Dessa vez nenhum pesadelo me perturbou durante o sono, acordei tranquilamente com meus olhos sendo agredidos pela luz que adentrava intensa de minha janela.

Evitei me mover pois Klaus estava em minha frente imóvel num sono profundo, tão belo, que eu não queria de maneira alguma ter que acorda-lo.

Percebi que meu corpo estava de frente para o seu, fiquei observando ele, cada detalhe de seu rosto, seus olhos hipnóticos cobertos por suas pálpebras, sua respiração calma, sua pele branca iluminada pelo sol suavemente, e seus cabelos loiros brilhando devido ao sol também. Conseguiria o definir como anjo, mas sei que Klaus não tem a personalidade de um. Mas a beleza, isso ele tem.

Fiz carinho em seu rosto e ele se moveu levemente, Droga! Acabei com a minha visão perfeita, ele se espreguiçou suavemente acho que pensava que eu estava adormecida também, murmurou algo que eu não entendi.

– Pensei que você já estivesse dormindo – ele disse meio sem voz já que acordou agora, e revelou aqueles vividos olhos azuis que também foram afetados imediatamente pela luz do sol.

– Pelo menos uma vez eu teria que acordar primeiro – eu disse brincando, e ele esboçou um sorriso fechando novamente os olhos e os abrindo instantes depois.

– Esqueci de uma coisa.

– O que? – perguntei curiosa e ao mesmo tempo tentando me lembrar do que poderia ser.

– Bom Dia Namorada! – ele disse vindo repentinamente sobre mim, com um animo que não sei de onde tirou, arregalei levemente meus olhos, e logo depois da surpresa que tive com o ato, sorri.

– Bom Dia Namorado! – eu disse com um sorriso radiante e me perdendo naqueles olhos azuis, e então nossos lábios se selaram novamente num beijo leve e doce.

– E agora ficamos aqui olhando pro teto? – ele disse se jogando novamente ao meu lado e contemplando o teto junto comigo.

– Eu to com preguiça – eu disse fazendo uma voz manhosa.

– Então vamos ficar aqui e repetir a dose de ontem a noite – ele falou malicioso roçando o nariz em meu pescoço.

– Klaus! – eu disse o censurando enquanto ele sorria e começava beijar levemente o meu pescoço – Não.. não começa!

– Eu quero começar, por isso descobri seu ponto fraco – ele disse e começou a intensificar os beijos dando pequenos chupões.

– Parou! – eu disse levantando da cama rapidamente e percebi que não consegui levar o lençol junto pois Klaus o intercepitou.

– Que bela visão de se ter pela manhã! – ele sorriu malicioso e ficou contemplando meu corpo desnudo.

– Klaus! Vira pra lá agora! – eu disse pegando meu roupão que estava sempre ao lado da cama, e o vestindo rapidamente.

– Não sei porque tanto alarde – ele disse se levantando da cama totalmente nu, e mostrando seus atributos ( se é que vcs me entendem hueheuhue :3) - não é nada que você e eu já não tenhamos visto!

– Ai meu Deus, que namorado que eu fui arrumar! – eu disse me virando bruscamente – vista-se já Klaus Mikaelson! – eu vociferei brava e ele gargalhou. – Já? – perguntei depois de um tempo.

– Já! – ele disse me abraçando por trás, e por Deus ele estava de calças “ Que rapidez em colocar roupas” , ele inspirou em meu pescoço me fazendo arrepiar – seu cheiro pela manhã é o melhor!

– E o seu gosto pela manhã – eu o beijei – deixa eu ver... – eu disse fazendo cara de quem analisava algo de extrema importância – não é ruim... razoavelmente bom – brinquei.

– Então eu acho que terei de lhe mostrar novamente o meu gosto até você se convencer de que ele é o melhor também.

– Então teremos de passar o dia todo nos beijando – eu disse me virando pra ele e fitando aqueles olhos azuis de um brilho viciante.

– Você sabe que eu não importaria nem um pouco – ele disse e retornou a me beijar, com fervor, intensidade, urgência e ao mesmo tempo calmo e leve.

