Claro que me impressionei quando vi o Quinzinho...

Ele estava tão, tão... Acho que tenho um probleminha com caras com um “Q” de malvado...

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Eu não sei o por que, mas me sentia mais segura quando estava com ele.

Tinha voltado a minha cidade para reencontrar os meus amigos e dado de cara com o próprio inferno; e só me sentia segura quando estava perto da Monica, ... ou dele.

A Monica tinha seus afazeres como líder e idéias a concluir, e eu gostava de deixá-la sozinha com o Negi para ver se eles se resolviam.

Mas nada...

E enquanto isso nós saiamos...

Ele me contava mais coisas mais com seus gestos do que com as palavras, podia ver que teve uma vida dura por conta de suas cicatrizes. Ele chegou ate mesmo a me contar como conseguiu algumas delas, e eu me sentia muito bem junto dele; mesmo com os relatos horríveis. ... Creio que principalmente pelos relatos horríveis, sentia que ele confiava em mim.

E de fato começamos a nos encontrar cada vez com mais freqüência, e a cada dia duravam mais tempo. Chegando vezes que perdíamos a noção do tempo.

Me sentia a pior das pessoas por abandonar as reuniões iniciais de como montaríamos a gangue e como seria tudo, mas a verdade é que não queria fazer parte de uma gangue; e dar estas escapulidas com ele era ótimo.

Mas ele não chegou a me pedir em namoro...

–--- Magali...? ---- ele me abordou no corredor aquele dia, um dia qualquer como todos os outros no meio daqueles corredores infernais. ---- Você... o que você espera?

–--- Do que você esta falando? ---- eu acelerava o passo vendo que alguns caras bem mau encarados o seguiam, desde que este havia chego.

–--- Deste nosso... lance. ---- ele não queria dizer a palavra. ---- Você acha que pode ficar serio... um dia?

Me impressionei com suas palavras lógico. Aquilo era um pedido de namoro?

Mas não tive tempo de responder.

Ele teve sair. Estavam atrás dele, e depois disso só o vi quando descobrir ser o Cascão. O choque foi tanto, que não consegui mais falar com ele sobre o assunto.

Eu sou a pior...

~~ºº~~

A aventura com os fantasmas tinha sido terrível, e fomos para casa descansar. Claro que o desabafo do David foi inesperado e as acusações ao Negi terminaram de deixar tudo muito tenso; eu acabei por ficar rolando na cama sem dormir me sentindo a maior culpada por tudo o que tinha acontecido.

Eu dei a ideia do desafio, fui eu quem falei do Cebolinha e ainda sabia da opiniao de David sobre nós mas não falei nada.

Quando dei por mim um gás fez com que eu apagasse e já estava do lado de fora junto de todos.

O Cássio... Cascão estava ali... Será que ele nunca abaixava a guarda? Já o Negi parecia distante e muito distraído.

Mas eu também estava.

Tanto que não notei quando fomos salvos, eu só conseguia pensar a onde a Monica estava. O Cássio ate tentou nos ajudar, lutou mas foi rendido. Estava sozinho afinal.

Mas o Quinzinho... ? Aquilo foi uma surpresa. Eu não consegui respirar quando os dois saíram para conversar de canto. Por que justo eles dois!? Estava morrendo por dentro e o mundo tinha parado ali. Só me dei conta do tempo que tinha passado quando o Frankilin pôs o casaco sobre mim. Eu não poderia continuar ali e resolvi ir me trocar, mas ainda estava morrendo de medo do que eles estavam conversando há tanto tempo.

Justo hoje a Monica tinha que sair.

Justo quando mais preciso desabafar.

Quando estou desesperada para desabafar.

Que egoísta... Ela me avisou que tinha saído para buscar uma ajuda. Pois o David estava coberto de razão. Nós éramos fracos de mais para o que queríamos enfrentar, não podíamos nem sequer nos defender!

Ela me avisou que iria ficar o dia todo fora.

Mas o dia não queria passar... apesar de termos sido atacados, lutarmos, visto a historia do Quinzinho, discutido sobre o caso do David, do Negi e tudo mais... Mas mesmo assim para mim o dia estava mesmo parado.

Chegamos ate mesmo a ir à casa do Quinzinho (a ex padoca) a onde ele nos mostrou as coisas que fez nestes anos; nada que ele devesse se envergonhar. Na verdade ele só podia se orgulhar de cada um dos feitos; ate mesmo o próprio David ele salvou a vida! Nos apresentou também as garotas que trabalhavam ali e vimos que não eram tao vulgares ou loucas quanto pareciam. Uma mais linda que a outra... senti um pouco de ciúmes.

Mas nada comparado ao que o Negi fez quando a Monica voltou.

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Passamos um bom tempo treinando antes de irmos a o tal teste de força no casarão mal assombrado. E neste meio tempo juro que tentei retomar uma conversa saudável com o Cássio, mas era algo impossível... nossa relação estava destruída pelo choque e as lembranças do passado. Ele era o Cascão e eu a Magali, da pra me entender?

–--- M-me desculpa por...

–--- Pelo que? Eu também não te reconheci não é mesmo? ---- ele me bloqueia como já fazia a dias, estava a limpar uma arma, coisa que me deixava muito desconfortável. ---- Esta tudo bem...

–--- Mesmo? É que aquele dia que descobrimos sobre você... Bem parecia que você queria me dizer uma coisa... ---- tentei retomar a conversa perdida.

