Innocence escrita por KatCat


Capítulo 14
Chapter Thirteen — Battle Scars


Notas iniciais do capítulo

Acho que todos aqui concordam que eu devia parar de fazer promessas, certo? Certo.

Eu sei que sou uma idiota, pessoal, abaixem as pedras. Mas, eu expliquei minha situação no grupo da fic do facebook, mas para quem não está nele, eu vou explicar daqui há pouco. Primeiro, eu queria dar alguns avisos; viram que eu mudei TODOS os banner's de Innocence? So, eu tenho um sério problema de ser perfeccionista ao extremo, e eu ODIAVA os banner's antigos, então eu achei essa base em um dos blogs de design que eu sigo e decidi usa-la. E agora tô apaixonadinha por eles, disfarça' uahsuahsuashu
Segunda coisa: eu mudei as capas de novo de Incomplete e Innocence, e se reclamar eu mudo de novo xD
Terceira: eu também mudei o nome da terceira temporada (de novo, para variar). Agora é We Want War. "Mas, Anna, você vai deixar a gente confusa desse jeito!" Eu sei, e sinto muito mesmo por isso, culpem o meu subconsciente, ele é um filho da puta que não se decide. Tipo, nunca.

Agooooora, vamos à explicação do porque eu ter demorado: eu queria escrever mais uns dois, três capítulos antes de postar esse. "Então quer dizer que você já escreveu eles?" Não ;-; MAS, eu achei sacanagem deixar vocês sem capítulo, então aqui estou eu. VOU TENTAR postar de quinze em quinze dias, mas não prometo nada. Porque vocês já perceberam que eu sou meio, talvez muito, atrasada, correto? Então pronto.

Aeeeee, depois dessa faladeira eterna, vão ler o capítulo, seus lindos



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~Narrador~

A luz que entrava pela janela não era muita, mas era o suficiente para iluminar o lugar. O deus ainda dormia, seus olhos fechados, e sua respiração lenta e ritmada; diferente da mulher. Davina tinha os olhos verdes grudados na janela do quarto, a qual dava para o lado de trás da casa. Do lado de fora da pequena camada de vidro, a neve caia com força, deixando o ambiente frio, mesmo que ela estivesse com duas cobertas em cima de si. Sua respiração estava calma, mas seus pensamentos não. Ela estava dividida entre levantar e sair do quarto ou ficar deitada ali até ele acordar, cumprindo assim, a promessa que havia feito para si mesma no dia anterior.

Por fim, decidiu ficar por ali mesmo. Já quebrara promessas demais em sua vida, e esses números começavam a pesar em suas costas. Além disso, não sabia bem se queria mesmo sair dali. Seus pensamentos a distraiam completamente, tanto que nem ouviu a respiração do moreno mudar, indicando que ele estava acordado.

— A neve está interessante? — questionou, encarando a garota pelo canto do olho. Davina suspirou, mordendo o lábio inferior e arrancando um pouco a pele que cobria ele, fazendo sua boca arder. Um mania que perseguia-a há algumas semanas.

— Um pouco — admitiu, ainda não se virando para ele. Não sabia se seria a coisa sensata a se fazer, sendo que ele perceberia em apenas alguns segundos a confusão em que sua mente se encontrava. Eles ficaram em silêncio por um tempo, apenas ouvindo a respiração do outro, até que Loki voltou a falar.

— Posso fazer-lhe uma pergunta? — indagou, se virando e apoiando a cabeça na mão. As costas desnudas da garota bloqueavam sua visão para a janela, apesar dele já saber o porque da garota não se virar para ele. Ao contrário do que ela achava, ele conhecia ela mais do que a mesma pensava.

— Você acabou de fazer — respondeu, a sombra um sorriso zombeteiro em seus lábios. O tom sarcástico de sempre em sua voz o fez revirar os olhos, mas não conseguiu impedir o canto de sua boca formar um sorriso de lado — Vá em frente.

