A nova vida de Annabeth Chase- HIATUS escrita por Zia Jackson


Capítulo 15
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Oláaaaaa, novo cap.
Eu tinha algo para falar, mas esqueci, então vamos aos agradecimentos.
Agradecimentos:
Ana Lerman
Mrs Stars
Thalia Salvatore
insano insone
zero
The Girl
WalkerGirl
Nati2605
Juliet McLaren
ZIA AMA CADA UM DE VOCÊS!
Bjus



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– Alô? – A voz do outro lado do telefone indagou.

– May? Está me ouvindo? Aqui é a Annabeth. – Annabeth disse. Um vento frio passou por ela, fazendo com que tivesse calafrios. Estava sentada no meio fio de uma rua deserta perto da escola.

– Annie, está tudo bem? Luke está bem?

– Para ser sincera, May, não está nada bem.

O momento de silêncio foi como se a mulher tivesse ficado surpresa.

– Ele está doente? Sofreu um acidente? Preciso que me conte.

– Fisicamente ele está bem, mas estou insegura quanto ao psicológico do seu filho, May. Sabe que Luke sempre foi meu amigo, mas ultimamente ele tem agido de forma estranha,estou ficando assustada.

– O que ele anda fazendo?

– Acho melhor se sentar, May. É uma longa história...

* * *

Vinte minutos depois, Annabeth finalizou a ligação. Ainda podia ouvir May chorando, preocupando-se com o filho e com a garota, falando que era uma fase e que iria passar. A mulher já não era muito saudável mentalmente, criou Luke sozinha, Hermes sequer aparecia uma vez ao ano. E agora, saber que o garoto a quem dera tanto amor e dedicara tanta paciência estava enlouquecendo fora demais.

Pelo menos, havia dado um conselho à Annabeth: procurar Hermes. O pai de Luke morava em Nova Iorque com o resto da nova família, e como Travis e Connor (dois dos filhos de Hermes) estudavam na mesma escola de Annabeth, não seria difícil encontra-lo.

– O que faz aqui tão cedo? – Indagou Silena, a irmã de Piper.

Annabeth assustou-se, estava tão absorta em pensamentos que se quer notou a chegada da morena.

– Ah, eu não consegui dormir direito, não ia adiantar ficar em casa. – Mentiu Annabeth. A verdade era que, após ficar uma hora trancada no banheiro, ela saíra correndo de casa com a mochila da escola e uma roupa nas mãos. Entrara em um posto de combustíveis e tirara o pijama, e desde então vagava pelas ruas de Nova Iorque, já que o perigo nas ruas era tanto quanto o de dentro de casa.

– Ah. – Disse Silena, sem muito entusiasmo. Seus cabelos negros estavam soltos, como uma moldura para destacar o rosto. Seus olhos azuis estavam fixos em Annabeth, como se soubesse que estava mentindo. – Por que não foi até minha casa? Poderia ter ficado conversando com Piper.

– Ela provavelmente estaria dormindo, e ficar na rua me ajudou a pensar em algumas coisas.

– Mas é perigoso. Assaltantes, estupradores, traficantes... Fora que um carro poderia te atropelar!

Annabeth deu de ombros.

– Mas e você, Silena, por que chegou tão cedo?

– Charles e eu chegamos cedo todos os dias, nos dá mais tempo para conversar. Mas, pelo visto, ele ainda não chegou.

– Por que não se encontram em frente à escola? Seria mais fácil.

– A rua da escola é movimentada, essa é pacata, deserta, mais privada.

– Mais perigosa também.

– Se a acha perigosa, por que estava sentada aqui? – Silena indagou, arqueando as sobrancelhas.

– Porque eu precisava disso.

– Precisava do perigo? Você é doida?

– Não do perigo, mas da paz...

– Papo estranho para quem estava com insônia. – Disse a morena. Sentou-se ao lado de Annabeth, esticando os pés e as pernas.

A rua onde estavam dava de cara com os fundos da escola, onde não havia pintura e os tijolos ficavam aparentes. Estavam encardidos e sujos de uma coisa preta. O poste ao lado de Annabeth estava com a lâmpada queimada, não fosse a luz solar tudo estaria escuro. Estava sentada ali há um longo tempo.

– Você parece preocupada. – Silena disse. – Quer me contar o que aconteceu?

– Nada demais, só a insônia mesmo. – Disse, sorrindo.

Para sua sorte, Charles (o irmão de Leo) apareceu no fim da rua, indo em direção às garotas.

