POV NARRADOR

– Caralho Patrick, não acredito. Olha o que você fez!

Dizia Teresa incrédula com o que tinha acabado de acontecer. Ela iria tomar sua primeira advertência e isso poderia interferir no seu futuro.

– Olha só, a menina sabe falar palavrão.

Patrick gargalhava do rosto da menina ao lado.

POV Patrick

Não acredito que a menina sabe falar palavrão, nunca iria esperar isso dela. Ela está se revelando como uma pessoa normal.

Estávamos entrando na sala do diretor Virgil Minelli, o velhote ficou assustado quando viu Teresa entrando comigo.

– Teresa, o que está fazendo aqui querida? Por acaso ele te agrediu?

Esse velhote só pode estar brincando com a minha cara, agredir Teresa? Nunca que eu iria fazer isso. Mas esse velho não me conhece e está me julgando.

– Não diretor, ocorreu um pequeno problema na sala de aula.

Teresa disse a última parte bem baixinho.

– Não ocorreu um pequeno problema, os dois alunos estavam se batendo e se xingando como dois animais.

Disse a palito de dente ambulante, Madeline. Disse não, gritou.

– Bom, nesse caso. Irei mandar uma advertência para os dois. Terão que trazer a advertência assinada amanhã. Podem se retirar.

Não entendo como o velhote é tão calmo com essa professora.

Depois que recebemos a advertência, tivemos que ficar o tempo restante da aula na biblioteca. Teresa ficou lendo o tempo todo, não disse uma palavra sequer, então resolvi irritar ela.

– Então... O Marcus hein? - dei um sorriso malicioso, ela me olhou e voltou a ler.

– Ele parece gostar de você... - ela continuou me ignorando

– E eu como seu namorado, peço para que se afaste dele. - eu começo a rir e ela pega suas coisas e vai sentar do outro lado da biblioteca. Ela estava brava mesmo.

Sorte a minha o sinal tocou logo e poderíamos ir embora, se bem que se não fosse pelo Pete e pela Sam, eu preferia ficar na escola. Sentei um pouco na escadaria do colégio para esperar o Wayne e comecei a observar o pessoal saindo. Todos me cumprimentando e acenando. Percebi Teresa saindo com um menino, que se parecia muito com ela, deveria ser seu irmão. Eles estavam acompanhados por Grace, Kimball e Marcus. Carinha chato.

– Olha Tess, é Patrick Jane, o melhor jogador de baseball do campão! -

o menino exclamou e todos olharam pra mim. Logo todos me reconheceram e viraram indo embora, mas o menino veio correndo em minha direção.

– Oi - eu sorri um pouco envergonhado

– Oi, você quer ir na minha casa jogar baseball... - o menino foi interrompido por sua irmã que agarra ele pelo braço.

– Stan! O que eu disse sobre convidar pessoas pra ir em casa sem consultar a mãe e o pai? - ela dá uma bronca no irmão. - E eu já convidei um amigo pra ir lá esse final de semana. -

Fiquei observando os dois e resolvi encrencar Teresa mais um pouquinho.

– Ah o Marcus? Toma cuidado com ele hein Stan. -

Ela já me fuzilava com o olhar.

– Toma aqui uma bola de baseball. Amanhã eu converso com você. -

– Obrigado Patrick! - Teresa estava odiando aquilo e logo encontrou o carro da sua mãe e começou a puxar o irmão para ir embora.

Eu fiquei observando e pensando como seria legal ter uma mãe pra me buscar no colégio. Decidi não esperar o Wayne e segui para a minha casa, sozinho.