Soluço, o líder de Berk: A Era dos Dragões escrita por Temperana


Capítulo 12
Um dia antes da Primeira Tarefa


Notas iniciais do capítulo

Oii!!
Meus anjinhos, agradeço pelos comentários maravilhosos... Que bom que deu certo a postagem ontem rsrsrs
Espero que gostem do capítulo amores, até as notas finais...



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Eu dormi apertando Astrid em meus braços. Custasse o que custasse eu iria protegê-la de tudo e de todos que pudesse fazer mal a ela. Custasse o que custasse.

Embora ela fosse bem forte para se cuidar sozinha...

Eu tentei levantar-me sem acordá-la, o que não deu muito certo (nunca consigo levantar sem acordá-la quando estamos abraçados). Ela abriu os olhos turquesa e sorriu para mim.

–Eu sou realmente péssimo na missão de tentar não te acordar – eu disse colocando uma mecha do seu cabelo atrás da sua orelha.

–Eu concordo plenamente – ela riu. – Mas eu gosto de acordar com você aqui comigo. Gosto quando você me acorda sem querer.

–Eu também – nós dois rimos. – E eu odeio dizer isso milady, mas eu tenho que ir. Para variar vou fazer as minhas obrigações de líder.

–Você sempre faz suas obrigações – ela diz e revira os olhos.

–É, a maioria. Mas meu pai me ajuda bastante.

–Você é um ótimo líder, nunca se esqueça disso.

–Obrigado – eu dei-lhe um beijo e levantei-me. – Eu te vejo lá embaixo – eu disse após colocar minha armadura.

–Eu já vou descer.

Eu desci as escadas e quando cheguei ao fim quase fui derrubado pelo Banguela, que deu um pulo em cima de mim.

Bom dia para você também amigo – ele riu com o meu sarcasmo.

O Banguela veio praticamente pulando atrás de mim em busca de peixes para o seu café da manhã. Eu dei-lhe a quantidade que julguei necessária de peixes e fiz o café. Então Einar desceu e começou a me ajudar com a tarefa.

–As lanternas estão com a vovó? – ele perguntou para mim, enquanto colocava os pães na mesa.

–Estão sim, devem estar no Estábulo. Acho que devem estar com a quantidade de óleo máxima – coloquei as xícaras na mesa e suspirei. Eu olhei nos olhos verdes de Einar de modo tão firme que tenho certeza que mostrei a seriedade do assunto. – Einar, me prometa que irá...

–Homens na cozinha? – eu fui interrompido por Ágda, que descia as escadas com Astrid.

–Depois nós falamos sobre isso – eu disse a ele, que assentiu com a cabeça. – Eu sei cozinhar dona Ágda – eu disse e ela riu.

–Ele com certeza cozinha melhor do que eu – Astrid disse. Eu dei um beijo em sua bochecha.

–Você cozinha bem melhor agora Astrid. Não me faça te lembrar da sua famosa cidra de iaque.

–Calado senhor Strondus – ela jogou um pano de prato em mim e eu caí na gargalhada.

Foi um café da manhã bem animado para aqueles que praticamente mergulhariam para a morte no dia seguinte. E foi bem difícil deixar aquele ambiente de tranquilidade...

Eu fui para o Grande Salão onde eu encontrei para a minha sorte o meu pai. Aquele que eu estava procurando.

–Pai! – eu chamei. Ele virou-se para mim e sorriu. Eu amava aquele sorriso. Ele dizia para mim que estava tudo bem. Que tudo ficaria bem. Que me amava acima de tudo.

–Bom dia filho – eu recebi um abraço razoavelmente apertado.

–Eu preciso te dizer uma coisa, ou melhor, pedir uma coisa. Eu creio que minha mãe já te contou sobre o meu plano.

–Sim, ela me contou. E eu acho que não adianta nada eu te dizer que eu odiei esse seu plano e que não quero que você vá em hipótese alguma, não é verdade?

–E não adianta mesmo, desculpe pai. Mas eu preciso que você cuide da ilha para mim, por favor. Eu espero que seja só por um dia. Sei que está aposentado, mas preciso da sua ajuda.

–Mas é claro que te ajudo filho. Apenas... Só cuide-se, por favor. Se algo acontecer com você eu não conseguiria viver... Eu... Não conseguiria...

–Olha – eu segurei a sua mão. –Tudo dará certo, confie em mim.

–Eu confio em você, pois é isso que o seu olhar me passa – assim como o seu pai. – Mas aqueles pilotos são um pouco irresponsáveis e loucos. Com exceção de sua família é claro.

–Isso é o de menos pai – eu ri.

–E, além disso, há aquela Caverna, nunca confiei nela.

–Não se preocupe, iremos voltar bem. Eu irei falar com a mamãe agora. Obrigado pela sua ajuda.

–Sempre que precisar – ele sorriu preocupado.

–Vejo você mais tarde – eu disse saindo do Grande Salão.

Eu desci até o Estábulo na parte mais baixa da ilha. O Banguela havia ficado em casa para cuidar de Einar, Ágda (e até mesmo de Astrid e Tempestade) que iriam treinar na floresta. Sombra e Chama Crescente ainda estavam no estábulo, mas os abrigos deles já estavam ficando prontos em nossas casas.

Minha mãe estava na Ala dos Pesadelos Monstruosos.

–Bom dia mãe! – eu disse. Ela virou a cabeça em minha direção.

–Olá filho – ela acariciou um dos Pesadelos e me abraçou depois. – Achei algo que tenho certeza que te ajudará. Sobre a Pedra de Fogo e a Caverna.

–Certo.