– Silena! – Exclamou, feliz, mas ao ver Annabeth desanimou-se. – O que Annie faz aqui?

– Eu já estava indo embora. – Falou a loira. – Se dá licença...

Levantou-se usando as mãos como apoio, acenou para o casal e saiu andando pela rua onde a maioria das casas estavam abandonadas ou em reforma, assim que dobrou a esquina começou a correr mesmo sem propósito, parando somente ao chegar na porta da escola.

Ligou para Percy para perguntar se o rapaz demoraria para chegar e ele dissera que já estava à caminho da escola. Chegou com os cabelos despenteados, parando a bicicleta bruscamente.

– Veio de bicicleta para a escola? - Indagou Annabeth.

– Era mais rápido. Você me disse que estava sozinha e fiquei preocupado. – Respondeu a rapaz, encarando-a com os olhos cor de mar. – Você está bem?

– Não precisava vir correndo, liguei apenas por curiosidade.

– Não vim correndo, vim pedalando. – Corrigiu ele.

– Desde quando me corrige? – Ela se assustou.

– Talvez esteja passando tempo demais com você e tenha pegado a mania.

Ela sorriu.

– Respondendo à sua pergunta, não estou bem.

O semblante de Percy se alterou em uma expressão de preocupação.

– O que aconteceu?

– Foi Luke...

– Onde ele está? Vou quebrar a cara daquele imbecil! – Disse, cortando-a.

– Não banque o valentão.

– Vou bancar o lutador de MMA.

– Você lutando MMA? Iria bater em Luke com uma prancha? Um golfinho de pelúcia?

– Ei, não duvide de mim, eu deixei um belo hematoma no rosto dele.

– Não duvido, apenas não quero que suje suas mãos com o que ele se tornou.

– O que ele fez, Annie?

– Tentou me beijar. Acordei no meio da noite e fui até a cozinha, esqueci-me de que ele estava dormindo na sala. Mas eu consegui empurrar ele e me trancar no banheiro.

– E depois? – Ele indagou, preocupado.

– Depois eu chorei, Percy. – Admitiu ela, envergonhada. – E fui uma covarde por sair de casa correndo horas antes de a aula começar. Fiquei na rua ali atrás até Silena chegar.

– Ah, Annie. – Ele disse, abraçando-a. – Tem que sair daquela casa.

Ela deixou-se ser confortada por Percy, sentindo o cheiro de maresia que ele exalava.

– Eu vou dar um jeito. – Disse ela, ainda abraçada à Percy. – Vou pedir para Hermes levar Luke para sua casa, depois dou um jeito em minha mãe. Ela agora me parece o menos dos problemas, porque sempre soube que ela era assim. Mas Luke não, ele se poluiu, deixou sua alma mudar.

– Ele não vai encostar em você, Annie. Enquanto estiver na sua casa, você não vai voltar. Eu te proíbo.

Em outras situações, ela teria dito que ninguém a proibia de nada, mas não disse nada, apenas afundou ainda mais no abraço de Percy.

Quando se afastaram, os olhos da loira estavam marejados.

– Teria problema se não falássemos sobre Luke agora? – Sugeriu ela, desesperada.

– Problema nenhum. Eu tenho algo mais importante para falar, de qualquer modo.

– Algo mais importante? O que é, Percy?

Nós. Você e eu, apenas Percy e Annabeth. Isso é mais importante.

Ela ficou confusa, odiava quando isso acontecia.

– Eu deveria fazer esse pedido em outra hora, sabe?- Ele disse, andando em círculos ao redor de Annabeth. – Mas algo dentro de mim me diz que agora pode ser o momento, não aguentaria sequer um dia a mais sem te perguntar.

– Sem me perguntar o que?

– Se você me daria a honra de ser minha namorada. Se daria uma chance de te fazer feliz, te livrar de tanta preocupação.

Por um momento,ela congelou.

– Droga, eu falei tudo errado. – Queixou- se Percy.- Eu odeio não ser bom com palavras.

Annabeth, que sempre fora boa com elas, não tinha nada que pudesse responder. Apenas agiu por impulso, algo que nunca fazia. Lançou-se nos braços de Percy e o beijou, dizendo com o corpo que sim! Aceitava ser sua namorada.

Aceitava de todo o coração.


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Notas finais do capítulo

TEVE PERCABETH SIM!!!!!!!!!!!!!!
Bjus