Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 83
Holístico.


Notas iniciais do capítulo

(Ta ai uma palavrinha mega difícil de explicar o significado, mas tentarei dar o meu melhor. Já q este nome é pra exaltar o poder do narrador deste cap. Ah e para qm é fã dele, desculpa mesmo a demora em o retratar na fick. Serio eu esqueci dele n vou negar minas falhas; mas pretendo concertar isso logo. Ah e qm n gosta dele de jeito nenhum só peço paciência ou q pule estes caps q ele narra, caso n goste do sotaque retratado tambem. Tentei apenas ser fiel. Me desculpe mesmo, estou tentando mostrar todos os personagens do Mauricio e excluir ele q é um protagonista seria muito errado. Desculpa mesmo qq transtorno.)



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O trem doido só.

Foi uma maracutaia de coiso acontecendo uma em cima da outra que mal deu pra acompanhar.

Por sorte eu tava pertin o suficiente para ver tudo e entender, e longe o bastante para não ser afetado.

Para mim, tudo começou quando minha mãe me chamou pra comer e disse que a irmã dela ia mora conosco por um tempo.

Fiquei ketin ouvindo pain a prozia sobre os ocorridos da vida junto da mainha. E quando eles chegaram tudo e conheci minha prima, não pude a deixar toda triste assim; largada em um canto qualquer da casa como um trapo velho.

Levei ela pra ver como era lindo este mundão de deus, pra ela rir um pouco e melhorar. Coisa de criança sabe.

 

                                 Ate parece que tudo melhora com um passeio no mato.

Ocê pode ate se deleitar e se distrair mas... Os problemas não vão embora.

Ocê só alivia a cabeça pra conseguir resolver eles com calma. Mas e quando não tem volta?

Tudo bem. Eles perderam a casa e com calma e paciência conseguiram outra e tudo pareceu ficar bem. Mas não é destas coisas que vou falar.

Eu fui a primeira pessoa a ter contato com minha prima assim que ela foi exposta ao contagio. É só fazer as continhas, ela foi na tar da fabrica e depois falou o discurso lá e enseguida foi falar com o outro que também estava contagiado e assim entrou no carro e veio pra minha casa, onde todos deixaram ela queta menos euzinho aqui.

Primeiro achei que fosse só uma gripe.                             Mas não era.

Mas também não vim aqui pra prozia co cês sobre eu. Vim foi relatar sobre vários ocorridos. Mas para isso tenho que prepara oce e ir aos poucos desde o comecinho certo?



                                                           ~~~~~~~*~~~~~~~~~*

Depois de nadar muito e brincar sem parar com minha prima e meus amigos comemos e fomos dormir.

Tinha sido o primeiro dia dela comigo e fiquei feliz ao ver o rostinho dela sorridente ao dormir.

—--- Sua prima é a sua cara. ---- o Zé Léle me aparece cedin na cerca e tomo logo um susto. ---- Não é como o outro lá da cidade ou eu. ---- ele zomba ao apontar para os meus dentes e doulhe um koke no kukuruko pra larga de ser forgado. ---- Ai Chico. Poxa vida. Acordo com o pé esquerdo?

—--- Não. ---- eu era bem nervozim quando minor, mas fui aprendendo a me controlar e punha medo no povo com uma encarada só. Mas neste dia tava de ovo virado. Tinha acordado anssim e fiquei foi o dia todin. Nem sabia o por que.                         Mas tava todo oriçado querendo briga ate com a sombra; sabe.

Ajudei meu pai com a horta e os bicho tudo e depois fui brinca, mas não conseguia me acalmar com nada. E no fim do dia me deu foi um treco dos grandes. A prima fico foi de cabelo em pé, de tão preocupada.

—--- Ara. O Chico num é de ficar doente. ---- minha mãe mede minha temperatura vendo que eu tava era um fogareu todo e nada fazia baixar.

Passei foi dias ruim. Barriga não queria come nada, vista turva kinem rio na tormenta e corpo mole feito mingal.

Mas logo as aula começo e eu miorei feito mágica.

—--- Que tromba é essa Chico? ---- o Ze da Roça se aproxima já a pisar em ovos, com medo de eu vira o bicho pra cima dele tumem.