Ela me conduziu até uma sala dentro do Estábulo e pegou da mesa um papel. Deduzi que aquela era a sua sala ali no Estábulo. No papel estava desenhada uma Pedra. Uma Pedra vermelha com o que pareciam chamas amarelas em baixo. Era magnífica.

–Está é a Pedra de Fogo – minha mãe confirmou minhas suspeitas.

–Ela é realmente linda – eu disse. – Acho que não terá como confundi-la.

–Achei essa imagem em um livro lá em casa – ela me entregou o papel. – Soluço, tome muito cuidado lá dentro da caverna. Lá dentro têm muitas armadilhas. A maioria das pessoas não consegue passar por elas e ninguém sabe o porquê – ela deu um longo suspiro. – Porque ninguém voltou de lá com vida – Ah ótimas notícias logo de manhã. – Por favor, tome cuidado – ela coloca suas mãos em minhas bochechas e noto uma lágrima escorrer em seu rosto. Mas ela ainda sim me deu apoio. – Vai dar tudo certo. Eu tenho certeza que você tem o que eles não tinham. E eu cuidarei deles para você. Não se preocupe.

–Eu também confio em você mãe. Não se preocupe também. Eu vou organizar as lanternas e os balões agora, está bem?

–As lanternas estão lá na outra sala. Eu consegui 12 lanternas, dá para todos, inclusive para você.

–Eu tenho combustível para as lanternas e os balões de água lá na Academia. Eu vou levar as lanternas para lá.

–Certo, eu te vejo à noite então?

–Sim, nos encontraremos à noite na Academia.

Passei o dia de um lado ao outro da Ilha. Ajudei os Berkianos e organizei tudo na Academia. Também mandei bilhetes aos pilotos para encontrarem-se à noite na Arena, por meio do correio aéreo com os Terrores Terríveis.

Eu consegui encontrar o meu pai apenas ao entardecer. E embora eu tivesse a certeza que o veria de novo, foi uma despedida dolorosa.

–Um líder protege os seus – vi lágrimas em seus olhos embora ele tentasse espantá-las. Assim como eu tentava também. Meu pai quase nunca chorava e sabia da dor dele naquele instante.

–E esse líder aqui voltará para casa. Para proteger os meus...

O Banguela me ajudou à tarde e quando eu vi já estava de noite e eu já estava na Arena, esperando os pilotos.

–Você deveria dormir – a voz da Astrid ecoou na Arena, atrás de mim.

–Pior que não falta vontade – eu disse virando-me para ela. Ela me deu um abraço carinhoso.

–Eu descobri hoje que a minha mira com machados está ótima – eu ri.

–Correção: continua ótima.

–Obrigada – ela sorriu e me olhou nos olhos.

–Coitada das árvores da floresta – eu ri e ela fingiu estar irritada comigo.

–A sua filha não fica muito atrás no quesito mira. Eles estão vindo com o Sombra e Chama.

–Eu concordo a sua flecha é certeira. Ela puxou a mãe com certeza – eu segurei sua cintura.

–Você também é ótimo com um arco e flecha – ela colocou seus braços em voltado meu pescoço. –Pelo que eu sei desde criança você era ótimo.

–Não era o que meu pai gostava.

–Mas é o que eu gosto em você. Deste Soluço forte.

–Eu te amo – eu lhe disse com os olhos cravados nos seus.

–Eu também te amo. Muito – ela respondeu e eliminamos a distância entre nós.

Na verdade, enquanto nós dois nos beijávamos, eliminamos o mundo a nossa volta.

Eliminamos os problemas.

Eliminamos as tristezas.

Éramos apenas nós dois...

–Deixe a melação para amanhã, os dois – Bem, nós dois e o Melequento. O Melequento disse e entrou na Academia, com um dos braços abraçando a Cabeça Quente. Era maravilhoso vê-los juntos, vê-los felizes daquele jeito.

Astrid virou-se de frente para ele e eu abracei-a por trás.

–Você estragou o momento Melequento – ela disse ironicamente.

Os outros pilotos e minha mãe entraram na Academia.

–Minha especialidade – ele respondeu.

Eu ri. O Melequento sendo o Melequento... Ele nunca mudaria.

Nós sentamos no centro da Arena.

–Muito bem pessoal. Nós sairemos bem cedo amanhã, após o amanhecer. Estejam bem cedo aqui amanhã para a distribuição dos materiais já com os seus dragões. Se tudo der certo – e tudo dará – nos encontraremos ao entardecer aqui na Academia. Estão todos preparados? – eu disse calmamente.

–É.

–Com certeza.

–Mais do que preparado.

Ouvi as exclamações e sorri. Pelo menos eles pareciam confiantes.

–Então descansem e, mais do que tudo, permaneçam calmos. Tudo dará certo, até amanhã amigos.

Todos saíram, não sem antes me cumprimentarem. Embora fossem todos os meus amigos, eu ainda era o líder de Berk. E eles, de sua maneira, desejaram boa sorte ao seu líder...

Dormi sem largar a Astrid em nenhum minuto. O medo de perdê-la era maior do que tudo. Arriscaríamos as nossas vidas no dia seguinte. E eu mais ainda.

Eu sonhei com um dragão naquela noite. Eu não consegui identificar qual espécie era, apenas que era um Dragão do Fogo, da Classe Chama. Eu sabia qual era o dragão. E esse dragão disse carinhosamente para mim em dragonês.

–Boa sorte Encantador...


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Notas finais do capítulo

Gostaram??
Não há nenhum livro em especial nesse capítulo :)
E então, preparados para Primeira Tarefa?? Ela é dividida em três partes, As despedias, Os pilotos e O Encantador... O que acham que vai acontecer??
Até o próximo capítulo meus anjinhos... Com carinho,
Temp