Innocence escrita por KatCat


Capítulo 1
Prólogo — I'm Saying Goodbye


Notas iniciais do capítulo

Olha quem veio mais cedo? HuehuePois é, pois é... Eu, pessoalmente, só estava planejando postar Innocence quando acabasse Nightingale, mas eu estava - e ainda estou - ansiosa para ver a reação de vocês a essa temporada, então decidi vir agora =)Esse capítulo já está escrito a um booooom tempo, e agora eu só fiz umas pequenas alterações nele, nada muito importante. Bem, eu espero muuuuuuito que vocês gostem de Innocence como eu estou gostando de escrevê-la.O trailer dessa temporada foi feito pela linda da Letícia, mais conhecida como Agente Winchester. Muito obrigada, minha flor ♥O link: https://www.youtube.com/watch?v=ij5cy1oFH0g&feature=youtu.beAté as notas finais e Loki manda um beijo :*P.S.: Loki é meu coelho, tá gente? kkkkkkk



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A chuva ainda caia na madrugada, e a garota ainda não havia nem sequer pensado em fechar os olhos. Não queria acordar Cameron, que dormia tranquilamente no quarto ao lado, com seus gritos. Ele não merecia isso, já tinha feito demais por ela. Ela saiu de perto da janela e fechou as cortinas, caminhando até ficar frente a frente com o espelho de corpo todo que havia em seu quarto. Ela havia olheiras fundas em baixo de seus olhos, o colete cervical ainda em seu pescoço, impedindo-a de fazer qualquer movimento brusco com a cabeça. Ela tiraria isso só daqui a duas semanas, e não havia se passado nem dois dias que acordara e já queria arrancar aquilo fora.

Sua voz estava voltando aos poucos, mas a única coisa que ela conseguia por enquanto era sussurrar, mesmo com sua garganta doendo como o inferno. Seu braço direito estava engessado, e o pulso esquerdo estava com uma tala. Por dentro da blusa, tinha uma faixa envolta da sua barriga, e seu ombro estava enfaixado. Ela ainda sentia um pouco de dificuldade para respirar, mas já estava passando aos poucos.

Ao todo, ela estava bem. A não ser pelo vazio horrível que sentia dentro de seu peito, onde ficava seu coração. Ela sabia que ele ainda estava ali, batendo, bombeando sangue para seu corpo, mas essa não era a sensação que ela tinha. Ela sentia como se ele tivesse sido arrancado de seu corpo a força, e agora tudo que havia sobrado a ela, eram intermináveis lembranças do que um dia fora sua mais plena felicidade, e a maneira como tudo havia se perdido antes que ela percebesse. Ela não estava assim por ter quase morrido por causa dele, ou por tudo ter acontecido de uma maneira tão drástica e que as lembranças daquilo a assombrariam para sempre, não, aquilo tudo era secundário. O que mais doía era a lembrança dele.

A lembrança das vezes que ficavam se provocando, mas também das vezes que eles conversaram como duas pessoas normais. A lembrança da primeira vez que ele havia a beijado, e ela tinha retribuído com um tapa e xingamentos, mas que, no fundo, estava em êxtase. Da vez que dançaram juntos, e tudo acabou de um jeito... Inesperado. De como a voz dele soava mais leve quando chamava-a de Anjo. A lembrança dos olhos um tom mais escuro que os dela, com o pequeno círculo azulado em volta da íris, deixando os olhos dele azulados quando o sol se punha. De como ele segurou-a em seus braços quando ela caiu inconsciente depois de ser jogada de mais de cinco metros de altura. A lembrança dele tentando chegar perto dela, mas os guardas de Asgard o jogando no chão e prendendo-o antes que pudesse dar um passo em sua direção. Lembranças do olhar horrorizado que ele dirigiu a ela naquela tarde.

Ela odiava se lembrar disso, mas também amava. Sem essas lembranças, ela não estaria sofrendo agora, mas também... Ela não se lembraria dele. Sua mão esquerda foi automaticamente em direção a sua barriga, encarando-a pelo reflexo do espelho. Sua mão tremia. Ela fechou os olhos e uma lágrima escorreu pelo seu rosto. Saiu da frente do espelho, tirando a mão da barriga e abrindo a porta do quarto silenciosamente. Todos na casa dormiam, e ela não planejava mudar isso. Atravessou o corredor rapidamente, mas sem fazer um barulho sequer.

Soltou um suspiro aliviado quando fechou a porta da casa atrás de si e respirou fundo, seus pés descalços reclamando pelo chão de madeira molhado e frio. Ela ignorou e saiu de debaixo da proteção da varanda, ficando encharcada quase que imediatamente. Continuou ignorando. Seus pés andavam em passos rápidos até seu destino, e ela diminuiu a velocidade quando a ponte entrou em seu campo de visão. Ela travou antes de colocar os pés na ponte. Um arrepio percorreu sua espinha.

Vamos lá, Davina, pare de uma garotinha chorona, pensou, forçando suas pernas a funcionarem. Ela parou no meio da ponte e se virou para a água. O rio parecia negro só a luz da lua e das estrelas. Davina tirou o colar do bolso de seu pijama e apertou ele com força na mão, e só soltou quando começou a realmente doer. Ela tinha que fazer isso. Era sua despedida. De uma vez por todas.

Eu estou finalmente dizendo adeus — sussurrou, ignorando a dor lancinante em sua garganta e estendeu o colar até para fora da ponte, olhando uma última vez para as esmeraldas brilhantes. A corrente escorregou lentamente dos dedos trêmulos — Adeus, Devin.


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Notas finais do capítulo

Comentários?Façam a Anna aqui feliz e comentem muiiiiito, por favorzinho.Meu presente de boas-vindas de volta ao Brasil, que tal? ushaushuahs Quem quiser saber sobre a minha viagem, sabe onde me encontrar ;)Até o próximo, minha gente huehueAnna xx