Ele havia me levado a cama novamente, estava sobre mim, meu roupão e suas roupas nos separando de repetir o mesmo ato da noite passada.

–Par...- eu tentava dizer mas ele me calava com um beijo, beijo no qual ficava mais feroz a cada segundo, ele já desceu a mão a fim de abrir meu roupão novamente. – Parou! – eu disse o empurrando e ele fez cara de emburrado enquanto eu gargalhava num canto do quarto – faz um café pra gente, que eu vou me arrumar porque diferente de alguém que eu conheço, eu trabalho sabe! – disse irônica e me tranquei no banheiro, pude ouvir Klaus bufar algumas palavras que não entendi e descer para o andar de baixo.

Dessa vez não tomei banho de banheira, só uma ducha fria pra acalmar os ânimos que se afloraram já pela manhã, vesti minha roupa suspirando e amarrei meu cabelo num rabo de cavalo e aproveitando o inverno coloquei um sobretudo preto sobre uma calça jeans azul e uma bota com a mesma cor do sobretudo.

– Café fresco – eu disse enquanto descia as escadas.

– Pensei que vampiros só tivessem audição boa, não faro – ele disse aparecendo entre a abertura da cozinha para a sala, perdi o fôlego ao ver ele permanecia sem camisa fiquei como uma estatua analisando seu peitoral.

– O que foi Caroline algo errado? – ele disse sinico e eu balancei a cabeça dispensando meu olhar.

– Então, o que temos para comer? – perguntei olhando para o fogão, ainda evitando olha-lo.

– Fiz umas torradas nada demais – ele disse se apoiando no balcão da cozinha – afinal, você não tem quase nada nos armários.

– Eu não compro comida, até porque vampiros não deveriam nem comer comida – eu disse pegando um pouco de café, e no mesmo instante a torradeira apitou indicando que o pão já estava bom.

– Você come com ou sem manteiga? – ele perguntou abrindo a geladeira.

– Sem, manteiga tem um gosto estranho – eu disse encarando o copo de café que estava em minha mão.

– Você é mesmo... – ele pensou um pouco e por fim disse – Diferente.

– Diferente? – eu perguntei deixando o café em cima da mesa e indo ao encontro dele, - como assim senhor Mikaelson? Especifique! – o encurralei no balcão, olho no olho.

– Você é mesmo ... Diferente – ele disse fazendo um ênfase no Diferente que disse.

– Diferente? – eu disse o encarando – como assim diferente senhor Mikaelson? – me levantei e fiquei frente a frente com ele, o encurralando no balcão, olho no olho.

– Não sei especificar – ele disse – mas saiba que é de um jeito bom! – e então eu sorri me entregando a um beijo apaixonado com gosto de café fresco e cheiro de torradas que pairavam no ar.

– Eu já disse que Te Amo hoje? – ele perguntou enquanto separava o beijo, e eu abri meus olhos lentamente e encarei aquelas íris azuis clara que me encaravam.

– Hoje não – eu sorri – Eu Te Amo Também, muito mais do que você consegue imaginar – ele formou um sorriso perfeito nos lábios e me abraçou, sua cabeça enterrada no meu pescoço.

– Ei o que é aquilo? – ele perguntou se soltando de mim e indo até um canto na cozinha, quando me virei vi que era uma peça de roupa. Não era minha.

– É uma jaqueta – ele disse a levantando no ar – eu conheço essa jaqueta!

Que Merda!!! Era a jaqueta de Kol, ele esqueceu aqui, aquele idiota! Eu na verdade sou a idiota como eu não achei essa droga no chão?

– É de Kol – ele disse com um tom de raiva – o que essa jaqueta esta fazendo aqui?

– Klaus é... – eu gaguejei, estava absurdamente nervosa – eu... é...

– Eu te ajudo – ele falou se aproximando de mim e me olhando nos olhos – fique calma, e me conte toda a verdade!

Ele fez novamente e eu não pude impedir, ele me hipnotizou, eu quis evitar porém o destino insiste em partir o coração de Klaus.