Soluço, o líder de Berk: A Era dos Dragões escrita por Temperana


Capítulo 17
Desculpas à Anciã


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos...
Eu realmente estou com muita falta de sorte. Eu ia postar ontem só que fiquei sem internet. Quase surtei, mas pelo menos conseguirei postar agora.
Estou tão enrolada, mas querida Princess, agradeço de verdade pela recomendação. As suas palavras me encheram de alegria meu docinho. Obrigada :)
Espero que gostem desse capítulo! Até as notas finais...



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Nada foi mais fantástico e encantador do que a noite em que voltamos da Primeira Tarefa. Eu, Astrid, Ágda e Einar sentamos ao redor da nossa lareira, em nossa casa e contamos a nossa jornada do dia. E sabe por que foi tão encantador? Porque todos nós estávamos sãos e salvos.

Ágda estava machucada, mas por sorte não era nada muito grave. Ela estava feliz por Chama está bem e isso deixava ela mais calma. Ela colocou a cabeça no meu colo enquanto eu acariciava seus lisos cabelos ruivos e contava o que eu e Banguela havíamos dentro passado da Caverna Oculta. E então ela adormeceu tão serena que me fez sorrir. Ela fora grande naquela Batalha.

Einar estava com os braços ao redor da cintura de Astrid. Na maneira carinhosa como ela o embalava, ele logo adormeceria também. Einar mostrou-se tão calmo no meio do caos que me impressionara. Ele era muito parecido comigo. Ele era responsável. Ele já era um líder embora não enxergasse.

Normalmente Ágda estaria recebendo carinho de sua mãe e Einar de mim. Era uma troca rara de se ver, pois cresceram apegados a nós de maneiras diferentes. Mas a paz reinava. E desejei que o Furioso não existisse para que não atrapalhasse aquela nossa felicidade.

Coloquei Ágda no meu colo e a levei para o seu quarto e Einar veio logo atrás, também se deitando. E os meus dois anjinhos adormeceram rapidamente, cansados, esgotados. Eu e Astrid nos deitamos também em nosso quarto. Ela afundou sua cabeça em meu peito.

–Pensei que tinha perdido você hoje – ela disse quase num sussurro.

–Acho que não foi por falta de tentativa – eu disse rindo. Obriguei ela a olhar para os meus olhos. – Eu sempre dou um jeito e você sabe disso. Embora eu tenha ficado com muito medo de manhã, concentrei-me ao máximo na Caverna. Mentalizei que salvaria os dragões e que voltaria para você – ela sorriu. – E não vamos contar as vezes que eu quase morri, não é mesmo?

–Faltará tempo – ela riu e suspirou. – Promete que não fará de novo algo desse tipo? – ela perguntou.

–Olha, prometer... Prometer é uma palavra muito forte.

Ela baixou os olhos, mas eu levantei seu queixo e ela olhou para mim. Beijei a ponta do seu nariz e então a sua boca calmamente.

–Você sabe que eu vou tentar tudo por eles, por nós. Eu vou atrás do Dragão de Fogo e atrás do Furioso se for possível. Mas não vou desistir. Vou tentar. Vou lutar. Não importa como.

–Sei que você vai lutar. Essa sua força e essa sua persistência foi sempre o que admirei em você. E uma das coisas que eu amo em você Soluço. É só que... Eu levei um susto hoje. Um susto enorme. E só de imaginar viver sem você... Eu... Não consigo – uma lágrima escorreu em seu rosto.

–Desculpa – eu enxuguei sua lágrima com o meu polegar. – Não vou entrar mais em cavernas desmoronando ou algo do tipo – eu disse em tom de brincadeira.

–Eu espero que cumpra a sua promessa Senhor Strondus – ela disse com os seus olhos semicerrados e sua boca muito próxima a minha. Eu ri.

–Senhorita Strondus – tem uma coisa que você precisa saber: sempre chamo a Astrid de senhorita. – Permita-me matar a minha saudade? – coloquei minha mãe em sua cintura e a puxei para mais perto. – Afinal eu quase morri hoje.

–Bem... – ela me olhou de forma desafiadora. – Está certo. Você merece Strondus – e eliminamos a distância entre nós.

*****

No dia seguinte, eu fui obrigado a ficar em casa. Foi um grande complô da minha mãe e da Astrid na realidade. E por mais que eu tenha tentado recusar, dito que tinha obrigações como líder a cumprir, elas não cederam. E quem foi obrigado a ceder fora eu.

Meu pai cuidou da ilha por mais um dia então. E embora eu tenha passado o dia inteiro bufando dentro de casa, foi bom ver a Astrid feliz no final do dia. Mas naquela manhã eu não suportaria ficar em casa novamente. Outro dia não. E, além disso, havia coisas que eu tinha que resolver...

Eu acordei mais cedo do que o normal. Eu tinha uma incrível sensação de culpa dentro de mim. Embora tivesse uma ideia do por que, ainda me questionava sobre o que fazer quanto a isso.

