Saint Seiya High School escrita por Myu Kamimura, Madame Chanel


Capítulo 5
V: Abriram-se os portões do inferno


Notas iniciais do capítulo

Finalmente, o primeiro dia de aula. Revolta de alguns, alegria de outros. Alguns quietos, outros bagunceiros... Mas uma coisa é unanime entre eles: o tamanho das túnicas de Kammy e de Sammyrah tirou-lhes o fôlego



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Na segunda-feira, o Sol e o canto dos pássaros acordaram os Cavaleiros do Zodíaco. Geralmente, os Cavaleiros de Ouro acordavam mais tarde, porém, naquela manhã todos tinham seus compromissos, uns como professores, outros como alunos. No conjunto de cabanas dos aspirantes, Louise e Pierre haviam dormido na cabana de Alexandre, já que os dois haviam escapado, juntamente com Kammy e Sammyrah, até o Vilarejo de Rodório. Em outra cabana, Ikki recusava-se a vestir a túnica azul do uniforme, enquanto Shiryu penteava os cabelos. Na do lado, Shun e Hyoga sentiam-se estranhos usando saia. E, na outra, Seiya já havia saído. Queria falar com Saori antes da aula.
Na Casa das Amazonas, Kammy, Mireiya e Danielle já estavam mais do que apostas, enquanto Sammyrah, de ressaca, ainda não havia levantando:
—Acorda... Você vai se atrasar no primeiro dia! – tentava acorda-la, em vão, Mireiya.
A garota de cabelos azuis insistiu por muito tempo, até que a pequena ruiva sentou-se a beira da cama da maior e falou:
—Sammy... A aula de hoje é de geografia. Com o Grande Mestre.
—Como é?! Estamos atrasadas?! – respondeu a ruiva, pulando da cama.
—Hahahaha... – riu Kammy – a Dani acertou! E não, Sammy... Ainda não estamos atrasadas. Se vista rápido.
A ruiva se dirigiu ao banheiro, a fim de fazer sua higiene diária.
Enquanto isso, Seiya subia pelo caminho paralelo até o Templo de Athena. Ele queria ouvir da boca da própria Saori que ela estava tendo com Shô. Porém não precisou falar nada, já que encontrou a deusa pelo caminho, juntamente com o Cavaleiro de Aço:
—Seiya... O que faz aqui? – perguntou a Deusa. – A aula só começa em uma hora e lá embaixo.
—Eu... Queria falar com você, mas deixa pra lá. Depois a gente conversa.
—É... Espere. – a deusa vira-se para o jovem que a acompanhava e diz – Shô, você pode me esperar lá embaixo?
—Claro que sim. Com a sua licença – o rapaz lhe reverencia e sai.
—E então Seiya, o que queria falar comigo?
—Por que Saori-chan?
—Por que do quê?
—Por que você se aproximou do Shô?
—Me aproximei? Seiya... Ele é apenas meu amigo, nada mais que isso! Por quê? Você está com ciúmes?
—E-e-eu? Com ciúmes?! Ah, me poupe, né, Saori-chan ! Nós... Nem temos mais nada...
—Não...
—Então... Era... Só isso que eu queria saber... Com licença.
O rapaz reverencia a deusa e desaparece entre as colinas. Saori estampa um leve sorriso em seu rosto. A pergunta de Seiya havia lhe dado esperanças. Ela sentiu que ele ainda gostava dela.
Cinquenta minutos depois, todos já haviam chego a cabana onde era a escola do Santuário. Milo, Camus e Aiolia caçoavam da túnica de Aldebaran, que estava justa demais:
—HAHAHAHA! Tá muito bizarro isso, Debas!
—Ah! Mas aquele baitola do Afrodite me paga! Me deixou com túnica de rapariga!
—Não liga pra eles, Aldeba... – interrompeu Mu – O Afrodite deixou todo mundo com cara de rapariga ao fazer essas túnicas.
