Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 90
Mantendo o foco


Notas iniciais do capítulo

(Oie. Espero q o cap do CF tenha gradado e logo vou fazer o do Licurgo tbm ^_^. Eu qro muito abordar os outros títulos e com isso vou usar muito o narrador do Chico. Tipo astronauta< piteco etc irão aparecer durante o cros over pelo chico narrando ok?)



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Quando acordei senti como se estivesse dentro de um sonho lindo!

Ate o dia parecia ter uma cor diferente e radiante!

Saltei da cama já querendo aproveitar o dia ao máximo, nem demorei no banho e corri para encher a minha barriguinha, e aquela cozinha gigante onde tudo era maior que o normal me alegrava. Tinha de “escalar” a cadeira que não deixava meus pés alcançarem o chão, cada pão parecia do tamanho do meu braço e me farto de tanto comer.

Sai de casa indo em direção a casa da tia Nena e lá mal entro já sinto o cheiro delicioso de uma torta e volto a comer. Sentia que ia explodir, fazia anos que não me sentia tão satisfeita na vida.

—--- Tia. Eu estava lendo sobre bruxas. Não seria legal ser uma bruxa. ---- aproveito que era uma criança que ninguém desconfia de nada e comento fazendo com que ela quase enfartasse. ---- Mas eu seria uma Bruxa do bem como em Harry Potter. Ia ajudar todos! ---- e assim ela ri me dando um copo de cha.

—--- E onde você estava lendo sobre as bruxas. ---- ela me diz como se sondasse e logo penso em uma ótima resposta pulando da cadeira.

—--- De todo lugar! Ela ta nas historinhas tudo! Mas seeeempre como malvada. Por que? Eu já vi a versão do lobo mal explicando que ele só queria açúcar. E ele se chama bolo “Mal. Mas e a bruxa?”

Falei toda franca e ele pareceu parar para pensar um pouco, mas nesta hora a Marina surgiu na janela me intimando a ir ao jogo, e que eu já estava atrasada. Então sai correndo para não chamar atenção e aproveitei para pegar escondido alguns livros dela na sala e corri com eles no braço mesmo sem nem esconder.

Ninguém acharia ruim uma criança pegar livros na sala e levar para olhar. Ninguém imaginaria que uma garotinha de 7 anos conseguiria ler livros tão grossos e sem imagem. Já que eu realmente nunca liguei para eles.

Me sentei no gramado e enquanto todos gritavam pelo jogo eu me pus a ler.

No pior dos casos passavam por mim e achavam fofo que eu estava brincando de ler e ignoravam.

Mas naqueles livros continha tudo o que eu precisava saber. Assim como a garota ruiva havia me contado, ali dizia que bruxas tem de tirar sua fonte de poder de algum lugar, como se fosse uma segunda alimentação. Mas também continha outras coisas...

Tanta coisa que realmente não vi nada do jogo e quando fomos executar o tal plano ainda estava com aquilo tudo na cabeça, e mal senti o impacto de nossos atos. Nem mesmo quando tudo pegou fogo e a família chorou desesperada, todo bairro veio ver e se reuniu para tentar ajudar. Nada. Eu estava muito longe mesmo.                 Por que tudo isso é passado. E mesmo esta coisa terrível era melhor que o futuro.

Isso era tão bobo perto dos melhores dos nossos dias que me foi ate trivial.

Mas para eles foi aterrador.

                          Como eu disse estava ficando perigosamente acostumada com isso.

—--- Vocês estão bem? ---- olhei para a Monica e o Cebolinha que olhavam para tudo que fizemos horrorizados.

—--- Sim. ---- ele responde serio se virando como se ordenasse para que saíssemos da cena do crime, mas logo sua mãe chega correndo, na verdade todos os nossos pais chegam e nos pegam no colo como se fossemos bonecos.

Eles ficam a falar entre si como se não soubéssemos o quando aquilo era serio e horrível, que eles iam ter de ficar na casa de alguém e a minha mãe e a primeira a se oferecer para que ficassem na minha casa, mas a mãe da Monica é quem mais insiste enquanto que o pai do Cebolinha já sai ligando para tudo quanto que é lugar, tentando recuperar o maximo que podia das coisas deles.

Minha mãe apenas tentava acalmar a mãe dela e a ajudou a ir ate a casa da mãe da Monica deixando que a Aninha ficasse junto dos amiginhos na casa do Cebolinha como a mãe dele aconselhou levando todos com ela para que não vissem nada.