— Porque você aceitou vir? — a pergunta não havia a surpreendido, pois a mesma vagava por sua mente desde que a resposta havia saído de seus lábios algumas semanas atrás. Felizmente, ela já havia chegado a uma resposta. Davina se virou, finalmente, sentando-se na cama e abraçando os próprios joelhos — A Davina que eu conheço nunca teria aceitado.

— A Davina que você achava que conhecia morreu com a irmã há quatro anos atrás — as palavras amargas escorregaram pela sua boca facilmente, mas não continham nada menos e nada mais que a mais pura verdade. Loki estudou o rosto dela, focando nas órbitas verdes que se encontravam extremamente claras no momento por estarem iluminadas pela luz que entrava pela janela. Antes que o mesmo pudesse responder, Davina voltou a falar. Seus olhos demonstravam algo que o deus ainda não havia conseguido distinguir o que era, mas tinha a mais pura certeza de nunca ter visto aquele olhar no rosto dela; o olhar estava novamente focado na janela, como se ela não quisesse encara-lo, e de fato, ela não queria — Você não entenderia nem se quisesse entender. Ao contrário de você, Loki, eu não queria matar a minha irmã. No momento que eu puxei aquele gatilho, eu sabia que iria me arrepender amargamente depois. Eu sabia que nunca seria a mesma.

— Você se arrepende? — questionou, mesmo sabendo a resposta.

— Se eu me arrependo? — riu pelo nariz, seu corpo balançando de leve, fazendo uma mecha ondulada de seu cabelo sair de trás de sua orelha, parando em frente ao seu rosto — Com toda a minha alma — afirmou, virando-se para Loki — Se eu faria novamente? — continuou — Sem pensar duas vezes. Eu me arrependo de um monte de coisas, Loki. Mas só porque me arrependo delas, não quer dizer que eu faria diferente. São como guerras de batalha para mim; são feias, mas elas me fazem lembrar que eu ainda estou viva.

Um sorriso triste enfeitava o rosto da morena, e Loki finalmente reconheceu a expressão em seu olhar. Era paz, algo que há muito ele não via quando olhava para seu reflexo. Ele engoliu em seco, e um sorriso malicioso teimou em crescer por seus lábios.

— É a primeira vez que me chama pelo meu nome sem estar sendo irônica — comentou, fazendo Davina bufar e agarrar o travesseiro no qual estava encostada e enfiar na cara do deus, acertando seu rosto. Ouviu a risada abafada dele e revirou os olhos.

— Traquinas idiota — resmungou, saindo da cama, sua pele se arrepiando quando os pés descalços tocaram o chão gelado. Ainda agarrada ao lençol, ela se levantou, caminhando até o banheiro de seu quarto, mas quase tropeçou ao sentir o lençol ser puxado com força para trás. Ela se virou, vendo o moreno segurando a ponta do lençol com a mão — Solta.

— Porque? — provocou, o sorriso sarcástico de volta com força total em seu rosto.

— Loki, solta — rosnou, fechando a cara novamente, por mais que estivesse rindo internamente — Solta essa merda logo, porra.

— Porque? — repetiu, mordendo o lado interno da bochecha, segurando o riso na garganta. Em resposta à nova provocação do moreno, ela soltou o lençol que continuava puxando com força, fazendo com que Loki batesse a cabeça na parede quando ela largou. A mesma sorriu cinicamente, entrando no banheiro e trancando a porta. Abriu-a novamente alguns segundos depois, colocando apenas o rosto para fora. O deus continuava com o sorriso malicioso no rosto, como se não tivesse acabado de trincar a parede atrás de si.

— Só mais uma coisa — avisou, erguendo as sobrancelhas — Vá para a puta que pariu.