–Eu tenho que lhe pedir desculpas – eu murmurei enquanto o sol nascia em Berk. Demorou, mas concluí que precisava dizer em voz alta para clarear a minha mente.

Suspirei. Felizmente Astrid não acordou quando eu levantei-me, cobri-a com mais cobertores e quando lhe dei um beijo no topo de sua cabeça.

Peguei uma roupa qualquer e fui tomar o meu banho. Desejando com todas as minhas forças que a água não estivesse muito fria naquela manhã gelada. E por sorte a água estava menos congelante do que o normal.

Percebi que eu tremia dentro da banheira. Abracei os meus joelhos. Não podia colocar toda a culpa no frio daquela vez. Eu não estava louco. Ou melhor, tão louco. Só precisava fazer desesperadamente algo.

Saí sem comer nada (o que eu fazia na maioria das vezes) e vi que Banguela ainda dormia no seu abrigo individual. Cogitei a ideia de subir até a casa da Anciã a pé sozinho.

E já estava desistindo da ideia de falar com a Anciã logo cedo. Mas acho que o Banguela percebeu minha presença, pois quando vi ele estava empurrando-me por trás.

–Oi amigo, bom dia. Eu acordei você? – eu lhe perguntei.

–Não exatamente. O mestre é apenas um pouco barulhento quando anda para lá e para cá – eu ri.

–Preciso ir falar com a Anciã, pode me levar até lá?

–É claro mestre.

Fazia pouco tempo que havíamos subido até a casa dela para entender o meu sonho. E agora eu subia para contar uma péssima notícia. Embora desconfiasse que ela já soubesse de tudo, eu precisava falar com ela. Era mais do que minha obrigação.

A Anciã estava sentada na espécie de sacada da sua casa, olhando para o mar e acariciando um dos seus Terrores Terríveis. Sentei-me ao seu lado e dei um longo suspiro. Banguela deitou atrás de nós e desconfio que dormiu imediatamente.

–Você já sabe não é verdade? Por isso está aqui? – eu perguntei, também olhando para o Oceano Interno.

Ela não me respondeu como era de se esperar (ela era muda, como sabem). Mas eu ainda tinha o que dizer.

–Eu vim aqui porque quero pedir minhas mais profundas e sinceras desculpas a você, Gothi. Ela morreu por minha causa. Ela morreu para me salvar de alguma forma. Ela era a sua irmã e uma das pessoas mais incríveis que eu já conheci. Sei que os pais dela não estão mais aqui. Então eu vim agradecer a você pela Walquíria. Agradecer você pela sua irmã. Sem ela não estaria aqui. Eu estaria morto e soterrado pelas pedras da Caverna. Obrigada por escolhê-la como a sucessora da Senhora dos Nomes. Desculpe-me por perdê-la.

Ela levantou-se lentamente e foi até a areia, onde fazia os seus desenhos e que eu pude interpretar.

“Não entendo por que veio aqui se desculpar comigo meu senhor. Não há nenhuma razão para isso. Eu sabia da missão dela, que era esperar o Encantador. Sabia que quando o encontrasse ela teria cumprido a sua missão no mundo. E então ela partiria. E quando você veio falar do seu sonho, eu sabia que a vida dela havia entrado em contagem regressiva. Ele era uma pessoa especial e abençoada. Mas meu líder, agradeço muito por ter vindo aqui. Por ter se preocupado comigo. A minha irmã trouxe muito orgulho para a minha vida.”

–Ela trouxe muitas coisas para as nossas vidas Gothi. Walquíria era bondosa. Eu também me orgulho dela – ela olhou de um jeito tão carinhoso para mim que me enchi de alegria.

Por mais que Gothi fosse a Anciã e devesse cuidar de mim de certa maneira, só havia sinceridade naquele sorriso. E percebi que ninguém nunca havia se preocupado assim com ela.

–Estarei aqui para o que precisar – ela fez uma reverência respondida por mim. – Anciã, a senhora tem mais algum conselho para mim?

Ela olhou-me como se vasculhasse a minha alma. E finalmente voltou a desenhar. Ajoelhei-me ao seu lado e ela colocou a mão em meu coração, como se quisesse confirmar o que me dizia. Desviei do seu olhar para interpretar os seus desenhos.

“Siga o seu coração Encantador. Ele sabe o caminho certo.”


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Notas finais do capítulo

Gostaram amores??
Enfim, acho que a Gothi merecia esse capítulo. Ela é a Anciã, mas ainda é humana. Ah claro, teve aquele momento hiccstrid. Interpretem o que quiserem dele...
Eu necessitava postar o próximo capítulo amanhã. Em função da data, 1º de março. Mas se eu vou conseguir é outra história. Vou tentar amores, sou teimosa.
Obrigada pelos comentários, vou responder o máximo agora. Um beijo enorme e até a próxima anjinhos...
Temp