Eram mesmo uma grande comunidade onde todos se juntavam para se ajudar o mais rápido e eficiente possível.

Me dava uma dor saber como isso tudo tinha sido completamente destruído em uma única noite.

Tive de ir com as crianças para a casa do Cebolinha e lá todos só faziam a perturbar a pobre Aninha que chorava sem parar por seus brinquedos e vestidos perdidos, comentou ate que tinha ganhado um urcinho lindo do Titi naquela semana...           Que menina fútil, ate parece que não ligou com todas as coisas de seus pais. Mas ela era apenas criança, ela não tinha noção das coisas ainda; assim como as demais que ficavam falando coisas nada legais como:

—--- Você não tem mais casa? Vai morar na rua como um mendigo?

—--- Que horror! ---- a Monica não agüenta ficar deixando elas falarem estas coisas e logo grita dando uma mega bronca. ---- Como pode dizer algo tão terrível para ela Carmem? Que coisa mais sem noção é essa? Se fosse com você?

Todas se calaram envergonhadas.

Apenas a mãe do Cebolinha olho para a garotinha com muito orgulho do que ouvia, já que ela mesma estava vindo interferir com uma bandeja cheia de lanches recém cortados para nos distrair.

—--- Você não vê o quanto isso é serio? Acha que é brincadeira alguém perder a casa? Acha que é legal virar mendigo?

—--- Calma Monica. ---- ela diz ao por a bandeja na mesa e eu já pego três. ---- Tenho certeza que ela não disse por mal. Não é mesmo Carminha?

—--- S-siiim. ---- choramingou de cabeça baixa. ---- Desculpa Aninha.

—--- Ei. Vai ficar tudo bem! Nossos pais trabalham muito pra ter dinheiro não é? Ai todos vão trabalhar juntos pra refazer sua casa. É só comprar tudo de novo com dinheiro!

Denise fala isso de uma foram tão convicta que a mãe do Cebolinha não sabe como fazer pra negar esta lógica dela.

Mas ela não tinha como entender que mesmo que todos desse um pouco não dava para comprar outra casa com tudo dentro nem construir assim.

Mesmo sendo um grupo muito unido e querendo ajudar como podem, ninguém iria dar o seu dinheiro assim para o outro.
Eu entendia que era assim.                       Eu só não concordava.                     Mesmo depois de velha.

Mas todas as crianças estavam ali em volta da Aninha inclusive a mãe do Cebolinha, enquanto o próprio fazia de conta que falava disso, para com toda certeza, falar dos próximos planos com o Cascão de fundo enquanto a Monica falava com todos.
Mas para variar um não estava junto dos demais.

Enquanto o seu irmão conversava com os garotos sobre como tudo explodiu e deu o maior medo e susto, ele estava longe da roda como sempre, mas a olhar pela janela a confusão que se aglomerava na rua.

—--- Por que você nuunnca fica no grupinho. ---- me aproximo e ele me olha e volta a olhar pela janela, estando muito mais interessado no que ocorria ali. ---- Nem da pra entender o que eles estão falando. É papo de adulto.

—--- ... ---- ele abre a boca mas não fala, e depois parece epnsar como falar comigo e olha para mim. ---- Um dia você também vai ser adulta. Não entender o que eles falam e ignorar são cosias diferentes. Adultos falam que nossos papos não são importantes por que somos crianças; e nos vamos fazer igual?

Ate parei com tamanha afirmação.

E ai me toquei de que ele era o do contra... Ele questionava política, sexualidade e religião o tempo todo então... Será que ele entendia um pouco?

—--- Então você entende? ---- resolvi perguntar me aproximando dele e olhando junto já que eu queria mesmo ver e logo o Cebolinha se aproveitou pra se aproximar de nós.

—--- As vezes. Ai eu pergunto e me explicam... Nem sempre explicam... ---- ele fala ainda a olhar pela janela. ---- Ouvi o pai da Monica dizer que tem cara de ser um incêndio criminoso. Eu sei o que é um crime. Mas também não sei por que alguém iria querer fazer isso.

—--- Um incêndio climinoso? Mas que bobeila. Eles devem tel feito alguma besteila. Eu vi no jolnal que isso acontesse mais polque as pessoas não tomam cuidado. ---- ele vem todo bravo querendo o desmentir mas o mesmo da de ombros.

—--- Tanto faz. Só não sei por que temos que ficar aqui. ---- ele responde simples, como se não se importasse com nada e me questiono se ele sempre foi assim. Inexpressivo.

