameaçou Thomas a contar para todos sobre o que aconteceu no passado. Estou me sentindo ótima. Enfim, durmo.
x.x.x
No dia seguinte acordo com o despertador tocando em seu 5 toque de soneca. Eu estou atrasada. Acordo e vou para o banheiro. Preciso de um banho.
Quando saio do banho, minha mão começa a doer. Ela está inchada e vermelha o que eu vou dizer para minha mãe? Que ontem eu fugi e bati em uma garota? Não é uma das melhores opções. Enrolo novamente a faixa na minha mão e me arrumo.
Quando desço minha mãe não está na cozinha. Vou até o quarto dela e bato na porta.
– Entra!
– Mãe? Você está bem?
– Não. Minha cabeça está explodindo. Já tomei remédio mais não passa.
– Melhoras mãe.
– Já vai para escola?
– Sim.
– Boa aula.
– Valeu.
x.x.x
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Briga ... Como eu adoro briga.
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