—Pior não é usar túnica de rapariga, caras! – intrometeu-se Ikki – Pior é ter que frequentar a escola com um monte de pirralhos e sermos tratados como pirralhos!
—Bah! A Saori-san só fez o que achou melhor para nós... Mas eu preferiria que tivesse sido com um professor particular. Seria menos... Humilhante – completou Shiryu.
—Não! A Saori-chan não fez nada melhor para nós! – revolta-se Seiya – Essa escola foi uma ideia daquele cientistazinho de merda metido a Cavaleiro do Zodíaco!
—Santo ciúme, hein Seiya! – riu Shura.
—EU NÃO TÔ COM CÍUME TÁ? SÓ TÔ REVOLTADO! EU NÃO QUERO ESTUDAR COM UM MONTE DE PIRRALHO!
—Pois vá se acostumando com os “pirralhos”, japonês! – intimidou Alexandre, entrando na escola, acompanhado de Louise e Pierre.
—Esse aí é viado que nem o mestre! – debochou Milo.
—Não ouse falar do meu mestre, seu inseto de rabo torto!
—Olhe como trata meu mestre, russo! – irritou-se Louise.
—QUEREM PARAR COM A BRIGA? – intrometeu-se Camus – Ou falarei com o Grande Mestre para redobrar os exercícios de todos vocês.
—Sim, mestre Camus... – os três falaram, tomando seus lugares.
—Vi só o que eu disse sobre pirra-... Aaaaaah...
Ikki não conseguiu terminar a frase ao ver Kammy e Sammyrah entrarem na escola. As duas estavam de máscara, mas haviam apertado a cintura e cortado generosamente a saia da túnica. Em outras palavras, o que fez todos os rapazes da sala, inclusive os mais jovens, derramar litros de baba, foram as curvas das duas aspirantes a amazonas. Elas deram "bom dia" aos rapazes e sentaram nas duas carteiras da frente. Mireiya e Danielle entraram atrás e se espantaram com o silêncio do lugar:
—Loui... Ale... O que deixou todo mundo mudo assim? – perguntou Mira.
—As túnicas da Sammy e da Kammy.
A única coisa capaz de quebrar o “transe” em que estavam os rapazes foi o toque do sino, indicando o início da aula. Saga entrou na classe, usando uma túnica semelhante a dos rapazes e carregando dois livros:
—Bom dia.
—E aí velho?! – saudaram os Cavaleiros de Ouro.
—Bom dia, Grande Mestre – responderam os japoneses.
—Bom dia, querido professor! – responderam os aspirantes.
—Bajuladores... – resmungou, Seiya.
—Podem retirar essas formalidades... Aqui não sou Grande Mestre e nem Saga de Gêmeos. Sou o professor Saga, sem querido, está certo, crianças?
—Sim, Professor Saga – todos falaram, uns em tons mais feliz e os mais velhos em tom de tédio.
—Bem, eu vou ensinar... Geografia. Mas com a turma da bagunça dourada fica difícil!
—Relaxa aê, profs que não vou bagunçar na sua aula! – respondeu Aiolia.
—Acho bom... Athena está aqui perto e escuta tudo! Enfim... – ele pegou um livro e abriu – Vamos começar falando da América do Sul, pode ser?
—Onde diabos fica isso?! – perguntou Milo – É algum país europeu subdesenvolvido?
—Pô, mas você é um burro mesmo, hein, Milo! – zoou Shura – É claro que a América do Sul fica na Ásia!
—Ah! Mas é tudo lesado mesmo! A América do Sul nem é pais! É um continente! – interrompeu Sammyrah.
—É isso mesmo! É inclusive onde fica o meu Brasil – completou Aldebaran, surpreendendo os amigos dourados.
—AH! NÃO INTERROMPE A GOSTOSA, Ô TINA TURNER DA BAHIA! – brigou Aiolia.
Oxi... Mas eu não sou da Bahia! Sou do Ceará!
—QUE SEJA BAHIA OU CEARÁ! O IMPORTANTE É NÃO INTERROMPER A GOSTOSA!
—SILÊNCIO! – berrou Saga. – Tanto a Sammyrah, quanto o Aldebaran estão certos. A América do Sul é o continente onde fica o Brasil. Os dois ganharão uma estrelinha.
