Innocence escrita por KatCat


Capítulo 5
Chapter Four — My Dilemma


Notas iniciais do capítulo

Hell-o! Cheguei cedo, uh? Bem, o que posso dizer, estava inspirada u.u Mas, tenho que admitir, estou um pouquinho chateada. Dois comentários no capítulo passado e a fanfic tem vinte acompanhamentos. Isso realmente dói pessoal, porque eu tenho a impressão de que vocês não estão gostando. Obrigada as duas lindas que comentaram, mas as outras... Bem, espero que vocês entendam o quanto dói você se esforçar para fazer uma coisa para os outros e quase ninguém dar valor a isso. Voltando: era para eu ter postado isso aqui mais cedo, mas eu sai, então, aqui está huehue. Bem, aproveitem!



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Cam — sussurrei, encarando o loiro que estava apoiado na parede oposta a mim. Ele sorriu de leve e eu desencostei da porta, correndo até ele e jogando meus braços em volta de seu pescoço, apertando com toda a força que eu tinha. Ele retribuiu do mesmo jeito, e eu o apertei ainda mais, com lágrimas em meus olhos e as sobrancelhas franzidas — Tudo está caindo aos pedaços novamente!

Os acontecimentos da vida de uma pessoa estão todos aglomerados um minuto após o outro, sem nenhum intervalo de tempo, páginas em branco ou pausas em capítulos, porque não importa o que aconteça, a vida simplesmente continua, segue em frente, as palavras são ditas, e as verdades sempre surgem, quer você queira ou não, e a vida nunca deixa você fazer uma pausa apenas para recuperar a porra do fôlego — recitou a minha parte favorita de um livro que li, e eu fechei os olhos, me afastando um pouco dele, que pegou no meu queixo e me obrigou a encarar seus olhos — Uma hora ou outra, eles iriam descobrir, D. Você sabia disso. Talvez bem lá no fundo, mas você sabia. Confesso que essa linda chegada da Rena Ambulante não estava nos seus planos, mas eles iriam descobrir. Agora, você só tem que se focar em duas coisas: descobrir o que Loki quer e cuidar de Hope.

— Onde está Hope? — perguntei, alarmada, quando me lembrei que pedi para ele não deixar Loki chegar perto dela.

— Alina a levou para dar uma volta de carro, se acalme, ela está bem — suas palavras mandaram uma sensação de calma à meu corpo, mas eu só ficaria cem por cento segura quando estivesse com minha filha em meus braços. Ouvimos algo se quebrar no andar de baixo e Cameron suspirou — É melhor eu ir dar uma olhada lá em baixo. Você vai ficar bem?

— Obrigada. Eu realmente não consigo lidar com eles agora — o soltei e sentei na minha cama. Apoiei minha cabeça em minhas mãos e fechei os olhos, respirando fundo, tentando acalmar meus batimentos cardíacos. Seus passos fizeram eco quando ele caminhou até a porta, e assim que eu a ouvi fechar, uma voz soou perto de mim.

— Você não consegue, ou não quer, lidar com eles? — a voz de Loki me fez gemer baixinho e apertar com ainda mais força meus olhos, tentando fingir que tudo isso não passava de um simples pesadelo — O que foi, Davina? Vai fingir que eu não existo só porque revelei seu pequeno segredinho? Sinto muito, mas eu ainda existo.

— Cale a merda da sua boca — rosnei, puxando os fios do meu cabelo e desfazendo o coque; meu cabelo caiu em ondas até um pouco abaixo de meus ombros. Eu havia cortado eles acima dos ombros e clareado as pontas à alguns meses atrás, mas eles já haviam crescido pra caramba.

— Impressão minha ou você está mais resmungona? — provocou, e eu perdi a paciência. Peguei a pequena caixinha de música que eu havia ganhado de aniversário e joguei-a em sua direção, que a pegou no ar, com um sorriso no rosto — E mais afiada também.

— Cale a boca! Cale a porcaria da sua boca! Mas que inferno! — berrei, me levantando da cama em um pulo, e o encarando com fúria nos olhos. O sorriso aumentou, do jeitinho que eu me lembrava — Porque você voltou? Não te dei porrada o suficiente? — zombei, com um sorriso irônico no rosto. Ele riu baixinho.