Olhei bem para ele e vi que estava muito curioso. Que sua vontade era ir ate lá e descobrir tudo, mas se continha.

Acho que de alguma forma ele era ensinado assim... Isso não era dele era uma educação, mas por que era diferente do irmão?

Ok... nosso obijetivo era turvo. Tínhamos de salvar as pessoas mas não todas, tínhamos de conseguir informação mas éramos limitados. Ai ficava difícil. Como salvar o Dc? Como o curar? E a todos os outros.
Me virei encostei as costas na parede e fiquei a olhar a sala com tantas crianças que viviam naquele bairro.

                                                                   Eu não me lembrava nem de metade delas.

Peguei uma folha giz e me pus a escrever os nomes de cada um e o que eu conseguia me lembrar deles no passado e no futuro. Comecei pelos que eu convivia agora, como a Denise que eu sabia que tinha ficado orfan e que foi ajudada por Marina e Carmen que ate onde sei viveram tranqüilas em outro lugar, a Cascuda eu não sabia nada mesmo então logo, pulei Aninha que tinha sido seqüestrada pelas gangues quando era criança e só a achamos no sanatório do Licurgo já enlouquecida.

O restante das meninas eu mal sabia quem eram... Nossa! Dorinha! A quanto tempo? O que será que ouve com ela?

E como eu não conseguia reconhecer mais nenhuma garota passei a anotar os garotos. Titi eu sabia que ficou muito traumatizado por ver a namorada ser levada na sua frente e não conseguir fazer nada, então a procurou por anos mesmo com todos, ate os pais dela a policia... ele continuou ate que seu amigo Jeremias viesse o apoiar e... infelizmente morreu. Jeremias era amigo de Titi e Franjinha desde sempre, mesmo depois de que o quarto membro do time do bermudão se mudou eles continuaram juntos.

Do Franjinha não sei nada, só que me surgiu como um professor então imagino que ele já esteja formado ate em alguma faculdade, mesmo com a pouca idade.

Daí segui para o Cássio e o Negi que eu sabia muito mais do que eu gostaria, e olhei para o Xaveco me tocando de que não sabia como ele conseguia controlar tão bem os seus poderes que pareciam imensamente complicados. Tipo... O Cássio me contou que ainda é muito difícil controlar, e eu vejo como Negi se esforça em coisas bobas e eu mesma não tenho noção de nada, ate mesmo a Monica não tem o domínio, mas ele sim. Isso tem haver de como ele levou a vida só pode ser.

Como não ia conseguir uma resposta ali assim, me pus a olhar os gêmeos mais diferentes que já conheci. Dc eu infelizmente conheci seu destino e tremia só de o ver tão pequeno e inocente, queria ao abraçar e tirar deste futuro o salvar de qualquer forma. Mas de seu irmão eu não sabia nada, nem mesmo se ele tinha habilidades ou não. Eu sabia menos que Jeremias que eu sabia que não tinha poderes.

Eu nem consegui olhar para o Luca. Sabia que ele também não havia se mudado e que viveu assim como Humberto como um membro de uma das gangues principais, eu nem sabia tudo que fez na vida e não queria saber; só o que eu conseguia lembrar foi à forma horrível que ele morreu.

Nos tínhamos muitos motivos para estar ali e lutarmos com todas as nossas forças mesmo que isso mudasse todo o futuro ele não poderia ficar pior do que já estava.

Mas ali também estavam os “colírios” que faziam todas as garotas suspirarem na época, que eram o Fabinho Boa Pinta e o Ronaldinho, mas o que me tirou o fôlego foi ver o Kinzinho ali a conversar sobre o que ouve... Meu primeiro namoradinho, todo redondinho e meiogo, um doce de pessoa e que agora era mais parecido com algum herói em um serie medieval como um viking enorme e cheio de tatuagens e cicatrizes. Eu devia ter perguntado para ele sobre a sua vida, ou pelo menos conversado um pouco, dito um oi; mas sempre que eu chegava perto dele ou apenas o via, travava muito e perdia completamente a minha voz.
Afinal nos... nunca chegamos a terminar, já que fui carregada a força para longe e num pude voltar.

Ass: Magali Fernandes de Lima Moraes(▽≦ )


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Notas finais do capítulo

(Sei que ela pareceu meio frigida mas... é por conta de como esta levando a vida. Cada um reage de um jeito. Ah logo ponho e começo o cross over ^_^)



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