–--- Você quer mesmo terminar este assunto Ma-ga-li. ---- ele fala meu nome de forma estranha, mansa, a me dar um reboliço no estomago, me olhando por alguns segundo a esperar por uma resposta que eu não sabia dar

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–--- Maga! Vem aqui um segundinho migah! ---- e logo sou seqüestrada por Denise, não sabendo se eu a punia ou agradecia. ---- E ai? Rola ou não com o gato? Já ta na cara que tem o maior clima entre vocês então qual é o caso?

Punia.

–--- M-ma-mais o que você tem na cabeça? Da onde tirou esta idéia insana?

–--- Olha só pra você nem consegue esconder o nervoso. Olha escuta sua amiga Denise. O gato parece estar afim... então sem grilo se joga! ---- ela parecia alegre com o caso, é a mesma Denise de sempre que atrás de uma boa fofoca parecia mais interessada em romance do que em salvar nossas vidas.

Não tinha tempo para isso.

–--- Ei! Não me ignora Magali. ---- ela se irrita quando a ignoro e saio para tentar resolver os meus problemas, mas eu não queria mesmo falar nada sobre isso. Sobre minha estranha relação com um amigo de infância.

–--- Só peço que não se meta Denise. Não quero ser grossa com você, é uma ótima amiga. ---- murmuro cheia de remorso e com pouca paciência. ---- Mas enche o saco quando se intromete deste jeito. Tenho certeza de que você não iria gostar se alguém fizesse o mesmo com você.

Ela ficou parada me encarando. Juro não ter sido de propósito, não queria ofende-la mas alguém tinha que dizer aquilo a ela; não era mais uma criança.

Depois disso consegui ficar mais em paz com meus problemas pessoais. E sempre que parecia que Denise iria fazer ou falar algo, eu rapdamente olhava para o Xaveco coisa que parecia a paralisar de sima a baixo. Ela não admitia mas era tao obvio... (risos)

~~ºº~~

Já era tarde.

Quase de noite e nenhum de nós queria voltar para casa, estávamos muito entretidos a debater e discutir planos e estratégias de como lidar com o caso do David.

O Nimbos havia “dado com a língua nos dentes” e revelado que na verdade ele estava sendo mantido como brinquedinho da Bruxa Viviane.

Todos ficaram muito revoltados e queriam fazer algo.

Foi ai que a Monica chegou.

Alegre ela desceu do carro e logo o Cassi... Cascão apre... reapresentou o Quinzinho e ela por sua vez não acreditava no que via.

–--- Então era você me encarando aquele dia? ---- ela brinca e sorri, estava mesmo feliz. Tinha gostado da idéia de não nos amedrontarmos e querermos ir atrás do David. ---- Não vai me dizer que me reconheceu logo de cara.

–--- Não. Não reconheci só estava meio confuso, por que você e o Xaveco não estavam com uniforme da gangue que estavam andando junto. Tinham me dito que vocês voltaram. ---- ele sorri, mas logo volta a ficar serio. ---- Os donos da cidade... Não gostam nada de vocês, vocês sabem disso não é? Eles querem vocês mortos.

–--- Já ouvi falar. Mas não ligo. Que venham vamos acabar com todos!

Estava tudo lindo e todos riam ate que “ele” sai do carro.

–--- Ah! Mas eu não sumi por nada. Olha trouxe ajuda. ---- a Monica se vira e vai ate o carro, e de lá ela não volta sozinha. ---- Ele veio nos ajudar. Vai ficar morando comigo.

De fato não ouvi muito do que a Monica explicava e acho que não fui a única.

Já vi muitos rapazes bonitos na vida. Mas nunca um herói de filme de ação ou herói de revista em quadrinhos. O cara era per-fei-to.

O corpo desenhado e bronzeado sem nenhuma marquinha me trazia a imaginação de como ele havia conseguido tal cor na pele, os cabelos lisos e brilhosos de uma boa alimentação. E os olhos, ai os olhos mais firmes e penetrantes que já me olharam.

Ele nos cumprimenta com um abano do chapel.

E logo todas vão ate ele forra-lo de perguntas.

–--- Nossa Monica. Não sabia que você estava podendo tanto. ---- a Denise é que começa a por fogo na lenha, sem nem perceber. ---- Que bofão em.

–--- Do que você esta falando menina? ---- a Monica nem se toca, inocente do que “todos” estavam especulando, e segue em direção a sua própria casa, estava cansada por conta da viagem.

–--- Que bom que estão todos aqui leunidos... ---- ele começa a falar primeiro em um tom baixo, mas depois excede a voz. ---- Depois de tudo... o que vocês falalam... e me fizelam... eu tomei uma decisão. ---- eu podia ver que estava muito magoado. Magoado e ferido. E não era por menos. ---- Lesolvi sail do glupo de uma vez pol todas. ---- ele finalmente nos encara; engolia seco e depois volta a olhar para a Monica uma ultima vez. ---- Não tenho mesmo motivos pala fical com vocês,... e vocês me plovalam isso. Não me ploculem mais. A paltil de hoje selemos inimigos.

Ninguém sabe o que dizer e a Monica corre ate ele, mas acaba sendo despachada e atacada pelo Floquinho. Depois disso ele nunca mais voltou.

Ass: Magali Noëlle Guiffray ♥