Saga vai até sua mesa e pega dois adesivos em forma de estrela dourada:
—Esse adesivo será uma forma de saber quem participa da aula. No fim dela, quem tiver mais adesivos, ganha um prêmio.
—Que prêmio, Professor? – perguntou Sammyrah, cruzando fatalmente as pernas.
—É... É... É...
—Professor? – ela repetiu a pergunta, mudando o lado da cruzada.
—É... É... É...
OW PROFESSOR ACORDA! – berrou Milo – Qual é o prêmio?!
—Ah, Ah sim... É um prêmio surpresa.
Saga colou a estrelinha de Sammy e a de Aldebaran na túnica dos mesmos e continuou a aula. Naquele dia, a ruiva havia ganhado mais estrelas. O prêmio dela foi um espelho pequeno, em forma de estrelinha:
—É uma coisa simples, apenas por ter participado da aula.
—Bah! Pensei que a gente ia ganhar outra coisa! – implicou Hyoga.
—Na verdade... Eu entrego o prêmio de acordo com quem tem mais estrelas. Trago um prêmio masculino e um feminino.
—Obrigada pelo espelho, Professor. – a garota falou sorrindo – Eu estava mesmo precisando de um novo.
—Mas nada de usá-lo durante a aula.
Ow Saga... Você assistiu filmes colegiais antes de dar aula né? – perguntou Mu – fala sério! Parece aqueles professores de filme americano barato.
—Querem parar de torrar minha paciência? Se ela ficar se olhando, não prestará atenção na aula.
—Professor... – manifestou-se o, até então, quieto Camus – Não é querendo te corrigir, mas ela usa máscara. Não vai ficar se maquiando durante a aula.
—Mas o cabelo eu arrumo, Mr. Freezer!
—Enfim... Não é pra usar durante a aula, entendeu?
—Sim professor. – afirmou ela, cruzando as pernas novamente.
—É... É... É...
O sino começou a bater, indicando o fim da aula:
—Podem ir embora. Até a próxima semana.
—Até.
Todos saíram. Sammyrah e Kammy fizeram questão de sair por ultimo, em especial a ruiva:
—Até segunda, professor Saga – falou a ruiva, seguindo a loira até a saída.
—Até, Sammyrah.
O Grande Mestre ficou atordoado. Pudera: uma garota de 17 anos estava lhe tirando o fôlego:
—Saga, controle-se! A diferença de idade é enorme! Enorme! – falava ele para si mesmo, subindo até sua sala.
Naquele mesmo dia, Saga quis assistir aos treinos no Coliseu. Fazia calor, então ele deixou os trajes cerimoniais de lado e optou por usar uma túnica única e de tecido leve, seu elmo e alguns rosários. Lá chegando, avistou Louise, Alexandre e Pierre na companhia de Milo, Afrodite, que se mantinha debaixo de um guarda-sol, e Camus. Do outro lado, viu Mireiya e Daniele, explodindo algumas pedras lançadas por sua mestra Marin, Kammy e Helena treinando golpes e, finalmente, Sammyrah, recusando-se a fazer os exercícios impostos por sua mestra, Shina. Porém, ao avistar Saga, as coisas mudaram. Ela levantava os pesos, dava chutes no ar e dava saltos mortais:
—Nossa! Nunca vi a Grã-Duquesa tão empenhada em treinar assim... – impressionou-se Shina – O que te deu hoje?
—Estou animada, apenas isso! – respondeu a garota, alongando as costas, enquanto olhava para o Grande Mestre.
Saga lhe deu um sorriso e saiu, rumando novamente para sua sala. A imagem da garota não lhe saia da cabeça.

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Notas finais do capítulo

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Sem reviews, sem capítulo VI ok?!
Beijos



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