~Davina~

Fazia quase doze horas – pelas minhas contas – que Hope não abria a porta de seu quarto. Fazia doze horas que eu pensava no que falar com ela. Loki estava do lado de fora da casa, fazendo sabe-se-lá-o-que, enquanto eu estava em frente à porta do quarto da minha filha, pensando no que diabos eu falaria para ela. Até agora, eu continuava com nada. Um suspiro escapou pela minha boca, enquanto eu dava um passo para frente e batia de leve na porta, tentando abrir a maçaneta. Trancada, obviamente. Senti o gosto de sangue preencher minha boca, percebendo que estava mordendo de novo o lado interno da boca com muita força. Eu podia destrancar a porta. Seria como respirar. Eu podia fazer o que eu quisesse… Mas só porque eu podia, não quer dizer que eu deveria.

— Hope? — arrisquei, recebendo apenas um silêncio ensurdecedor como retorno. Eu suspirei, encostando minha testa na porta, fechando os olhos — Hope, por favor…

Vai embora — consegui ouvir a voz infantil e fina dela do outro lado da porta. Mas havia algo mais em sua voz. Havia mágoa. Eu tive que trincar os dentes e engolir em seco para impedir meus olhos de encherem-se de lágrimas. Virei e deixei minhas costas amolecerem contra a porta, escorregando até o chão, apoiando a cabeça no material que eu ainda não sabia o nome, e com certeza não tinha curiosidade de saber.

— Hope, por favor, por favor, vamos conversar — minha voz havia saído mais fina e baixa do que eu esperava, e eu tive que limpar a garganta para continuar com a voz normal — Me deixa explicar.

Se fosse qualquer outra pessoa, qualquer uma, eu não estaria aqui nesse momento. Eu não devo explicações para os outros. Mas Hope não era “os outros”. Ela era minha filha. Uma parcela do sangue que estava correndo pelas minhas veias nesse exato momento também estava correndo no dela. Só existem duas pessoas em todo esse mundo ao qual eu pararia qualquer coisa para me explicar: Cameron e Hope. Não devo explicações para ninguém que não sejam eles, e isso nunca irá mudar. Antes que eu pudesse concluir a minha linha de pensamento, a porta foi aberta de repente, e logo senti minhas costas baterem no chão gelado que estava dentro do quarto da mesma, deixando-as levemente doloridas. Hope me encarava com olhos inchados e a ponta do nariz vermelha. Meu coração doeu.

— Hope te dá cinco minutos — avisou ela, afastando-se de mim e subindo em cima da cama novamente, abraçando os joelhos. Me levantei do chão, fechando a porta atrás de mim e caminhei lentamente até a cama dela. Tudo que eu mais queria era pega-la no meu colo e abraça-la até ela enjoar de mim, mas eu sabia que isso apenas a deixaria mais irritada. Ela não era o tipo de pessoa que gostava de abraços a todo minuto. Arman estava confortavelmente esparramado no travesseiro dela; eu conseguia ouvir sua respiração. Sentei na ponta da cama dela, um pouco afastada. Sua cama ficava ao lado da parede onde tinha a janela, e ela apenas encarava o lado de fora, como se eu nem estivesse ali. Doeria menos se ela estivesse enfiando uma faca em mim.

Olhei para onde seus olhos iguais aos dele estavam focados, e não fiquei surpresa com o que achei. Loki estava em pé no meio da neve, as mãos cruzadas em suas costas, na sua tão conhecida pose de superior. Fiquei encarando-o por alguns segundos também, pensando no que falar.

— Só restam quatro minutos — Hope informou, e eu engoli em seco novamente. Fechei os olhos por um tempo, apenas para abri-los novamente cinco segundos depois.

— Nunca foi a minha intenção… — comecei, mas a minha voz morreu no meio da frase. Limpei a garganta novamente, puxando ar para meus pulmões e os soltando lentamente — Nunca foi a minha intenção mentir para você, Hope. Eu só queria te manter segura.

— E desde quando uma mentira é me manter segura, mãe? — perguntou, ainda encarando o pai do lado de fora.