— Pensei que já havia deixado isso bem claro lá na praia, Anjo — respondeu, pendendo a cabeça levemente para o lado, como se estivesse me analisando. Ele desencostou da parede e começou a caminhar lentamente até mim, como se eu fosse a caça e ele o predador. E era exatamente assim que eu me sentia nesse momento. Eu não me mexi nem um centímetro quando ele parou a milímetros de mim. Eu sentia o seu cheiro de baunilha misturado com aquele cheiro doce de plantas molhadas, e tive que me focar completamente para não respirar fundo só para senti-lo melhor. Como eu não me mexi, ele segurou meu queixo e me obrigou a olhar para cima, e encarar seus olhos — Eu vim atrás da minha filha que, ocasionalmente, você escondeu de mim. Pensei que você já havia aprendido que mentir para mim não funciona — comentou, alisando a minha bochecha. Eu trinquei os dentes — Mas pelo jeito eu estava errado.

Você estragou a minha vida — conclui, amarga. Enquanto ele falava, eu pensei na minha vida. E havia acabado de chegar a uma conclusão — Desde que você apareceu na minha frente, tudo tem dado errado. Você apareceu pela primeira vez, e eu passei três anos pensando que a minha irmão gêmea estava morta, minha mãe me odiou, tive uma hemorragia interna e entrei em depressão — citei, lágrimas de raiva misturada com mágoa e felicidade por vê-lo queimando em meus olhos — Você apareceu pela segunda e dessa vez eu quase morri umas quinze vezes, meu pai foi morto, descobri que a minha irmã estava sendo usada como rato de laboratório, que eu sou um tipo de Albert Einstein macabro, levei porrada de um cara com um olho só que se acha o rei do pedaço, atirei na testa da minha irmã, e consegui morrer. Mas, estranhamente, ser um Einstein macabro trouxe um beneficio para toda essa merda que é a minha vida e, bem, aqui estou eu, com uma cicatriz horrenda no meu pescoço, que nunca vai sair. E adivinha de quem é a culpa? — joguei tudo na sua cara, e quando ele abriu a boca para argumentar, eu o cortei — Ah, eu ainda não acabei! E agora, pela terceira vez, você estragou meu casamento, contou descaradamente para Deus e o mundo uma coisa que eu escondi cada pedaço por três míseros anos e agora eu não quero nem saber o que vai acontecer! — exclamei, com as lágrimas já escorrendo por meus olhos. Eu não gostava de chorar na frente de ninguém, muito menos ele, mas sempre que isso acontecia, era contra a minha vontade. Ele não falou nada, só ficou me encarando, finalmente sem seu sorrisinho no rosto — Você foi a pior coisa que aconteceu na minha vida — admiti — E também a melhor — admiti novamente, sem ter mais controle do que saia da minha boca — Eu queria te odiar. Você não tem ideia do quanto eu queria isso. Eu tenho todos os motivos para te odiar, para querer meter a porcaria de uma lança através do seu coração, mas, adivinhe, eu não posso! Eu não consigo! E, sinceramente: eu não sei se algum dia conseguirei.

Arranquei a mão dele do meu queixo e entrei no banheiro, batendo a porta atrás de mim com toda a força que eu tinha, que não era pouco, já que eu rachei a parede. Apoiei minhas mão trêmulas na pia e abaixei a cabeça, respirando fundo. Oh, meu Deus, o que diabos eu tinha feito?

"Aqui vai o meu dilema

Uma metade de mim quer você

E a outra quer te esquecer

Meu-meu-meu dilema

Desde o momento em que te conheci

Eu simplesmente não consigo tirar você da minha cabeça

Eu digo a mim mesma pra fugir de você

Mas eu me encontro atraída ao meu dilema

Meu dilema é você" My Dilemma - Selena Gomez


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Notas finais do capítulo

Comentários?
Bom... Até mais o/
P.S.: O pequeno texto que Cameron recitou para Davina, é do livro Um Caso Perdido.