Limoeiro escrita por Dyryet


Capítulo 7
Não falta mais ninguém.


Notas iniciais do capítulo

(O que ouve no passado será contado aos pouco por cada um. Então algumas cenas podem ser repetidas mostrando o angulo de outro dos quatro, tipo... o que um viu e o outro não ou não se lembra etc. Quero começar logo a ação.)



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Tudo estava indo conforme o planejado e depois de muito pensar em qual seira o nome do nosso time, ficamos entre Coelho azul ou Sansão, ainda íamos decidir... E a Marina fez o desenho. Um coelho bem mal encarado para o meu gosto.

Eu sempre amei coelhos e me senti muito elogiada com a escolha de todos. Não sei o porquê, mas eles me viam como uma líder.

Mais ainda me sentia muito mal. Sei que eu deveria estar feliz, mas ainda pensava muito... nele.

Nós nos encontramos no primeiro dia de aula as pressas e derrepente ele desapareceu. Eu nem pude dizer oi. Agora ele não aparece nem na escola.

E a casa dele esta sempre fechada e com as luzes apagadas como se estivesse vazia.

–--- Ola ola... Quem dilia. ---- ouço esta voz e meu coração dispara e meu corpo congela. Ele estava parado na porta. ---- Mas que planinho mais chinfrim este em. ---- ele entra, mas não olha pra mim por um único segundo sequer.

Todos vão ate lá cumprimenta -lo, menos eu. Estava tão nervosa que não podia me mexer.

Eles elogiavam e brincavam que agora ele falava direito e tinha cabelo. Mas ele ainda errava muito R e L. E estava tão bonito que não podia acreditar em meus olhos.

–--- Então você esta planejando voltal a sel a dona da lua? ---- ele finalmente olha pra mim. Este modo tão peculiar de falar...

–--- Bem... Estamos querendo ajudar a cidade a voltar ao que era. ---- Engulo o nervosismo e ajo como se não estivesse sentindo nada. Vou ate ele com a confiança de sempre. ---- Você chegou bem na hora. Estávamos tentando bolar um plano. Era sua especialidade não é.

–--- Um plano. ---- Ele arqueia uma das sobrancelhas como um deboche. Me lembro de como ele era desbocado e falastrão. Sempre se achando a ultima bolacha do pacote. Mas que pacote né... ---- Pelo que bem me lemblo eu não ela assim tão bom. Você semple estlagou todos.

–--- Eu não! O Cascão. ---- me ponho a rir sem notar sua expressão. ---- Em falar em cascão... cadê ele?

–--- Eu não sei. ---- ele afirma já se virando e indo ate uma mesinha, parecia que ia nos ajudar com o plano. ---- Peldi contato com ele a muito tempo.

Me senti mal ouvindo isso e sem pensar o peguei pelo braço e o arrastei ate a parede. Mostrei a ele o nome do Cascão riscado provando que ele estava na cidade. Ele sorriu e meu coração se encheu de alegria. Finalmente tudo estava ficando como eu esperei.

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Os dias passavam e eu ia passando ao Cebolinha tudo o que havia descoberto. Ele parecia mais surpreso com o meu conhecimento do que com os fatos que o passava.

Acabamos passando muito tempo juntos, mas nunca conversamos...

Na escola os garotos são chamados para se unirem as gangues, e negam dizendo já estarem em uma. E por conta disso, logo acabamos sendo desafiada.

Como líder eu teria que me apresentar no intervalo e estava nervosa.

Eu estava a esperar a tal apresentação no terraço da escola, quando vi um jovem ser seguido. O jovem mal encarado que havia ajudado a Carmem no primeiro dia de aula.

Não me controlei, quando vi já tinha me envolvido no assunto.

Consigo segui-los ate o momento que o atacam dentro do vestiário. Por algum motivo este cara estava sempre sozinho na hora de se trocar. Isso nesta escola era muita burrice.

Ele era um bom lutador, e isto chamava muito a atenção das gangues que tentavam todo dia recruta -lo, porem ele sempre negava, os irritando muito.

Mas neste dia eles estavam no vestiário. E quanto um deles, depois de um golpe, cai e quebra uma torneira...ele simplesmente some. Correu tão rápido que quase esqueceu a sombra.

Naquele momento bilhares de lembranças invadem minha mente. Eu só conhecia uma pessoa com hidrofobia que conseguia correr deste modo e andava com um guarda-chuva.