—--- Fiquei mar as ferias todas e mioro pra i pra escola! ---- esbravejo ao chutar uma pedra e ainda machuco o pé e saio pulando fazendo todos rirem.

Eu não tinha notado nada.

E pra todos aquilo foi só uma doença ruim como o povo dizia.

Sabe. A vila abobrinha é um lugar simples de gente boa e tranqüila. Não tem essas loucuras de cidade grande não.

E eu só fui notar um trem estranho lá pra frente da historia. Então vo conta ela.

Era ferias de novo e nóis tava a prozia no rio.

Eu tava de chortin por que tinham me obrigado já que tinha a prima junto. E bobo como éramos começamos a competi de quem nada mió e fomo tão longe que nos perdemos.

—--- Vix. ---- olho em volta se reconhecer uma pedra sequer. ---- Lasco.

—--- Chico! E agora? ---- Rosinha já choro feito nene, e minha prima fico olhando pra mim como se fosse meu papel arrezorve tudo que ocorria ali.

—--- Ah! Ara. ---- zanguei já que não era meu paper cuida de ninguém e sai andando sem rumo mesmo e os otro tudo me seguiu, iguar pintinho.

E iguar mágica chegamo na trilha de casa sem que nada acontecesse.

O povo tudo achou mágica e fico feliz. E só di noite quando nós tava comendo que ficamos sabendo, que onde nóis nada sempre apareceu uma onça enorme, e como eu quis competir de nadar e fomos pra muito longe nos salvamos.                                                   Fiquei com aquilo na cabeça ate que aconteceu outra coisa estranha.

E mais uma.

E outra.

Minhas escolhas malucas e infundadas sempre pareciam estar certas e dar certo magicamente e sem explicação parecia que eu sabia tudo, como se um santo estivesse do meu lado o tempo todo.          Mas eu num contei isso pra ninguém.

Num tava me achando.      Tava é cum medo desta macumba doida.            E se tivesse preço?

             Fiquei foi quetin ate que um dia vi a prima fazer algo impossível também.

—--- Ai bem. O Senho Nho Lau disse que caiu umas pedras lá da ribancera e fecho o riu tudo. E agora? ---- minha mãe entra em casa aflita enquato eu e a prima tava fazendo os dever de casa. ---- Os omi do governo sempre demora pra arresorve essas coisa. E o povo da vila já que dinamita tudo ou garimpa. Isso vai da ruim homi.

—--- Vixe. Ara. ---- meu pai se levanta brabo e pega a caminhonete pra i ate a vila. E nós fica quetinho fazendo o dever.

Só quando minha mãe sai que a porquerinha me some. Eu tinha ido pegar um copo d’água que o dia tava quente feito ferro em brasa e a menina sumiu.

Num liguei.

Nem esquentei, a vida era dela, mas de novo veio aquela vontade de fazer algo e eu fui. Sai sem ter um motivo fui ate onde a mãe disse ter caído as pedra; e ainda fui de peti pé (sem motivos). E lá vi a prima tirar as pedra tudo com a mão como se fosse tudo de izopor.

—--- Eita! ---- gritei. ---- Tu tem poder?

Ela gelou e largou o pedregulho enorme no chão e parecia querer correr de lá.

Mas de traz dela surgiu um onça enorme e ela correu pro meu lado. Era forte como um toro, mas não queria machucar o bicho? Num entendi na hora, mas o trem veio pra cima e paro bem na minha frente.

Achei que ia morre.

Mas ele me deu uma lambida na fuça e foi embora.

                                                     Eu num entendi na hora...

                                                                                 Mas graças a prima, eu também tinha um poder.


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Notas finais do capítulo

(Ah. Sei que era para ele narrar bem em caipires para ficar correto, mas sei que isso pode tirar um pouco o prazer da leitura, então copiei a idéia de vidas secas e misturei o palavreado para mostrar bem o “sutake” do rapaz e ao mesmo tempo mostrar que ele é culto. Lembre sotaque não é erro eu só escrevo errado a palavra pra mostrar q ele falou com o sotaque igual faço com o cebolinha. Bjs)



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