— Eu sei que eu errei — admitiu, mordendo o lábio inferior, arrancando a camada fina de pele que cobria sua carne novamente — Mas você precisa entender que tudo que eu fiz, tudo que eu faço, e tudo que um dia farei é para te manter segura, meu anjo. Por favor, mantenha isso em mente. Nunca chegará um dia que eu farei algo que possa te prejudicar, e se eu algum dia menti para você, foi apenas e unicamente porque se algo acontecesse com você, eu nunca me perdoaria. Você é a melhor coisa que já aconteceu comigo, meu amor. E eu faria tudo de novo se precisasse, apenas para te manter em segurança. Se certas pessoas descobrissem que você é filha do Loki comigo… Elas fariam o possível e o impossível para colocar as mãos em você, e eu não estou disposta a permitir isso. Nunca estarei.

Ela finalmente desviou os olhos para mim, e eu sabia que ela entendia. Só não queria admitir — Mas porque nunca me contou? Hope entenderia, mamãe! Você sabe que Hope entenderia… Você conhece Hope.

— Eu sei que você entenderia, meu bem — sorri, tentando segurar as lágrimas que teimavam em preencher minha visão, deixando-a levemente embaçada — Mas eu não podia arriscar. Por favor, não pense nem por um segundo sequer que eu nunca tenha te contado por não confiar em você, nunca pense isso! Eu só não podia arriscar. A sua segurança é o que mais importa para mim, Hope Flynn Clairemont, e não há nada nesse mundo, ou em qualquer outro, que me fará mudar de opinião sobre isso.

Ela não disse nada por alguns segundos, e eu também não. Até que ela se jogou em cima de mim, apertando seus braços ao redor do meu pescoço. Eu a abracei com toda a força que eu tinha no momento, enterrando meu rosto em seu pequeno ombro — Me desculpe ter escondido isso de você, por favor, me desculpe.

— Hope entende, mamãe. Hope te ama muito. Eu também te amo muito — a última parte ela sussurrou em meu ouvido, e uma lágrima filha da puta escapou entre meus olhos fechados, descendo pela minha bochecha, deixando um rastro quente na pele gelada. Eu a apertei ainda mais entre meus braços, suas pernas ao redor da minha cintura.

— Eu te amo mais que a minha própria vida, meu anjo — respondi, sem afrouxar o aperto. Não sei por quanto tempo ficamos assim; talvez alguns minutos. Talvez uma hora. Eu não sei, só sei que tinha sido meus melhores momentos desde que Loki havia aparecido no meu casamento semanas atrás, que mais parecia uma eternidade. Não notamos ele ali, até o mesmo limpar a garganta, nos fazendo olhar para ele. Os olhos de Loki estavam estranhos, e sua postura estava levemente curvada, como se ele estivesse incomodado com algo.

— Hope, preciso conversar com sua mãe por um momento — avisou. Ele parecia segurar algo atrás de si, mas eu não conseguia distinguir o que era — A sós.

Ela não disse nada por alguns segundos, simplesmente ficou alternando os olhos entre nós dois. Até que ela se levantou, pegando Arman no colo, e saindo silenciosamente do quarto. Eu olhei para Loki quando ela saiu do quarto, e o mesmo entrou vagarosamente dentro do quarto, fechando a porta atrás de si. Isso não estava cheirando coisa boa. E parece que, afinal de contas, eu estava certa.


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam da conversa da D com a Hope? E o que será que o Loki tem que falar com ela? TEORIAS SÃO SEMPRE BEM-VINDAS HUAHUA

Eu, provavelmente, esqueci de falar no último capítulo, mas eu postei uma nova história com o Loki em junho: https://fanfiction.com.br/historia/624279/Tears_of_Gold/
ToG is my baby, guys! Eu amo essa história com todo meu coração, e espero que vocês gostem dela também! Espero encontrar vocês lá >.
Agora, para quem ainda não está no grupo do face... Eu postei algumas curiosidades sobre Incomplete e Innocence lá, então CORRE! https://www.facebook.com/groups/lokianddavina/

Como eu falei láááá em cima, vou tentar atualizar daqui há quinze dias, mas acho que vocês perceberam que eu sou um pouco, talvez muito, atrasada, correto? Correto.

Até, morangos da tia Hell (longa história)!



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