Saio correndo sem destino em sua busca. Ate me esqueço de meu compromisso.

–--- Monica! A onde você pensa que vai! ---- ele surge já me dando bronca. Faltei a meu encontro com os outros lideres novatos e ele estava possuído de raiva. Mas eu não estava nem ai.

–--- Cebolinha! Eu vi o Cascão. Me ajuda a achar ele! ---- Puxei o braço dele novamente e saímos os dois correndo pela escola como duas crianças.

–--- Você tem celteza? ---- ele me questiona tão animado quanto eu. Na verdade bem mais.

–--- Claro! Quase o molharam! Ele esta bem mais rápido do que antes. Não consegui ver pra onde ele foi.

–--- Se fol ele... já sei pla onde foi! ---- ele sobe as escadas.

É verdade! Quando o cascão se assustava ele sempre subia nas arvores para fugir, ou se enfiava em buracos.

Não tem erro. Ele estava lá em cima no telhado.

Eu queria ir ate lá e dar o maior abraço nele. Cheguei a encher o pulmão para gritar seu nome mas...

–--- Cascão...? ---- ele se aproximou ainda descrente.

–--- O que...? Cascão? Ninguém me chama assim dês de... ---- o cara se vira e os dois ficam a se encarar. Pude ver uma cicatris em seu rosto, mas não me atento a ela.

Parecia que não se reconheciam. Mas acho que aquele apelido tinha ficado marcado de alguma forma.

Quis deixar os dois em paz, e sai. Não era mais da minha conta.

Desso as escadas completamente satisfeita e perdida em pensamentos.

Meus amigos me fizeram muita falta.

Eles sempre me chamavam de gorda baixinha e dentuça. Mas era sempre brincadeira.

Depois de uma ou duas coelhadas tudo ficava bem de novo. Brincávamos todo dia.

Mas depois que sai de lá, nada foi o mesmo.

As crianças eram cruéis e me xingavam para valer. Se eu retrucava com pancada como antes chamavam os pais e virava um inferno.

Aprendi na pele o que significava a palavra bulling na escola. Ouvia o tempo todo disserem que eu tinha um problema de dentição.

E alem disso, tinha que esconder do mundo o que eu era capaz de fazer. O qual forte eu era.

Mas agora vejo que eu não era a única. Que nunca saiu do bairro do Limoeiro.

Mas eu tinha um grande problema. Mal desci as escadas e já estava cercada. Agentes das gangues menores estavam possessos com o meu desrespeito com seus lideres. Eu meio que tinha quebrado as regras de conduta... Ops!

Só pude reconhecer que eram vários por causa dos uniformes. Novamente vi alguns com os trajes do avesso ou ao contrario. Tinha ate um com calça na cabeça e blusa nas pernas! Bizarro!

Eles me cercam e eu me preparo. Mas... Ninguém me acerta.

Um cara para bem na minha frente. Ele usava um jaleco e estava carregando vários livros de ciências. Ele deixa todos cair e as faz de escudo bem na minha frente. Aquilo me impressionou muito. Ate por que, todos se afastaram e foram embora.

–--- Você quebrou uma regra de conduta. Vai ter que se retratar com todos. ---- ele me explica enquanto pegava os livros do chão. Loiro e mais velho ele tinha apenas as pontas do cabelo pretas. Parecia natural, mas me chamava muito a atenção. Principalmente sua franginha enrolada.

–--- F-fran-...Franjinha!!! ---- não me segurei como fiz com o Cascão. Abracei ele sem dó e ele riu.

–--- Eu prefiro ser chamado de Frankilim Franjoão Dinho Paiva Teoso. ---- ele sorri de modo convencido ao comentar seu nome de maneira autoritária e superior. ---- A quanto tempo Monica. Como você esta? ---- ele foi gentil e me acompanhou ate a sala de aula que estava uma zona. ---- Bem... Depois conversamos tudo bem? ---- ele finaliza nosso papo e depois põe os livros sobre a mesa e vira para a classe. ---- Muito bem turma! Vou começar a aula e não estou nem ai se vocês querem ou não!




Ass:Mônica Sousa


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Notas finais do capítulo

(Bem... Sim né. Achei óbvio. O Franjinha já era um gênio que fez uma maquina do tempo. E agora já esta formado com louvor. Como é mais velho que a turminha já o pus como professor mesmo. Depois conto a historia dele, vai surpreender prometo *-* to caprichando.)